Phyllanthus niruri L.

Quebra-pedra, arranca-pedras, conami, erva-pomba e saúde-da-mulher.

Família 
Informações gerais 

Originária da floresta Amazônica e áreas tropicais do Sudeste da Ásia, Sul da Índia e China. No Brasil pode ser encontrada, principalmente, na Amazônia, Caatinga, Cerrado e floresta Atlântica (regiões fitogeográficas). É considerada uma planta invasora, crescendo espontaneamente nas fendas de calçadas, terrenos baldios, quintais e jardins. Suas principais indicações são: litolítica, antiviral, analgésica, hepatoprotetora, anti-inflamatória, diurética, anti-hipertensiva, antiespasmódica, antibacteriana, hipoglicemiante, hipolipemiante, uricosúrica, miorrelaxante e imunomoduladora [1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12].

Referências informações gerais
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 414-415. 
2 - DHAWAN, S.; OLWENY, E. O. Phyllanthus niruri (stone breaker) herbal therapy for kidney stones; a systematic review and meta-analysis of clinical efficacy, and Google Trends analysis of public interest. Can J Urol, v. 27, n. 2, p.10162-10166, 2020.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 238-239.
4 - LEE, N. Y. S. et al. The pharmacological potential of Phyllanthus niruri. J Pharm Pharmacol, v. 68, n. 8, p.953-969, 2016. doi: 10.1111/jphp.12565
5 - BOIM, M. A. et al. Phyllanthus niruri as a promising alternative treatment for nephrolithiasis. Int Braz J Urol, v. 36, n. 6, p.657-664, 2010. doi: 10.1590/s1677-55382010000600002
6 - JANTAN, I. et al. An insight into the modulatory effects and mechanisms of action of Phyllanthus species and their bioactive metabolites on the immune system. Front Pharmacol, v. 10, p.1-19, 2019. doi: 10.3389/fphar.2019.00878
7 - PERERA, W. P. R. T. et al. Antiviral potential of selected medicinal herbs and their isolated natural products. Biomed Res Int, p.1-18, 2021. doi: 10.1155/2021/7872406
8 - KASOTE, D. M. et al. Herbal remedies for urinary stones used in India and China: a review. J Ethnopharmacol, v. 203, p.55-68, 2017. doi: 10.1016/j.jep.2017.03.038
9 - DE SOUZA, P. et al. Promising medicinal plants with diuretic potential used in Brazil: state of the art, challenges, and prospects. Planta Med, v. 87, n. 1-02, p.24-37, 2021. doi: 10.1055/a-1257-0887
10 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 14-23.
11 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 173, p.383-423, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.07.025
12 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 115-117 e 127-134.
Descrição da espécie 

Erva ruderal, ereta, anual, glabra, com até 1 m de altura, de caule cilindro, fino, liso e ramificado na base; folhas simples, numerosas, membranáceas, elíptica, ovais, agudas a obtusas, alternadas, agrupadas, curto-pecioladas, margem inteira, base assimétrica, com 0,5 a 1,2 cm de comprimento x 0,3 a 6,0 cm e largura; flores diminutas, amarelo-esverdeadas, avermelhadas na base, localizadas nas axilas dos folíolos, monoicas, curto-pediceladas, as masculinas gêmeas (em grupo de 1 a 3), de glândulas livres e orbiculadas, amarelo-esbranquiçadas localizadas na parte superior do ramo, na junção da folha, e as femininas, solitárias, com as glândulas co-implantadas localizadas abaixo dos galhos; os frutos são secos e esquizocárpicos, em cápsula tricoca, depresso-globosos, lisos, com 1,5 a 2,0 mm de comprimento x 1,0 a 1,5 mm de largura, de pedicelo medindo de 1,8 a 2,2 mm de comprimento; possui 2 sementes em cada uma de suas três lojas[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 15.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 414-415.
3 - KAUR, N. et al. Phytochemistry and pharmacology of Phyllanthus niruri L.: a review. Phytother Res, v. 31, n. 7, p.980-1004, 2017. doi: 10.1002/ptr.5825
4 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 117.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Quebra-pedra, arranca-pedras, erva-pomba e saúde da mulher Botucatu-SP (Brasil) Parte aérea

Litolítica (cálculos pequenos).

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia.

Não deve ser utilizada por mais de 3 semanas e doses acima da recomendada pode ocasionar diarreia e hipotensão. É contraindicada na gravidez e no tratamento de cálculos renais grandes.

[ 1 ]
Quebra pedra, pepita escondida, florescido escondido e parbasquillo Colômbia (Zona Tropical) Folha

Anti-inflamatória, no tratamento de feridas e inchaços.

Sumo.

-

-

[ 2 ]
Quebra pedra, pepita escondida, florescido escondido e parbasquillo Colômbia (Zona Tropical) Planta toda

Diurética, hepatoprotetora e antimalárica.

Tintura.

-

-

[ 2 ]
Quebra pedra, pepita escondida, florescido escondido e parbasquillo Colômbia (Zona Tropical) Planta toda

Diurética, adstringente, antiviral, antibiótica, litolítica, hipoglicemiante, hipolipemiante, antitérmica, antigripal, anti-hemorroidária, antimalárica, carminativa, antidiarreica, no tratamento de gonorreia, vaginite, colite, edema e afecções hepáticas, pulmonares, de boca e garganta.

Infusão e decocção.

-

-

[ 2 ]
Quebra-pedra Ceará (Brasil) Planta toda

Litolítica, analgésica e uricosúrica.

Extrato fluido (1:1).

Tomar 1 mL diluído em água 4 vezes ao dia.

-

[ 3 ]
Quebra-pedra e erva-pombinha Ceará (Brasil) Planta toda

Litolítica e uricosúrica.

Decocção: 30 a 40 g (fresco) ou 10 a 20 g (seco) do material vegetal em 1 L de água. Conservar em geladeira até 24 horas.

Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia, intercalando o repouso de 1 semana, após 3 semanas de tratamento.

A droga vegetal em pó pode ser armazenada em frasco hermeticamente fechado por até 3 meses.

