Eugenia uniflora L.

Pitanga, pitangueira-vermelha, ibipitanga e pitanga-mulata.

Família 
Informações gerais 

Nativa da América do Sul, ocorre espontaneamente no Brasil, Uruguai, Bolívia, Argentina e Paraguai. Cultivada para fins medicinais, alimentícios e ornamentais. Suas principais indicações são: antidiarreica, antimicrobiana, antitérmica, antirreumática, analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, antiúlcera, antigripal, antitussígena, hipotensiva, vasodilatadora, ansiolítica e hipoglicemiante[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - BRANDÃO, M. G. L. Planta úteis e medicinais na obra de Frei Vellozo. 2ª ed. Belo Horizonte: Imprensa Universitária da UFMG, 2019, p. 85.
2 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 220.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 387-388.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 742.
Descrição da espécie 

Árvore ou arbusto, semidecíduo ou persistente, de 2 a 10 m de altura, de copa arredondada com 3 a 6 m de diâmetro, tronco externo liso, de de coloração castanho-claro, tronco interno fibroso, de cor creme com estrias rosadas; possui raiz pivotante profunda, com numerosas raízes secundarias e terciárias; folhas simples, opostas, glabras, curto-pecioladas, ovais, ápice acuminado-atenuado a obtuso, base arredondada ou obtusa, cartáceas, de 2,5 a 7 cm de comprimento e 1,2 a 4,5 de largura, verde-amarronzadas e brilhantes, com nervura central saliente na parte inferior; flores brancas, solitárias ou fasciculares, axilares (folhas) ou nas extremidades dos ramos; frutos na forma de bagas, globosos, com 7 a 10 sulcos verticais, medindo cerca de 1,5 a 5, cm de diâmetro, vermelho-escuro (quando maduros) e brilhantes, com polpa macia e suculenta, de sabor agridoce agradável, contendo, geralmente, de 1 a 3 sementes, globosas e achatadas[1,2,3,4,5,6,7].

Referências descrição da espécie
1 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 197.
2 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Agricultores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 30.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 387.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 673.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 742.
6 - BROURSCHEID, K. et al. Eugenia uniflora (pitangueira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 170-171.
7 - BEZERRA, J. E. F. et al. Eugenia uniflora (pitanga). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 155-156.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Cereza, pitanga, grosella e surinam cherry Colômbia Folha

No tratamento de irritações cutâneas e inseticida.

Infusão. 

Uso externo.

-

[ 1 ]
Cereza, pitanga, grosella e surinam cherry Colômbia Córtex

No tratamento de angina e infecções de garganta.

Decocção.

Na forma de gargarejo.

-

[ 1 ]
Cereza, pitanga, grosella e surinam cherry Colômbia Folha

Diurética, digestiva e antidiarreica.

Infusão. 

Uso interno.

-

[ 1 ]
Pitanga Brasil Folha

Adstringente, anti-hemorroidária (hemorrágica), antigripal e antitérmica.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 2 ]
Pitanga Botucatu-SP (Brasil) Folha e fruto

Antidiarreica infecciosa.

-

Tomar 1 xícara (de chá) 2 a 4 vezes ao dia.

-

[ 3 ]
Pitanga Brasil Folha

Antidiarreica infecciosa.

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá).

Tomar após evacuação, no máximo 10 vezes ao dia.

Usar por até 30 dias. Não indicado para grávidas e lactantes.

[ 4 ]
Pitanga Brasil Folha

No tratamento de febre aguda.

Infusão: 1 a 2 colher (de sopa) da droga vegetal rasurada em 1 xícara de água fervente (fogo apagado). Tampar, deixar em repouso por 20 minutos e coar.

Tomar até 4 xícaras ao dia, associado com 30 gotas de tintura de gengibre.

Usar por até 30 dias. Não indicado para grávidas e lactantes.

[ 4 ]
Pitanga, ibipitanga, pitanga-do-mato e pitangatuba Brasil Folha

No tratamento de diarreia, febre e verminose infantis.

Chá: 1 colher (de sopa) do material vegetal picado em 1 copo de água fervente. 

Tomar meio a um copo do chá após cada evacuação ou 1 colher a cada 5 minutos.

-

[ 5 ]
Pitanga, ibipitanga, pitanga-do-mato e pitangatuba Brasil Folha

Antitussígena, antitérmica, anti-hipertensiva, no tratamento de bronquite, ansiedade e verminose.

Extrato alcoólico: 2 colheres (de sopa) do material vegetal picado em 1 xícara (média) de álcool de cereais a 70%, deixar em maceração por 7 dias.

Tomar 10 gotas diluídas em água 2 vezes ao dia. 

-

[ 5 ]
- Argentina Córtex (seco)

Adstringente e anti-hipertensiva.

