Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann

Cajurú, cipó-cruz, paripai, oajuru e coá-piranga.

Família 
Informações gerais 

Nativa das florestas tropicais, encontrada na América Central e do Sul, principalmente no Brasil, em toda região Amazônica. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antianêmica, tônica, hemostática, cicatrizante e antisséptica[1,2,3].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 46-48.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 30-31.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 174.
Descrição da espécie 

Planta arbustiva trepadeira, com ramos escandentes; as folhas são compostas, bi ou trifolioladas, de fólios oblongo lanceoladas, cartáceos, de 8 a 13 cm de comprimento; as flores são campanuladas, de cores róseas ou violáceas, dispostas em panículas terminais; os frutos são cápsulas deiscentes [1].

Referências descrição da espécie
1 - PORTO VELHO. FERREIRA, M. G. R. et al. Crajiru (Arrabidaea chica Verlot). 2005. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/24786/1/folder-cr.... Acesso em: 09 abr. 2019.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Pariri Foz do Rio Mazagão/AP (Brasil) Folha

Antianêmica, antidiarreica, no tratamento de feridas de cutâneas e pele amarelada.

Decocção e maceração.

Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia/7 dias.

-

[ 1 ]
Cajiru Vale do Juruena/MT (Brasil) -

Cicatrizante de feridas, antitumoral, depurativa, analgésica, antitérmica, antiúlcera, antirreumática, antibiótica, no tratamento de cólicas menstruais e renais, infecções no útero, ovários, bexiga e rins. 

-

-

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - SARQUIS, R. S. F. R. et al. The use of medicinal plants in the riverside community of the Mazagão River in the Brazilian Amazon, Amapá, Brazil: ethnobotanical and ethnopharmacological studies. Evid Based Complement Alternat Med, p.1-25, 2019. doi: 10.1155/2019/6087509
2 - BIESKI, I. G. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 173, p.383-423, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.07.025

Analgésica

Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:4 m/v): material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 2 a 50 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 450 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas COX-1 e COX-2.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de osteoartrite (OA) de joelho induzida por monoiodoacetato de sódio, tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de rota rod, incapacitação/suporte de peso, hiperalgesia e alodinia mecânicas, análises de parâmetros histopatológicos e radiológicos.

O extrato de A. chica apresenta atividade analgésica significativa, sendo promissora para o tratamento da OA, além de ausência de toxicidade.

[ 3 ]

Anti-inflamatória e Cicatrizante

Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol a 70%, acidificado com ácido cítrico. Membrana eletrofiada de policaprolactona: contendo a associação dos extratos de Arrabidaea chica e Pterodon pubescens.

In vitro:

Em cultura de fibroblastos murino (NIH-3T3) incubados com a membrana contendo os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade e proliferação celular.

 

A membrana contendo os extratos vegetais apresenta atividade anti-inflamatória e cicatrizante, sendo promissora para a regeneração tecidual guiada (RTG).

[ 6 ]

Antiangiogênica e Anti-inflamatória

Antiangiogênica e Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico e aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 25, 50 e 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 300 mg/kg. 

In vitro:

Em células humanas de leucemia promielocítica (HL-60), de câncer de mama (MCF-7) e linfócitos T (Jurkat), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT) e níveis de DNA subdiploide (citometria de fluxo).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao implante subcutâneo de discos de esponja de poliéter-poliuretano, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, ureia, creatinina e proteínas totais) e histológicos, níveis de MPO, VEGF, TNF-α, IL-2, IL-4, IL-5, IFN-γ, hemoglobina e atividade de N-acetilglucosaminidase (NAG) em homogenato do implante.

Os extratos de A. chica apresentam atividades anti-inflamatória e antiangiogênica, contudo, apenas o extrato etanólico demonstra ação antiproliferativa significativa.

[ 2 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:10 p/v): maceração do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 3,25 a 800 μg/mL.

In vitro:

Em culturas de Escherichia coli, Helicobacter pylori, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella typhimurium, Shigella flexneri, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Streptococcus pyogenes, Bacillus subtilis, Candida albicans, C. krusei e C. tropicalis, submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

 

Observou-se que o extrato de A. chica apresenta atividade antibacteriana, principalmente contra H. pylori (MIC = 12,5 μg/mL), contudo não exibiu ação antifúngica.