[ 3 , 4 ]
Quebra-pedra e erva-pombinha Ceará (Brasil) Planta toda

No tratamento da hepatite B.

Cápsulas entéricas: contendo o pó ou extrato. Esta formulação se faz necessária devido a inativação dos constituintes químicos vegetais no estômago. 

-

-

[ 3 , 4 ]
Quebra-pedra Brasil Planta toda

Litolítica (cálculos pequenos).

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia.

Alta dose pode provocar diarreias. Usar com cautela ao associar com diuréticos, hipotensores, hipoglicemiantes e insulina. Não recomendado na gestação e lactação.

[ 5 ]
Quebra-pedra, bhumyamalaki, chanca piedra, dukong anak e sampa-sampalukan Brasil, Índia, Espanha, Indonésia e Filipinas Planta toda

Hipoglicemiante, analgésica, adstringente, aperitiva, carminativa, digestiva, diurética, laxante, antidiarreica, vermífuga, uricosúrica, anti-inflamatória (boca), no tratamento de bronquite, gonorreia, problemas gastrointestinais, hepáticos, renais e respiratórios.

Infusão e decocção.

Uso oral.

Contraindicada na gravidez.

[ 6 ]
Bhumyamalaki Índia e Fiji Planta toda

Emoliente, anti-inflamatória (olhos), no tratamento de ingurgitamento mamário, edema, contusões, lesões cutâneas (feridas, eczemas, úlceras, tumores, cortes e queimaduras).

Pasta.

Uso externo.

-

[ 6 ]
Quebra-pedra Brasil -

Hipoglicemiante, no tratamento da hidropisia, hepatite, infecções renais e da bexiga.

-

-

-

[ 7 ]
Pitirish e budhatri Índia -

Antiasmática, antitussígena, antianêmica, no tratamento de bronquite, icterícia, tuberculose e polidipsia.

-

-

-

[ 7 ]
Chanca piedra Espanha -

No tratamento de cálculos biliares, renais e outros distúrbios renais.

-

-

-

[ 7 ]
- Jamu -

Antiviral e hepatoprotetora.

-

-

-

[ 7 ]
Dukong anak Malásia -

Antidiarreica, antitussígena, no tratamento de distúrbios renais e gonorreia.

-

Uso interno.

-

[ 7 ]
Quebra-pedra Nordeste do Brasil (Caatinga) Planta toda

Litolítica, orexígena, hipoglicemiante, no tratamento de problemas da bexiga e colecistite.

Infusão e maceração.

-

-

[ 8 ]
Quebra-pedra Vale do Juruena/MT (Brasil) -

Diurética, analgésica, litolítica, no tratamento de infecções intestinais e cólicas renais.

-

-

-

[ 9 ]
- Guiana Francesa -

Colagoga.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Haiti Planta toda

Antiespasmódica.

-

-

-

[ 10 ]
- Haiti Folha

Antipirética.

Extrato.

-

-

[ 10 ]
- Haiti Folha

Eupéptica. 

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Tailândia Planta toda

Anti-inflamatória.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Tailândia Parte aérea

Antimalárica, diurética e antipirética. 

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- República Dominicana Folha

Antipirética.

Extrato.

-

-

[ 10 ]
- Porto Rico Folha e caule

Antipirética.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Malásia Folha (seca)

Laxante.

Extrato aquoso ou infusão.

-

-

[ 10 ]
- Índias Ocidentais -

Colagoga.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Índias Ocidentais Raiz

Orexígena.

Decocção.

Associar com Citrus aurantifolia (raiz).

[ 10 ]
- Índias Ocidentais Folha e raiz

Hipoglicemiante.

Infusão.

-

-

[ 10 ]
- Filipinas -

Tratamento de doenças cutâneas.

Decocção.

Uso externo: na forma de banho.

-

[ 10 ]
- Filipinas -

Antigripal.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Tanzânia -

Tratamento da gonorreia.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Malásia Folha (fresca ou seca)

Emenagoga.

Extrato aquoso ou infusão.

-

-

[ 10 ]
- Papua Nova Guiné Folha (seca)

Antidiarreica.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- México -

Emética.

Infusão concentrada.

-

-

[ 10 ]
- Papua Nova Guiné Planta toda

Tratamento de doenças venéreas e da tuberculose.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Ilhas Virgens (Caribe) -

Orexígena.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Ilhas Fiji (Oceania) Raiz (fresca)

Anti-hemorrágica.

Infusão.

-

-

[ 10 ]
- Sudão Folha (seca)

Analgésica e antiasmática.

Extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Ilhas Fiji (Oceania) Folha (seca) e raiz

Antipirética.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Ilhas Fiji (Oceania) Folha (seca)

Antidiarreica.

Infusão.

-

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Folha e semente

Diurética, sudorífera, antitérmica, hipoglicemiante, antimalárica e nos casos de icterícia.

Decocção: 30 a 40 g planta fresca ou 10 a 20 g da planta seca/1 L de água.

Uso interno: dividir o preparado em 2 tomadas.

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Folha e semente

Anti-hemorrágica e anti-inflamatória uterina.

Decocção.

Uso externo: na forma de compressa ou banho.

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Entrecasca

Antitussígena, expectorante, tônica, antidiarreica, anti-inflamatória, adstringente, cicatrizante e nos casos de gonorreia.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Raiz (seca)

Tratamento da icterícia.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Planta toda ou folha e caule

Litolítica.

Infusão.

-

-

[ 10 ]
- Índia Folha

Antimalárica, hemostática, hipoglicemiante e eupéptica.

Extrato.

-

-

[ 10 ]
- Índia Broto

Antidiarreica e nos casos de icterícia.

Infusão ou extrato aquoso.

-

-

[ 10 ]
- Ilhas Fiji (Oceania) Folha (fresca)

Cicatrizante.

Sumo.

Uso externo.

-

[ 10 ]
Quebra-pedra Brasil Semente (seca)

Hipoglicemiante.

Extrato aquoso ou decocção.

-

-

[ 10 ]
- Índia Parte aérea

Antidiarreica.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Argentina -

Contraceptiva.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
- Peru Planta toda

Colagoga.

