Hydrastis canadensis L.

Hidraste.

Família 
Informações gerais 

Originária da América do Norte, principalmente entre povos indígenas do leste do Canadá e leste dos Estados Unidos. Encontra-se cultivada na Europa. Suas principais indicações são: estomáquica, gastroprotetora, hepatoprotetora, orexígena, broncodilatadora, anti-hemorrágica, adstringente, laxante, estimulante do hormônio ocitocina, antiespasmódica, anti-inflamatória, vasoconstritora, antitérmica, imunossupressora, antioxidante, antimalárica, antifúngica e antibacteriana[1,2,3,4,5,6,7].

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 112.
2 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 337-339.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 169.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 99-102.
5 - _______. Hydrastis canadensis. Hospital (Lond 1886), v. 10, n. 236, p.11, 1891.
6 - MUKHERJEE, P. K; HOUGHTON, P. J. Evaluation of Herbal Medicinal Products Perspectives on quality, safety and efficacy. London: Pharmaceutical Press, 2009, p. 151 e 207.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 355-357.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, perene, medindo cerca de 12 a 30 cm de altura, de caule simples, ereto, piloso, com 2 folhas, raramente três na parte terminal; folhas redondas, nervadas, verde-escuras, pubescentes, cordiformes na base, com 5 a 7 lóbulos duplos, dentados; flor pequena, solitária, terminal, de cor branca-esverdeada; fruto pequeno, carnudo, em forma de bagas, oblongas; as sementes são pretas e brilhantes; rizoma horizontal, quase cilíndrico, retorcido, carnoso, grosso, de cor amarelo brilhante, com cerca de 1 a 5 cm de comprimento x 2 a 10 mm de diâmetro x 0,6 a 1,8 cm de espessura, com numerosas raízes delgadas, apresenta odor característico e sabor amargo[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 99.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 355-356.
3 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 382-383.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Hidraste Brasil Rizoma

No tratamento de corrimento vaginal.

Infusão: 3 colheres (de sobremesa) da droga vegetal (pó) em 1 L de água. Abafar, deixar em repouso por 20 minutos e coar.

Fazer o banho de assento 3 vezes ao dia.

Contraindicada em pacientes em uso de anticoagulantes, anti-hipertensivos, digoxina e psicotrópicos, bem como na gravidez e lactação. Não se deve fazer o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento com Hydrastis canadensis.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 169.

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal em 500 mL de etanol à 50%. Concentrações para ensaio: 4,7 à 300 µg/mL.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus (resistentes à meticilina, mutantes e recombinantes), submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar concentração inibitória mínima (CIM), fluorescência (plasmídeo pDB59), bioluminescência (gene lux) e teste de citotoxicidade em queratinócitos humanos incubados com extrato vegetal e cepas de S. aureus (mutação α-toxina ou deleção do gene agr), com posterior análise dos níveis de lactato desidrogenase.

 

Observou-se que o extrato H. canadensis apresenta atividade antibacteriana contra cepas de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA).

[ 1 ]
Raiz

Extrato: 1718 g do material vegetal (pó) em metanol à 95 %. Concentrações para ensaio: 0,78 à 100 µg/mL. Outra espécie em estudo: Sanguinaria canadensis.

In vitro:

Em cepas de Helicobacter pylori incubadas com extratos vegetais, submetidas ao teste de diluição em ágar para determinar concentração inibitória (CIM).

 

Observou-se que H. canadensis apresenta atividade antibacteriana mais potente, com CIM = 12,5 µg/mL.

[ 3 ]
-

Extrato. Outra espécie em estudo: Cymbopogon nardus.

In vitro:

Em polímeros de silicones maxilofaciais (MDX-4210) contaminados com Candida albicans e Staphylococcus aureus, incubados com extratos vegetais para determinar atividade antimicrobiana, viabilidade celular e formação de biofilme (ensaio XTT e microscopia eletrônica de varredura).

 

Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade antimicrobiana, reduzindo a formação de biofilme, contudo a desinfecção com água e sabão foi mais eficaz.