[ 12 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 350 g do material vegetal (pó) em etanol/água (9:1 v/v). Rendimento: 5,72 g. Concentrações para ensaio: 0 a 500 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos ensaios: radical DPPH, inibição do branqueamento do β-caroteno e potencial antioxidante total (TRAP).

 

O extrato hidroalcoólico de A. chica apresenta atividade antioxidante, concentração dependente.

[ 13 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 200 g de material vegetal (seco) em etanol. Rendimento: 10%. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) portadores de câncer de mama induzido por DMBA, tratados com extrato vegetal, associado ou não à vincristina, com posterior análise do peso corporal, de imagem (18-FDG-PET scan e fluorescência), parâmetros bioquímicos (AST, ALT e GGT), oxidativos/antioxidantes em homogenato do tecido mamário (CAT, SOD, GPx e MDA) e histopatológicos.

O extrato de A. chica apresenta atividade antitumoral e antioxidante, principalmente quando associado à vincristina, além de reduzir a toxicidade da quimioterapia convencional.

[ 9 ]

Antioxidante e Cicatrizante

Antioxidante e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de material vegetal (fresco) em metanol, acidificado com ácido cítrico. Rendimento: 15%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,25 e 250 µg/mL. Concentração para ensaio (in vivo): 100 mg/mL.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e ensaio com reagente Folin-Ciocalteau.

Em fibroblastos de humanos incubados com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e síntese de colágeno (hidroxiprolina).

 

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) portadores de feridas por excisão cutânea (1,5 cm2), submetidos a administração tópica do extrato vegetal, com posterior análise da área da ferida, síntese de colágeno (hidroxiprolina) e parâmetros histopatológicos.

O extrato de A. chica apresenta atividade antioxidante e cicatrizante.

[ 14 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol e 0,3% de ácido cítrico (1:5 v/v). Concentração para ensaio: 2,13 g/mL, em solução salina (0,85%).

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos à transecção parcial do tendão de Aquiles, submetidos a administração tópica do extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de colágeno (tipo I e III), proteínas não colágenas, hidroxiprolina, metaloproteínas (2 e 9), organização da matriz extracelular, recuperação da marcha, parâmetros histológicos e morfométricos. 

O uso tópico do extrato de A. chica apresenta atividade cicatrizante, pois aumenta a concentração de colágeno, além de melhorar a recuperação da marcha.

[ 4 ]
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol/ácido cítrico (1:5 v/v). Concentração para ensaio: 2,13 g/mL.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a transecção parcial de tendão calcâneo, tratados topicamente com o extrato vegetal (antes e após a suturação da pele), com posterior análise de birrefringência, microscopia eletrônica de transmissão, microscopia de luz e quantificação e caracterização de glicosaminoglicanos sulfatados.

O extrato de A. chica apresenta atividade cicatrizante, pois melhora a organização do colágeno e aumenta os níveis de dermatan sulfato (glicosaminoglicano).

[ 16 ]

Fotoprotetora

Fotoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1200 g de material vegetal (pó) em 60 L de etanol/água (9:1). Rendimento: 96 g. Frações: hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Creme não iônico: contendo 1 a 5% do extrato ou frações vegetais.

In vivo:

Em coelhos albinos (Oryctolagus cuniculus) submetidos a radiação UVA e UVB na região da orelha, tratados topicamente com os fitoterápicos, com posterior análise da permeabilidade cutânea (espectroscopia fotoacústica), parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos.

A preparações tópicas contendo extrato ou frações vegetais apresentam atividade fotoprotetora, além da ausência de toxicidade.

Folha

Extrato (1:10 p/v): maceração de 300 g de material vegetal (pó) em etanol/água (9: 1 v/v). Frações: n-hexano, clorofórmio e acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,269 a 100 μg/mL.

In vitro:

Determinar atividade através da eliminação do radical DPPH e do sistema xantina/luminol/xantina oxidase (XOD).