-

-

-

[ 6 ]
- Paraguai Folha (fresca)

Hipotensora, hipocolesterolemiante e hipouricemiante.

Infusão ou decocção. 

-

-

[ 6 ]
- Argentina Folha

Antidiarreica, digestiva, carminativa, diurética, antirreumática, antitérmica, emenagoga, hipotensora, hipolipemiante e hipouricemiante.

Extrato aquoso. 

Uso oral.

-

[ 6 ]
Ñangapiry Paraguai Folha

Digestiva, antiespasmódica, adstringente, antiflatulenta, no tratamento de infecções de garganta (forma de gargarejo).

Infusão.

-

-

[ 6 ]
Ñangapiry Paraguai Folha

Anti-hipertensiva.

Maceração em água fria.

-

-

[ 6 ]
Ñangapiry Paraguai Fruto

Laxante.

-

In natura.

-

[ 6 ]
Ñangapiry Paraguai Córtex (raiz)

Adstringente, depurativa, antidiarreica e no tratamento de doenças venéreas.

Infusão ou decocção.

-

-

[ 6 ]
Pitanga Comunidade Quilombola da Mata Atlântica (Brasil) -

Antitérmica, antigripal, antitussígena, no tratamento de dores de cabeça, inflamação de garganta e dentes.

-

-

-

[ 7 ]
Pitanga Comunidade Lami (Porto Alegre-RS, Brasil) Folha e fruto

No tratamento de doenças do sistema digestivo.

-

-

-

[ 8 ]
Pitanga Brasil Folha

No tratamento de infecções de garganta.

-

-

-

[ 9 ]

Referências bibliográficas

1 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 220.
2 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 197.
3 - LIMA, G. P. P. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Saúde - Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 27.
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 212.
5 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 387-388.
6 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 673.
7 - DE SANTANA, B. F. et al. Ethnomedicinal survey of a maroon community in Brazil's. J Ethnopharmacol, v. 181, p.37-49, 2016. doi: 10.1016/j.jep.2016.01.014
8 - BAPTISTA, M. M. et al. Traditional botanical knowledge of artisanal fishers in southern Brazil. J Ethnobiol Ethnomed, v. 9, p.1-16, 2013. doi: 10.1186/1746-4269-9-54
9 - HOLETZ, F. B. et al. Screening of some plants used in the Brazilian folk medicine for the treatment of infectious diseases. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 97, n. 7, p.1027-1031, 2002. doi: 10.1590/s0074-02762002000700017

Anti-hiperuricêmica

Anti-hiperuricêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 765 g do material vegetal (pó) em 3,7 L de etanol/água (7:3). Rendimento: 230 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 12,6 a 31,4 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima xantina oxidase (derivada do leite de vaca), com posterior análise dos substratos por espectrofotometria.

 

O extrato hidroalcoólico das folhas de E. uniflora inibe a atividade da enzima xantina oxidase (CI50 = 22,0 µg/mL), sendo promissor para tratamento da hiperuricemia.

[ 31 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Suco: contendo 35% de polpa e 7,1% de glicose, em água.

In vitro:

Em fibroblastos gengivais de humanos (HGF-1) estimulados ou não por LPS (de Porphyromonas gingivalis), incubados com o suco vegetal, posterior análise da expressão de CXCL8 (RT-PCR) e viabilidade celular (citometria de fluxo).

 

O suco de E. uniflora apresenta atividade anti-inflamatória, contudo demonstra citotoxicidade.

[ 10 ]

Anti-inflamatória e Hipoglicemiante

Anti-inflamatória e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 130 g.

Concentrações para ensaio (in vitro): 25 a 1000 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 a 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos ensaios ABTS, DPPH, FRAP e TAC.

Em queratinócitos imortais humanos (HaCaT) incubados com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT); e expostos a irradiação UVA, com posterior análise do estresse oxidativo (ROS), níveis de glutationa (GSH), expressão de p38 e atividade de COX 1, COX-2 e LOX.

 

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos aos testes de edema de pata e migração de leucócitos para cavidade peritoneal, contorções abdominais, febre e diabetes, induzidos por carragenina, ácido acético, levedura, estreptozotocina, respectivamente, e teste da placa quente.

O extrato E. uniflora apresenta atividade antioxidante potente, antidiabética, anti-inflamatória e antinociceptiva.

[ 4 ]

Anti-inflamatória e Sedativa

Anti-inflamatória e Sedativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso a 15%: por infusão e decocção (material vegetal fresco ou seco). Volume para ensaio (in vitro): 200 µL. Dose para ensaio (in vivo): 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais e submetido aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções induzidas por ácido acético, análise do trânsito intestinal com carvão ativado e tempo de sono induzido por pentobarbital.

