Nativa da América do Sul, ocorre principalmente no Brasil nas regiões Sul e Sudeste. Suas principais indicações são: antimicrobiana, anti-inflamatória, antitumoral, antiulcerogênica, cicatrizante, analgésica, antitérmica, antiofídica, depurativa, antialérgica, broncodilatadora e antiparasitária[1,2,3,4].
Trepadeira lenhosa ou liana, perene, caule cilíndrico, glabro, de coloração castanho-acinzentado (mais velhos) a verde claro (mais novos); folhas aromáticas, opostas, glabras, oblongo-lanceoladas, deltoides, ápice acuminado, base obtusa a atenuada, coriáceas, medindo cerca de 6,5 a 15 cm de comprimento x 3,0 a 8 cm de largura, com lóbulos menos proeminentes (se comparado a Mikania glomerata) e ausentes em folhas jovens, pecioladas, trinérveas a quinquenérveas, a pleno sol as folhas medem de 79,8 a 95,6 mm de comprimento x 44,0 a 56,0 mm de largura (base), 38,0 a 49,0 mm (meio) e 3,0 a 6,0 mm (ápice), com face adaxial verde escuro e brilhante mais intensos que a face abaxial; inflorescências em panículas de glomérulos com capítulos sésseis, com flores de aproximadamente 7,7 mm de comprimento; fruto tipo aquênio, pentagonal, subcilíndrico, com cerca de 2,5 a 4 mm de comprimento, com papus de cor rosado, de 4 a 6 mm de comprimento, com cerca de 50 cerdas[1,2,3,4,5].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: infusão do material vegetal (fresco) em água. Doses para ensaio: 100 a 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Mikania glomerata. |
In vitro: Em mastócitos peritoneais isolados de ratos Wistar estimulados com composto 48/80 e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de histamina (degranulação de mastócitos). In vivo: Em ratos Wistar tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de edema de pata e pleurisia (diferenciação e contagem de leucócitos), induzidos por carragenina ou composto 48/80. |
Os extratos vegetais apresentam atividade anti-inflamatória, principalmente na dose de 400 mg/kg, contudo não influenciam na liberação de histamina; apenas o extrato de M. laevigata reduz a migração de leucócitos. |
[
1
] |
Folha |
Extrato etanólico. Concentrações para ensaio: 20 a 80 µL/mL. |
In vitro: Em nervo frênico-diafragma de camundongo e músculo biventer cervicis de pintinhos, incubados com veneno de Philodryas olfersii, pré ou pós-tratados com o extrato vegetal com posterior análise morfológica, morfométrica e imuno-histoquímica (TNF-α e IFNγ).
|
O extrato de M. laevigata apresenta atividade anti-inflamatória, além de reduzir a miotoxicidade e neurotoxicidade provenientes do veneno de P. olfersii. |
[
9
] |
Folha |
Extrato (1:8 p/v): maceração do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,3 a 3 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de peritonite induzida por carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da migração de neutrófilos, níveis de nitrito (plasmático), TNF-α e IL-1β, permeabilidade vascular e microscópica. |
O extrato hidroalcoólico de M. laevigata apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente na dose de 3 mg/kg. |
[
10
] |
Folha e caule |
Extrato: por decocção. Dose para ensaio: 100 a 400 mg/kg. Outras espécies em estudo: Mikania hirsutissima e Mikania involucrata. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de edema de pata e pleurisia induzidos por carragenina, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do volume da pata e contagem de leucócitos plasmáticos, respectivamente. |
Os extratos das folhas de M. laevigata e M. involucrata apresentam atividade anti-inflamatória, mais potente, exceto para os extratos de M. hirsutissima. |
[
14
] |
Anti-inflamatória e Citoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol/água (70:30 v/v). Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outra espécie em estudo: Mikania glomerata. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de pneumoconiose induzida por instilação intratraqueal de carvão, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos do líquido broncoalveolar (LDH, MPO, TBARS, total de células e proteínas) e histopatológicos pulmonares. |
Os extratos vegetais apresentam atividade anti-inflamatória, contudo, apenas M. laevigata demonstra ação citoprotetora. |
[
4
] |
Anticoagulante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 1 g de material vegetal (pó) em 5 mL de etanol a 96%. Concentrações para ensaio: 1,67, 2,26 e 2,86 mg/mL. |
In vitro: Em amostras de plasma de doadores saudáveis incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade anticoagulante (tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, concentração plasmática de fibrinogênio e ensaio de geração de trombina).
