Lavandula angustifolia Mill.

Alfazema e lavandula.

Sinonímia 
Lavandula officinalis Chaix
Família 
Informações gerais 

Nativa da Europa (região do Mediterrâneo), onde é muito explorada para a extração do óleo essencial. No Brasil encontra-se adaptada, principalmente na região Sul, sendo cultivada para fins medicinais e ornamentais. Suas principais indicações são: antiespasmódica, cicatrizante, antidepressiva, sedativa, hipnótica, analgésica, anticonvulsivante, carminativa, digestiva, antitussígena, estimulante da circulação periférica, antisséptica e hipotensora[1,2,3,4,5,6].

Referências informações gerais
1 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 22-24.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 304.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 134-141.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 389-390.
5 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 59.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 277-278.              
Descrição da espécie 

Subarbusto, perene, muito aromático de 30 a 70 cm de altura, caule ereto, de coloração cinza-esverdeados, ramificado na base, com 1 raiz principal; folhas sésseis, lineares, estreitas, oblongas, lanceoladas ou lineares, opostas, rígidas, pubescentes, verde-acinzentadas; flores de coloração azul-violáceas, dispostas em racemos terminais; frutos do tipo aquênio, contendo 1 única semente[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 304.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 127.
3 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 389.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 277.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Alfazema Brasil Cápitulos florais

Sedativa (leve).

Colocar 2 a 3 colheres (de sopa) da droga vegetal em 1 litro de água fervente (com fogo apagado).

Umidificação e inalação: transferir o preparado para uma bacia, colocando-a ao lado ou embaixo da cama por toda noite.

Pode potencializar os efeitos de drogas depressoras do SNC, quando associadas com esta espécie vegetal. A alfazema deve ser indicada com cautela em gestantes.

[ 1 ]
Alfazema, lavanda e lavanda-inglesa Brasil Inflorescência

Antidepressiva, ansiolítica, no tratamento de infecções do sistema respiratório, vertigens, cistite e enxaqueca.

Infusão: 1 colher (de sobremesa) do material vegetal em 1 xícara (de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]
Alfazema, lavanda e lavanda-inglesa Brasil Inflorescência

No tratamento de corrimento vaginal e sarnas ou piolhos.

Maceração: 2 colheres (de sopa) do material vegetal (seco) em vinho. Deixar em repouso por 3 dias.

Fazer o banho de assento (em caso de corrimento vaginal), ou aplicar no couro cabeludo com algodão (em caso de sarna ou piolho).

-

[ 2 ]
Steccadò e cadò Alpes da Ligúria (Itália) Inflorescência

Antiasmática.

Decocção. 

-

-

[ 3 ]
Steccadò e cadò Alpes da Ligúria (Itália) Inflorescência

No tratamento da dor muscular.

Óleo. 

Uso externo: na forma de massagens.

-

[ 3 ]
Steccadò e cadò Alpes da Ligúria (Itália) Inflorescência

No tratamento da dor de cabeça.

Macerado etanólico. 

Uso externo.

-

[ 3 ]
Ghazama Líbano -

No tratamento da Doença de Alzheimer.

-

-

-

[ 4 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 49.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 304.
3 - CORNARA, L. et al. Ethnobotanical and phytomedical knowledge in the North-Western Ligurian Alps. J Ethnopharmacol, v. 155, n. 1, p.463-484, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.05.046
4 - SALAH, S. M.; JÄGER, A. K. Screening of traditionally used Lebanese herbs for neurological activities. J Ethnopharmacol, v. 97, n. 1, p.145-149, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2004.10.023

Anestésica

Anestésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 10 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30 a 2500 µg/mL. Outras espécies em estudo: Citrus reticulata e Citrus limon.

In vitro:

Em nervo frênico-diafragma isolado de rato Wistar, incubado com o óleo vegetal, submetidos a estimulação elétrica, com posterior análise de contratilidade.

 

In vivo:

Em coelhos machos da Nova Zelândia, tratados com óleos essenciais e submetidos ao teste de reflexo conjuntival.

O óleo de L. angustifolia apresenta atividade anestésica, possivelmente por bloquear os canais de sódio e cálcio.

[ 25 ]

Ansiolítica

Ansiolítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial.

In vivo:

Em camundongos ICR portadores de anosmia induzida por irrigação da cavidade nasal com gluconato de zinco e acetato de zinco, submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise do teste do labirinto em cruz elevado e parâmetros neuroquímicos (serotonina e metabólitos).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade ansiolítica, por estimulação da via serotoninérgica, sem interferência da ausência de olfato.

[ 48 ]
Botão floral

Óleo essencial: por destilação a vapor. Concentração para ensaio: 4 mL/L.

In vivo:

Em camundongos ICR normais ou portadores de estresse por imersão a água e desprovidos de repouso, submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise do teste do labirinto em cruz elevado, expressão dos genes arc e NGFR (RT-PCR) e das proteínas GLK1 e BDNF (imuno-histoquímica). 

O óleo essencial de L. officinalis apresenta atividade ansiolítica, contudo, pode atuar como um agente estressor.