A infusão das folhas frescas de E. uniflora apresenta atividade sedativa e anti-inflamatória, contudo, não houve ação analgésica e antimicrobiana.

[ 27 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Dentifrício: contendo o 3% do extrato hidroalcoólico vegetal. Concentrações para ensaio: 0,005 a 0,3 g/mL.

In vitro:

Em culturas de Streptococcus mutansS. oralis e Lactobacillus casei, submetidas ao teste de difusão em ágar, para determinar concentração inibitória (CIM).

 

O creme dental contendo o extrato hidroalcoólico de E. uniflora apresenta atividade antibacteriana significativa.

[ 1 ]
Folha

Óleo essencial. Rendimento: 0,19%. Outras espécies em estudo: Caryophyllus aromaticus, Cinnamomum zeylanicum, M recutita, Rosmarinus oficinallis, Baccharis dracunculifolia e Vernonia polyanthes.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus (MRSA e MSSA), Escherichia coli, Salmonella typhymurim, S. enteritidis e Pseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM e CIM90), curva tempo-morte e sinergismo.

 

O óleo essencial de E. uniflora apresenta baixa atividade antibacteriana, enquanto que C. zeylanicum e C. aromaticus demonstram ser os mais ativos.

[ 37 ]

Antibacteriana e Anti-inflamatória

Antibacteriana e Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (10% p/v): 50 g de material vegetal (pó) em acetona/água (7:3 v/v). Rendimento: 10 g. Frações: acetato de etila e aquosa. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,039 a 25 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 200 mg/kg.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureusS. epidermidisEnterococcus faecalis, Escherichia coliSalmonella enteritidisPseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de peritonite induzida por carragenina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade de mieloperoxidase (MPO), níveis de malondialdeído (MDA), glutationa total e citocinas (TNF-α e IL-1β) no líquido peritoneal; determinar a atividade antinociceptiva através dos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético e da placa quente. 

O extrato e frações de E. uniflora apresenta atividade antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante e analgésica, além da ausência de efeitos adversos.

[ 2 ]

Antidepressiva

Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (seco) em etanol a 96%. Rendimento: 19,20 g. Doses pare ensaio: 0,1 a 100 mg/kg. Outras espécies em estudo: Eugenia beaurepaireana, E. brasiliensis, E. catharinae e E. umbeliflora.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos testes de campo aberto, suspensão de cauda e envolvimento dos sistemas monoaminérgicos através da associação de substâncias agonistas e antagonistas.

Os extratos de E. uniflora e E. beaurepaireana não apresentam atividade antidepressiva, contudo, a espécie E. brasiliensis, demonstra resultados promissores para esta atividade farmacológica.

[ 19 ]

Antidiarreica

Antidiarreica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão de 16,67 g de material vegetal (seco) em 1 L de solução Tyrode ou água. Outras espécies em estudo: Psidium guajava, Stachytarpheta cayenensis, Polygonum punctatum e Aster squamatus.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com extrato vegetal, com posterior análise transporte de água (jejuno, íleo, duodeno e cólon) e propulsão gastrointestinal na presença de carvão vegetal a 10%.

Os extratos vegetais analisados apresentam atividade antidiarreica promissora.

[ 32 ]

Antidislipidêmica e Hipoglicemiante

Antidislipidêmica e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: material vegetal em 90 mL de etanol/água (70:30 v/v). Outra espécie em estudo: P. cattleianum.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de resistência à insulina induzida por dexametasona, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do peso corporal e do pâncreas, parâmetros bioquímicos (glicose, ALT e AST) e níveis de marcadores oxidativos (TBARS, SOD, CAT, GPx, ALA-C, tiol e proteínas).

Os extratos de E. uniflora e P. cattleianum apresenta atividade hipoglicemiante, antidislipidêmica e antioxidante.

[ 20 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato:10 g de material (pó) em 100 mL de acetona/água 7:3 (v/v). Concentrações para ensaio: 19,53 a 10,000 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de Candida spp. (isoladas da cavidade oral de transplantados renais), submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

Em eritrócitos humanos e células epiteliais bucais humanas (HBECs) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade hemolítica e citotoxicidade, respectivamente.

Em células HBECs infectadas por Candida spp. e incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de adesão, formação de biofilme e hidrofobicidade da superfície celular.

 

O extrato de E. uniflora apresenta atividade antifúngica, reduzindo a adesão e formação de biofilme, além da ausência de citotoxicidade e ação hemolítica.

[ 8 ]
Folha

Extrato: 10 g de material vegetal (pó) em 100 mL de acetona/água (7: 3 v/v). Concentração para ensaio: 2000 μg/mL.