Extrato.

-

-

[ 10 , 11 ]
- Peru Planta toda

Diurética e litolítica.

Decocção.

-

-

[ 10 , 11 ]
- Índia Raiz (fresca)

Tratamento de verrugas.

-

Uso externo.

-

[ 11 ]
- Índia Fruto

Tratamento de micose e escabiose.

Extrato.

Uso externo.

-

[ 11 ]
- Índia Folha (fresca)

Tratamento da conjuntivite.

Sumo.

-

-

[ 11 ]
- Índia Raiz

Galactagoga.

Extrato aquoso.

-

-

[ 11 ]
- Índia Planta toda

Hipoglicemiante, emenagoga e no tratamento de infecções geniturinárias.

Decocção.

-

-

[ 11 ]
- Índia Planta fresca

Tratamento de doença genito-urinária

-

-

-

[ 11 ]

Referências bibliográficas

1 - LIMA, G. P. P. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Saúde - Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 29.
2 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 397.
3 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 141-142.
4 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 270-271.
5 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 216.
6 - KAUR, N. et al. Phytochemistry and pharmacology of Phyllanthus niruri L.: a review. Phytother Res, v. 31, n. 7, p.980-1004, 2017. doi: 10.1002/ptr.5825
7 - BAGALKOTKAR, G. et al. Phytochemicals from Phyllanthus niruri Linn. and their pharmacological properties: a review. J Pharm Pharmacol, v. 58, n. 12, p.1559-1570, 2006. doi: 10.1211/jpp.58.12.0001
8 - MAGALHÃES, K. N. et al. Medicinal plants of the Caatinga, northeastern Brazil: Ethnopharmacopeia (1980-1990) of the late professor Francisco José de Abreu Matos. J Ethnopharmacol, v. 237, p.314-353, 2019. doi: 10.1016/j.jep.2019.03.032
9 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 173, p.383-423, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.07.025
10 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008, p. 416-418.
11 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 296.

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: maceração de 500 g de material vegetal (pó) em éter de petróleo, clorofórmio, metanol e água. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,125 a 4 mg/mL. Dose para ensaio (in vitro): 1000 mg/kg.

In vitro:

Em anéis de aorta torácica de ratos Sprague-Dawley (com ou sem endotélio), pré-incubados com fenilefrina, acetilcolina, atropina, L-NAME, ODQ, indometacina, azul de metileno, glibenclamida, propranolol e tetraetilamônio, com posterior análise da contratilidade vascular.

 

In vivo:

Em ratos hipertensos (SHRs) tratados com extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial sistólica, diastólica e média, frequência cardíaca e nível de oxido nítrico plasmático.

O extrato de éter de petróleo de P. niruri apresenta atividade anti-hipertensiva mais potente, bem como ação vasorelaxante (endotélio dependente e bloqueio de receptores β-adrenérgico).

[ 5 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 400 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de metanol a 98% (v/v). Frações: água e clorofórmio (rendimento: 9,09% p/p). Doses para ensaio: 25 a 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração da fração de clorofórmio, com posterior análise dos testes de contorções abdominais, inflamação e nocicepção em pata e antipirético, induzidos por ácido acético, albumina de ovo e levedura, respectivamente, e teste da placa quente.

A fração de clorofórmio de P. niruri apresenta atividades anti-inflamatória, analgésica e antipirética.

[ 18 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato seco (spray dried): a partir da decocção de 7,5 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. Padronizado com: 12,33 mg/g de ácido gálico e 99,4 mg/g de flavonoides totais. Doses para ensaio: 25 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de colite induzida por ácido acético, pré-tratados com o extrato seco vegetal, com posterior análise de paramentos macroscópicos, bioquímicos (MPO, GSH/GSSG e MDA), histopatológicos e imuno-histoquímicos (INF-γ-R1, p53 e TNF- α).

O extrato seco de P. niruri apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, sendo promissor para o tratamento da colite aguda.

[ 22 ]

Anti-inflamatória e Gastroprotetora

Anti-inflamatória e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 200 g de material vegetal (pó) em 600 mL de metanol a 95%. Rendimento: 26 g. Doses para ensaio: 100 a 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de úlceras gástricas induzidas por etanol-ácido e edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior do índice de úlceras, espessura da pata e parâmetros histológicos (pata e estômago).

O extrato de P. niruri apresenta atividade gastroprotetora e anti-inflamatória, principalmente na dose de 400 mg/kg.

[ 6 ]

Antiangiogênica e Antimetastática

Antiangiogênica e Antimetastática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extratos: material vegetal (seco) em água ou em metanol absoluto. Outras espécies em estudo:  Phyllanthus amarus, P. urinaria e P. watsonii. Concentrações para ensaio: 31,3 a 500 µg/mL.

In vitro:

Em células cancerígenas de pele e próstata (MeWo e PC-3, respectivamente) e células endoteliais da veia umbilical humana (HUVECs) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTS), migração, invasão e adesão celular, atividade de metaloproteinases (MMP 2, 7, 9 e 26).

 

Os extratos das espécies de Phyllanthus em estudo apresentam atividades antiangiogênica e antimetastática, pois suprime a atividade das MMP’s.

[ 29 ]

Antiangiogênica e Hepatoprotetora

Antiangiogênica e Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: maceração de material vegetal (pó) em metanol a 50%. Concentrações para ensaio (in vitro): 3,125 a 400 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 1000 mg/kg.

In vitro:

Em anéis aórticos torácicos de ratos, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da potência antiangiogênica (microscopia invertida).

Em células endoteliais somáticas (EA.hy926) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de proliferação celular (MTT), migração celular, formação de tubo e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), induzida por dieta hiperlipídica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histológica, dos níveis plasmáticos de adipocitocina, RBP4 e progranulina, e expressão gênica (PPAR-γ, SLC10A2, CFD, PNPLA2, COL1A1, HPRT-1 e GAPDH). 

O extrato de P. niruri apresenta atividade hepatoprotetora e antiangiogênica, sendo promissor para o tratamento da DHGNA, além da ausência de citotoxicidade.