[ 5 ]
Folha, Caule, Raiz e rizoma

Extrato (1:5 p/v): maceração de 1 g do material vegetal (pó) em 5 mL de etanol à 50%. Concentrações para ensaio: 5 à 300 µg/mL.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus e S. aureus (isogênica), submetidas ao teste de microdiluição em ágar e quadriculado, para determinar concentração inibitória mínima (CIM), concentração inibitória fracionada (FIC) e atividade da bomba de efluxo (por fluorescência).

 

Observou-se que o extrato da parte aérea de H. canadensis apresenta atividade antibacteriana mais potente.

[ 6 ]
Raiz e rizoma

Extrato hidroalcoólico à 45% (1:3). Extrato seco: 330 mg/mL. Padronizado com: 8,0 mg/mL de hidrastina e berberina. Concentrações para ensaio: 1:25 à 1:2000.

In vitro:

Em culturas de Helicobacter pylori e Campylobacter jejuni submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória média (CI50).

 

Neste estudo, dos 21 extratos vegetais analisados, Calendula officinalis, Matricaria recutita, Zingiber officinale, Salvia officinalis, Foeniculum vulgare e Silybum marianum apresentam atividade antibacteriana contra C. jejuni, enquanto que Agrimonia eupatoria, Hydrastis canadensis, Filipendula ulmaria e Salvia officinalis são ativas contra H. pylori.

[ 10 ]
Raiz

Extrato: 5 g do material vegetal em 25 mL de etanol à 55%. Rendimento: 18,5%. Concentrações para ensaio: 0,25 à 512 µg/mL.

In vitro:

Em cepas de Neisseria gonorrhoeae (resistentes ou não à antibióticos) submetidas aos ensaios de disco-difusão e diluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM50 e CIM100).

 

Neste estudo, dentre as 14 espécies vegetais, Arctostaphylos uva ursi, Hydastis canadensis, Prumus serotina e Rhodiola rosea apresentam atividade antibacteriana, com CIM = 16 à 64 µg/mL.

[ 12 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz e rizoma

Extrato (1:5 p/v): 500 g do material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 12,75 g. Concentrações para ensaio: 1 à 0,002 mg/mL.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus, Streptococcus sanguis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, incubadas com extrato vegetal, submetidas aos testes de diluição em ágar para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

 

Observou-se que o extrato de H. canadensis apresenta atividade antibacteriana relevante.

[ 4 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz e rizoma

Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 100 mL de etanol/água (7:3). Concentrações para ensaio: 1:1000 e 1:10000. Outras espécies em estudo: Hamamelis virginiana e Crataegus oxyacantha.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através do ensaio ABTS.

 

Observou-se que todas as plantas analisadas apresentam atividade antioxidante, sendo Hamamelis > Crataegus > Hydrastis.

[ 11 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: material vegetal em metanol à 40 º C por 2 horas. Doses para ensaio: 300 e 1000 mg/kg.

In vitro:

Em microssomas hepáticos de ratos Wistar incubados com fenacetina, dextrometorfano, clorzoxazona e testosterona, respectivas isoformas CYP1A2, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A, e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de metabólitos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de insuficiência hepática aguda induzida por acetaminofeno, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da atividade das enzimas AST e ALT, e concentração plasmática de acetaminofeno.

Observou-se que o extrato de H. canadensis apresenta atividade hepatoprotetora, pois inibe significativamente a isoforma CYP2E1, principalmente na dose de 300 mg/kg.

[ 8 ]
Raiz

Extrato: material vegetal em metanol à 40 º C por 2 horas. Doses para ensaio: 300 e 1000 mg/kg.

In vitro:

Em microssomas hepáticos de ratos Wistar incubados com fenacetina, dextrometorfano, clorzoxazona e testosterona, respectivas isoformas CYP1A2, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A, e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de metabólitos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de insuficiência hepática aguda induzida por acetaminofeno, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da atividade das enzimas AST e ALT, e concentração plasmática de acetaminofeno.

