Originária da África, podendo ser encontra também na Ásia e Austrália. Esta espécie é muito cultivada na Índia e no Brasil. Suas principais indicações são: estomáquica, carminativa, antidispéptica e hiposecretora gástrica[1,2,3].
Planta herbácea ou subarbustiva (herbácea quando jovem e lenhosa depois de adulta), com cerca de 1,5 m de altura, perene, ereta quando jovem e decumbente após 1 a 2 anos, pouco ramificada; folhas opostas, simples, elípticas, ovaladas, de 5 a 8 cm de comprimento, pilosas, flexíveis (mesmo quando secas), suculentas (quando frescas), aveludadas, bordas denteadas, aromáticas, muito amargas; flores azuis dispostas em inflorescência racemosas apicais[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Malva-santa, boldo-nacional, falso-boldo e sete dores. | Ceará | Folha | Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca. |
Infusão: 4 a 6 g ou 1 a 3 g (1 a 3 colheres de chá) do material vegetal, fresco ou seco, respectivamente, em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia. |
- |
[
1 ,
2 ,
3
]
|
Malva-santa, boldo-nacional, falso-boldo e sete dores. | Ceará | Folha | Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca. |
Extrato aquoso: a 20%. Colocar as folhas em álcool durante 2 a 3 horas e escorrer bem. Posteriormente, ferver em água por 5 a 10 minutos, filtrar e conservar em frasco bem fechado. Pode-se associar ou não com a tintura de Egletes viscosa (macela-da-terra). |
Tomar 40 gotas até 3 vezes ao dia. |
- |
[
1 ,
2
]
|
Boldo, falso-boldo, boldo-brasileiro e boldo-do-jardim. | Brasil | Folha (fresca | Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca. |
Infusão: 3 a 4 folhas em água em 1 xícara média de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) de 1 a 3 vezes ao dia. |
- |
[
4
]
|
- | Comunidade Rural Bananal (Rondonópolis, Mato Grosso) e Rio Grande do Sul (pescadores artesanais) | Folha | No tratamento de problemas digestivos. |
- |
- |
- |
[
5 ,
6
]
|
- | Península Arábica | Folha e caule | Gastroprotetora, antimalárica, antitérmica, antiespasmódica, no tratamento de dor no estômago, náusea, problemas cutâneos (queimaduras, feridas, picadas de insetos, alegria e micose). |
- |
- |
- |
[
7
]
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- | Quênia (África) | Raiz | Anti-inflamatória, antimicrobiana e no tratamento de problemas no tórax. |
- |
- |
- |
[
8
]
|
- | Quênia (África) | Folha | Anti-inflamatória, antimicrobiana, purgativa, no tratamento de dor no estômago, ouvido, problemas cutâneos (feridas, micoses e edema em hematomas) e sarampo (em bebês, na forma de banho). |
- |
- |
- |
[
8 ,
9
]
|
- | Índia | - | Antiespasmódica. |
- |
- |
- |
[
9
]
|
- | Ásia | - | Ansiolítica e anticonvulsivante. |
- |
- |
- |
[
9
]
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- | Tanzânia (África Oriental) | - | No tratamento de problemas psiquiátricos. |
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[
9
]
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- | Somália (África Oriental) | - | Afrodisíaca. |
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- |
[
9
]
|
- | África Central | - | No tratamento de infecções (boca, garganta, gastrointestinal e geniturinária). |
- |
- |
- |
[
9
]
|
- | Ruanda, Quênia, Guiana Francesa e Brasil | - | Antimalárica. |
- |
- |
- |
[
9
]
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Referências bibliográficas
Anti-inflamatória e Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extratos: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de metanol ou água e 4 g do material vegetal (pó) em 40 mL de hexano. Concentrações para ensaio: 500 µg/mL e 100 mg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade anti-inflamatória através do ensaio da cicloxigenase (COX-1). Em culturas de Bacillus subtilis, Micrococcus luteus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).
