Eucalyptus globulus Labill.

Eucalipto medicinal, árvore-da-febre, comeiro-azul e mogno-branco.

Família 
Informações gerais 

Originária da Austrália e Tasmânia, atualmente encontra-se cultivada em todo o mundo, especialmente em áreas subtropicais do sul da Europa, África, Ásia e América. Suas principais indicações são: antisséptica, expectorante, antitussígena, antibacteriana, antiviral, antigripal, antitérmica, antialérgica, anti-inflamatória, cicatrizante e antioxidante[1,2,3,4,5,6,78,9,10,11,12].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 7-13.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 124-125.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 85-87.
4 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 219.
5 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 115-117.
6 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 385-386.
7 - WEBER, R. W. On the cover. Eucalyptus globulus. Ann Allergy Asthma Immunol, v. 104, n. 6, p.A3, 2010. doi: 10.1016/j.anai.2010.05.007
8 - MUKHERJEE, P. K; HOUGHTON, P. J. Evaluation of Herbal Medicinal Products Perspectives on quality, safety and efficacy. London: Pharmaceutical Press, 2009, p. 207 e 251.
9 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 247-248.
10 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 268-270.
11 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 283-287.
12 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 61-62.
Descrição da espécie 

Árvore de grande porte, medindo de 70 a 80 m de altura (podendo atingir até 100 m), apresenta tronco ereto, ramos cilíndricos, casca lisa, acinzentada ou castanha, desprendendo-se em grandes placas, possui copa arredondada e aberta; as folhas são alternadas e pecioladas, com dimorfismo muito nítido, as jovens são azuladas, largas, curtas e peltadas, de 7 a 16 x 4 a 9 cm, ovadas a amplamente lanceoladas, enquanto que as adultas são coriáceas, estreitas (2,5 a 4,5 cm), compridas (15 a 30 cm), pontiagudas, de cor verde brilhante e fortemente aromáticas com odor de cineol; as flores são esbranquiçadas, solitárias, nascem na base do pecíolo e são produtoras de néctar; os frutos se apresentam em forma de cápsula, quadrangular e verrugoso, com até 2 cm de comprimento; as sementes são arredondadas e negras[1,2,3,4,5,6].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 7.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 115-116.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 385.
4 - WEBER, R. W. On the cover. Eucalyptus globulus. Ann Allergy Asthma Immunol, v. 104, n. 6, p.A3, 2010. doi: 10.1016/j.anai.2010.05.007
5 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 268.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 283-284.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Eucalipto Brasil Folha

No tratamento de afecções do sistema respiratório superior e inferior (antigripal, expectorante, mucolítica, antisséptica, anti-inflamatória, antitérmica e coadjuvante no tratamento de bronquite e asma).

Infusão: 2 g (colher de sobremesa) em 150 mL (xícara de chá) ou óleo essencial: 10 a 20 gotas (1 mL) em 1 L de água fervente (com fogo apagado). 

Fazer inalação de 2 a 3 vezes ao dia. Para o uso do óleo fazer inalação fechando o sistema com toalha por 10 minutos. Este processo requer cuidados para não se queimar e não sofrer choques térmicos após a inalação. Durante o procedimento manter os olhos fechados.

O óleo não dever ser usado em pessoas com inflamação gastrointestinal, biliar e doença hepática grave. Deve-se ter cautela com a associação com hipoglicemiantes, sedativos e analgésicos. Pode provocar alegria em pessoas sensíveis e evitar o uso excessivo na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Eucalipto medicinal Nordeste (Brasil) Folha

No tratamento de afecções do sistema respiratório superior e inferior.

Infusão: 10 a 20 folhas em 500 mL de água. Utilizar uma panela como gerador de vapor.

Aspirar o vapor durante 15 minutos. Adicionar folhas e água quando o vapor perder o aroma. Pode-se usar um pequeno funil de papel rígido para aspiração e uma cobertura sobre ombros, cabeça e panela, aumentando a eficiência do tratamento (indicado para adultos). Para crianças deve-se utilizar umidificador elétrico ou sistema de geração de vapor e colocar ao lado da cama ou berço, durante 2 a 3 horas, sob vigilância.

-

[ 2 ]
Eucalipto medicinal Nordeste (Brasil) Folha

Coadjuvante no tratamento de gripe e bronquite.

Óleo: 20 g de folha (cortadas) em 500 g de óleo de cozinha. Reservar em recipiente fechado por 3 dias e coar. 

Friccionar demoradamente as costas e o peito. O óleo também pode ser adicionado em cremes ou em outros óleos.