|
O extrato de M. laevigata apresenta atividade anticoagulante, pois prolonga o tempo de protrombina e tromboplastina parcial ativada, além de reduzir os níveis de fibrinogênio e o potencial de geração de trombina. |
[
2
] |
Antigenotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol/água (70:30 v/v). Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a instilação intratraqueal aguda de carvão mineral em pó, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de ensaio do Cometa (sangue periférico, medula óssea e células hepáticas) e teste de micronúcleo (sangue periférico). |
O extrato de M. laevigata não apresenta atividade antigenotóxica, neste modelo de estudo. |
[
13
] |
Antigenotóxica e Citoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 400 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol/água (70:30 v/v). Dose para ensaio: 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos CFI portadores de genotoxicidade induzida por metanossulfonato de metila e ciclofosfamida, pré e pós-tratados com o extrato vegetal, com posterior isolamento de células sanguíneas para análise do teste do Cometa e microscópica. |
O extrato hidroalcoólico de M. laevigata apresenta atividade antigenotóxica e citoprotetora, reduzindo os danos provocados por agentes aquilantes. |
[
11
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 50 g de material vegetal (fresco) em hexano, clorofórmio, acetato de etila, etanol e etanol/água (1:1, v/v), separadamente. Concentrações para ensaio: 10 a 800 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células tumorais (Hep-2 e HeLa) e não tumorais (MRC-5) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
Os extratos de hexano e etanólico de M. laevigata apresentam atividade antitumoral mais potente, bem como seletividade. |
[
3
] |
Antiulcerogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 40 g. Dose para ensaio: 250 a 2000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por indometacina, etanol, reserpina e estresse por restrição hipotérmica, tratados com extrato vegetal, com posterior análise do índice de lesão ulcerativa, e ligadura pilórica para análise do suco gástrico (volume e constituição) na presença de histamina, pentagastrina e betanecol. |
O extrato de M. laevigata apresenta atividade antiulcerogênica, principalmente na dose de 1000 mg/kg, devido as ações citoprotetora e antissecretora (mediada pelo sistema parassimpático). |
[
12
] |
Controle da reabsorção óssea
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 1:8 (p/v). Dose para ensaio: 10 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de periodontite induzida por ligadura, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da infiltração de neutrófilos nos tecidos gengivais (MPO), histológica e imuno-histoquímica (RANKL). |
O extrato de M. laevigata apresenta resultados promissores no controle da reabsorção óssea na periodontite. |
[
6
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 80% (v/v), submetido a técnica de spray dried para obtenção do extrato seco. Doses para ensaio: 250 a 2000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por indometacina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do índice de danos na mucosa gástrica (inchaço, sangramento, intensidade da ulceração, número total de úlceras e petéquias). |
O extrato seco liofilizado de M. laevigata apresenta atividade gastroprotetora promissora, dose dependente. |
[
5
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato (1:2 p/v): maceração de 9 kg de material vegetal em etanol/água (7:3 v/v). Rendimento: 2,97%. Liofilização: 5,95%. Concentrações para ensaio: 300 a 2000 µg/mL. |
In vitro: Em anéis da traqueia isolados de ratos Wistar, com ou sem epitélio, incubados com extrato vegetal, bradicinina, acetilcolina, L-NAME, cloreto de cálcio, glibenclamida, 4-aminopiridina e tetraetilamônio, com posterior análise de relaxamento.
|
O extrato de M. laevigata apresenta atividade relaxante do músculo da traqueia, por alterar na mobilização de cálcio intracelular e ativar os canais de potássio. |
[
7
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca, rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Expectorante e broncodilatadora (BRASIL, 2014; BRASIL, 2018).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo). Uso tópico: incorporar em cremes para uso tópico nas artralgias.