|
Neste estudo, dentre as 12 espécies vegetais, os extratos metanólicos apresentam atividade anti-inflamatória mais potente, enquanto que para a ação antimicrobiana os extratos metanólicos de Maytenus senegalensis, Plectranthus barbatus, Zanthoxylum chalybeum, Z. usambarense (metanólicos) e o hexânico de Spiranthes mauritianum (hexânico) demonstram atividade antimicrobiana mais potente. |
[
17
] |
Anti-inflamatória e Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (fresco) em etanol, posteriormente, em acetato de etila. Concentrações para ensaio: 3,125 a 100 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade das enzimas protease e transcriptase reserva do HIV-1 na presença de substratos específicos e a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em linhagem celular TZM-bl incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT e RT-CES); e em cultura de células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMC) com posterior análise da proliferação celular (citometria de fluxo) e níveis de citocinas (IL-2, -4, -6, -10, -17A, TNF e IFN-γ).
|
O extrato de P. barbatus apresenta atividade antiviral, antioxidante e anti-inflamatória, além de baixa citotoxicidade. |
[
7
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: maceração do material vegetal (fresco) em etanol. Rendimento: 3,17 g. concentrações para ensaio: 15,62 a 2000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Melissa officinalis, Mentha sp., Ocimum basilicum e Rosmarinus officinalis. |
In vitro: Em culturas de Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM), e sinergismo com estreptomicina (Método Checkerboard).
|
Os extratos de P. barbatus e R. officinalis apresentam atividade antibacteriana mais potente, contudo, todos os extratos vegetais demonstram sinergismo promissor. |
[
14
] |
Antidispéptica e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 5 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 1 a 2 g/kg. |
In vitro: Em jejuno isolado de ratos, incubados com acetilcolina, norepinefrina e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade muscular. In vivo: Em ratos e camundongos tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de sono induzido por pentobarbital, trânsito intestinal na presença de carvão, nível de secreção gástrica e úlceras gástricas induzidas por estresse e indometacina. |
O extrato de C. barbatus apresenta atividade gastroprotetora e antidispéptica, além de aumentar o trânsito intestinal e estimular o sistema nervoso central (ação leve). |
[
3
] |
Antiespasmódica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial. Rendimento: 0,16%. Concentrações para ensaio: 1 a 300 µg/mL. |
In vitro: Em segmentos do íleo isolados de porquinhos-da-Índia incubados com o óleo vegetal, acetilcolina, histamina, cloreto de bário, potássio, cloreto de cálcio, carbacol e nifedipina, com posterior da contratilidade muscular.
|
O óleo essencial de P. barbatus apresenta atividade relaxante da musculatura intestinal (antiespasmódica). |
[
10
] |
Antimalárica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz (casca) |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água ou em clorofórmio/metanol (1:1). Doses para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. Outras espécies em estudo: Ocimum suave e Zanthoxylum chalybeum. |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados por Plasmodium berghei, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da parasitemia e inibição do crescimento do parasita (quimiossupressão). |
Os extratos de Z. chalybeum (aquoso) e P. barbatus (orgânico) apresentam atividade antimalárica mais potente, sendo comparável à cloroquina. |
[
9
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Outras espécies em estudo: Plectranthus neochilus e P. ornatus. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e níveis de TBARS em homogeneizado de gema de ovo. Em culturas de Bacillus cereus, B. subtilis, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Helicobacter pylori e Saccharomyces cerevisiae submetidos ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).
|
O óleo essencial de P. barbatus apresenta atividade antimicrobiana, principalmente, para bactérias gram-positivas, e moderada ação antioxidante. |
[
8
] |
Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Óleo essencial: 500 g do material vegetal (pó), por hidrodestilação. Rendimento: 0,10% (p/p). Outras espécies em estudo: Plectranthus cylindraceus e P. asirensis. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e do método de branqueamento com β-caroteno. Em linhagens de células tumorais humanas do cólon (HT-29), fígado (HepG2) e cervical (HeLa) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT). Em culturas de Bacillus subtilis, Streptococcus mutans, Brevibacillus laterosporus, Salmonella typhi e Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM).