-

[ 2 ]
Eucalipto medicinal Ceará (Brasil) Folha

Antitérmica, calmante, expectorante, antigripal e no tratamento de resfriados.

Infusão. 

Uso oral.

-

[ 3 ]
Eucalipto medicinal Ceará (Brasil) Folha

Antigripal, balsâmica e adstringente.

Infusão: 4 a 6 g do material vegetal (fresco ou seco) em 1 xícara com água fervente. 

Tomar ainda quente, 2 a 3 xícaras ao dia.

-

[ 4 , 5 ]
Eucalipto medicinal Ceará (Brasil) Folha

Antigripal, balsâmica e adstringente.

Infusão: punhado do material vegetal (fresco ou seco) em meio à 1 L de água fervente. 

Fazer inalação de 1 a 2 vezes ao dia, de preferência o deitar.

-

[ 4 , 5 ]
Eucalipto Colômbia (Zona Tropical) Folha

Antigripal, antitussígena, anti-inflamatória, antiviral, antisséptica e no tratamento de bronquite.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 6 ]
Eucalipto Colômbia (Zona Tropical) Folha

No tratamento de dermatoses, caspas, herpes e furúnculos.

Infusão.

Uso externo.

-

[ 6 ]
Eucalipto Colômbia (Zona Tropical) Folha

No tratamento de afecções do sistema respiratória superior e inferior, e antirreumática.

Óleo.

Uso interno (inalação) ou uso externo (tópico).

-

[ 6 ]
Eucalipto, eucalipto-limão, árvore-da-febre e mogno-branco Brasil Folha

No tratamento da gripe, congestão nasal e sinusite.

Chá: 4 a 6 folhas (bem picadas) em 1 xícara (média) de água fervente.

Inalação.

-

[ 7 ]
Kalitusi Budondo (Distrito de Jinja, Uganda, África) Folha

Repelente de inseto.

Queimar as folhas (frescas) para gerar fumaça.

-

-

[ 8 ]
Eucalipto Barbalha (Ceará, Brasil) Folha

No tratamento de infecções respiratórias agudas (gripe, congestão nasal, sinusite, febre e tosse).

Chá (infusão ou decocção).

Uso interno e na forma de inalação.

-

[ 9 ]
Safeda Haripur (Província de Khyber Pakhtunkhwa, Paquistão) Folha

Antigripal.

-

-

-

[ 10 ]
Eucalipto Colômbia (Costa Norte) Folha (fresca ou seca)

Antigripal.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 11 ]
Eucalipto Tlanchinol Hidalgo (México) -

Antitussígena.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 12 ]
- Myanmar (Sudeste Asiático) Folha

Antimalárica.

-

-

-

[ 13 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 138.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 218-221.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 126.
4 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 94.
5 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. Fortaleza: UFC, 1991, p. 39.
6 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 219.
7 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 385.
8 - BAANA, K. et al. Ethnobotanical survey of plants used as repellents against housefly, Musca domestica L. (Diptera: Muscidae) in Budondo Subcounty, Jinja District, Uganda. J Ethnobiol Ethnomed, v. 14, n. 1, p.1-8, 2018. doi: 10.1186/s13002-018-0235-6
9 - LEMOS, I. C. S. et al. Ethnobiological survey of plants and animals used for the treatment of acute respiratory infections in children of a traditional community in the municipality of Barbalha, Ceará, Brazil. Afr J Tradit Complement Altern Med, v. 13, n. 4, p.166-175, 2016. doi: 10.21010/ajtcam.v13i4.22
10 - KHAN, N. et al. Ethnobotanical and antimicrobial study of some selected medicinal plants used in Khyber Pakhtunkhwa (KPK) as a potential source to cure infectious diseases. BMC Complement Altern Med, v.14, p.1-10, 2014. doi: 10.1186/1472-6882-14-122
11 - GÓMEZ-ESTRADA, H. et al. Folk medicine in the northern coast of Colombia: an overview. J Ethnobiol Ethnomed, v. 7, p.1-11, 2011. doi: 10.1186/1746-4269-7-27
12 - ANDRADE-CETTO, A. Ethnobotanical study of the medicinal plants from Tlanchinol, Hidalgo, México. J Ethnopharmacol, v. 122, n. 1, p.163-171, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2008.12.008
13 - BAWM, S. et al. Evaluation of Myanmar medicinal plant extracts for antitrypanosomal and cytotoxic activities. J Vet Med Sci, v. 72, n. 4, p.525-528, 2010. doi: 10.1292/jvms.09-0508

Anti-histamínica

Anti-histamínica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 250 mL de n-hexano e etanol. Rendimento: 22,58 e 42,49 g, respectivamente. Concentração para ensaio: 0,5 mg/mL.