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Mikania laevigata (folha - tintura 20% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Xarope simples |
900 mL |
Com o auxílio de uma proveta, medir a quantidade necessária do xarope simples e acrescentar a tintura de acordo com a formula padrão. Misturar até a preparação se tornar homogenia.
Tosses secas e produtivas em geral.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Mikania laevigata (folha jovem fresca) |
100 g |
Água destilada |
1000 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Colocar as folhas secas em água destilada fervente, e deixar em infusão por no mínimo 2 horas. Filtrar em papel de filtro e na temperatura de 50 °C adicionar o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. A seguir envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Mucosite orofaríngea.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Folha jovem (fresca) |
200 g |
Etanol 98° |
100 mL |
Propilenoglicol |
900 mL |
Pesar e lavar as folhas. Em seguida picar e colocar na solução de etanol e propilenoglicol. Deixar por 7 dias em maceração e filtrar. Envasar e etiquetar.
Cicatrizante, anti-inflamatória e antialérgica.
Extrato glicólico: Uso tópico após incorporado em cremes, loções e shampoos.
Farmácia da Natureza
[
5
]
Componente |
Quantidade |
Mikania laevigata (extrato glicólico) |
10 mL |
Creme base não iônico |
90 g |
Pesar o creme base e incorporar o extrato.
Úlceras cutâneas.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
6
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por decocção, por 5 minutos.
Expectorante e broncodilatadora (BRASIL, 2014; BRASIL, 2018).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto duas a três vezes ao dia.
FarmaVerde
[
7
]
Componente |
Quantidade |
Folha |
20 g |
Álcool etílico a 45% q.s.p |
100 mL |
Componente |
Quantidade |
Tintura de guaco a 20% |
10 mL |
Xarope simples q.s.p |
100 mL |
Tintura: seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descritas em Informações gerais em Generalidades.
Xarope: preparar a tintura conforme descrito em Informações gerais em Generalidades. Transferir a tintura RDE 1:5, preparada com folhas secas e álcool etílico a 70%, para recipiente adequado. Solubilizar com o auxílio da formulação básica de xarope. Completar o volume e homogeneizar. Utilizar a formulação básica de xarope, fria, no preparo desta formulação.
Alívio sintomático de afecções produtivas das vias aéreas superiores (SIMÕES et al., 1998; SUYENAGA et al., 2002; GILBERT et al., 2005; PEREIRA et al., 2014; PEREIRA et al., 2017; GDF, 2018).
Tintura (uso adulto): tomar 1,0 a 3,0 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (PEREIRA et al., 2014).
Xarope (uso adulto e pediátrico acima de 12 anos): tomar 15 mL do xarope, 3 vezes ao dia (GDF, 2018, BRASIL, 1998).
Nota: nos casos de afecções respiratórias agudas, recomenda-se o uso por sete dias consecutivos. Em casos crônicos, usar por duas semanas (GDF, 2018).
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
clorogênico, dicafeoilquínico e cumárico.
Ácidos graxos
ácido hexadecanóico.
Aldeídos
trans-2-hexenal.
Curmarinas
Diterpenos
ácido caurenoico, ácido benzoilgrandiflórico e ácido cinamoilgrandiflórico.
Esteróis
estigmasterol.
Flavonoides
patuletina, kaempferol e quercetina.
Óleos essenciais
β-cubebeno, mirceno, cineol, eugenol, óxido de cariofileno, biciclogermacreno, α e β-pineno, limoneno, β-elemeno, α-copaeno, β-cariofileno, germacreno B e D.