[ 41 ]

Antibacteriana e Imunoestimulante

Antibacteriana e Imunoestimulante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 95% ou 2000 mL de água.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH, ABTS e redução do íon férrico (FRAP).

Em cepas de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

Em células mononucleares de sangue periférico humano (PBMC) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

 

Os extratos de P. niruri apresentam atividades antibacteriana (S. aureus e S. agalactiae), antioxidante e imunoestimulante.

[ 16 ]

Antimetastática

Antimetastática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extratos: aquosos e metanólicos. Outras espécies em estudo:  Phyllanthus amarus, P. urinaria e P. watsonii. Concentrações para ensaio: 20 a 500 µg/mL.

In vitro:

Em células de carcinoma de pulmão (A549) e mama (MCF-7), células normais de epitélio mamário (184B5) e brônquico (NL20) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTS), invasão, motilidade, migração, fixação e morfologia celular, fragmentação do DNA, expressão de caspase (3 e 7) e nível de LDH.

 

Os extratos das espécies de Phyllanthus em estudo apresentam atividade antimetastática, pois induz a apoptose e a fragmentação do DNA, além da ausência toxicidade em células normais.

[ 31 ]

Antimetastática e Antiproliferativa

Antimetastática e Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extratos: aquosos e metanólicos. Concentração para ensaio: 40 mg/mL. Outras espécies em estudo: Phyllanthus urinaria, P. watsonii e P. amarus.

In vitro:

Em cultura de células de carcinoma de mama humano (MCF-7) transfectadas por plasmídeo contendo o gene repórter de 10 vias de câncer (TransIT-LT1), incubadas com os extratos vegetais, submetidas ao teste da luciferase, com posterior análise do ciclo celular, expressão de proteínas, níveis de MMP-2 e 9, iNOS e GADPH.

 

Os extratos de Phyllanthus apresentam atividade antiproliferativa e antimetastática, através da inibição das vias ERK e hipóxia.

[ 42 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 3 mL em água/etanol (50:50). Doses para ensaio: 3 a 200 mg/kg. Outra espécie em estudo: Phyllanthus urinaria.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de dor na pata direita traseira induzida por formalina, tratados com o extrato vegetal, prazosina, ioimbina, fenilefrina, clonidina, L-NOARG, L-arginia, metisergida, PCPA, com posterior análise dos mecanismos envolvidos na ação farmacológica; e teste de dor em pata direita traseira induzida por capsaicina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do tempo de lambida na pata.

O extrato hidroalcoólico de P. niruri apresenta atividade antinociceptiva, por ativação de diferentes receptores (opioides, síntese de prostaglandina, glicocorticoides, adrenérgicos e serotoninérgicos), exceto a via do óxido nítrico.

[ 39 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato aquoso. Doses para ensaio: 50 e 100 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de estresse oxidativo hepático induzido por nimesulida, tratados (intraperitoneal e oral) com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade das enzimas SOD e CAT, níveis de GSH e peroxidação lipídica (MDA), em homogenato hepático.

O extrato aquoso de P. niruri apresenta atividade antioxidante, principalmente na dose de 100 mg/kg, via intraperitoneal, sendo comparável a vitamina E.

[ 34 ]

Antioxidante e Gastroprotetora

Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: maceração de 337 g do material vegetal em metanol. Rendimento: 30,98 g. Doses para ensaio: 50 a 250 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade da enzima H+, K+-ATPase em microssomas da mucosa gástrica de coelho e a atividade antioxidante através da eliminação de radicais DPPH.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss e ratos Wistar portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, etanol ácido e indometacina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da área lesionada, níveis de hidroperóxido lipídico, atividade da mieloperoxidase.

Em camundongos Swiss e ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por etanol ácido, pré-tratados com o extrato vegetal associado com indometacina, N-etilmaleimida, ioimbina e L-NAME, com posterior análise de parâmetros envolvidos no sistema gastroprotetor (prostaglandinas, compostos endógenos não proteicos, receptores α2 e nível de óxido nítrico).

Em camundongos Swiss e ratos Wistar submetidos a ligadura de piloro, com posterior administração do extrato vegetal, para análise do volume de ácido e muco gástricos.

O extrato de P. niruri apresenta atividade gastroprotetora e antioxidante, contudo, não demonstra ação antissecretora e não inibe a atividade da enzima H+, K+-ATPase.

[ 13 ]

Antioxidante e Radioprotetora

Antioxidante e Radioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extratos: material vegetal (pó) em água e metanol. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 250 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da reação de Fenton, nível de TBARS e capacidade quelante de ferro.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a radiação (4 Gy), pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de aberração cromossômica através de danos citogenéticos nas células da medula óssea.

O extrato metanólico de P. niruri apresenta atividade radioprotetora, mais potente, principalmente na dose de 250 mg/kg, além da ação antioxidante.

[ 37 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 900 g de material vegetal em (pó) em 5,85 L metanol a 98% (v/v). Rendimento: 98 g. Frações: clorofórmio, etanol e aquosa. Rendimentos: 9,09, 18,18 e 54,55% (p/p), respectivamente. Doses para ensaio: 25 a 400 mg/kg.

In vitro:

Em eritrócitos infectados ou não com cepas de Plasmodium berghei berghei (NK 65, sensível à cloroquina), incubados com a fração de clorofórmico, com posterior análise da viabilidade dos eritrócitos e do parasita (Azul tripano).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados por cepas de Plasmodium berghei berghei (NK 65, sensível à cloroquina), tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da supressão da parasitemia.

A fração de clorofórmio de P. niruri apresenta atividade antiparasitária mais potente, comparável à cloroquina, além da ausência de toxicidade para os eritrócitos.

[ 1 ]
Planta toda

Extratos: 50 g do material vegetal (pó) em 300 mL de etanol ou diclorometano. Rendimento: 9,12 e 4,8%, respectivamente. Frações aquosas (liofilizadas). Rendimento: 16,53%. Outras espécies em estudo: Cassia occidentalis e Morinda morindoides. Doses para ensaio: 200 e 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados com Plasmodium berghei, tratados com os extratos e frações vegetais, com posterior análise da parasitemia (quimiosupressão).