Em células de fibroblastos (L929) incubadas com extrato vegetal e fração clorofórmica, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

Em cultura de fibroblastos (L929) expostos a radiação UVA e UVB, incubados com o extrato vegetal e fração clorofórmica, com posterior análise dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO's), ânion superóxido e peroxidação lipídica.

 

Observou-se que o extrato hidroalcoólico e a fração clorofórmica de A. chica apresentam atividade fotoprotetora promissora.

[ 15 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em etanol a 70%, acidificado com ácido cítrico. Nanopartícula de quitosana-tripolifosfato de sódio: contendo 10%, 15% e 25% do extrato vegetal. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,001 a 0,5 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30, 100 e 300 mg/kg.

In vitro:

Em fibroblastos da pele de humanos incubados com o extrato vegetal e nanopartículas, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT).

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de úlcera gástrica induzida por etanol e indometacina, pré-tratados com o extrato vegetal e nanopartículas, com posterior análise do índice de lesão ulcerativa (ILU).

A nanopartícula contendo o extrato de A. chica apresenta atividade gastroprotetora, dose-dependente, além de preservar a viabilidade celular (baixa concentração) e estimular a proliferação celular (alta concentração).

[ 7 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 10 L de etanol a 70% (v/v). Rendimento: 177,87 g. Doses para ensaio:  300 a 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros hematológicos (eritrócitos, leucócitos, níveis de bilirrubina, atividade de GPT e GOT).

Observou-se que o extrato hidroalcoólico de A. chica apresenta atividade hepatoprotetora promissora.

[ 11 ]

Leishmanicida

Leishmanicida
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato (1:3 p/v): maceração do material vegetal (seco) em etanol. Rendimento: 59,2 e 3,33%, respectivamente. Frações: clorofórmio, acetato de etila e metanol. Concentrações para ensaio: 0,97 a 600 μg/mL. Formulação tópica (Lanette®): contendo 10 e 20 mg/g do extrato etanólico das folhas.

In vitro:

Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c incubados com extratos e frações vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

Em cultura de Leishmania amazonensis (forma promastigota) incubadas com os extratos e frações vegetais, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster portadores de lesões cutâneas, tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros histológicos.

Observou-se que A. chica apresenta atividade leishmanicida (60 a 155,9 μg/mL), contudo, a formulação tópica não demonstra ação cicatrizante promissora.

[ 1 ]
Ensaios toxicológicos

Mutagenicidade e Genotoxicidade

Mutagenicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:10 p/v): 850 g de material vegetal (seco) em água. Fração: clorofórmio. Concentrações para ensaio (in vitro): 5 a 250 µg/placa. Doses para ensaio (in vivo): 100 a 1000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante dos ensaios de DPPH e xantina/hipoxantina.

Em cepas de Salmonella typhimurium com ou sem ativação metabólica, incubadas com fração vegetal, com posterior análise da mutagenicidade.

 

In vivo:

Em camundongos CF1 tratados com a fração vegetal, com posterior análise de genotoxicidade/antigenotoxicidade em células da medula óssea (teste do micronúcleo), em eritrócitos e fígado induzidos a danos oxidativos por peróxido de hidrogênio (ensaio cometa).

A fração clorofórmica de A. chica não apresenta mutagenicidade e genotoxicidade, contudo, demonstra atividade antigenotóxica e antioxidante.

[ 5 ]
Folha

Extrato (1:10 p/v): infusão de 400 g de material vegetal (pó) em água. Rendimento: 4,26 g. Frações: butanol e resíduo aquoso. Concentrações para ensaio: 5 a 250 μg/placa; 0,625 a 5 mg/mL.

In vitro:

Em cepas de Salmonella typhimurium com ou sem ativação metabólica, incubadas com as frações e extrato vegetais, com posterior análise da mutagenicidade.

Em cultura de células de ovário de hamster chinês (CHO) incubadas com as frações e extrato vegetais, com ou sem ativação metabólica, com posterior análise de genotoxicidade (ensaio cometa).

 

Observou-se que as frações e o extrato de A. chica não apresentam mutagenicidade e genotoxicidade.