[ 50 ]
Flor

Óleo essencial: por destilação a vapor.

In vivo:

Em esquilos-da-Mongólia submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise do comportamento através do teste de labirinto em cruz elevado.

O uso prolongado do óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade ansiolítica moderada, semelhante ao diazepam.

[ 22 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,5, 2,5 e 5,0%.

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster portadores de anosmia induzida por irrigação da cavidade nasal com gluconato de zinco e acetato de zinco, submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise dos testes de discriminação olfativa, atividade locomotora e enterro de mármore.

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade ansiolítica, nas doses de 2,5 e 5,0%, sem interferência da ausência de olfato.

[ 28 ]

Anti-hiperalgésica

Anti-hiperalgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 100, 200 e 300 μL.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de lesão na pata traseira e inflamação periférica crônica induzidos por por isquemia-reperfusão e adjuvante completo de Freund (CFA), respectivamente, submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise dos testes de hiperalgesia e campo aberto, atividade de receptores opioides e canabioides.

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta ação anti-hiperalgésica sistêmica, por ativação de receptores opioides e canabioides, sem alterar na atividade locomotora.

[ 8 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Óleo essencial: a 10% em PEG 200.

In vivo:

Em camundongos BALB/c portadores de psoríase induzida por Imiquimod (IMQ), tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise do Índice de Gravidade de Psoríase (PASI), níveis de citocinas Th-1 e Th-17.

Em coelhos da Nova Zelândia submetidos ao teste de irritabilidade cutânea.

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória, contudo, demonstra irritabilidade leve na concentração em estudo.

[ 2 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesão renal induzida por isquemia/reperfusão, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos, bioquímicos (SOD, GPX, CAT e MDA) e níveis de citocinas (TNF-α, IL-1β e IL-10) em homogenato renal, função renal (Cr e BUN), apoptose (TUNEL) e dano tecidual (H & E).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória, sendo promissor para o tratamento de lesões renais.

[ 5 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento: 1,1%. Extrato: maceração de 100 g de material vegetal 500 mL de etanol/água (7: 3). Rendimento: 42%. Doses para ensaio: 100 a 1600 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss e ratos Wistar tratados com o óleo essencial e extrato vegetal, submetidos aos testes de contorções abdominais, dor em pata traseira e edema de pata, induzidos por ácido acético, formalina e carragenina, respectivamente.

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva, mais potente, principalmente na dose de 200 mg/kg.

[ 15 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Doses para ensaio: 100, 200 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de lesões no miocárdio induzidas por isquemia-reperfusão, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (SOD, GSH, GPx, MDA, CK-MB e troponina I), expressão de TNF-α, IL-1β e IL-10 (imuno-histoquímica), apoptose (TUNELL) e volume do infarto (Evans Blue/TTC).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória, antioxidante e antiapoptótica, reduzindo as lesões provenientes do infarto do miocárdio.

[ 11 ]

Anti-inflamatória e Cicatrizante

Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por destilação a vapor. Concentrações para ensaio: 0 a 25%.

In vitro:

Em cultura de queratinócitos (HaCaT) incubadas com os óleos essenciais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

Em culturas de HaCaT e macrófagos derivados de monócitos isolados de sangue periférico de humanos (hMDM), estimuladas com LPS, incubadas com os óleos vegetais, com posterior análise da expressão genética (RT-PCR) e níveis de citocinas pró-inflamatórias e fatores de crescimento pré-regenerativos (ELISA).

 

Os óleos essenciais de L. angustifolia apresentam atividades anti-inflamatória e cicatrizante, estimulando a produção de IL-6, IL-8 e VEGF, e reduzindo os níveis de TNF-α.

[ 27 ]

Antiamnésica

Antiamnésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (10:1). Concentração para ensaio: 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Bacopa monnieri e Ginkgo biloba.

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de amnésia induzida por escopolamina, tratados com óleos vegetais (associados ou não), com posterior análise dos testes de labirinto aquático Morris e labirinto em cruz elevado.

A associação dos extratos vegetais (B. monnieri 100 mg/kg + G. biloba 75 mg/kg + L. angustifolia 100 mg/kg) apresenta sinergismo, sendo promissor para o tratamento da amnésia.

[ 37 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e inflorescência

Óleo essencial (variedades): 20 g de material (seco), por hidrodestilação. Rendimentos: 2,7% a 4,7%.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureus (MRSA/ORSA) e Pseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de disco-difusão em ágar para determinar o halo de inibição (mm).

 

Os óleos essenciais de L. agustifolia apresentam atividade antibacteriana, podendo variar de acordo com a composição química.

[ 39 ]
Parte aérea

Óleo essencial: material vegetal (pó), por hidrodestilação. Rendimento: 3,1%. Outras espécies em estudo: Thymus vulgaris e Calamintha nepeta.

In vitro:

Em cultura de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella enteritidis, Bacillus cereus e Staphylococcus aureus submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

Os óleos essenciais apresentam atividade antibacteriana, contudo, a espécie T. vulgaris é a mais potente.