In vitro:

Em culturas de Candida albicans isoladas da cavidade oral de pacientes de submetidos ao transplante renal, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise micromorfológica, morfogênese e secreção enzimas hidrolíticas (proteinase e fosfolipase).

 

O extrato de E. uniflora apresenta atividade antifúngica, sendo promissora para o tratamento da candidíase oral.

[ 14 ]
Folha

Extrato: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol a 95%. Rendimento: 5,6 g. Concentrações para ensaio: 0,5 a 1024 μg/mL.

In vitro:

Em cultura de Candida albicansC. tropicalisC. krusei submetidas ao teste de microdiluição em ágar, com posterior análise de concentração inibitória mínima (CIM) e sinergismo com drogas sintéticas (anfotericina B, mebendazol, nistatina e metronidazol).

 

O extrato de E. uniflora apresenta atividade antifúngica, principalmente quando associado com metronidazol.

[ 23 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: metanólico. Rendimento:  145 mg/mL. Óleo essencial. Rendimento: 0,19%. Outras espécies em estudo: Baccharis dracunculifolia, Matricaria chamonilla e Vernonia polyanthes.

In vitro:

Em cultura de Escherichia coli e Staphylococcus aureus submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM90%) dos extratos vegetais e óleos essenciais.

 

Os extratos e óleos vegetais apresentam atividade antimicrobiana, principalmente contra cepas de S. aureus.

[ 36 ]
Folha

Extrato: maceração do material vegetal em etanol a 96%. Concentração para ensaio (in vivo): formulação tópica contendo 0,5 e 2% (v/v). Outras espécies em estudo: Punica granatum, Senna siamea e Schinus terebinthifolia.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureusS. epidermidisPseudomonas aeruginosaEscherichia coli submetidas ao teste de perfuração em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e zonas de inibição (mm).

 

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) portadores de infecção cutânea induzida por S. aureusS. epidermidis, tratados com as formulações tópicas, com posterior análise de catalase, DNase, coagulase e novobiocina.

A associação dos extratos de P. granatum e E. uniflora apresenta atividade antimicrobiana promissora, principalmente contra cepas de S. epidermidis e S. epidermidis.

[ 18 ]
Folha

Extrato hidroalcoólico.

In vitro:

Em culturas de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus e Candida spp. submetidos ao teste de microdiluição em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

Neste estudo, das 13 espécies vegetais, Psidium guajava, Piper regnellii, Eugenia uniflora e Punica granatum apresentam atividade antimicrobiana mais potentes.

[ 30 ]

Antimicrobiana e Antioxidante

Antimicrobiana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: a partir de 600 g do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 3000 µg/mL; 10 a 200 mg/kg; 0,85 a 500 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da redução do íon férrico (FRAP), eliminação dos radicais DPPH e ABTS.

Em homogenato do cérebro, rins e fígado de camundongos Swiss incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA), atividade das enzimas δ-aminolevulinato desidratase e catalase, e níveis de vitamina C.

Em culturas de Listeria monocytogenes, Salmonella typhimurium, Staphylococcus aureus, Candida spp., Cryptococcus laurentii e Trichosporon asahii, submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima.

 

O óleo essencial de E. uniflora apresenta atividade antioxidante, antibacteriana (S. aureus e L. monocytogenes) e antifúngica (Candida lipolytica e C. guilliermondii).

[ 11 ]

Antimicrobiana e Citotóxica

Antimicrobiana e Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 2,6 kg de material vegetal. Concentrações para ensaio: 5 µg/ ml e 10 mg/ml.

In vitro:

Em culturas Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Bacillus licheniformis, B. subtilis, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans e C. parapsilosis submetidos ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração microbicida mínima (CMM).

Em cultura de Trypanossoma brucei e células de câncer de mama de humanos (MCF-7) incubadas com óleos essenciais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

 

O óleo essencial de E. uniflora apresenta atividade antimicrobiana, principalmente para B. licheniformis e T. brucei, e citotóxica.

[ 7 ]

Antinociceptiva e Antitérmica

Antinociceptiva e Antitérmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 150 g de material vegetal (fresco) em 1000 mL de água, por hidrodestilação. Frações: pentano, diclorometano e metanol. Doses para ensaio: 50 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o óleo e frações vegetais e submetidos aos testes de contorções abdominais induzida por ácido acético, placa quente e aferição da temperatura retal.

[ 6 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato (1:3, p/v): material vegetal (fresco, verde, laranja e roxo) em etanol a 95%. Rendimento: 0,15 mL/g de fruto. Outras espécies em estudo: Psidium cattleianum, Rubus sp. e Butia eriospatha.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da redução de íons férrico (FRAP), eliminação do radical DPPH, potencial antioxidante reativo total (TRAP) e reatividade antioxidante total (TAR).