Outras substâncias
ácido cinamoilgrandiflórico, adenosina e ácido melilótico.
Resinas
Saponinas
Sesquiterpenos
espatulenol.
Substâncias amargas
guacina.
Taninos
Triterpenoides
taraxerol e lupeol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 3 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico. O uso contínuo não deve ultrapassar 15 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 5 dias. Plantas dessecadas inadequadamente e contaminadas com fungos podem provocar quadros hemorrágicos, pela transformação da cumarina em dicumarol[1,2,3,4].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Cautela em pacientes portadores de doenças hemorrágicas (deficiência de vitamina K, hepatopatias, alterações de plaquetas e dentre outras)[1,2,3,5].
pode associar com Nasturtium officinalis (agrião), Plectranthus amboinicus (malvariço) e Mentha spicata (hortelã) em xaropes expectorantes. Para ação antiofídica, usar com Mandevilla spp. (batata infalível) e Casearia sylvestris (guaçatonga). Como cicatrizante associar com Symphytum officinale (confrei). Evitar uso concomitante com anticoagulantes, pois pode potencializar o risco de hemorragias[1,2,3,5].
Referências bibliográficas
por estacas semi-lenhosas (simples ou cruzeta), com cerca de 20 cm de comprimento, com no mínimo 3 gemas (2 gemas inseridas no substrato e 1 gema na parte apical, contendo 2 pares de folhas cortadas ao meio). Inserir a estaca em sacos plásticos contendo o substrato solo, areia e esterco (3:2:1), permanecendo em viveiro (sombrite 50%) por 40 a 60 dias. O início da primavera é a melhor época para o enraizamento das estacas. Posteriormente, as mudas devem ser transferidas para o campo (a pleno sol ou meia sombra) em covas de 20x20 cm, adubadas com 1 kg de esterco, com espaçamento de 1,0 a 2,0 m entre plantas e 2,0 a 2,5 m entre linhas. A propagação também pode ser realizada por mergulhia ou alporquia [ 1 , 2 , 3 , 11 ] .
adapta-se bem em ambientes com pouca luminosidade e não tolera deficiência hídrica, por isso a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Necessita de tutoramento vertical em espaldeiras de arame liso, com cerca de 1,5 m de altura para facilitar a colheita ou em latada. Realizar adubação anual com 1 kg de esterco/planta [ 1 , 2 , 3 , 11 ] .
é realizada a partir dos ramos terciários (ramos pendentes), no período da manhã, nos meses de julho e janeiro, 1 ano após o plantio (posteriormente, 2 colheitas ao ano), antes ou após o florescimento, pois apresenta maior teor de cumarina (principalmente no verão). A sabedoria popular recomenda a colheita das partes aéreas das plantas na lua cheia. É realizada com tesouras de poda retirando 60% dos ramos laterais e deixando intacto o ramo central [ 2 , 3 , 9 , 10 ] .
o processo de secagem é realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após secagem, a droga vegetal (íntegra ou fragmentada) poderá ser armazenada em ambiente não úmido, ao abrigo da luz, por período máximo de 3 meses. Se necessário, a droga vegetal poderá ser pulverizda em moinho de facas (40 mesh), ressaltando que período de validade reduz para 2 semanas, devido a volatilidade da cumarina [ 3 , 5 ] .
o cultivo em área de sombreamento parcial aumenta o teor de cumarina, assim como a sazonalidade e os métodos de cultivo também podem alterar a presença e concentração de princípios ativos. As espécies Mikania glomerata e Mikania laevigata apresentam diferenças na produção de constituintes químicos, como a cumarina (marcador das espécies e responsável pelas atividades farmacológicas), que se encontra em níveis baixos em M. glomerata e alto em M. laevigata [ 2 , 3 , 4 , 6 , 7 , 8 , 9 , 11 ] .
Referências bibliográficas