[ 40 ]
Parte aérea

Óleo essencial: material vegetal (seco), por hidrodestilação. Rendimento: 0, 12%. Outras espécies em estudo: Lavandula pedunculata e L. maroccana.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella spp. submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os óleos vegetais apresentam atividade antibacteriana mais potente, quando associados entre si (19% de L. angustifolia + 38% de L. pedunculata 43% L. maroccana) ou com ciprofloxacino.

[ 41 ]
Folha

Extrato: 1 g de material (pó) em 20 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal. Outras espécies em estudo: Origanum vulgareBrassica nigra, Capsella bursa-pastorisBerberis vulgaris.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e conteúdo fenólico total.

Em culturas de Staphylococcus aureusListeria monocytogenesEscherichia coliSalmonella enterica var. typhimuriumPseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar o halo de inibição (mm).

 

As nanopartículas contendo os extratos de B. nigra e L. angustifolia apresentam atividade antibacteriana mais potente.

[ 42 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,004 a 2%. Outras espécies em estudo: Carum carvi, Foeniculum vulgare dulce, Illicium verum, Mentha x piperita, Trachyspermum copticum, Mentha arvensis e Citrus aurantium var. amara.

In vitro:

Em culturas de microrganismos gastrointestinais de humanos (Bacteroides fragilis, Candida albicans, Clostridium difficile, Clostridium perfringens, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Eubacterium limosum, Lactobacillus acidophilus, L. plantarum, Bifidobacterium bifidum, B. longum e Peptostreptococcus anaerobius) submetidas ao teste de diluição em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os óleos essenciais de C. carvi, L. angustifolia, T. copticum e C. aurantium var. amara apresentam atividade antibacteriana mais potente, principalmente em patógenos potenciais, sendo promissores para o tratamento da disbiose intestinal.

[ 24 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 1 a 20 µL. Outras espécies em estudo: Lavandula latifolia, L. luisieri e L. stoechas.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureus (sensível ou resistente à meticilina) submetidas ao teste de disco-difusão, com posterior análise do halo de inibição (mm).

 

A combinação dos óleos de L. luisieri (rico em necrodano) e L. angustifolia (rico em linalol e acetato de linalila) apresentam atividade antibacteriana mais potente.

[ 29 ]

Antibacteriana e Antioxidante

Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Óleo essencial (indivíduos cultivados em ambiente natural ou controlado): por destilação a vapor.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS e redução do íon férrico (FRAP).

Em culturas de Staphylococcus aureus submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

Em culturas de macrófagos (MDM) infectadas por Staphylococcus aureus e incubadas com o óleo essencial, com posterior análise fagocítica, determinação de unidades formadoras de colônia (CFU) e expressão genética.

 

O óleo de L. angustifolia, cultivada em ambiente natural, apresenta atividades antibacteriana, antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora, mais potentes.

[ 13 ]

Antiepiléptica

Antiepiléptica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (1:4): material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 12%. Doses para ensaio: 200 a 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos NMRI portadores de crises epilépticas induzidas por pentilenotetrazol, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos em homogenato cerebral (MDA, NO e SOD).

O extrato de L. officinalis apresenta atividade antiepiléptica, sendo mais eficaz que o produto comercial valproato.

[ 44 ]

Antiestresse

Antiestresse
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 100 e 400 μg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 200 mg/kg.

In vitro:

Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise da expressão de pERK e PKA (Western blotting).

 

In vivo:

Em camundongos (OF1) submetidos ao modelo de estresse por derrota social, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise dos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado e interação social.

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta efetividade para o tratamento de transtornos mentais relacionados ao estresse social.

[ 3 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 10 g de material vegetal (pó) em 100 mL de água aromática. Concentrações para ensaio: 10 e 150 μg/mL. Outra espécie em estudo: Mentha × piperita.

In vitro:

Em cultura de Staphylococcus aureus submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar atividade antimicrobiana (ELISA).

Em células humanas de melanoma (A375) e de carcinoma da mama (MDA-MB-231), incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

 

Os extratos vegetais em estudo apresentam atividade antimicrobiana, contudo, não demonstram efeito antiproliferativo significativo.

[ 4 ]

Antimicrobiana e Antioxidante

Antimicrobiana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Hidrolato: 60 g de material vegetal (seco) em 1200 mL de água.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e capacidade de absorção do radical de oxigênio (ORAC).

Em culturas de Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Candida sp., Aspergillus niger e Penicillium expansum submetidas ao teste de diluição, para determinar atividade antimicrobiana.

 

O hidrolato de L. angustifolia apresenta atividade antioxidante potente e antimicrobiana insignificativa.

[ 38 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 250 g do material vegetal (pó), por hidrodestilação. Rendimento: 1,31% (p/p). Dose para ensaio (in vivo): 200 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP).

 

In vivo:

Em camundongos (Mus musculus) portadores de lesões hepáticas e renais induzidas por peróxido de hidrogênio (H2O2), tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, ureia, creatinina, ALT e AST), antioxidantes (TBARS, SOD, CAT e GPx) e histopatológicos.