 

Os extratos de Eugenia uniflora (fruto roxo), Rubus sp. e Psidium cattleianum apresentam atividade antioxidante mais potentes. 

[ 34 ]
Folha

Extrato: 1 g de material vegetal (pó) em 25 mL de água.

Extrato: 1 g de material vegetal em 15 mL de etanol a 60%.

Extrato: 1 g de material vegetal em 10 mL de metanol a 50%, com posterior adição de 10 mL de acetona a 70%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (DPPH, ABTS, ORAC e FRAP).

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c saudáveis e diabéticos não obesos (NOD), tratados ou não com extrato vegetal aquoso, com posterior análise de peso corporal, parâmetros bioquímicos plasmáticos e hepáticos (glicose, insulina, TBARS e GSH) e histológicos (pâncreas).

O extrato aquoso de E. uniflora apresenta atividade antioxidante, mais potente, além de demonstrar, através do uso crônico, efeito anti-inflamatório e antidiabético.

[ 35 ]
Folha

Extrato: 650 g de material vegetal (fresco) em etanol. Rendimento: 1,07%. Concentrações para ensaio: 1 a 480 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em cultura de leucócitos e eritrócitos humanos incubados com extrato vegetal e peróxido de hidrogênio, com posterior análise de citotoxicidade (Azul de tripano), danos no DNA (Ensaio do cometa) e fragilidade osmótica.

Em homogenato do cérebro e fígado de ratos incubados com sulfato de ferro e extrato vegetal, com posterior análise da peroxidação lipídica (TBARS).

 

O extrato de E. uniflora apresenta atividade antioxidante, além de ausência de citotoxicidade, genotoxicidade e ação hemolítica.

[ 5 ]
Folha e semente

Extrato: infusão do material vegetal (pó) em metanol. Frações: acetato de etila, butanol e aquosa. Outra espécie em estudo: Eugenia malaccensis. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 μg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH; em eritrócitos isolados de voluntários saudáveis, incubados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da atividade hemolítica.

Em esplenócitos isolados de camundongos BALB/c incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (3H-timidina), viabilidade (Anexina e Iodeto Propídio), níveis de citocinas (IFN-γ, IL-2 e IL-6) e óxido nítrico.

 

Os extratos e frações de E. uniflora e E. malaccensis apresentam atividade antioxidante potente, além de baixa toxicidade, sendo promissores para o tratamento de processos inflamatórios.

[ 13 ]
Folha

Extrato: 10 g de material vegetal (seco ao sol ou em ar circulante, pó) em 400 mL de etanol. Concentrações para ensaio: 0,0063 a 0,5 mg/mL.

In vitro:

Em homogenatos cerebral e hepático de ratos Wistar incubados com os extratos vegetais e agentes pró-oxidantes, com posterior análise da peroxidação lipídica (TBARS).

 

O extrato das folhas de E. uniflora, secas em ar circulante, apresenta atividade antioxidante mais potente.

[ 15 ]
Parte aérea

Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e aquosa. Concentrações para ensaio: 1 a 100 µg/mL. Outras espécies em estudo: Aristolochia giberti, Cecropia pachystachya, Piper fulvescens, Schinus terebinthifolia e S. weinmannifolia.

In vitro:

Determinar a peroxidação lipídica em microssomas hepáticos de ratos Wistar induzida por sulfato de ferro e tetracloreto de carbono.

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e O2-.

 

Os extratos metanólicos de C. pachystachya, E. uniflora e S. weinmannifolia apresentam atividade antioxidante mais potentes.

[ 22 ]

Antioxidante e Inibidora da enzima α-glicosidase

Antioxidante e Inibidora da enzima α-glicosidase
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 g de material vegetal em 100 mL de etanol a 95%. Rendimento: 6,87%. Outra espécie em estudo: Camellia sinensis.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima α-glicosidase (espectrofotometria), antioxidante através da eliminação do radical DPPH e a inibição da peroxidação lipídica (ácido linoleico), na presença dos extratos vegetais (em associação ou não).

 

Os extratos de E. uniflora e C. sinensis apresentam sinergismo para o efeito inibidor da enzima α-glicosidase e antioxidante.

[ 33 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 300 g do material vegetal (seco), por hidrodestilação. Rendimento: 0,3%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,78 a 400 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de Leishmania amazonensis (forma promastigota), macrófagos murinos, hemácias de humanos incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade antileishmania (hemocitômetro), citotóxica (ensaio MTT) e hemolítica (espectrofotômetro), respectivamente.

Em macrófagos murinos infectados com Leishmania amazonensis (forma amastigota), incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade lipossomal, fagocitose e níveis de óxido nítrico.