|
Os óleos de P. cylindraceus e P. barbatus apresentam atividades antitumoral e antimicrobiana mais potentes, além da ação antioxidante moderada. |
[
12
] |
Antimicrobiana e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extratos (10% p/v): material vegetal (pó) em água ou acetona/água (7:3, v/v). Concentrações para ensaio: 0,1 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Trichophyton rubrum incubadas com os extratos vegetais, submetidas aos testes de microdiluição e disco-difusão em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e do halo de inibição (mm). Em cultura de células mononucleares do sangue periférico normais (PBMC) e células neoplásicas de linfoma não Hodgkin (TOLEDO), leucemia mieloide crônica (K562), câncer de próstata (DU-145) e câncer de pâncreas (PANC-1) submetidas aos testes de citotoxicidade (MTT e Azul de tripano). Em cultura de esplenócitos isolados de camundongos (BALB/c) estimulados com concanavalina A e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis das citocinas IFN-γ e IL-17A (ELISA).
|
Os extratos de P. barbatus apresentam atividades bacteriostática, fungistática e imunomoduladora, além de baixa toxicidade para células normais. |
[
5
] |
Antiprotozoária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de metanol. |
In vitro: Em macrófagos peritoneais de hamster infectados com Leishmania infantum (amastigota), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise do índice de macrófagos/amastigotas (microscopia). Em eritrócitos de humanos infectados com Plasmodium falciparum (resistente à cloroquina), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da multiplicação parasitária. Em cultura de células MRC-5 infectadas com Trypanosoma brucei (sensível à suramina), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise do crescimento parasitário. Em fibroblastos do pulmão de humanos (MRC-5 SV2) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (Ensaio de resazurina).
|
Neste estudo, das 25 plantas vegetais, Chrozophora oblongifolia, Ficus ingens, Lavandula dentata e Plectranthus barbartus apresentam atividade antiprotozoária mais potente. |
[
16
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 50 g do material vegetal (fresco) em 150 mL de metanol. |
In vitro: Em linhagens de células parenterais leucêmicas (CCRF-CEM e CEM-ADR5000) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (Ensaio de resazurina).
|
Neste estudo, das 26 espécies vegetais, Acokanthera oppositifolia, Hypoestes aristata, Laurus nobilis, Leonotis leonurus, Plectranthus barbatus, P. ciliates e Salvia apiana apresentam atividade antitumoral promissora. |
[
15
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 5 µL/g. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de cirrose hepática induzida por obstrução das vias biliares extra-hepáticas, tratados com o extrato vegetal e dieta rica em proteínas, com posterior análise do tempo de sono induzido por pentobarbital, parâmetros bioquímicos (AST e ALT) e histopatológicos hepáticos. |
O extrato de C. barbatus apresenta atividade hepatoprotetora na presença de cirrose, enquanto que na ausência de colestase (redução do fluxo biliar) observa-se redução do tempo de sono e frequência de mitose. |
[
2
] |
Folha |
Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 70%. Outra espécie em estudo: Baccharis dracunculifolia. |
In vitro: Em células estreladas hepáticas de humanos (LX-2) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da transdiferenciação celular, citotoxicidade (MTT), genotoxicidade (Ensaio do Cometa), microscópica (fluorescência), expressão genética (PCR) e espectroscopia de infravermelho (FT-IR).
