Erythrina mulungu Mart.

Mulungu, corticeira, amansa-senhor, árvore-de-coral e capa-homem.

Família 
Informações gerais 

Nativa da parte central do Brasil, ocorre na Mata Atlântica e matas ciliares do Cerrado, desde São Paulo e Mato Grosso do Sus, até Tocantins e Bahia. Muito cultivada com ornamental na arborização de parques e jardins. Suas principais atividades são: ansiolítica, sedativa, calmante, hipnótica, relaxante muscular, reguladora dos batimentos cardíacos, hipotensora, hepatoprotetora, hipoglicemiante suave, anti-inflamatória e antitussígena (origem nervosa), antitérmica e antiasmática[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 281-282.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 339-344.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 220.
4 - BRASÍLIA. CAMILLO, J.; ALVES, R. B. N. Erythrina speciosa e Erythina verna (mulungu). In: Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 789-800.
Descrição da espécie 

Árvore de 10 a 14 m de altura, muito ramificada, de copa arredondada, decídua, heliófica, tronco tortuoso com 50 a 70 cm de diâmetro, revestido por casca corticosa e fissurada, avermelhada e aculeada; folhas alternas, compostas trifolioladas, pecioladas de 12 a 15 cm de comprimento, com duas glândulas discoides, achatadas, presentes na base de cada pecíolo, folíolos coriáceos, os terminais são quase orbiculares e os laterais ovais a elípticos-oblongos, de base truncada, arredondada ou subcordada, ápice obtuso ou arredondado, medindo de 7 a 10 cm de comprimento x 8 de largura; flores reunidas em panículas terminais, grandes e de cor vermelha; frutos tipo vagem, coriáceos, deiscentes, achatados, glabro, de 6 a 16 cm de comprimento x 1 cm de largura, com até 6 sementes de cor parda, manchadas de vermelho e preto[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 281.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 111.
3 - DURIGAN, G. et al. Plantas do cerrado paulista: imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras Editora Gráfica, 2004, p. 201.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 340.
5 - BRASÍLIA. CAMILLO, J.; ALVES, R. B. N. Erythrina speciosa e Erythina verna (mulungu). In: Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 789-790.
Exibe Planta Medicinal: 
Nenhum
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
- Brasil (indígenas) Entrecasca

Sedativa.

-

-

-

[ 1 ]
- Estados Unidos -

Sedativa, calmante, hepatoprotetora, no tratamento de crises de histeria (de trauma ou choque) e palpitação cardíaca (extra-sístole).

-

-

-

[ 1 ]
Mulungu, amansa-senhor, bico-de-papagaio e corticeira Brasil Entrecasca e ramos

Ansiolítica, calmante e no tratamento da insônia.

 Infusão: 1 colher (de sobremesa) do pó vegetal em 1 xícara média de água.

Tomar 1 xícara 1 ou 2 vezes ao dia, ou antes de deitar.

-

[ 1 ]
Mulungu, bico-de-papagaio e árvore-de-coral Brasil Entrecasca

Ansiolítica, calmanate e no tratamento da insônia.

Decocção: 4 a 6 g (2 a 3 colheres de sobremesa) em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 281-282.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 204.

Ansiolítica

Ansiolítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência

Extrato: 200 g do material vegetal (fresco) em etanol/água (7:3). Rendimento: 5 g. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao tratamento crônico com o extrato vegetal, com posterior análise dos testes de labirinto em cruz elevado, campo claro/escuro e exposição ao odor de gato.

Observou-se que o extrato hidroalcoólico das inflorescências de E. mulungu apresenta atividade ansiolítica (sem alterar a atividade locomotora), semelhante ao diazepam.

[ 5 ]
Inflorescência

Extrato: 200 g do material vegetal (fresco) em etanol/água (7:3). Rendimento: 5 g. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao tratamento agudo com o extrato vegetal, com posterior análise dos testes de labirinto em cruz elevado, campo claro/escuro e exposição ao odor de gato.

Observou-se que o extrato hidroalcoólico das inflorescências de E. mulungu apresenta atividade ansiolítica (sem alterar a atividade locomotora), semelhante ao diazepam.

[ 6 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: maceração de 1,02 kg do material vegetal (pó) em 5,6 L de etanol. Rendimento: 32,4 g. RDE: 31:1. Doses para ensaio: 200 a 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) para indução de asma, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de células inflamatórias (lavado broncoalveolar), IgE anti-OVA (sangue), IL-4, IL-5, IL-10, IL-13 e INF-γ (homogenato pulmonar) e parâmetros histológicos.

O extrato da flor de E. mulungu apresenta atividade anti-inflamatória, sendo promissora no tratamento da asma.

[ 1 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (entrecasca)

Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol a 95%.

In vitro:

Em culturas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus (resistentes ou não, NorA e MsrA) submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar a atividade antibacteriana dos extratos vegetais.