 

O óleo essencial de E. uniflora apresenta atividade antiparasitária, mediada por ação lisossomal e fagocitose, além de baixa citotoxicidade.

[ 38 ]
Casca

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 0,02 a 2,5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Achyrocline satureioides, Foeniculum vulgare e Psidium guajava.

In vitro:

Em cultura trofozoítos de Giardia lamblia incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de suscetibilidade qualitativa e quantitativa (microscopia invertida e hemocitômetro).

 

Os extratos de A. satureioides, Psidium guajava e E. uniflora apresentam atividade antiparasitária (giardíase), exceto F. vulgare.

[ 25 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato (1:3 p/v): material vegetal (fresco) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 5 a 100 mg/1mL.

In vitro:

Em cultura de células estreladas hepáticas isoladas de camundongos (C3H/HeN), infectadas com cercárias de Schistosoma mansoni, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular, viabilidade celular, potencial de membrana mitocondrial, morte celular e ciclo celular.

 

O extrato de E. uniflora apresenta atividade antiproliferativa, citotóxica e apoptótica, sendo promissor para o tratamento da fibrose hepática.

[ 9 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato (1:3, p/v): material vegetal (fresco, roxo) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 5, 50 e 100 μg/mL.

In vitro:

Em células estreladas hepáticas de camundongos (C3H/HeN) infectadas por cercárias de Schistosoma mansoni, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de ATG-7 (RT-PCR), quantificação da autofagossomo (citometria de fluxo) e parâmetros ultraestruturais (microscopia).

 

O extrato de E. uniflora apresenta eficácia no tratamento de fibrose hepática, pois estimula a autofagia.

[ 21 ]

Hipotensora

Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 6 g de material vegetal (seco) em 100 mL de água. Rendimento: 17% (p/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 0,3 a 1,2%. Dose para ensaio (in vivo): 16 mg/kg.

In vitro:

Em ventrículos de ratos Wistar perfundidos com o extrato vegetal, acetilcolina e propranolol, com posterior análise da pressão intraventricular.

 

In vivo:

Em ratos Wistar normotensos submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise da frequência cardíaca e pressão arterial.

O extrato de E. uniflora apresenta atividade hipotensora, devido a seletividade para receptores β-adrenérgicos e bloqueio de cálcio.

[ 24 ]
Folha

Extrato aquoso (material vegetal seco). Rendimento: 17% (p/p).

In vivo:

Em ratos Wistar normotensos tratados com o extrato vegetal e fenilefrina, com posterior análise da pressão arterial; em ratas submetidas a perfusão na aorta abdominal com solução de Krebs e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade vascular; e submetidas a administração de solução de cloreto de sódio (0,9%), amilorida e extrato vegetal, com posterior análise do volume da urina e níveis de Na+, Cl e K+.

O extrato de E. uniflora apresenta atividade hipotensora, mediada por ações de vasodilatação e diurese.

[ 29 ]

Inibidora enzimática (α-glucosidase e acetilcolinesterase)

Inibidora enzimática (α-glucosidase e acetilcolinesterase)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Suco. Outra espécie em estudo: Plinia cauliflora. Concentrações para ensaio: 1 e 5 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas α-glucosidase e acetilcolinesterase por Microanálise Mediada por Eletroforese Capilar (EMMA).

 

O suco dos frutos de E. uniflora e P. cauliflora inibem a atividade das enzimas α-glucosidase (1 mg/mL) e acetilcolinesterase (5 mg/mL), sendo promissor para o tratamento do diabetes tipo 2 e doença Alzheimer.

[ 3 ]

Reguladora da síndrome metabólica

Reguladora da síndrome metabólica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 30 g do material vegetal (fresco, vermelho) em 90 mL de etanol/água (70:30, v/v). Dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de síndrome metabólica induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos, parâmetros bioquímicos (glicose, ureia, ácido úrico, ALT, CT, LDL, HDL e TAG), histopatológicos (hepático e tecido adiposo), comportamentais (campo aberto, natação forçada e labirinto em cruz elevado) e neuroquímicos (TBARS, CAT, SOD, GPX e tiol) e atividade da enzima acetilcolinesterase.

O extrato de E. uniflora apresenta efetividade no tratamento da síndrome metabólica, devido as ações hipolipidêmica, hipoglicemiante, antioxidante e neuroprotetora.

[ 16 ]
Fruto

Extrato: 30 g do material vegetal (fresco, vermelho) em 90 mL de etanol/água (70:30, v/v). Dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de síndrome metabólica induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos, parâmetros bioquímicos (glicose, ureia, ácido úrico, ALT, CT, LDL, HDL e TAG), histopatológicos (hepático e tecido adiposo), comportamentais (campo aberto, natação forçada e labirinto em cruz elevado) e neuroquímicos (TBARS, CAT, SOD, GPX e tiol) e atividade da enzima acetilcolinesterase.