Observou-se que o extrato de H. canadensis apresenta atividade hepatoprotetora, pois inibe significativamente a isoforma CYP2E1, principalmente na dose de 300 mg/kg.

[ 8 ]

Imunoestimulante

Imunoestimulante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato.  Dose para ensaio: 6,6 g. Outra espécie em estudo: Echinacea augustifolia.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley expostos via intraperitoneal ao antígeno hemocianina (KLH), pré-tratados com extratos vegetais, com posterior análise dos níveis das imunoglobulinas IgM e IgG (ELISA).

Observou-se que os extratos de H. canadensis (IgM) e E. angustifolia (IgG) apresentam atividade imunoestimuladora.

[ 7 ]

Redutora da polidipsia e hiperfagia

Redutora da polidipsia e hiperfagia
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: pó. Dose para ensaio: 6,25% da dieta. Outras espécies em estudo: Arctostaphylos uva-ursi, Filipendula ulmaria, Viscum album, Cassia occidentalis, Artemisia dracunculus e Cinnamomum tamala.

In vivo:

Em camundongos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, suplementados com dieta contendo os extratos (em associação ou não), com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos e água, e níveis plasmáticos de glicose e insulina.

Observou-se que H. canadensis, A. uva-ursi, V. album e A. dracunculus não apresenta atividade hipoglicemiante, contudo reduzem os sintomas de polidipsia e hiperfagia.

[ 14 ]
Ensaios toxicológicos

Carcinogênica e Mutagênica

Carcinogênica e Mutagênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Pó. Doses para ensaio (in vivo): 0 à 15,170 mg/kg.

In vitro:

Determinar a mutagenicidade em cepas Salmonella typhimurium e Escherichia coli, incubadas com o extrato vegetal, na presença ou não da enzima de ativação metabólica S9.

 

In vivo:

Em ratos F344/N e camundongos B6C3F1 suplementados com dieta contendo o pó vegetal (durante 2 semanas à 2 anos), com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos, morfológica e histológica hepática, do timo e epidídimo, e níveis de eritrócitos micronucleados do sangue periférico.

Observou-se que o pó das raízes de H. canadensis se administrado por longo período de tempo, pode ocasionar neoplasia hepática benigna ou maligna, contudo, não demonstra mutagenicidade.

[ 2 ]

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato etanólico à 50% (5:1 g/v). Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea e Spilanthes acmella.

In vitro:

Determinar o potencial inibitório dos extratos vegetais na atividade do citocromo P4502E1, na presença do substrato p-nitrofenol, com posterior análise de Vmáx e Km da reação.

 

Observou-se que H. canadensis inibe a atividade da proteína P4502E1, significativamente.

[ 9 ]
Raiz

Extratos: aquoso, etanólico à 70% e metanólico, a partir de cápsulas contendo 250 (padronizado com 10% de alcaloides) e 450 mg do pó vegetal. Outra espécie em estudo: Silybum marianum.

In vitro:

Em monocamada de células de adenocarcinoma do cólon de humanos (Caco-2) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de ABCB1 e CYP3A4 (em vetor pUV1) por RT-PCR e hibridização.

 

Observou-se que H. canadensis modula a expressão da proteína CYP3A4 do citocromo P450, na dose de 450 mg.

[ 13 ]
-

Extrato hidroalcoólico a 55%.

In vitro:

Determinar atividade inibitória (CI50) da enzima do citocromo P450 (CYP3A4), na presença dos extratos vegetais, através do ensaio de microtitulação fluorométrica.

 

Neste estudo, dentre os 21 extratos vegetais, Hydrastis canadensis, Hypericum perforatum e Uncaria tomentosa inibem significativamente a isoforma CYP3A4, com CI50 = 0,03 à 0,79%.

[ 15 ]

Toxicidade embrionária

Toxicidade embrionária
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato etanólico à 45% (333 mg/mL): padronizado com 9,6 mg/mL de beberina e 8,4 mg/mL de hidrastina. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,5 à 6 µL/mL. Dose para ensaio (in vivo): 1,86 g/kg.