Os extratos de P. niruri e C. occidentalis, etanólico e de diclorometano, apresentam atividade antiparasitária mais potente.

[ 25 ]
-

Extrato: maceração de 200 g do material vegetal em 1000 mL de clorofórmio. Frações: metanólica e aquosa. Dose para ensaio (in vivo): 12,5 a 200 mg/kg.

In vitro:

Em culturas de Plasmodium falciparum (resistentes ou sensíveis à cloroquina) e células HeLa incubadas com os extratos e frações vegetais, com posterior análise do crescimento parasitário através da incorporação de [3H]-hipoxantina (CI50) e citotoxicidade, respectivamente.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados por eritrócitos contendo o parasita P. berghei, tratados com os extratos vegetais (aquoso e metanólico), com posterior análise da parasitemia para obter a dose efetiva média (DE50).

O extrato metanólico de P. niruri apresenta atividade antiparasitária mais potente, seguidamente, do extrato aquoso.

[ 26 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 10 g de material vegetal em 100 mL de água. Nanopartículas de dióxido de titânio: contendo de 2 a 4 mL do extrato vegetal. Outras espécies em estudo: Plectranthus amboinicus e Euphorbia hirta. Concentrações para ensaio: 10 a 50 µg/mL.

In vitro:

Em células de câncer oral (KB) e células normais (L929) incubadas com as nanopartículas de dióxido de titânio contendo os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT) e expressão de p53 (citometria de fluxo).

Em culturas de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aereus e Streptococcus mutans submetidas ao teste de difusão em ágar, para determinar atividade antibacteriana.

 

As nanopartículas contendo o extrato de P. amboinicus apresentam atividade antibacteriana mais potente, enquanto que a associação de P. amboinicus e P. niruri demonstram ação anticancerígena promissora, além a ausência de toxicidade para células normais.

[ 3 ]
Planta toda

Extrato hidroalcoólico. Dose para ensaio: 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de papiloma cutâneo induzido por DMBA, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise número de tumores cutâneos e parâmetros bioquímicos (TBARS, SOD, CAT, GSH e vitamina C) em homogenato cutâneo e hepático.

O extrato de P. niruri apresenta atividade antitumoral, devido a ação antioxidante potente.

[ 12 ]
-

Extrato seco (spray-dried): padronizado com 12,33 mg/g de ácido gálico e 94,4 mg/g de flavonoides totais. Concentrações para ensaio: 0,5 e 1 mg/mL.

In vitro:

Em cultura de células humanas de carcinoma colorretal (HT29) e hepatocelular (HepG2), incubadas com o extrato vegetal, associadas ou não com cisplatina, com posterior análise do ciclo celular e viabilidade celular (citometria de fluxo).

 

O extrato de P. niruri apresenta atividade citotóxica, demonstrando sinergismo quando associado a cisplatina.

[ 28 ]
-

Extratos: aquosos e metanólicos. Outras espécies em estudo: Phyllanthus amarus, P. urinaria e P. watsonii.

In vitro:

Em células de melanoma de pele (MeWo) transfectadas por plasmídeo contendo gene repórter responsivo ao fator de transcrição de vias relacionadas ao câncer, incubadas com os extratos vegetais, submetidas ao teste da luciferase, com posterior análise da expressão de proteínas responsáveis pela sinalização intracelular de MARK e hipóxia. 

 

Os extratos das espécies de Phyllanthus em estudo apresentam atividade anticancerígena, através da regulação de múltiplas vias de sinalização.

[ 32 ]
Planta toda

Extrato: material vegetal (pó) em água/etanol (3:1). Dose para ensaio: 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos portadores de carcinogênese cutânea induzida por DMBA e óleo de cróton, pré e pós-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise tumoral (número, incidência, tamanho, peso, latência e multiplicidade).

O extrato hidroalcoólico de P. niruri apresenta atividade antitumoral significativa.

[ 33 ]

Antitumoral e Citoprotetora

Antitumoral e Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: decocção de 7,5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Padronizado com: 12,33 mg/g de ácido gálico e 99,4 mg/g de flavonoides totais. Concentrações para ensaio: 0,5 a 2,0 mg/mL.

In vitro:

Em culturas queratinócitos normais (HaCaT), de células de adenocarcinoma colorretal (HT29), de hepatocarcinomas (HepG2 e Huh-7) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade, apoptose, hipodiploidia e atividade de caspase-3.

 

O extrato de P. niruri apresenta atividade antitumoral, além da ação citoprotetora para células HaCaT.

[ 21 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extratos: aquoso e metanólico, com associação das espécies Phyllanthus watsonii, P. amarus, P. niruri e P. urinaria (2:2:1:1).

In vitro:

Em cultura de células Vero incubadas com os extratos vegetais, para determinar a dose máxima não tóxica (MNTD); e submetidas a inoculação do vírus da dengue (DENV2), pré, simultâneo e pós-tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de proteínas (RT-qPCR), características bidimensionais (eletroforese 2D) e proteômica (MALDI-TOF/TOF).

 

O extrato aquoso da associação das espécies de Phyllanthus apresenta atividade antiviral mais potente, para o tratamento simultâneo, além de baixa citotoxicidade.

[ 36 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato (1:10 p/v): 100 g de material vegetal em 1000 mL de etanol 95%. Dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de cirrose hepática induzida por tioacetamida (TAA), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de expressão de TGF-β, MMP-2, Coll-α1 e TIMP1 (RT-PCR).

O extrato hidroalcoólico de P. niruri apresenta hepatoprotetora, devido a normalização dos níveis de espécies reativas ao oxigênio (ERO's).

[ 40 ]
Planta toda

Extrato: material vegetal (pó) em água, metanol a 50% e metanol, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 2,5 a 20 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 250 a 1000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH, ABTS E redução do íon férrico (FRAP).