In vitro:

Em células leucêmicas basofílicas de ratos (RBL-2H3) sensibilizadas com IgE, pré-incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da concentração de histamina.

 

Neste estudo, das 12 espécies vegetais analisadas, apenas os extratos etanólicos e metanólicos de Plantago major, Eucalyptus globulus, Cinnamomum massoiae e Vitex trifolia inibem a liberação de histamina dependente de IgE.

[ 33 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico. Rendimento: 10,5% (p/p).

In vitro:

Em macráfagos da medula óssea (BMDMs) de camundongos C57BL/6 estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da ativação do complexo proteico inflamassomas (NLRP3), expressão da proteína adaptadora ASC, níveis de IL-1β, IL-8 e caspase-1 por imunoabsorção enzimática (ELISA) e imunoblotting, e viabilidade celular através dos ensaios MTT e LDH.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 portadores de peritonite induzida por urato monossódico (MSU), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos neutrófilos Ly6G+/F4/80- por citometria de fluxo, da concentração de IL-1β por imunoabsorção enzimática (ELISA) e expressão da proteína ASC por imuohistoquímica.

Observou-se que o extrato de E. globulus apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe a ação do complexo inflamassoma através da regulação da proteína ASC.

[ 19 ]
Folha

Extrato hidroalcoólico (1:24). Concentração estoque: 1,68 g/L. Outra espécie em estudo: Thymus vulgaris (flor).

In vivo:

Em macrófagos murinos (J774A) estimulados por lipopolissacarídeo (LPS) e interferon-gama (TNF-γ), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (NO), quantificação e expressão da enzima óxido nítrico sintase (iNOS) e viabilidade celular (ensaio MTT).

Observou-se que os extratos de E. globulus e T. vulgaris reduzem os níveis de NO, além da ausência de citotoxicidade.

[ 30 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Óleo essencial. Rendimento: 1%. Doses para ensaio: 0,1 a 100 mg/kg. Outras espécies em estudo: Eucalyptus citriodora e E. tereticornis.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com os óleos vegetais, e submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, placa quente, edema de pata induzido por carragenina ou dextrana, migração de neutrófilos na cavidade abdominal induzida por carragenina e permeabilidade vascular cutânea induzida por carragenina ou histamina.

Observou-se que os óleos vegetais das espécies em estudo apresentam atividades analgésica e anti-inflamatória.

[ 31 ]

Anti-inflamatória e Protetora da neuropsicose

Anti-inflamatória e Protetora da neuropsicose
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial. Doses para ensaio: 500, 1000 e 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de psicose induzida por cetamina, tratados com o óleo vegetal, com posterior avaliação da atividade locomotora (testes de natação forçada, evação e barra), parâmetros bioquímicos e neuroquímicos (GSH, TNF-α, AChE, GABA  e DOPA).

Observou-se que o óleo de E. globulus, nas doses de 500 e 1000 mg/kg, apresenta atividade protetora da neuropsicose, anti-inflamatória e antioxidante, além da ausência de toxicidade.

[ 18 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Thymus vulgaris, Allium cepa, A. sativum, Salvia officinalis, Dianthus caryophyllus, Mentha spicata e M. piperita.

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli (O157:H7) submetidas aos testes de disco-difusão em ágar e microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM).

 

A combinação dos óleos essenciais de Eucalyptus globulus, Dianthus caryophyllus, Mentha piperita e Thymus vulgaris demonstra atividade antibacteriana potente.

[ 9 ]
Folha e fruto

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Eucalypto radiata e E. citriodora.

In vitro:

Em linhagens de bactérias gram-positivas e gram-negativas multiresistentes, incubadas com os óleos essenciais e submetidas ao ensaio de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).

 

Observou-se que o óleo essencial dos frutos de E. globulus apresenta atividade antibacteriana mais potente.

[ 12 ]
-

Óleo.

In vitro:

Em isolados de Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae, S. agalactiae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, H. parainfluenzae, Klebsiella pneumoniae, Stenotrophomonas maltophilia, submetidos ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM), e em células Vero infectadas por adenovírus e vírus da caxumba incubadas com o óleo vegetal com posterior análise da atividade antiviral.

Em células Vero incubadas com o óleo vegetal e submetidas ao ensaio MTT.