In vitro:

Em embriões de ratas Sprague-Dawley incubados com o extrato vegetal, com posterior do desenvolvimento embrionário (batimentos cardíacos, funcionamento do saco vitelino, formação do arco branquial, comprimento do embrião, coroa-nádega, número de somitos e formação do sistema nervoso central).

 

In vivo:

Em ratas Sprague-Dawley prenhes tratadas com extrato vegetal, com posterior análise morfológica dos rins, fígado e placenta, do peso corporal, número de implantações e reabsorções, mortalidade e malformações (internas e externas) dos fetos.

O extrato de H. canadensis demonstra toxicidade embrionária (in vitro), exceto para o ensaio in vivo, devido o processo de absorção (farmacocinética) do extrato vegetal.

[ 16 ]

Referências bibliográficas

1 - CECH, N. B. et al. Quorum quenching and antimicrobial activity of goldenseal (Hydrastis canadensis) against methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA). Planta Med, v. 78, n. 14, p.1556-1561, 2012. doi: 10.1055/s-0032-1315042
2 - _______ . Toxicology and carcinogenesis studies of goldenseal root powder (Hydrastis canadensis) in F344/N rats and B6C3F1 mice (feed studies). Natl Toxicol Program Tech Rep Ser, n. 562, p.1-188, 2010.
3 - MAHADY, G. B. et al. In vitro susceptibility of Helicobacter pylori to isoquinoline alkaloids from Sanguinaria canadensis and Hydrastis canadensis. Phytother Res, v. 17, n. 3, p.217-221, 2003. doi: 10.1002/ptr.1108
4 - SCAZZOCCHIO, F. et al. Antibacterial activity of Hydrastis canadensis extract and its major isolated alkaloids. Planta Med, v. 67, n. 6, p.561-564, 2001. doi: 10.1055/s-2001-16493
5 - GUIOTTI, A. M. et al. Antimicrobial activity of conventional and plant-extract disinfectant solutions on microbial biofilms on a maxillofacial polymer surface. Prosthet Dent, v. 116, n. 1, p.136-143, 2016. doi: 10.1016/j.prosdent.2015.12.014
6 - ETTEFAGH, K. A. et al. Goldenseal (Hydrastis canadensis L.) extracts synergistically enhance the antibacterial activity of berberine via efflux pump inhibition. Planta Med, v. 77, n. 8, p.835-840, 2010. doi: 10.1055/s-0030-1250606
7 - REHMAN, J. et al. Increased production of antigen-specific immunoglobulins G and M following in vivo treatment with the medicinal plants Echinacea angustifolia and Hydrastis canadensis. Immunol Lett, v. 68, n. 2-3, p.391-395, 1999. doi: 10.1016/s0165-2478(99)00085-1
8 - YAMAURA, K. et al. Protective effects of goldenseal (Hydrastis canadensis L.) on acetaminophen-induced hepatotoxicity through inhibition of CYP2E1 in rats. Pharmacognosy Res, v. 3, n. 4, p.250-255, 2011. doi: 10.4103/0974-8490.89745
9 - RANER, G. M. et al. Effects of herbal products and their constituents on human cytochrome P450(2E1) activity. Food Chem Toxicol, v. 45, n. 12, p.2359-2365, 2007. doi: 10.1016/j.fct.2007.06.012
10 - CWIKLA, C. et al. Investigations into the antibacterial activities of phytotherapeutics against Helicobacter pylori and Campylobacter jejuni. Phytother Res, v. 24, n. 5, p.649-656, 2010. doi: 10.1002/ptr.2933
11 - DA SILVA, A. P. Antioxidants in medicinal plant extracts. A research study of the antioxidant capacity of Crataegus, Hamamelis and Hydrastis. Phytother Res, v. 14, n. 8, p.612-616, 2000. doi: 10.1002/1099-1573(200012)14:8<612::aid-ptr677>3.0.co;2-t 
12 - CYBULSKA, P. et al. Extracts of Canadian first nations medicinal plants, used as natural products, inhibit neisseria gonorrhoeae isolates with different antibiotic resistance profiles. Sex Transm Dis, v. 38, n. 7, p.667-671, 2011. doi: 10.1097/OLQ.0b013e31820cb166
13 - BUDZINSKI, J. W. et al. Modulation of human cytochrome P450 3A4 (CYP3A4) and P-glycoprotein (P-gp) in Caco-2 cell monolayers by selected commercial-source milk thistle and goldenseal products. Can J Physiol Pharmacol, v. 85, n. 9, p.966-978, 2007. doi: 10.1139/Y07-091
14 - SWANSTON-FLATT, S. K. et al. Evaluation of traditional plant treatments for diabetes: studies in streptozotocin diabetic mice. Acta Diabetol Lat, v. 26, n. 1, p.51-55, 1989. doi: 10.1007/BF02581196
15 - BUDZINSKI, J. W. et al. An in vitro evaluation of human cytochrome P450 3A4 inhibition by selected commercial herbal extracts and tinctures. Phytomedicine, v. 7, n. 4, p.273-282, 2000. doi: 10.1016/S0944-7113(00)80044-6
16 - YAO, M. et al. A reproductive screening test of goldenseal. Birth Defects Res B Dev Reprod Toxicol, v. 74, n. 5, p.399-404, 2005. doi: 10.1002/bdrb.20055 