 

Neste estudo, das 25 plantas medicinais, Jartropha elliptica, Schinus terebinthifolius, Erythrina mulungu, Caesalpinia pyramidalis, Serjania lethalis e Lafoensia pacari, apresentam atividade antibacteriana significativa, exceto para E. coli.

[ 7 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (entrecasca)

Extrato: 300 g do material vegetal (pó) em etanol/água (3:7). Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Erythrina velutina.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, edema de pata induzido por formalina e da placa quente.

Os extratos de E. mulungu e E. velutina apresentam atividade antinociceptiva, independente do sistema opioide.

[ 2 ]

Depressora do sistema nervoso central

Depressora do sistema nervoso central
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (entrecasca)

Extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio:  200 e 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Erythrina velutina.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de convulsões induzidas por pentilenetetrazol e estricnina, e tempo de sono induzido por pentobarbital.

Os extratos vegetais apresentam atividade depressora do sistema nervoso central, devido a ação anticonvulsivante (somente no ensaio com estricnina) e potencialização do tempo de sono.

[ 3 ]
Caule (entrecasca)

Extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio: 200 a 800 mg/kg. Outra espécie em estudo: Erythrina velutina.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos ao teste de labirinto em cruz elevado, campo aberto e rota rod.

Os extratos de E. mulungu e E. velutina apresentam atividade depressora do sistema nervoso central, sem alterar a coordenação motora.

[ 4 ]

Referências bibliográficas

1 - AMORIM, J. et al. The ethanolic extract from Erythrina mulungu Benth. flowers attenuates allergic airway inflammation and hyperresponsiveness in a murine model of asthma. J Ethnopharmacol, v. 242, p.1-28, 2019. doi: 10.1016/j.jep.2018.08.009
2 - VASCONCELOS, S. M. M. et al. Antinociceptive activities of the hydroalcoholic extracts from Erythrina velutina and Erythrina mulungu in mice. Biol Pharm Bull, v. 26, n. 7, p.946-949, 2003. doi: 10.1248/bpb.26.946
3 - VASCONCELOS, S. M. M. et al. Anticonvulsant activity of hydroalcoholic extracts from Erythrina velutina and Erythrina mulungu. J Ethnopharmacol, v. 110, n. 2, p.271-274, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.09.023
4 - VASCONCELOS, S. M. M. et al. Central activity of hydroalcoholic extracts from Erythrina velutina and Erythrina mulungu in mice. J Pharm Pharmacol, v. 56, n. 3, p.389-393, 2004. doi: 10.1211/0022357022746
5 - ONUSIC, G. M. et al. Effects of chronic treatment with a water-alcohol extract from Erythrina mulungu on anxiety-related responses in rats. Biol Pharm Bull, v. 26, n. 11, p.1538-1542, 2003. doi: 10.1248/bpb.26.1538
6 - ONUSIC, G. M. et al. Effect of acute treatment with a water-alcohol extract of Erythrina mulungu on anxiety-related responses in rats. Braz J Med Biol Res, v. 35, n. 4, p.473-477, 2002. doi: 10.1590/s0100-879x2002000400011
7 - DE LIMA, M. R. F. et al. Anti-bacterial activity of some Brazilian medicinal plants. J Ethnopharmacol, v. 105, n. 1-2, p.137-147, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2005.10.026

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 80, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Entrecasca ou flor seca

100 g

Entrecasca ou flor fresca

200 g

                                                                    * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de entrecasca seca pulverizada ou flor seca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca fresca rasurada, lavar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca (não lavar) e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Ansiedade e insônia.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Erythrina mulungu (entrecasca seca)

5 g

Lippia alba (folha e flor seca)

10 g

Melissa officinalis (folha seca)

10 g

Mentha spicata (parte aérea seca)

7,5 g

Ocimum gratissimum (folha e flor seca)

5 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Aloysia polystachya (folha)

150 mL

Erythrina mulungu (entrecasca)

15 mL

Hymenaea courbaril (entrecasca)

10 mL

Lactuca sativa (raiz e talo)

5 mL

Lavandula officinalis (folha)

10 mL

Lippia alba– variedade maior (folha e flor)

10 mL

Melissa officinalis (folha)

5 mL

Mentha spicata (parte aérea)

3,75 mL

Ocimum gratissimum (folha e flor)

2,5 mL

Passiflora alata (folha)

15 mL

Pfaffia glomerata (raiz)

15 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas. 

Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiqueta
Principais indicações

Ansiedade e depressão.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de chá ou sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Aloysia polystachya, Erythrina mulungu, Lippia alba, Melissa officinalis e Passiflora incarnata

       1:1:1:1:1

 
Modo de preparo

Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.

Principais indicações

Ansiedade e depressão.

Posologia

Uso oral: Tomar 30 gotas, 3 vezes ao dia, por 60 dias.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Número da cápsula e quantidade

Erythrina mulungu  (droga vegetal)

N° 0 (290 a 300 mg)

Q.s.p

1 cápsula

Modo de preparo

Pulverizar a droga vegetal (entrecasca) e encapsular. 