 

Observou-se que o óleo de E. globulus apresenta atividade antibacteriana, principalmente para H. influenze, H. parainfluenzae e S. maltophilia, contudo não demonstra ação antiviral significativa.

[ 15 ]
Folha

Extrato metanólico.

In vitro:

Em isolados de Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae e Haemophilus influenzae submetidos ao ensaio de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM).

 

Observou-se que o extrato de E. globulus apresenta efetividade para o tratamento de infecções bacterianas do sistema respiratório.

[ 16 ]

Antifotoenvelhecimento

Antifotoenvelhecimento
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 5 g do material vegetal (seco) em 500 mL de etanol à 50%. Rendimento: 30%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 100 µg/mL e (in vivo): 1 e 5%

In vitro:

Em fibroblastos dérmicos humanos normais (NHDFs) submetidos a radiação ultravioleta (UVB) e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), quantificação de MMPs, IL-6 e TGF-β-1 (ELISA) e expressão de MMP-1, pró-colágeno tipo 1 e gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (Westen blotting). 

 

In vivo:

Em camundongos sem pelos (SKH:HR-1) submetidos a radição ultravioleta (UVB) e tratados com o extrato vegetal, com posterior medição das rugas, análise da função fisiológica (Espectro de reflectância) e histológica (Microscopia de luz).

Observou-se que o extrato de E. globulus reduz o fotoenvelhecimento induzido por radiação UVB.

[ 7 ]

Antifúngica e Hipoglicemiante

Antifúngica e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Pó. Dose para ensaio: 62,5 g/kg adicionado à dieta alimentar.

In vivo:

Em ratos Wistar normoglicêmicos ou portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, infectados por Candida albicans, e suplementados com as folhas de eucalipto, com posterior análise do peso corporal, ingestão de água e alimentos, nível glicêmico plasmático e concentração fúngica em homogenato hepático e renal.

Observou-se que E. globulus apresenta atividade antifúngica e hipoglicemiante.

[ 26 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e fruto

Extrato metanólico. Frações: n-hexano, n-butanol, acetato de etila e aquosa. Concentrações para ensaio: 1, 2 e 3 mg/disco.

In vitro:

Em linhagens de Klebsiella pneumonia, Pseudomonas aeruginosa, Staphyloccus aureus, Bacilus subtilis, Eschericia coli e Candida albicans, incubadas com o extrato e frações vegetais e submetidas ao ensaio disco-difusão em ágar.

 

Observou-se que o extrato e frações da folha e fruto apresentam atividade antimicrobiana moderada, exceto a fração de n-hexano que demonstra resistência bacteriana e fúngica.

[ 6 ]
-

Extrato: 25 g do material vegetal em água, n-hexano e etanólico. Outras espécies em estudo: Caloptropis procera, Artemisia maritima, Neolitsea chinensis, Azadirachta indica, Cedrela toona, Melia azedarach, Punica granatum, Nigella sativa e Bergenia ciliata.

In vitro:

Em linhagens de Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella typhi e Shigella dysentriae incubadas com os extratos vegetais e submetidas ao ensaio de disco-difusão em ágar e diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).

 

Observou-se que os extratos etanólicos de A. indica, E. globulus, B. ciliata e P. granatum apresentam atividade antimicrobiana mais potente.

[ 10 ]
Folha

Extrato etanólico (à 50 ou 90%). Outras espécies em estudo: Acacia nilotica (folha), Cinnamum zeylanicum (casca), Syzygium aromaticum (botão floral) e Terminalia arjuna (casca).

In vitro:

Em cepas multiresistentes de Staphylococcus aureus, Streptoccus mutans, E. bovis, Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella typhimurium, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Candida albicans submetidas ao teste disco-difusão em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida/fungicida mínima (CBM/CFM).

 

Observou-se que o extrato de E. globulus não apresenta atividade antimicrobiana significativa, exceto as espécies A. nilotica, C. zeylanicum e S. aromaticum.

[ 14 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato hidroalcoólico. Rendimento: 6%. Doses para ensaio: 130 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores submetidos a intoxicação com acetaminofeno, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (creatina, ureia, ácido úrico, proteínas) e renais (histológico, peroxidação lipídica, CAT, SOD e GPX).

Observou-se que o extrato de E. globulus apresenta atividade antioxidante, prevenido os danos renais provocados pela intoxicação por acetaminofeno.