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 , 13 , 14 , 15 , 16 , 17 , 18 , 19 , 20 , 21 , 22 , 23 , 24 , 25 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

ácido clorogênico, ácido neoclorogênico e ácido quínico.

Ácidos graxos

Alcaloides

berberina, oxibeberina, hidrastina, β-hidrastina, hidrastinina, berberastina, xantopucina, canadina, 8-oxocanadina, talifendina, 8-oxotetrahidrotalifendina, candalina, canadalina, palmatina, tetrahidropalmatina, jatrorrizina, coptisina, isocoripalmina, 1,2-dihidronorreticulina, tembetarina, 8-oxo 5,6-deidrobeberina, reticulina e ácido canadinico.

Carboidratos

Fitosteróis

β-sitosterol e 20-hidroxiecdisona.

Flavonoides

6,8-di-C-metiluteolin 7-metil éter, 6-C-metiluteolin 7-metil éter, ácido 3,4-dimetoxi-2-(metoxicarbonil)benzoico, 3,5,3’-trihidroxi-7,4’-dimetoxi-6,8-C-dimetil-flavona, sideroxilina, 6-desmetil-sideroxilina e 8-desmetetil-sideroxilina.

Lactonas

meconina.

Óleos essenciais

Resinas

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 167.
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17 - CHATTERJEE, P.; FRANKLIN, M. R. Human cytochrome p450 inhibition and metabolic-intermediate complex formation by goldenseal extract and its methylenedioxyphenyl componentes. Drug Metab Dispos, v. 31, n. 11, p.1391-1397, 2003. doi: 10.1124/dmd.31.11.1391
18 - LE, P. M. et al. Characterization of the alkaloids in goldenseal (Hydrastis canadensis) root by high resolution Orbitrap LC-MS(n). Anal Bioanal Chem, v. 405, n. 13, p.4487-4498, 2013. doi: 10.1007/s00216-012-6539-9
19 - AVULA, B. et al. Quantitative determination of alkaloids from roots of Hydrastis canadensis L. and dietary supplements using ultra-performance liquid chromatography with UV detection. J AOAC Int, v. 95, n. 5, p.1398-1405, 2012. doi: 10.5740/jaoacint.12-074
20 - MCNAMARA, C. E. et al. A new glucosyl feruloyl quinic acid as a potential marker for roots and rhizomes of goldenseal, Hydrastis canadensis. J Nat Prod, v. 67, n. 11, p.1818-1822, 2004. doi: 10.1021/np049868j
21 - GOVINDAN, M.; GOVINDAN, G. A convenient method for the determination of the quality of goldenseal. Fitoterapia, v. 71, n. 3, p.232-235, 2000. doi: 10.1016/s0367-326x(99)00162-8
22 - LI, W.; FITZLOFF, J. F. A validated high performance liquid chromatographic method for the analysis of goldenseal. J Pharm Pharmacol, v. 54, n. 3, p.435-439, 2002. doi: 10.1211/0022357021778510
23 - HWANG, B. Y. et al. Antimicrobial constituents from goldenseal (the rhizomes of Hydrastis canadensis) against selected oral pathogens. Planta Med, v. 69, n. 7, p.623-627, 2003. doi: 10.1055/s-2003-41115
24 - LEYTE-LUGO, M. et al. Secondary metabolites from the leaves of the medicinal plant goldenseal (Hydrastis canadensis). Phytochem Lett, n. 20, p.54-60, 2017. doi: 10.1016/j.phytol.2017.03.012
25 - LE, P. M. et al. Application of UPLC-QTOF-MS in MS(E) mode for the rapid and precise identification of alkaloids in goldenseal (Hydrastis canadensis). Anal Bioanal Chem, v. 406, n. 6, p.1739-1749, 2014. doi: 10.1007/s00216-013-7558-x