Determinar da atividade inibitória de α-glicosidase, lipase pancreática e micelização do colesterol.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de doença hepática não alcoólica (NAFL), induzida por dieta hiperlipídica, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, ALP, LDL, HDL, CT, TG, bilirrubina total, creatinina, ácido úrico, ácidos graxos livres, ureia, glicose, insulina), oxidativos em homogenato hepático (MDA, TG e CT), histopatológico e índice de risco de aterosclerose.

O extrato metanólico a 50% apresenta atividade hepatoprotetora mais potente, sendo promissor para tratamento da NAFL e aterosclerose.

[ 7 ]
-

Formulação HP-1: associação dos extratos de Tinosporia cordifolia, Terminalia belerica, T. chebula, Phyllanthus emblica e P. niruri (3:2:1:1:3 p/p).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos níveis de radicais superóxido aniônicos (teste do nitroazul de tetrazólio).

 

In vivo:

Em ratos Charles Foster portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono, tratados com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros bioquímicos hepáticos (LDH, GSH, SGOT, SGPT, LPO, CAT, SOD e proteínas).

O fitoterápico (HP-1) apresenta atividade hepatoprotetora, pois demonstra ação antioxidante potente.

[ 35 ]

Hepatoprotetora e Hipolipidêmica

Hepatoprotetora e Hipolipidêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 800 mL de água. Rendimento: 56%. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hiperlipidemia induzida por etanol e óleo de girassol, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos hepáticos (AST, ALT, colesterol, triglicerídeos, fosfolipídios e ácidos graxos livres) e histopatológicos.

O extrato aquoso de P. niruri apresenta atividades hipolipidêmica e hepatoprotetora promissoras.

[ 15 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 1 g de material vegetal (pó) em 10 mL de etanol ou água. Concentrações para ensaio: 0,001 a 1000 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima α-glicosidase.

Em cultura de hepatócitos (H4IIE), células do músculo esquelético (C2C12) e de pré-adipócitos (3T3-L1) incubadas com o extrato etanólico vegetal, com posterior análise citotoxicidade (LDH), captação de glicose, atividade da enzima glicose 6-fosfatase (H4IIE) e glicogênese (3T3-L1).

 

Os extratos de P niruri apresentam efetividade para o tratamento e controle do diabetes tipo 2.

[ 11 ]
Parte aérea

Extrato: maceração de 900 g do material vegetal (pó) em metanol a 98% (v/v). rendimento: 98 g. concentrações para ensaio (in vitro): 1,25 e 20 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 a 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas α-glicosidase e α-amilase.

 

In vivo:

Em ratos normoglicêmicos ou portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, teste de tolerância a glicose, níveis de hemoglobina glicada e glicogênio hepático.

O extrato de P. niruri apresenta atividade hipoglicemiante, pois inibe a absorção de glicose e aumenta o armazenamento deste carboidrato.

[ 30 ]

Hipoglicemiante e Hipolipemiante

Hipoglicemiante e Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (1/25 v/p): material vegetal (pó) em etanol a 80%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de obesidade e diabetes, induzidos por dieta hiperlipídica e estreptozotocina, respectivamente, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos metabólitos na urina (Ressonância Magnética Nuclear de Prótons), parâmetros bioquímicos (glicose, triglicerídeos e colesterol).

O extrato de P. niruri apresenta atividade hipoglicemiante e hipolipemiante, principalmente na dose de 500 mg/kg.

[ 8 ]

Imunoestimulante

Imunoestimulante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 21,64 g. Concentrações para ensaio: 25 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em células dendríticas isoladas da medula óssea de camundongos (C57BL/6) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da maturação estrutural e funcional, através da expressão de CD40, CD83, CD86 e IL-12 (FACS e ELISA).

Em células do baço de camundongos transgênicos (OT-1), com antígeno OVA específico para células T CD8+, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de IL-2 (ELISA).

 

O extrato de P. niruri apresenta atividade imunoestimuladora, pois estimula a maturação estrutural e funcional das células dendríticas, bem como sua ação apresentadora de antígenos.

[ 20 ]

Imunomoduladora

Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato. Dose para ensaio: 13,5 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de câncer colorretal induzido por 1,2-dimetilhidrazina, tratados com o extrato vegetal associado ao quimioterápico capecitabina, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, imuno-histoquímicos (células dendríticas infiltrantes) e a relação neutrófilos/linfócitos.

O extrato de P. niruri associado à capecitabina apresenta atividade imunomoduladora, em modelo animal com câncer colorretal.

[ 2 ]
Planta toda

Extrato: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 21,64 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 1280 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células de rim embrionário de humanos que codificam o antígeno “large T” do SV40 (293 T) e de esplenócitos murinos (C57BL/6), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT e microscopia).

Em cultura de esplenócitos de camundongos (C57BL/6) estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular.

Em cultura de esplenócitos de camundongos (C57BL/6) enriquecidos com células B e T, incubados com o extrato vegetal, LPS e ConA, com posterior análise da expressão de CD69, níveis de IL-4 e IFN-γ

Em macrófagos derivados da medula óssea da tíbia e fêmur de camundongos (C57BL/6) estimulados por LPS, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise do índice de função fagocitária, índice de atividade da fosfatase lisossomal, níveis de óxido nítrico e TNF-α.

 

O extrato de P. niruri apresenta atividade imunomoduladora, sendo promissor para o tratamento de doenças infecciosas.

[ 9 ]
Folha

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 25 a 400 μg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em células mononucleares do sangue periférico de humanos saudáveis (PBMCs) e macrófagos isolados de humanos portadores de tuberculose pulmonar, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de proliferação celular (MTT e OD), índice fagocitário e níveis de óxido nítrico.

 

O extrato de P. niruri apresenta atividade imunomoduladora em pacientes com tuberculose, dose-dependente, além da ausência de citotoxicidade.

[ 24 ]

Inibidora da cristalização de oxalato de cálcio

Inibidora da cristalização de oxalato de cálcio
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato (liofilizado): infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Dose para ensaio: 1,25 mg/mL.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de urolitíase induzida por cristais de oxalato de cálcio, submetidos ao tratamento crônico com o extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial, parâmetros bioquímicos urinário e plasmático (creatinina, sódio, potássio, cálcio oxalato, fosfato, acido úrico, citrato, magnésio e glicosaminoglicanos).