[ 24 ]

Antioxidante e Citotóxica

Antioxidante e Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Cymbopogon nardus e Mentha piperita var. mutimentha.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (radical DPPH) e citotóxica em células Vero (linhagem normal de macaco) e HeLa (linhagem cancerígena humana) do óleo essencial incorporado em microemulsões (contendo de 0,8 a 11%) ou isolado (solubilizado em DMSO).

 

Observou-se que a microemulsão apresenta atividades antioxidante e citotóxica mais potentes, devido a solubilidade favorável e redução da volatilização dos óleos essenciais.

[ 4 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Tintura: 200 g do material vegetal (seco) em 1 L de etanol. Dose para ensaio: equivalente a 130 mg de folha seca/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose plasmática, glicogênio hepático, peroxidação lipídica, quantificação proteica, atividades de CAT, SOD e GPX) e histológica.

Observou-se que o extrato de E. globulus apresenta atividade hipoglicemiante e antioxidante.

[ 28 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 150 g do material vegetal (triturado), por hidrodestilação. Outra espécie em estudo: Zingiber officinalis (rizoma).

In vitro:

Em cistos de Giardia lamblia incubados com os óleos vegetais, associados ou não, em condições similares ao estômago humano (ambiente ácido), com posterior análise de eficácia através da quantificação de cistos mortos.

 

Observou-se que E. globulus apresenta atividade antiprotozoária, impedindo a viabilidade cística, principalmente após 480 minutos de incubação com o óleo vegetal.

[ 1 ]
Folha

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Curcuma xanthorrhiza, C. zedoaria e Zingiber zerumbet (rizomas). Concentrações para ensaio: 5 e 10%.

In vitro:

Em ovos de Pediculus humanus capitis coletados de humanos, imersos em 12 diferentes soluções, contendo várias combinações dos óleos vegetais, com posterior análise de eclosão em estereomicroscópio, para determinar a taxa de mortalidade.

 

A associação dos óleos essenciais das espécies em estudo, demonstram sinergismo quanto a atividade ovicida, principalmente a combinação de 10% de C. zeodaria e 10% de E. glolubus.

[ 5 ]
-

Spray: contendo 8, 12 e 15% de óleos essenciais de Eucalyptus globululus e Eugenia caryophyllata, na proporção de 7:3, 5:5 e 3:7 (p/p), respectivamente.

In vitro:

Em amostra de fios de cabelos humanos tratados com as formulações contendo os óleos vegetais e infectados por fêmeas adultas de Pediculus humanus capitis suscetíveis(KR-HL) e resistentes (BR-HL) a inseticidas, com posterior análise de mortalidade do parasita.

 

Observou-se que o óleo de E. globulus apresenta atividades antiparasitária e ovicida mais potentes.

[ 13 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água (por infusão ou decocção). Concentrações para ensaio: 12,5 a 200 µg/mL.

In vitro:

Em células cancerígenas humanas pancreática (PANC-1), pulmonar (NCI-H460) e  colorretal (HCT-15), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (Ensaio com azul de Tripan), perfil do ciclo celular e apoptose (Citometria de fluxo), proliferação celular (Ensaio bromodeoxiuridina) e expressão proteica (Western blotting).

 

Observou-se que ambos os extratos aquosos de E. globulus apresentam atividade antitumoral, contudo, a decocção demonstra ação mais potente para as células NCI-H460, dose-dependente.

[ 3 ]

Citoprotetora

Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo. Nanoemulsão contendo 5% de óleo vegetal (diluições de 0,1, 0,2 e 0,3%).

In vitro:

Em células mononucleares de sangue periférico incubadas com a nanoemulsão (após testes de estabilidade), com posterior análise da genotoxicidade (ensaio MTT), peroxidação lipídica (MDA), carbonilação proteica (por espectrofotômetro), danos ao DNA (teste do Cometa)  e atividade hemolítica (por espectrofotômetro).

 

Observou-se que a nanoemulsão contendo o óleo de E. globulus armazenada durante 90 dias, apresenta atividade citoprotetora e ausência de citotoxicidade, principalmente na diluição de 0,1%.

[ 8 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato hidroalcoólico (1:2, v/v). Outra espécie em estudo: Lagerstroemia speciosa (folha). Dose para ensaio: 1% (p/p) da dieta alimentar.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de esteato-hepatite não alcoólica (NASH) induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, ALP, ChE, CT, HDL, níveis de glicose, insulina e adiponectina) e hepáticos (histologia, triacilglicerol, TBARS, atividade da enzima 6PGD e expressão de TNF-α, IL-6 e MCP-1).