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Cooperativa Científica Europeia em Fitoterapia
Ano de Publicação: 2013
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2007
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
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Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável.

Contraindicações: 

em crianças, gestantes, lactantes, hipertensos e portadores de deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)[1,2,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

altas doses e o uso prolongado podem provocar redução da absorção de vitamina B, distúrbios digestivos (hepatotoxicidade, dores no estomago, prisão de ventre, diarreia, vômito) e nervosos (depressão, alucinação, delírio, convulsão), irritação das mucosas (fototoxicidade), reflexos exagerados, leucocitose ou leucopenia, paralisia, bloqueio atrioventricular, bradicardia, insuficiência respiratória e morte. O contato com as raízes pode causar ulcerações nas mucosas[1,2,4,6].

Interações medicamentosas: 

a berberina pode antagonizar a atividade anticoagulante da heparina. Os alcaloides beberina e hidrasina podem inibir a atividade das enzimas microssomias hepáticas (CYP2D6, CYP2C9 e CYP3A4), alterando assim, a metabolização de diversos medicamentos (anticoagulantes, anti-hipertensivos, digoxina, psicotrópicos, dentre outros). A ação farmacológica do hidraste pode ser potencializada ou alternada com Berberis spp. nos tratamentos crônicos (ambas as espécies possuem berberina)[2,5,6].

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 338.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 356-357.
3 - BERNSTEIN, N. et al. Is it safe to consume traditional medicinal plants during pregnancy? Phytother Res, v. 35, n. 4, p.1908-1924, 2021. doi: 10.1002/ptr.6935
4 - MANDAL, S. K. et al. Goldenseal (Hydrastis canadensis L.) and its active constituents: a critical review of their efficacy and toxicological issues. Pharmacol Res, v. 160, p.1-21, 2020. doi: 10.1016/j.phrs.2020.105085
5 - FASINU, P. S. et al. Clinically relevant pharmacokinetic herb-drug interactions in antiretroviral therapy. Curr Drug Metab, v. 17, n. 1, p.52-64, 2015. doi: 10.2174/1389200216666151103115053
6 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 101-102.

Pós-colheita: 

teses de estabilidade, temperatura (4 à 40°C) e luminosidade, dos constituintes químicos presentes na raiz íntegra ou em pó, demonstram que o armazenamento do material vegetal por um período de 6 meses não altera significativamente a composição química [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

protocolos de micropropagação in vitro a partir das folhas em meio MS, são propostos para o desenvolvimento rápido desta espécie [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - BEDIR, E. et al. Micropropagation of Hydrastis canadensis: goldenseal a North American endangered species. Planta Med, v. 69, n. 1, p.86-88, 2003. doi: 10.1055/s-2003-37039
2 - KHIN, M. et al. Chemical evaluation of the effects of storage conditions on the botanical goldenseal using marker-based and metabolomics approaches. Yale J Biol Med, v. 93, n. 2, p.265-275, 2020.

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