O óleo essencial de L. officinalis apresenta atividade antioxidante significativa, reduzindo o estresse oxidativo provocado por H2O2.

[ 49 ]
-

Óleo essencial. Dose para ensaio: 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Rosa damascena.

In vivo:

Em camundongos albinos tratados com L-dopa e óleos vegetais, com posterior análise dos níveis de proteína carbonil (Espectrometria DNPH), peroxidação lipídica (Espectrometria) e óxido nítrico (Espectroscopia de Ressonância Paramagnética Eletrônica) em homogenato do cérebro.

Os óleos essenciais das espécies em estudo apresentam atividade antioxidante, reduzindo os danos oxidativos provenientes de tratamentos para doenças neurodegenerativas.

[ 16 ]

Antioxidante e Cicatrizante

Antioxidante e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Nanoemulsão: contendo 2% (p/p) de óleo essencial de Lavandula angustifolia e 2% (p/p) de extrato de Glycyrrhiza glabra.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de feridas excisionais cutâneas profundas pescoço dorsal, tratados com o fitoterápico, com posterior análise da expressão de TGF-β1, colágeno tipo I e III, marcadores de estresse oxidativo (MDA, SOD e GPx) e parâmetros histopatológicos.

A nanoemulsão apresenta atividade cicatrizante, anti-inflamatória e antioxidante.

[ 20 ]

Antioxidante e Genoprotetora

Antioxidante e Genoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 10 g de material vegetal (seco) em metanol a 70%, etanol a 70% ou 100 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,025 a 5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Glechoma hederacea, Hyssopus officinalis, Leonurus cardiaca, Marrubium vulgare e Sideritis scardica.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em cultura de Salmonella typhimurium incubada com os extratos vegetais, com   posterior análise do potencial antigenotóxico (Ensaios SOS/umuC).

Em plasmídeo (pUC19) isolados de Escherichia coli, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise genotoxicidade; e em cultura de fibroblastos pulmonar de feto humano (MRC-5) para análise de citotoxicidade (MTT e Ensaio do Cometa).

 

Os extratos vegetais em estudo, pertencentes a família Lamiacea, apresentam atividades antioxidante e genoprotetora promissoras.

[ 35 ]

Antioxidante e Inibidora enzimática (AChE)

Antioxidante e Inibidora enzimática (AChE)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Óleo essencial: 100 g do material vegetal (seco), por hidrodestilação. Outras espécies em estudo: Artemisia campestris, A. herba-alba, Juniperus phoenicea, J. oxycedrus e Mentha pulegium.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da redução do íon férrico (FRAP) e eliminação dos radicais DPPH e ABTS; e atividade inibitória das enzimas tirosinase, acetilcolinesterase e butirilcolinesterase.

Em cultura de células tumorais (MCF-7, T47-D e Caco-2) incubadas com os óleos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade.

 

Os óleos vegetais em estudo apresentam atividade antioxidante, inibidora enzimática e citotóxica.

[ 45 ]

Antioxidante e Neuroprotetora

Antioxidante e Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com o óleo vegetal, submetidos ao estresse por contenção, com posterior análise dos testes campo aberto, transição claro/escuro, natação forçada e de parâmetros bioquímicos (corticosterona, LPO, SOD, NBT, CAT e GPx).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade neuroprotetora e antioxidante, reduzindo alterações comportamentais induzidas por estresse.

[ 26 ]
-

Óleo essencial: por hidrodestilação. Doses para ensaio: 50 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Kunming portadores de lesão cérebro focal induzida por isquemia-reperfusão, pré-tratados com óleo essencial, com posterior análise de neurodisfunção, aérea de infarto, parâmetros bioquímicos (e histopatológicos, marcadores de estresse oxidativo (proteína carbonil, proteínas, MDA, SOD, CAT, GSH-Px, GSH/GSSG e ERO’s).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade antioxidante e neuroprotetora.

[ 31 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Outra espécie em estudo: Lavandula × ​​intermedia. Concentrações para ensaio: 0,1 a 1%.

In vitro:

Em cultura de Trichomas vaginalis, Giardia duodenalis e Hexamita inflata incubadas com óleo essencial, com posterior análise viabilidade celular (hemocitômetro).

 

O óleo de L. angustifolia apresenta atividade antiparasitária promissora, principalmente nas concentrações de 0,5 e 1%.

[ 23 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: percolação de 100 g do material vegetal (pó) em 100 mL de etanol a 70%, n-hexano ou água. Óleo essencial: 3 g de material vegetal (seco), por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 15 a 500 μg/mL.

In vitro:

Os extratos hidroalcoólico e n-hexano e o óleo essencial de L. angustifolia apresentam atividade antiproliferativa mais potentes, principalmente para células tumorais.

 

Os extratos hidroalcoólico e n-hexano e o óleo essencial de L. angustifolia apresentam atividade antiproliferativa mais potentes, principalmente para células tumorais.

[ 9 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e flor

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,005 a 0,01%. Dose para ensaio (in vivo): 200 mg/kg.