Observou-se que os extratos vegetais em estudo apresentam atividade hepatoprotetora, pois reduz a lipogênese e a peroxidação lipídica, além da ação anti-inflamatória.

[ 23 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão ou decocção: 250 g do material vegetal em 1 L de água. Frações: metanol, acetona ou acetato de etila. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,25 a 0,5 g/L.

Pó. Dose para ensaio (in vivo): 62,5 g/kg.

In vitro:

Em músculo abdominal de ratos albinos incubados com o extrato vegetal aquoso, associado ou não com insulina, com posterior análise do transporte e metabolização da glicose.

Em células pancreáticas clonais (BRIN-BD11) incubadas com os extratos vegetais e frações, com posterior análise da secreção de insulina.

 

In vivo:

Em ratos albinos tratados com estreptozotocina e suplementados com o pó vegetal, com posterior análise da glicose plasmática, peso corporal, ingestão de alimentos e água.

Observou-se que o extrato de E. globulus apresenta atividade hipoglicemiante, pois estimula a secreção de insulina (extrato aquoso e fração metanólica) e aumenta a captação e o metabolismo muscular da glicose.

[ 34 ]
Folha

Pó: 6,25% do material vegetal introduzido na dieta alimentar.

Extrato: infusão ou decocção de 1 g do material vegetal (pó) em 400 mL de água.

In vivo:

Em camundongos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o pó e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de glicose e insulina, peso corporal, ingestão de alimentos e água.

Neste estudo das 11 plantas medicinais analisadas, 5 espécies: Agrimonia eupatoria, Medicago sativa, Coriandrum sativum, Eucalyptus globulus e Juniperus communis apresentam atividade hipoglicemiante significativa.

[ 27 ]
Folha

Extrato hidroalcoólico (à 80%). Rendimento: 0,05 (p/p). Doses para ensaio: 10 e 50 mg/kg.

In vivo:

Em ratos albinos portadores de diabetes induzido por nicotinamida e estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis séricos de glicose, e teste de toxicidade aguda.

Neste estudo das 16 plantas avaliadas, os extratos de Cassia acutifolia, Fraxinus ornus, Salix aegyptiaca, Cichorium intybus e Eucalyptus globulus apresentam atividade hipoglicemiante mais potente, além a ausência de toxicidade até a dose de 1500 mg/kg.

[ 11 ]

Redutora da adiposidade

Redutora da adiposidade
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em etanol/água (1:20, v/v). Rendimento: 200 g. Dose para ensaio: 10 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar suplementados com dieta hipercalórica (amido ou sacarose), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, níveis de glicose e triacilgliceróis, atividade enzimática (KHH, G6PDH e sacarase) e absorção intestinal de frutose.

Observou-se que o extrato de E. globulus reduz significativamente a adiposidade induzida por sacarose ou frutose, exceto para a ingestão de amido.

[ 29 ]

Repelente de insetos

Repelente de insetos
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 150 g do material vegetal em 1000 mL de água, por hidrodestilação. Rendimento: 0,235%. Outra espécie em estudo: Zingiber officinale (rizoma). Concentrações para ensaio: 250, 500, 700 µL/mL e óleo puro.

In vitro:

Em mosquitos da espécie Culex theileri submetidos ao bioensaio em olfatômetro de tubo em Y.

 

Observou-se que o óleo puro de E. globulus apresenta atividade repelente, mais potente, bem como ação inseticida.

[ 17 ]
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Mentha piperita, Cymbopogon citratus e Citrus sinensis. Concentrações para ensaio: 0,005 a 0,025 µL/cm3.

In vitro:

Em mosquitos da espécie Musca domestica submetidos ao teste de repelência em câmaras contendo os óleos vegetais isolados ou em associação.

 

Neste estudo E. globulus apresenta baixa repelência, contudo M. piperita demonstra ação mais potente, bem como a combinação com C. citratus (70:30).

[ 20 ]
Folha

Óleo essencial: 200 g do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Outras espécies em estudo: Ocimum sanctum, Mentha piperita e Plectranthus amboinicus. Concentração: 20% de óleo essencial em etanol.

In vitro:

Em mosquitos da espécie Aedes aegypti submetidos ao ensaio de repelência em placas Petri.

 

Observou-se que a associação dos óleos vegetais apresenta atividade repelente, contudo o óleo essencial de E. globulus isoladamente, não demonstra ação significativa.

[ 21 ]
Folha

Óleo essencial: por destilação à vapor. Outra espécie em estudo: Cymbopogon nardus.