O extrato de E. uniflora apresenta efetividade no tratamento da síndrome metabólica, devido as ações hipolipidêmica, hipoglicemiante, antioxidante e neuroprotetora.

[ 16 ]

Vasorelaxante

Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:20, p/v): maceração do material vegetal (pó) em etanol a 80%. Rendimento: 7,3%. Frações: acetato de etila e diclorometano. Concentrações para ensaio: 1 a 300 µg/mL.

In vitro:

Em anéis da aorta torácica de ratos Wistar, com ou sem endotélio, incubados com substâncias vasorelaxantes/vasoconstritoras e extrato e frações vegetais, com posterior análise da contratilidade vascular.

 

O extrato e frações de E. unifora apresentam atividade vasorelaxante (com endotélio intacto), concentração dependente, via L-arginina-óxido-nítrico.

[ 17 ]
Ensaios toxicológicos

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: maceração de material vegetal (pó) em etanol a 99,8%. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Acmella uliginosaAgeratum conyzoides, Plectranthus neochilusMoringa oleiferaJusticia pectoralis e Equisetum sp.

In vitro:

Determinar a letalidade através do bioensaio em Artemia salina.

 

O extrato de A. uliginosa exibe maior letalidade, seguido de P. neochilus, A. conyzoides e E. uniflora.

[ 26 ]

Letalidade e Toxicidade aguda/subaguda

Letalidade e Toxicidade aguda/subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 765 g do material vegetal (pó) em 3,7 L de etanol/água (7:3). Rendimento: 230 g. Doses para ensaio: 50 a 4200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c submetidos aos testes de letalidade (CL50), toxicidade oral aguda e subaguda.

O extrato de E. uniflora não apresenta sinais de toxicidade oral significativa até a dose de 4200 mg/kg, contudo, demonstra DL50 = 200 mg/kg via intraperitoneal.

[ 31 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: a partir de 600 g do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O óleo essencial de E. uniflora não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 200 mg/kg.

[ 12 ]
Folha

Extrato aquoso a 15%: por infusão e decocção (material vegetal fresco ou seco). Dose para ensaio (in vivo): 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

A infusão ou decocção de E. uniflora não apresentam sinais de toxicidade na dose de 300 mg/kg.

[ 28 ]

Referências bibliográficas

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Formulário de Fitoterápico

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Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 , 13 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

elágico, gentísico, gálico, clorogênico e cafeico.

Ácidos orgânicos

ácido cítrico.

Antocianinas

delfinidina-3-O-β-glucopiranosídeo e cianidina.

Carboidratos

L-frutose, D-glucose e sacarose.

Fitosteroides

Flavonoides

miricitrina, quercetina, quercitrina, isoquercitrina, galocatequina, miricetina, prodelfinidina, procianidina, caempferol, luteolina e rutina.

Minerais

cálcio, ferro e fósforo.

Óleos essenciais

curzereno, germacreno, γ e β-elemeno, alcanfor, cer-3-eno, 1,8-cineol, p-cimeno, geranato de metila, limoneno, linalol, β-mirceno, ocimeno, α-felandreno, β-pineno, p-dimetil-α-estireno, terpineno, tepinoleno, alloaromadendreno, biciclogermacreno, α e β-cariofileno, furanodieno, furanoelemeno, globulol, humuleno, ledeno, selineno, espatulenol, viridiflorol, carvona, pulegona, nerolidol, verbenona, selina, isofuranodieno, α-copaeno, β-cadieno, cadinol, muurola-4,10-dien-1-β-ol, α-santalol e cedr-8-en-13-ol.

Pigmentos

Saponinas

Sesquiterpenos

atractilona e 3-furanoeudesmeno.

Taninos

galocatequina, telimagrandina II, enoteína B, eugeniflorina D1 e D2.

Triterpenos pentacíclicos

Vitaminas

A, B1, B2, B3, e C.