In vitro:

Em células de câncer de próstata humano (PC-3 e DU-145) incubadas com óleo vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), cicatrização de feridas, apoptose (Annexin V-FITC), ciclo celular (citometria de fluxo) e expressão de DR4 e DR5 (Western blotting).

 

In vivo:

Em camundongos nus infectados por células tumorais (PC-3), tratados com óleo essencial, com posterior análise do tamanho e volume do tumor, expressão de Ki67 e PCNA (imuno-histoquímica) e apoptose (TUNEL).

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade antitumoral, pois inibe a proliferação celular e induz a apoptose.

[ 18 ]
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Lavandula latifolia e L. hybrida.

In vitro:

Em células epiteliais de adenocarcinoma colorretal de humanos (Caco-2) incubadas com os óleos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade por Microscopia Eletrônica de Varredura.

 

As espécies do gênero Lavandula, em estudo, apresentam atividade antitumoral promissora.

[ 21 ]

Citotóxica

Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 100 g do material vegetal (seco), por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 50 a 1000 µg/mL. Outra espécie em estudo: Coriandrum sativum. 

In vitro:

Em células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com os óleos vegetais, submetidas ao teste MTT e análise de expressão proteica (ADCY1 e ERK).

Em cultura de neurônios primários corticais de ratos Wistar incubadas com os óleos vegetais, com posterior análise da eletrofisiologia celular.

 

Os óleos essenciais em estudo apresentam citotoxicidade para SH-SY5Y e influenciam o disparo neuronal, contudo, somente L. angustifolia aumenta a expressão de ADCY1 e ERK.

[ 1 ]

Espasmolítica

Espasmolítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Volume para ensaio: 0,2 mL.

In vitro:

Em íleo isolado de porquinhos-da-Índia incubados com o óleo vegetal, submetidos a contrações estimulada eletricamente na presença de agentes agonistas e antagonistas.

 

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade espasmolítica, mediada, possivelmente, por cAMP.

[ 30 ]

Fungicida e Fungistática

Fungicida e Fungistática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentração para ensaio: 0,0078 a 4%.

In vitro:

Em culturas de Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM50/90), atividade citocida e inibição do tubo germinativo.

 

O óleo essencial de L. angustifolia apresenta atividade fungistática e fungicida, pois inibe a formação do tubo germinativo e alongamento de hifas.

[ 12 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: 140 g de material vegetal (seco) em 2 L de água. Rendimento: 17,5%. Concentrações para ensaio: 10, 100 µg/mL, 1 e 10 mg/mL.

In vitro:

Em culturas de células granulares do cerebelo de filhotes ratos Sprague-Dawley incubadas com glutamato para indução de neurotoxicidade, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de da viabilidade celular (Azul de tripano).

 

O extrato de L. angustifolia apresenta atividade neuroprotetora, principalmente na concentração de 1 mg/mL.

[ 34 ]
-

Óleo essencial. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos submetidos a oclusão transitória da artéria cerebral média para indução da isquemia cerebral focal, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do tamanho do infarto e edema cerebral, parâmetros bioquímicos (SOD, GPx, MDA e CAT) e expressão de VEGF, Bax e Bcl-2 (Western blotting).

O óleo de L. angustifolia apresenta atividade neuroprotetora, principalmente na dose de 400 mg/kg, sendo promissor para o tratamento de acidente vascular cerebral (AVC).

[ 14 ]
Flor

Extrato: 250 g de material vegetal (seco) em 1000 mL de água. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de doença de Alzheimer (DA) induzido por Aβ1-42, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos de cérebro e de comportamento através do teste de labirinto aquático de Morris (aprendizagem de tarefas e recuperação da memória espacial).

O extrato de L. angustifolia apresenta atividade neuroprotetora, reduzindo os déficits cognitivos provenientes da DA.

[ 17 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 1,5 a 50 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em células de feocromocitoma de rato (PC12) estimuladas por peróxido de hidrogênio, tratadas com óleo essencial, com posterior análise de viabilidade celular (MTT) e dos níveis de LDH, NO (extracelular), ERO's (intracelular) e MMP.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6J portadores de demência (déficit cognitivo), induzida por escopolamina, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise dos testes de campo aberto, labirinto aquático de Morris e evitação passiva e parâmetros bioquímicos (AChE, SOD, GPx e MDA) em homogenato do hipocampo.

O óleo de L. angustifolia apresenta atividade neuroprotetora, por modulação do estresse oxidativo e da atividade de AChE.

[ 33 ]

Neurotônica

Neurotônica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (1:4): 500 g do material vegetal (seco) em etanol a 70%. Rendimento: 12%. Doses para ensaio: 100 a 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos NMRI portadores de amnésia induzida por escopolamina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de dos testes do labirinto em Y, labirinto em cruz elevado e natação forçada.

O extrato de L. officinalis apresenta atividade neuroestimulante, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg, além das ações ansiolítica e antidepressiva.

[ 46 ]

Reduz a memória de medo contextual

Reduz a memória de medo contextual
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentrações pata ensaio: 1, 2,5 e 5%.