In vitro:

Em mosquitos Aedes aegypti susceptíveis ou resistentes à inseticidas, submetidos análise comportamental (excitação-repelência) após exposição aos óleos vegetais.

 

Observou-se que o óleo essencial de E. globulus apresenta baixa repelência, contudo C. nardus demonstra ação mais potente, principalmente para linhagens de A. aegypti ditas resistentes.

[ 22 ]
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Lavandula officinalis, Rosmarinus officinalis e Thymus vulgaris.

In vivo:

Em ratos sem pelos (SKH-I HRBR) submetidos ao teste de repelência aos mosquitos Culex pipiens pallens, após aplicação tópica dos óleos essências.

Observou-se que os óleos vegetais em estudo apresentam atividade repelente, principalmente a espécie T. vulgaris.

[ 32 ]

Sistema reprodutor masculino

Sistema reprodutor masculino
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação. Outra espécies em estudo: Oreganum vulgare (folha) e Salvia officinalis (folha).

In vitro:

Em espermatozóides isolados do sêmen de 22 voluntários normais, incubados com os óleos vegetais, com posterior análise de parâmetros fisiológicos (mobilidade e viabilidade) em câmara Makler e coloração de eosina à 2%.

 

Observou-se que E. globulus apresenta melhoria na mobilidade e viabilidade dos espematozóides, contudo, a espécie O. vulgare demonstra resultados mais potentes.

[ 2 ]
Ensaios toxicológicos

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Pó. Doses para ensaio: 3,25 e 6 mg/kg. Outra planta em estudo: Uncaria tomentosa (3,54 e 7,14 mg/kg).

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com diazepam associado com extrato vegetal, com posterior análise de efeitos psicofarmacológicos (atividade motora espontânea, grau de relaxamento muscular, avaliação comportamental e capacidade exploratória).

Os extratos vegetais em estudo interagem com o diazepam, sendo que o de E. globulus inibe a ação ansiolítica sem relaxamento muscular, e o de U. tomentosa potencializa a atividade motora espontânea e a capacidade exploratória.

[ 25 ]

Referências bibliográficas

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2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 119, 2018.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 82, 2021.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 85, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                     * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca, rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Afecções das vias aéreas superiores (BLUMENTHAL, 1998). Antisséptico das vias aéreas superiores e expectorante (BRASIL, 2014; BRASIL, 2018).

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha adulta seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Afecções das vias aéreas superiores (BLUMENTHAL, 1998). Antisséptico das vias aéreas superiores e expectorante (BRASIL, 2014; BRASIL, 2018).

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Uso oral: crianças acima de 3 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 129-131.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 80-82.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 , 13 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

protocatéquico, glicólico, cafeico, ferúlico e gentísico.

Aldeídos

mirtenal.

Cetonas

carvona e pinocarvona.

Flavonoides

quercitrina, quercetina, campferol, rutina, catequina, eucaliptrina, eriodictiol, taxifolina e engelitina.

Óleos essenciais

1,8-cineol (eucaliptol), α e β-pineno, limoneno, p-cimeno, γ-terpineno, α-terpineol, terpineno-4-ol, terpinoleno, α-acetato de terpenil, β-mirceno, α-felandreno, sabinol, canfeno, eucaliptona, sabineno, alcanfor, pinocarveol, p-ment(1)7-en-2-one, isoledeno, α e γ-gurjuneno, α-selineno, longifoleno, pinocarvona, azuleno, guaiol, cubenol, β-eudesmol, δ-cadieno, globulol, epiglobulol, ledeno, ledol, viridiflorol, aromadendreno, aloaromadendreno e dehidroaromadendreno.

Outras substâncias

euglobais e macrocarpais.

Resinas

eucaliptina e eucalitrina.

Taninos

ácido gálico, eucaglobulina, tellimagradina I, eucalbanina C, 2-O-digaloil-1,3,4-tri-O-galoil-β-D-glicose e 6-O-digaloil-1,2,3-tri-O-galoil-β-D-glicose.