[ 8 ]

Toxicidade aguda e subcrônica

Toxicidade aguda e subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:10 p/v): maceração do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 3,12 a 800 μg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 200 a 3000 mg/kg.

In vitro:

Em células epiteliais de ovário de hamster chinês (CHO-K1) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (Alamar Blue).

 

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus novergicus) e camundongos Swiss-Webster (Mus musculus) submetidos aos testes de toxicidade oral aguda e subcrônica.

O extrato de A. chica demonstra sinais de toxicidade apenas para o tratamento subcrônico.

[ 12 ]

Referências bibliográficas

1 - DE SÁ, J. C. et al. Leishmanicidal, cytotoxicity and wound healing potential of Arrabidaea chica Verlot. BMC Complement Altern Med, v. 16, p.1-11, 2016. doi: 10.1186/s12906-015-0973-0
2 - MICHEL, A. F. R. M. et al. Evaluation of anti-inflammatory, antiangiogenic and antiproliferative activities of Arrabidaea chica crude extracts. J Ethnopharmacol, v. 165, p.29-38, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.02.011
3 - VASCONCELOS, C. C. et al. Effects of Extract of Arrabidaea chica Verlot on an experimental model of osteoarthritis. Int J Mol Sci, v. 20, n. 19, p.1-22, 2019. doi: 10.3390/ijms20194717
4 - ARO, A. A. et al. Arrabidaea chica extract improves gait recovery and changes collagen content during healing of the Achilles tendon. Injury, v. 44, n. 7, p.884-92, 2013. doi: 10.1016/j.injury.2012.08.055
5 - DOS SANTOS, V. C. et al. Evaluation of the mutagenicity and genotoxicity of Arrabidaea chica Verlot (Bignoneaceae), an Amazon plant with medicinal properties. J Toxicol Environ Health, v. 76, n. 6, p.381-390, 2013. doi: 10.1080/15287394.2012.761947
6 - SALLES, T. H. C. et al. Electrospun PCL-based nanofibers Arrabidaea chica Verlot - Pterodon pubescens Benth loaded: synergic effect in fibroblast formation. Biomed Mater, v. 15, n. 6, p.1-34, 2020. doi: 10.1088/1748-605X/ab9bb1
7 - SERVAT-MEDINA, L. et al. Chitosan-tripolyphosphate nanoparticles as Arrabidaea chica standardized extract carrier: synthesis, characterization, biocompatibility, and antiulcerogenic activity. Int J Nanomedicine, v. 10, p.3897-3909, 2015. doi: 10.2147/IJN.S83705
8 - GEMELLI, T. F. et al. Evaluation of Safety of Arrabidaea chica Verlot (Bignoniaceae), a Plant with Healing Properties. J Toxicol Environ Health A, v. 78, n. 18, p.1170-1180, 2015. doi: 10.1080/15287394.2015.1072070
9 - ROCHA, K. B. F. et al. Effect of Arrabidaea chica extract against chemically induced breast cancer in animal model. Acta Cir Bras, v. 34, n. 10, p.1-12, 2019. doi: 10.1590/s0102-865020190100000001
11 - DE MEDEIROS, B. J. L. et al. Liver protective activity of a hydroethanolic extract of Arrabidaea chica (Humb. and Bonpl.) B. Verl. (pariri). Pharmacognosy Res, v. 3, n. 2, p.79-84, 2011. doi: 10.4103/0974-8490.81954
12 - MAFIOLETI, L. et al. Evaluation of the toxicity and antimicrobial activity of hydroethanolic extract of Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. J Ethnopharmacol, v. 150, n. 2, p.576-582, 2013. doi: 10.1016/j.jep.2013.09.008
13 - SIRAICHI, J. T. G. et al. Antioxidant capacity of the leaf extract obtained from Arrabidaea chica cultivated in Southern Brazil. PLoS One, v. 8, n. 8, p.e72733, 2013. doi: 10.1371/journal.pone.0072733
14 - JORGE, M. P. et al. Evaluation of wound healing properties of Arrabidaea chica Verlot extract. J Ethnopharmacol, v. 118, n. 3, p.361-366, 2008. doi: 10.1016/j.jep.2008.04.024
15 - RIBEIRO, F. M. et al. The extended production of UV-induced reactive oxygen species in L929 fibroblasts is attenuated by posttreatment with Arrabidaea chica through scavenging mechanisms. J Photochem Photobiol B, v. 178, p.175-181, 2018. doi: 10.1016/j.jphotobiol.2017.11.002
16 - ARO, A. A. et al. Effect of the Arrabidaea chica extract on collagen fiber organization during healing of partially transected tendo. Life Sci, v. 92, n. 13, p.799-807, 2013. doi: 10.1016/j.lfs.2013.02.011