In vivo:

Em camundongos C57Bl6 portadores de memória de medo contextual induzida, submetidos a inalação do óleo essencial, com posterior análise da atualização da memória através da ativação dos canais de cálcio (antagonista nimodipina).

O óleo essencial de L. angustifolia aumenta a extinção e inibe a atualização da memória de medo contextual, principalmente na concentração de 1%.

[ 6 ]
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 1, 2,5 e 5%.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de memória do medo condicionada contextual induzida, tratados com óleo essencial, com posterior análise da expressão de c-Fos (imuno-histoquímica) em homogenato do hipocampo ventral e amígdala.

O óleo essencial de L. angustifolia inibe a consolidação da memória contextual após condicionamento e a expressão de c-Fos, nas concentrações de 2,5 e 5%, além da atividade ansiolítica.

[ 7 ]

Relaxante muscular

Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 1500 mL de etanol/água (7:3). Rendimento: 8 g. Concentrações para ensaio: 0,5 a 4 mg/mL.

In vitro:

Em traqueias isoladas de ratos Wistar incubadas com extrato vegetal, atropina, clorfeniramina, indometacina, metacolina, diltiazem, glibenclamida, propranolol, papaverina e L-NAME, com posterior análise de contratilidade muscular.

 

O extrato de L. angustifolia apresenta atividade relaxante da musculatura lisa traqueal, por ação em receptores muscarínicos, vias da cicloxigenase e/ou produção de óxido nítrico.

[ 10 ]

Sedativa

Sedativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentração para ensaio: 33 mg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de hiperatividade induzida por cafeína, submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise de atividade motora e níveis plasmáticos de linalol e acetato de linalil.

O óleo essencial L. angustifolia apresenta atividade sedativa, devido a absorção por inalação, dos principais constituintes químicos.

[ 36 ]

Sedativa e Hipnótica

Sedativa e Hipnótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule e flor

Extrato: 500 g do material vegetal em metanol. Rendimento: 21,8%. Extrato: infusão 500 g do material vegetal em 500 mL de água. Rendimento: 15,7%. Doses para ensaio: 100 a 600 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de testes comportamentais (tração, lareira, hole-board e sono induzindo por tiopental).

Os extratos de L. officinalis apresentam atividades hipnótica (800 a 1000 mg/kg) e sedativa (200 a 600 mg/kg).

[ 43 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade

Citotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,016 a 2,00% (v/v).

In vitro:

Em células de fibroblastos de humanos (153BR e HNDF) e células endoteliais (HMEC-1) transformadas por vírus símio, incubadas com óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (corante vermelho neutro).

 

O óleo de L. angustifolia apresenta citotoxicidade na concentração de 0,25% (v/v).

[ 32 ]

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule e flor

Extrato: 500 g do material vegetal em metanol. Rendimento: 21,8%. Extrato: infusão 500 g do material vegetal em 500 mL de água. Rendimento: 15,7%. Doses para ensaio: 500 a 5000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de letalidade.

Os extratos de L. officinalis apresentam não apresentam sinais de toxicidade nas doses em estudo, demonstrando letalidade acima de 5000 mg/kg.

[ 43 ]
Folha e flor

Extrato: 10 g do material vegetal (seco) em 250 mL de água, etanol/água (1:3 v/v) ou acetona/água (1:3 v/v). Concentrações para ensaio: 0,05 a 1 mg/mL.

In vitro:

Determinar a letalidade dos extratos vegetais através do Bioensaio com Artemia salina.

 

Os extratos hidroalcoólicos, da flor e folha, de L. officinalis apresentam letalidade moderada e alta, respectivamente.

[ 47 ]

Mutagenicidade

Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Melaleuca alternifolia.

In vitro:

Determinar a atividade mutagênica e antimutagênica do óleo vegetal em cultura de Salmonella typhimurium (TA98 e TA100) e Escherichia coli (WP2 uvrA) na presença ou não de sistema de ativação metabólico extrínseco.

 

Os óleos essenciais de L. angustifolia e M. alternifolia não apresentam mutagenicidade, contudo, apenas L. angustifolia demonstra ação antimutagênica potente.

[ 19 ]

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50 - TAKAHASHI, M. et al. Effects of inhaled lavender essential oil on stress-loaded animals: changes in anxiety-related behavior and expression levels of selected mRNAs and proteins. Nat Prod Commun, v. 7, n. 11, p.1539-44, 2012. 

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 52-53, 2018.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 110-112, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha e sumidade florida seca

100 g

Folha e sumidade florida fresca

200 g

                                                                   *Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.

Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha e sumidade florida seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar. 

Alcoolatura: pesar 200 g de folha e sumidade florida fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar. 
Principais indicações

Cefaleias e alterações do ciclo menstrual. 

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo). 