Referências bibliográficas

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2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 742.
3 - BROURSCHEID, K. et al. Eugenia uniflora (pitangueira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 172.
4 - LEE, M. H. et al. EBV DNA polymerase inhibition of tannins from Eugenia uniflora. Cancer Lett, v. 154, n. 2, p.131-136, 2000. doi: 10.1016/s0304-3835(00)00353-0
5 - BARBOSA, L. N. et al. In vitro antibacterial and chemical properties of essential oils including native plants from Brazil against pathogenic and resistant bactéria. J Oleo Sci, v. 64, n. 3, p.289-298, 2015. doi: 10.5650/jos.ess14209
6 - BAILÃO, E. F. L. C. et al. bioactive compounds found in Brazilian Cerrado fruits. Int J Mol Sci, v. 16, n. 10, p.23760-23783, 2015. doi: 10.3390/ijms161023760
7 - DE ARAÚJO, F. F. et al. Wild Brazilian species of Eugenia genera (Myrtaceae) as an innovation hotspot for food and pharmacological purposes. Food Res Int, v. 121, p.57-72, 2019. doi: 10.1016/j.foodres.2019.03.018
8 - FIGUEIREDO, P. L. B. et al. Composition, antioxidant capacity and cytotoxic activity of Eugenia uniflora L. chemotype-oils from the Amazon. J Ethnopharmacol, v. 232, p.30-38, 2019. doi: 10.1016/j.jep.2018.12.011
9 - SOBEH, M. et al. Chemical profiling of secondary metabolites of Eugenia uniflora and their antioxidant, anti-inflammatory, pain killing and anti-diabetic activities: a comprehensive approach. J Ethnopharmacol, v. 240, p.1-12, 2019. doi: 10.1016/j.jep.2019.111939
10 - DA CUNHA, F. A. B. et al. Cytotoxic and antioxidative potentials of ethanolic extract of Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) leaves on human blood cells. Biomed Pharmacother, v. 84, p.614-621, 2016. doi: 10.1016/j.biopha.2016.09.089
11 - SOBEH, M. et al. Chemical profiling of the essential oils of Syzygium aqueum, Syzygium samarangense and Eugenia uniflora and their discrimination using chemometric analysis. Chem Biodivers, v. 13, n. 11, p.1537-1550, 2016. doi: 10.1002/cbdv.201600089
12 - AMORIM, A. C. L. et al. Antinociceptive and hypothermic evaluation of the leaf essential oil and isolated terpenoids from Eugenia uniflora L. (Brazilian pitanga), Phytomedicine, v. 16, n.10, p.923-928, 2009. doi: 10.1016/j.phymed.2009.03.009
13 - MIGUES, I. et al. Phenolic profiling and antioxidant capacity of Eugenia uniflora L. (pitanga) samples collected in different Uruguayan locations. Foods, v. 7, n. 5, p.1-12, 2018. doi: 10.3390/foods7050067

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2003
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não ingerir mais que 300 mL ao dia. Utilizar por curtos períodos de tempo (até 30 dias)[1,2].

Contraindicações: 

em menores de 18 anos, gestantes e lactantes. Cautela em pacientes portadores de arritmia ou insuficiência cardíaca[1,2].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode causar constipação intestinal[1].

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 87-88, 2021.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 212.

Propagação: 

por estaquia, enxertia, alporquia ou sementes (mais comum). As sementes devem ser despolpadas dos frutos maduros, lavadas e secas à sombra. As sementes devem ser introduzidas de 2 em 2 duas, em sacos plásticos de 12x16 cm, contendo terra e esterco orgânico. Realizar cobertura com palha ou capim para manter a umidade nas sementes e proteger do calor. A germinação ocorre cerca de 20 a 25 dias após a semeadura, assim deve-se remover a cobertura de palha ou capim. As mudas devem ser acomodadas em local protegidas do sol intenso (sombrite). Após 6 meses da semeadura, as mudas, com aproximadamente 25 cm de comprimento, devem ser transplantadas para local definitivo, selecionando aquelas mais vigorosas. O plantio deve ser realizado em covas de 30 cm em todas as direções, contendo adubo orgânico misturado à terra. O espaçamento deve ser de 4x5 m, em forma de retângulo. Esta espécie prefere solos úmidos e ricos em matéria orgânica, bem como a meia-sombra [ 1 , 2 ] .

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada até o enraizamento, posteriormente, pode ser realizada somente em períodos de secas severas. Faz-se necessário a roçagem e capinas (em coroa) para estimular o desenvolvimento das mudas [ 1 , 2 , 3 ] .

Colheita: 

as folhas devem ser colhidas no verão ou início de outono, sendo realizado a desfolha parcial, garantido assim, a sobrevivência do vegetal. Os frutos maduros devem ser colhidos na primavera [ 1 ] .

Pós-colheita: 

as folhas devem ser secas imediatamente após a colheita, em temperatura de 35 a 38°C [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

esta espécie adapta-se bem a diversas condições climáticas, altitudes e luminosidade, contudo, prefere ambientes quentes e úmidos, não tolerando o estresse hídrico. Pode ser acometida por pragas, como por exemplo, coleobrocas (tronco e ramos), mosca-da-fruta e formigas saúvas [ 1 , 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Agricultores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 30.
2 - BROURSCHEID, K. et al. Eugenia uniflora (pitangueira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 173-175.
3 - BEZERRA, J. E. F. et al. Eugenia uniflora (pitanga). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 158-163.

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