O extrato de P. niruri inibe cristalização de oxalato de cálcio, provavelmente por reduzir a incorporação de glicosaminoglicanos.

[ 23 ]
Planta toda

Extrato: infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Dose para ensaio: 5 mg/animal.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de urolitíase induzida por cristais de oxalato de cálcio, tratados com o extrato vegetal (imediatamente ou tardiamente), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (plasmáticos e urinários) e dos cálculos (tamanho, aparência e textura).

O extrato de P. niruri interfere no processo de precipitação dos cristais de oxalato de cálcio, tornando os cálculos mais frágeis, sendo útil para o tratamento e prevenção da urolitíase.

[ 27 ]

Inibidora da enzima 5α-redutase

Inibidora da enzima 5α-redutase
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em éter de petróleo, etanol e água.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima 5α-redutase (com substrato NADPH), isolada de homogenato de próstata de humanos.

 

Neste estudo, das 11 espécies vegetais, Phyllanthus niruri apresenta menor atividade inibitória da enzima 5α-redutase, enquanto que os extratos de éter de petróleo de Ganoderma lucidum, Urtica dioica e Benincasa hispida demonstram ação antiandrogênica mais potente.

[ 38 ]

Nefroprotetora

Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 800 g de material vegetal (seco) em 1 L de água. Rendimento: 4,46% (p/p). Doses para ensaio: 200 e 400mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, glicemia em jejum, função renal (creatinina, ureia, ácido úrico, proteína, sódio e potássio), peroxidação lipídica, níveis de TNF-α e IL-6, atividade de NF-kβ p65, expressão de RAGE, Nrf2, TNF-α, IL-1β, IL-6, Casp-3 e 9, TGF-β1, FGF-1 e 2, Ki-67, Ikk-β, Bax, VEGF, SOD-1, CAT, GPx-1 e PCNA, parâmetros histopatológicos e morfométricos.

O extrato de P. niruri apresenta atividade nefroprotetora, pois reduz o estresse oxidativo, inflamação, fibrose e apoptose ocasionados pelo diabetes.

[ 17 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade

Citotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato:100 g de material vegetal (pó) em 1500 mL de água. Rendimento: 30,2 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 1000 mg/kg. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 500 mg/kg.

In vitro:

Em células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMCs) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (Azul tripano e LDH).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley (machos) tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, GGT, ALT, progesterona, estrogênio e testosterona), hematológicos e histológicos (testículos, fígado, pulmões, rim, coração e baço).

O extrato de P. niruri apresenta citotoxicidade, além de alterações hormonais (antifertilidade masculina) quando em uso prolongado.

[ 19 ]

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,0125 a 0,2 g/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30 a 300 mg/kg.

In vitro:

Em células mononucleares de sangue periférico incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (LDH).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise de genotoxicidade (teste do micronúcleo) e toxicidade subcrônica.

O extrato de P. niruri não apresenta citotoxicidade e genotoxicidade, além da ausência de efeitos tóxicos na administração subcrônica, nas concentrações e doses em estudo.

[ 14 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 800 g de material vegetal (seco) em 1 L de água. Rendimento: 4,46% (p/p). Dose para ensaio: 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato aquoso de P. niruri, na dose administrada, não apresenta sinais de toxicidade.

[ 17 ]
Planta toda

Extratos: material vegetal (pó) em água e metanol. Dose para ensaio: 2 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Os extratos, aquoso e metanólico, de P. niruri não apresentam sinais de toxicidade, na dose em estudo.

[ 37 ]
Folha

Extrato: decocção de 1800 g do material vegetal (pó) em 3000 mL de água. Rendimento: 33,27 g. Doses para ensaio: 2000 e 5000 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Sprague-Dawley submetidas ao teste de toxicidade aguda.

O extrato aquoso de P. niruri não apresenta sinais de toxicidade nas doses em estudo, com DL50 > 5000 mg/kg.

[ 43 ]

Toxicidade aguda e subaguda

Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extratos: 50 g do material vegetal (pó) em 300 mL de etanol ou diclorometano. Rendimento: 9,12 e 4,8%, respectivamente. Frações aquosas (liofilizadas). Rendimento: 16,53%. Outras espécies em estudo: Cassia occidentalis e Morinda morindoides. Doses para ensaio: 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração dos extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise dos testes de toxicidade aguda e subaguda.

Os extratos vegetais não apresentam sinais de toxicidade.

[ 25 ]

Toxicidade materna e fetal

Toxicidade materna e fetal
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 60 g de material vegetal em 1 L de água. Rendimento: 33,3%. Doses para ensaio: 150 a 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da toxicidade materna, reprodutiva e fetal.

O extrato de P. niruri apresenta toxicidade na gestação, pois altera a função renal materna e o peso corporal da prole, contudo, não demonstra toxicidade reprodutiva.

[ 10 ]

Toxicidade materna e na prole

Toxicidade materna e na prole
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: infusão de 3 g de material vegetal (pó) em 150 mL de água. Doses para ensaio: 75 e 150 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar, no período de gestação e lactação, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da toxicidade materna, maturação reflexa e memória da prole.

O extrato de P. niruri não apresenta toxicidade materna e neonatal, contudo, ativa a maturação reflexa em neonatos e melhora na memória da prole adulta.

[ 4 ]

Referências bibliográficas

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Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 50, 2011. 
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 90-91, 2011. 
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 71-72, 2018.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 154-156, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Planta seca

100 g

Planta fresca

200 g

                                                                   * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98% se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de planta seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de planta fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Retenção hídrica (BRASIL, 2018) e litíase urinária.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Planta toda seca pulverizada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de café rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Retenção hídrica (BRASIL, 2018) e litíase urinária.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a seis vezes ao dia.

Uso oral: crianças acima de 2 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, três a seis vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 220-222.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 142-144.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos clorogênicos

ácido 1-cafeoil-5-feruloilquínico, ácido 4-sinapoilquínico e ácido 5-pcumaroilquínico.