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Erythrina mulungu (entrecasca seca)

5 g

Lippia alba (folha e flor seca)

10 g

Melissa officinalis (folha seca)

10 g

Mentha spicata (parte aérea seca)

7,5 g

Ocimum gratissimum (folha e flor seca)

5 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Aloysia polystachya (folha)

150 mL

Erythrina mulungu (entrecasca)

15 mL

Hymenaea courbaril (entrecasca)

10 mL

Lactuca sativa (raiz e talo)

5 mL

Lavandula officinalis (folha)

10 mL

Lippia alba– variedade maior (folha e flor)

10 mL

Melissa officinalis (folha)

5 mL

Mentha spicata (parte aérea)

3,75 mL

Ocimum gratissimum (folha e flor)

2,5 mL

Passiflora alata (folha)

15 mL

Pfaffia glomerata (raiz)

15 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas. 

Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiqueta
Principais indicações

Ansiedade e depressão.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de chá ou sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha e/ou sumidade florida secas rasuradas

0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos. 

Principais indicações

Sintomas do estresse, exaustão e insônia secundária (EMA, 2012; BRASIL, 2018). Cefaleia e alterações do ciclo menstrual.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia. 

Uso tópico: fazer banhos de assento duas a três vezes ao dia com volume suficiente do infuso. 

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 154-156.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 331-332.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 92-94.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 , 13 , 14 , 15 , 16 , 17 , 18 , 19 , 20 , 21 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

cafeico, rosmarínico, capróico, ursólico, p-cúmarico, ferúlico e rosmarínico.

Aldeídos

Cetonas

Cumarinas

herniarina e umbeliferona.

Fitosteroides

β-sitosterol.

Flavonoides

luteolina, apigenina, luteolin 7-O-β-D-glucosídeo, apigenina 7-O-β-D-glucosídeo e luteolina 7-O-D-glucuronideo.

Óleos essenciais

linalol, acetato de linalil, geraniol, limoneno, cânfora, o-cimeno, β-cariofileno, óxido de cariofileno, furfurol, alcanfor, α-terpineol, 4-terpineol, α e β-pineno, acetato de linaloil, acetato de lavandulila, α e β-terpineno, terpineno-4-ol, 1,8-cineol, borneol, canfeno, óxido cis-linalol, óxido trans-linalol, sabineno, 3-octanona, acetato 1-octen-3-il, mirceno, δ-3-careno, β-felandreno, p-cimeno-7-ol, acetato de geranil, γ-cadineno, epi-α-cadinol, α-bisabolol, α-cadinol, nootkatol, ciclocolorenona, trans-β-ocimeno, lavandulol, neodihidrocarveol, 2-metil-3-buten-2-ol, acetato de n-butila, 1-metoxi-2-propanol, m-xileno, 3-penten-2-ol, acetato de neril, α e β-farnesano, ácido palmítico, criptona, nerol, acetato de 1-pentilalil, antranilato de linalil, timol, germacreno D, óxido de piperitona e α-humuleno.

Princípios amargos

Taninos

Referências bibliográficas

1 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 22.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 49.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 129.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 389.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 277.
6 - CAPUTO, L. et al. Coriandrum sativum and Lavandula angustifolia essential oils: chemical composition and activity on central nervous system. Int J Mol Sci, v. 17, n. 12, p.1-12, 2016. doi: 10.3390/ijms17121999
7 - ALEXA, E. et al. Phytochemical screening and biological activity of Mentha × piperita L. and Lavandula angustifolia Mill. extracts. Anal Cell Pathol (Amst), p.1-7, 2018. doi: 10.1155/2018/2678924
8 - TAYARANI-NAJARAN, Z. et al. Comparative studies of cytotoxic and apoptotic properties of different extracts and the essential oil of Lavandula angustifolia on malignant and normal cells. Nutr Cancer, v. 66, n. 3, p.424-434, 2014. doi: 10.1080/01635581.2013.878736
9 - HORVATHOVA, E. et al. Chromatographic analyses of Lavandula angustifolia and Rosmarinus officinalis extracts and their biological effects in mammalian cells and cell-free systems. Neoplasma, v. 64, n. 6, p.856-868, 2017. doi: 10.4149/neo_2017_607
10 - GIOVANNINI, D. et al. Lavandula angustifolia Mill. essential oil exerts antibacterial and anti-inflammatory effect in macrophage mediated immune response to Staphylococcus aureus. Immunol Invest, v. 45, n. 1, p.11-28, 2016. doi: 10.3109/08820139.2015.1085392
11 - SILHA, D. et al. Chemical composition of natural hydrolates and their antimicrobial activity on Arcobacter-like cells in comparison with other microorganisms. Molecules, v. 25, n. 23, p.1-20, 2020. doi: 10.3390/molecules25235654
12 - SONMEZDAG, A. S. et al. Identification of aroma compounds of Lamiaceae species in Turkey using the purge and trap technique. Foods, v. 6, n. 2, p.1-9, 2017. doi: 10.3390/foods6020010
13 - GARZOLI, S. et al. Headspace/GC-MS analysis and investigation of antibacterial, antioxidant and cytotoxic activity of essential oils and hydrolates from Rosmarinus officinalis L. and Lavandula angustifolia Mille. Foods, v. 10, n. 8, p.1-15, 2021. doi: 10.3390/foods10081768
14 - PRUSINOWSKA, R. et al. Hydrolates from lavender (Lavandula angustifolia)-their chemical composition as well as aromatic, antimicrobial and antioxidant properties. Nat Prod Res, v. 30, n. 4, p.386-393, 2016. doi: 10.1080/14786419.2015.1016939
15 - DONG, G. et al. Study on Lavender essential oil chemical compositions by GC-MS and improved pGC. Molecules, v. 25, n. 14, p.1-8, 2020. doi: 10.3390/molecules25143166
16 - ADASZYNSKA, M. et al. Comparison of chemical composition and antibacterial activity of lavender varieties from Poland. Nat Prod Res, v. 27, n. 16, p.1497-501, 2013. doi: 10.1080/14786419.2012.724408
17 - MILADINOVIC, D. L. et al. Investigation of the chemical composition-antibacterial activity relationship of essential oils by chemometric methods. Anal Bioanal Chem, v. 403, n. 4, p.1007-1018, 2012. doi: 10.1007/s00216-012-5866-1
18 - TANG, S. et al. Three new phenylpropanoids from Lavandula angustifolia and their bioactivities. Nat Prod Res, v. 31, n. 12, p.1351-1357, 2017. doi: 10.1080/14786419.2016.1247081
19 - EVANDRI, M. G. et al. The antimutagenic activity of Lavandula angustifolia (lavender) essential oil in the bacterial reverse mutation assay. Food Chem Toxicol, v. 43, n. 9, p.1381-1387, 2005. doi: 10.1016/j.fct.2005.03.013
20 - ZHAO, J. et al. Evaluation on bioactivities of total flavonoids from Lavandula angustifolia. Pak J Pharm Sci, v. 28, n. 4, p.1245-1251, 2015.
21 - D’AURIA, F. D. et al. Antifungal activity of Lavandula angustifolia essential oil against Candida albicans yeast and mycelial form. Med Mycol, v. 43, n. 5, p.391-396, 2005. doi: 10.1080/13693780400004810