Referências bibliográficas

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7 - SIENIAWSKA, E. et al. Microemulsions of essentials oils - Increase of solubility and antioxidant activity or cytotoxicity? Food Chem Toxicol, v. 129, p.115-124, 2019. doi: 10.1016/j.fct.2019.04.038
8 - MULYANINGSIH, S. et al. Antibacterial activity of essential oils from Eucalyptus and of selected components against multidrug-resistant bacterial pathogens. Pharm Biol, v. 49, n. 9, p.893-899, 2011. doi: 10.3109/13880209.2011.553625
9 - HOU, A. J. et al. Hydrolyzable tannins and related polyphenols from Eucalyptus globulus. J Asian Nat Prod Res, v. 2, n. 3, p.205-212. doi: 10.1080/10286020008039912
10 - OSAWA, K. et al. Eucalyptone from Eucalyptus globulus. Phytochemistry, v. 40, n. 1, p.183-184, 1995. doi: 10.1016/0031-9422(95)00233-w
11 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 247.
12 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 268.
13 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 61-62.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2014
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2014
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2013
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2013
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2002
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2002
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação (exceto o óleo essencial) a partir dos 3 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional de prescritor. O óleo essencial deve ser diluído antes do uso (interno ou externo)[1,2,5,6].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol), portadores de úlceras gástricas, gastrites e disfunções da vesícula biliar ou insuficiência hepática, pessoas com hipersensibilidade ao óleo de eucalipto ou ao 1,8-cineol, crianças com histórico de convulsões relacionadas a febre ou não. Não deve ser aplicado na pele irritada ou em feridas abertas. Usar com cautela em pacientes diabéticos, pois o eucalipto pode reduzir os níveis de glicose no sangue.[1,2,3,5,6,7,8,9,10].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode provocar broncoespasmos em pessoas sensíveis, especialmente em bebês. Doses elevadas de óleo essencial (acima de 3,5 mL) podem provocar epigastralgia, náuseas, vômitos, diarreia, irritação intestinal, alterações auditivas, tontura, sonolência, torpor, apneia, alterações neurológicas (alucinações e parestesias), convulsões, fraqueza muscular, ataxia, taquicardia, problemas respiratórios, hematúria, cianose, dilatação e contração da pupila. Crianças com menos de 30 meses podem apresentar laringoespasmo devido à presença de 1,8-cineol no medicamento. Quanto maior a quantidade de cineol, maior a fototoxicidade. O óleo essencial por inalação em vaporizadores não apresenta efeitos adversos em humanos, contudo, para uso tópico pode ocorrer irritação da pele, bolhas e queimaduras. O contato com a droga vegetal também pode causar urticária, dermatite de contato e irritação da pele[1,2,3,4,5,6,8].

Interações medicamentosas: 

o óleo essencial pode induzir enzimas hepáticas envolvidas no metabolismo de alguns fármacos (hipoglicemiantes, sedativos, analgésicos e outros), alterando assim, a ação destes medicamentos. Pode intensificar os sintomas de dificuldade de raciocínio e alterações no sistema nervoso quando associado com benzodiazepínicos, barbitúricos, narcóticos, antidepressivos e etanol). Pode aumentar a absorção do quimioterápico 5-fluoruracila quando aplicado na pele na forma de loção. Nos quadros respiratórios associar (exceto o óleo essencial de eucalipto) com Curcuma longa (açafrão), Mikania laevigata (guaco), Sambucus nigra (sabugueiro), Thymus vulgaris (tomilho) ou Illicum verum (anis)1,2,3,5,6,7,8,9,10].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 130-1319.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 82.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 83-84 e 86, 2021.
4 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 226-227.
5 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 248.
6 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 270.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 284-285.
8 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 61-62.
9 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 138.
10 - NICOLETTI, M. A. et al. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, v. 19, n. 1/2, 2007.

Propagação: 

é realizada por semente. As sementes são retiradas do fruto e despejadas sobre peneira com malha de 1 mm. A semeadura (3 unidades) é realizada em tubetes contendo substrato industrializado, em seguida faz-se a cobertura das sementes com uma camada de 3 mm do mesmo substrato. Aos 40 dias após a semeadura, faz-se o raleio das mudas mediante poda rente à superfície, deixando apenas 1 muda por tubete. Plantas com 15 a 20 cm de comprimento, devem ser plantadas em local definitivo no campo (a pleno sol), em covas de 20x20 cm, com 1 kg de esterco/cova, com espaçamento de 3 m entre planta e 3 m entre ruas [ 1 , 2 ] .

Colheita: 

as folhas devem ser colhidas a partir de 1 ano após o plantio no campo, preferencialmente após as 10 horas da manhã. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 , 2 ] .

Pós-colheita: 

o fitoterápico pode ser preparado a partir das folhas frescas ou secas. O processo de secagem é realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/24 horas. Posteriormente, armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada por período máximo de 6 meses. A droga vegetal pode ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, e armazenada por 3 meses [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 7.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 116-117.

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