Ácidos fenólicos

salicilato de metila, protocatecuíco, salicílico, cafeico, etil cafeato, p-cumárico e deferúlico.

Ácidos graxos

linoleico, linolênico, dotriancontanóico e ricinoleico.

Alcaloides

nirurina, filocrisina, filantinamida, filantol, securinina, alosecurinina, norsecurinina.

Aminoácidos

tirosina.

Antocianinas

cianidina, procianidina, delfidina e malvidina.

Cumarinas

furocumarina, isopimpinelina e brevifolina.

Esteroides

campesterol, estigmasterol, estradiol, β-sitosterol e 24-isopropilcoleserol.

Fenilpropanoides

nirurisídeo.

Flavonoides

catequina, epicatequina, galocatequina, miricetina, quercetina, quercitrina, quercetol, diosmina, luteolina, miqualianina, naringenina, naringina, niruriflavona, pectolinarina, pinocambrina, formomonetina, tectorigenina, caempferol, floretina, teaflavina, rutina, fisetina e astragalina.

Lignanas

nirtetralina, lintetralina, isolintetralina, hipofilantina, hikonina, hinoquinina, nirantina, nitrantina, nitretralina, filantina, urinatetralina, hidroxinirantina, nirfilina, filtetrina, filtetralina, dibenzilbutano, cubebina, secoisolariciresinol, secoisolariciresinol éter trimetílico, secoisolariciresinol éter trimetílico, secoisolariciresinol-di-O-glicosídeo, dibenzilbutirolactol, 7-hidroxisecoisolariciresinol, seco-4-hidroxilintetralina, lariciresinol, 3,4-metilenodioxibenzil-30, 40-dimetoxibenzilbutirolactona, hinocinina, lariciresinol sesquiligan e filnirurina.

Óleos essenciais

limoneno, cineol, cimol, linalol, cis-sabinol, p-cimeno, smiareno, α e β-pineno, careno, α e β-felandreno.

Outras substâncias

triacontanol e triacontanal.

Polissacarídeos

arabinogalactana.

Saponinas

1-O-galoil-6-O-luteoil-α-D-glicose, diosgenina, nirurisídeo e β-glucogalin.

Taninos

epicatequina, galocaequina, ácido gálico, corilagina, isocorilagina, geraniina, ácido elágico, punicalina, dilactona de ácido valoneico, ácido repandusínico e berevifolina.

Triterpenos

ácido betulínico, ácido masticodienóico, 3-hidroximasticadienônico, shinol, lupeol, terechutona, bacremona, ácido terebentifólico, filantenol, filantenona e filanteol.

Vitaminas

A e C.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p.183.
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7 - JANTAN, I. et al. An insight into the modulatory effects and mechanisms of action of Phyllanthus species and their bioactive metabolites on the immune system. Front Pharmacol, v. 10, p.1-19, 2019. doi: 10.3389/fphar.2019.00878
8 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 121-123.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1996
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 2 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico. O uso contínuo não deve ultrapassar 3 meses, devido a presença de alcaloides pirrolizidínicos, podendo repetir o tratamento após intervalo de 15 dias[1,2,3].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e portadores de cálculos renais de grandes dimensões pelo risco de obstrução dos canais urinários[1,2,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

altas concentrações podem causar diarreia (efeito purgativo), hipotensão arterial e diurese pronunciada. Esta planta apresenta baixa toxicidade aguda e crônica em estudos em animais[1,2,3,5].

Interações medicamentosas: 

apresenta potencial de interação com medicamentos diuréticos, hipotensores, hipoglicemiantes e insulina. Pode associar com outras plantas indicadas para problemas renais como: Equisetum spp. (cavalinha), Echinodorus grandiflorus (chapéu-de-couro), Costus spicatus (cana-do-brejo), Coix lacryma-jobi (conta-de-lágrima), Zea mays (cabelo-de-milho), Banisteria argyrophylla (cipó-prata), Mikania hirsutissima (cipó-cabeludo), Vernonia polyanthes (assapeixe) e Persea gratissima (abacateiro)[1,2].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 155, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 222.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 144.
4 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 133.
5 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 239.

Propagação: 

por sementes, lançadas diretamente em local definitivo ou em tubetes ou bandejas plásticas contendo substrato industrializado. Quando a propagação for realizada em tubetes ou bandejas, deve-se semear 5 sementes em cada orifício contendo o substrato e acondicionar em local sombreado (propicia melhor germinação). A transferência para local definitivo no campo, deve ser realizada 40 dias após a germinação, em covas de 10x10 cm adubadas com ½ kg de esterco, com espaçamento de 20 a 30 cm entre plantas e 30 cm entre linhas. Prefere solos areno-argilosos, férteis e úmidos, à sombra, parcialmente sombreado ou a pleno sol [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .

Colheita: 

planta toda (inclusive raiz), deve ser realizada após 2 a 6 meses após o plantio, no verão e outono. Segundo a sabedoria popular, a colheita das partes aéreas das plantas, devem ser realizadas preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante. Para o beneficiamento das sementes, os ramos contendo os frutos maduros devem ser colhidos manualmente, batendo-os levemente sobre uma peneira. Posteriormente, as sementes devem ser imediatamente semeadas, pois com o tempo perdem a viabilidade. As sementes excedentes, devem ser pesadas, acondicionadas em sacos plásticos etiquetados e mantidas em câmara fria por o máximo 6 meses [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .

Pós-colheita: 

o fitoterápico pode ser produzido a partir da planta fresca ou seca. O processo de secagem deve ser realizado à sombra, em secador a 35°C ou em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/48 horas. A droga vegetal deve ser armazenada por 1 ano. A preparação do fitoterápico deve ser realizada com a droga vegetal moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh. O armazenamento da droga vegetal é realizado em ambiente não úmido e deve ser utilizada no período máximo de 6 meses [ 1 , 2 ] .

Problemas & Soluções: 

o cultivo pode ser realizado em canteiros e em consorcio. Está espécie não tolera frio intenso e geadas, e pode ser atacada por formigas [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Agricultores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 32.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p.181-182.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 15-16.
4 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 117.

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