Principais indicações

Ansiedade e insônia.

Posologia

Uso oral: tomar 1 cápsula, 1 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 5 ]

Fórmula

 

Componente

Quantidade

Entrecasca seca fragmentada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 

 

Componente

Quantidade

 Flor seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Entrecasca: preparar por infusão, por 10 a 15 minutos.

Flor: preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Ansiedade e insônia.

Posologia

Infuso da entrecasca (uso oral): adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto duas a três vezes ao dia.

Infuso da flor (uso oral): adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 127-129.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 331-332.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 310-311.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 388-389.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 78-80.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

eicosanoico, linoleico, mirístico, palmítico e esteárico.

Alcaloides

eritrina, erisotrina, erisopina, erisodina, eritratina, eritralina, eritramina, eritravina, eritrartina, ericristagalina, cristamidina, cristadina, pelargodina, hipoforina e β-eritroidina.

Fitosteróis

β-sitosterol e estigmasterol.

Flavonoides

homohesperitina e faseolina.

Isoflavonas

Saponinas

eritrocoraloidina e migurrina.

Triterpenos pentacíclicos

lupeol e eritrodiol.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 113.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 220.
3 - BRASÍLIA. CAMILLO, J.; ALVES, R. B. N. Erythrina speciosa e Erythina verna (mulungu). In: Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 792-793.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Fiocruz e Abifisa
Ano de Publicação: 2022
Arquivo: PDF icon Download (789.75 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2008
Arquivo: PDF icon Download (242.69 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
Arquivo: PDF icon Download (61.68 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (92.39 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (58.87 KB)

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional de prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,2,3].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

por ter ação cardiodepressora, está contraindicado nos casos de insuficiência cardíaca e nas arritmias cardíacas. Recomenda-se cautela no uso das sementes e as inflorescências desta espécie, pois apresentam toxicidade[1,3,4].

Interações medicamentosas: 

estudo in vitro demonstra que L. sidoides não modula, significativamente, a expressão do CYP3A4. Associar com Melissa officinalis (melissa) e Lactuca sativa (alface) nos casos de insônia[1,5].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 128-129.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 80.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 81, 2021.
4 - BRASÍLIA. CAMILLO, J.; ALVES, R. B. N. Erythrina speciosa e Erythina verna (mulungu). In: Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 794.
5 - MAZZARI, A. L. D. A. et al. In vitro effects of four native Brazilian medicinal plants in CYP3A4 mRNA gene expression, glutathione levels, and P-glycoprotein activity. Front Pharmacol, v. 7, p.1-12, 2016.  doi: 10.3389/fphar.2016.00265

Propagação: 

por sementes (principalmente) e estacas. As sementes devem ser submetidas ao processo de escarificação e imersão em água por 24 horas, antes da semeadura. Para o plantio utiliza-se saquinhos plásticos (10 cm de largura x 15 cm de comprimento), contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e profundidade de 1 cm. A germinação (aproximadamente 90%) ocorre de 5 a 7 após a semeadura. Os saquinhos contendo as sementes devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por aproximadamente 40 dias. Posteriormente, as mudas devem ser transferidas para local definitivo, a pleno sol, em covas de 20x20 cm, contendo 0,5 kg de esterco, espaçamento de 4 m entre plantas e 5 m entre ruas. As mudas que permanecem em viveiro por mais de 40 dias, a raiz pivotante pode ultrapassar o saco plástico, e ocorrer lesão da mesma durante o processo de transferência para o campo, comprometendo assim, o desenvolvimento da planta [ 1 , 2 ] .

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação em áreas de coleção de plantas medicinais deve ser realizada quinzenalmente [ 1 ] .

Colheita: 

a entrecasca deve ser retirada de ramos laterais, preservando íntegro o tronco da planta. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua cheia. As sementes devem ser retiradas manualmente, a partir de frutos colhidos diretamente da planta ou daqueles lançados pelo vento ao chão (após 1 semana no chão torna-se inviável encontrar as sementes, pois estas se desprendem do fruto) [ 1 ] .

Pós-colheita: 

as flores e a entrecasca podem ser utilizadas frescas ou secas, sendo que para as flores a melhor opção é utiliza-las na forma fresca. O processo de secagem pode ser realizado em estufa de ar circulante com temperatura de 45°C/2 dias (flores) e 45°C/5 dias (entrecasca). Posteriormente, a droga vegetal deve ser armazenada em local não úmido e utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca (até 40 mesh), para o preparo de tinturas e extratos, e não deve ser armazenada por período superior a 3 meses [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

esta espécie desenvolve-se melhor em área com boa disponibilidade de água (próximo de afluentes). Observa-se a redução da viabilidade das sementes, após 1 ano de armazenamento [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 111-113.
2 - BRASÍLIA. CAMILLO, J.; ALVES, R. B. N. Erythrina speciosa e Erythina verna (mulungu). In: Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2016. p. 795-796.

Parceiros