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2012
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2012
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2007
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2007
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 15 a 20 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[3,4].

Contraindicações: 

em menores de 12 anos, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e portadores de úlcera péptica e gastrite (tanino e linalol). Usar com cautela em pacientes com colite, hepatopatias, úlcera gastrointestinal, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, epilepsia e doença de Parkinson[1,3,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode irritar a mucosa gástrica nas gastrites e úlceras gastrointestinais provocando gastralgia, prisão de ventre, náuseas e vômitos. Pode causar sonolência, cefaleia, constipação, dermatite de contato, confusão mental e hematúria em doses elevadas ou tóxicas, ou em pessoas hipersensíveis. O óleo essencial pode produzir reações de hipersensibilidade e dermatite de contato[1,2,3,4,5,6].

Interações medicamentosas: 

pode potencializar o efeito de drogas depressoras do sistema nervoso central, como benzodiazepínico, narcóticos e etanol.  Alguns fitoquímicos desta planta são incompatíveis com sais de ferro e iodo. Em casos de depressão associar com Rosmarinus officinalis (alecrim) ou Hypericum perforatum (hipérico). Nos casos de enxaqueca associar com Hellianthus annus (girassol-sementes), Lippia alba (lípia) ou Valeriana officinalis (valeriana). Em casos de leucorreia associar com Pluchea quitoc (quitoco), e banho vaginal com Cariniana brasiliensis (jequitibá)[1,3,4,5,6].

Referências bibliográficas

1 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 390.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 278.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 23.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 93-94.
5 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 111-112, 2021.
6 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 259.

Propagação: 

por semente ou estacas. As estacas devem ser preparadas a partir de ramos lenhosos ou juvenis, medindo 10 cm de comprimento, deixando de 3 5 pares de folhas cortadas ao meio na parte terminal da estaca. Introduzir as estacas em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e transferi-las para viveiro (sombrite 50%), onde permanecerão por 60 dias. Posteriormente, as mudas devem ser transplantadas para local definitivo no campo (a pleno sol), em solo bem drenado e adubado com matéria orgânica. O espaçamento para área de coleção é de 30 cm entre plantas e 30 cm entre linhas [ 1 , 2 ] .

Propagação por estaca

Propagação por estaca

Propagação por estaca

Propagação por estaca

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dia alternados [ 2 ] .

Colheita: 

as folhas dever ser colhidas no período da manhã, após as 10 horas, a partir de ramos laterais, 15 cm acima do solo, e não deve exceder 2/3 do volume total da planta, pois pode ocasionar prejuízo na rebrota. Segundo a sabedoria popular, a colheita da parte aérea das plantas deve ser realizada na lua cheia. Em locais onde esta espécie floresce, a colheita deve ser realizada durante o ápice da floração, pois é o momento de maior produção de princípios ativos [ 2 , 3 ] .

Pós-colheita: 

fitoterápico pode ser preparado a partir das folhas secas ou frescas. O processo de secagem deve ser realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Posteriormente, a droga vegetal deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca (40 mesh) imediatamente antes da preparação de tinturas ou alcoolaturas [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

não tolera longos períodos de chuva intermitente ou umidade excessiva [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 304.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 127-129.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 135.

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