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

* Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folhas secas pulverizadas e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folhas frescas, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral e anemia ferropriva.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Número da cápsula e quantidade

Arrabidaea chica (droga vegetal)

N° 0 (250 a 260 mg)

Q.s.p

1 cápsula

Modo de preparo

Pulverizar a droga vegetal (folha) e encapsular. 

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral e anemia ferropriva.

Posologia

Uso oral: tomar 1 cápsula, 1 a 2 vezes por dia, por no máximo 3 meses.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componentes

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral e anemia ferropriva.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 51-53.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 381-382.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 32-33.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

n-hexadecanóico, linolênico, esteárico, eicosanóico e éster metílico.

Carotenoides

α e β-caroteno.

Compostos fenólicos

ácido elágico e ácido gálico.

Diterpenos

fitol.

Fitosterois

γ-sitosterol e campesterol.

Flavonoides

isoscutelareina, 6-hidroxiluteolina, hispidulina, luteolina, rutina, apigenina, escutelarina, 6,7,3’,4’-tetrahidroxi-5-metoxiflavílio e 6,7,4’-trihidroxi-5-metoxiflavílio.

Minerais

Cu, Fe, Mn e Zn.

Pigmentos

carajurina e carajurona.

Taninos

Vitaminas

E.

Referências bibliográficas

1 - RODRIGUES, I. A. et al. Arrabidaea chica hexanic extract induces mitochondrion damage and peptidase inhibition on Leishmania spp. Biomed Res Int, p.1-8, 2014. doi: 10.1155/2014/985171
2 - MAGALHÃES, I. R. S. et al. Determination of Cu, Fe, Mn, and Zn in the leaves and tea of Arrabidaea chica (Humb. & Bompl.) Verl. Biol Trace Elem Res, v. 132, n. 1-3, p.239-246, 2009. doi: 10.1007/s12011-009-8381-2
3 - SIRAICHI, J. T. G. et al. Antioxidant capacity of the leaf extract obtained from Arrabidaea chica cultivated in Southern Brazil. PLoS One, v. 8, n. 8, p.e72733, 2013. doi: 10.1371/journal.pone.0072733
4 - DEVIA, B. et al. New 3-deoxyanthocyanidins from leaves of Arrabidaea chica. Phytochem Anal, v. 13, n. 2, p.114-119, 2002. doi: 10.1002/pca.632
5 - DE SIQUEIRA, F. C. et al. Profile of phenolic compounds and carotenoids of Arrabidaea chica leaves and the in vitro singlet oxygen quenching capacity of their hydrophilic extract. Food Res Int, v. 126, p.1-8, 2019. doi: 10.1016/j.foodres.2019.108597
6 - GEMELLI, T. F. et al. Evaluation of safety of Arrabidaea chica Verlot (Bignoniaceae), a plant with healing properties. J Toxicol Environ Health A, v. 78, n. 18, p.1170-1180, 2015. doi: 10.1080/15287394.2015.1072070
7 - JORGE, M. P. et al. Evaluation of wound healing properties of Arrabidaea chica Verlot extract. J Ethnopharmacol, v. 118, n. 3, p.361-366, 2008. doi: 10.1016/j.jep.2008.04.024

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2018
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 15 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após o intervalo de 5 dias[1,2].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode apresentar efeito hipertensor em alguns casos, devendo ser usada com cautela em pacientes hipertensos[1,2].

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 53.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 33.

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