|
Os extratos de P. barbatus e B. dracunculifolia apresentam atividade hepatoprotetora, sendo promissores para o tratamento de desequilíbrios no metabolismo lipídico hepático. |
[
6
] |
Hepatoprotetora e Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 5 µL/g. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos ou não a dupla ligadura e ressecção do colédoco, tratados com o extrato vegetal e dieta rica em proteínas, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT e TG), peso e teor de gordura hepática, ingestão de alimentos, utilização de energia e ganho de peso. |
O extrato aquoso de C. barbatus apresenta atividade hepatoprotetora e hipocolesterolemiante, principalmente na presença de colestase (redução do fluxo biliar). |
[
1
] |
Inibidora enzimática (AChE)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (fresco) em 100 mL de água. Rendimento: 140 mg do extrato/g da planta. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de metabólitos no plasma e no cérebro (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) e atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase (AChE). |
O extrato de P. barbatus pode atingir o cérebro, principalmente via intraperitoneal, demonstrando atividade inibidora da AChE. |
[
11
] |
Inibidora enzimática (ADH e AChE)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (fresco) e 100 mL de água. Outras espécies em estudo: Plectranthus ernstii, P. gradidentatus, P. lanuginosus, P. madascariensis, P. neochillus, P. verticillatus, P. venteri e P. zuluensis. |
In vitro: Determinar as atividades antioxidante através da eliminação do radical DPPH e inibitória das enzimas álcool desidrogenase e acetilcolinesterase. Em cultura de células humanas de adenocarcinoma epitelial da glândula mamaria (MCF7) e de carcinoma hepatocelular (HepG2) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
As decocções de Plectranthus spp. inibem as atividades das enzinas ADH e AChE, além da ação antioxidante e ausência de citotoxicidade. |
[
13
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Alcoolatura |
|
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha fresca |
200 g |
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Cólicas leves do trato gastrointestinal e dispepsia (BLUMENTHAL, 1998). Antidispéptica (BRASIL, 2018). Afeções hepáticas e biliares em geral e infecções de repetição. Expectorante e broncodilatadora.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Cólicas leves do trato gastrointestinal e dispepsia (BLUMENTHAL, 1998). Antidispéptica (BRASIL, 2018). Afeções hepáticas e biliares em geral e infecções de repetição.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes por dia.
Referências bibliográficas
Diterpenos
plectrantona J, plectrabarbeno, barbatusina, ciclobutatusina, 6β-hidroxicarnosol, 20-deoxocarnasol, barbatusol, plectrina, cariocal, coleon C, F, O, S e T, plectrinona A e B, ciclobutatusina, dehidroabietano, 11-hidroxisugiol, ferruginol, sugiol, taxodiona, 5,6-didehidro-7-hidroxi-taxodona, 6α,11,12,-trihidroxi-7β,20-epoxi-8-11,13-abietratrieno, forskolina e fitol.
Esteroides
Flavonoides
Óleos essenciais
α e β-pineno, α e β-felandreno, α e β-selineno, β-o-cimeno, p-cimeno, manol, guaieno, fenchona, canfeno, sabineno, octanal, 1,8-cineol, limoneno, linalol, cânfora, verbenol, borneol, naftaleno, terpinen-4-ol, α-terpineol, decanal, dodecanal, acetato de octil, decan-1-ol, acetato de bornil, acetato de terpenil, α-cubebeno, α-copaeno, cariofileno, isocariofileno, β-cariofileno, β-copaeno, β-bourboneno, α-humuleno, germacreno D, β-selineno, α-muuroleno, γ-cadineno, β-sesquifelandreno, β-eudesmol, eremofileno, mirceno, β-elemeno, nanool, mirtenol e cedrol.
Polifenóis
ácido elágico.
Triterpenoides
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,2,3].
em gestantes, lactantes, hipertensos, portadores de obstruções das vias biliares, doença renal policísticas, hepatite e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,4,5].
doses altas pode ocasionar irritação gástrica e desconforto gastrointestinal. Há relatos de dermatite de contato[1,2,3,4].
pode ocorrer interação com barbitúricos (redução do tempo de sono), metronidazol, dissulfiram, anti-hipertensivos, digoxina, antiarrítmicos, moduladores da tireoide e depressores do sistema nervoso central. Devido a ação antiácida, pode alterar o pH gástrico e influenciar a absorção de alguns fármacos[1,4].
Referências bibliográficas
facilmente multiplicada por estacas, as quais são preparadas a partir de ramos semi-lenhosos com 15 cm de comprimento, deixando 2 pares de folhas cortadas ao meio na parte terminal da estaca e submergindo 2 gemas em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 45 dias. Após este período é realizado o plantio em local definitivo (a pleno sol), com espaçamento de 0,5 m entre plantas e 1,0 cm entre linhas, em solo bem adubado e úmido, contudo não tolera solos encharcados e locais muito sombreados. A propagação também pode ser realizada com o plantio das estacas direteramente em local definitivo [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados. A poda das inflorescências faz-se necessário para aumentar a produção das folhas [ 3 , 4 ] .
as folhas devem ser colhidas de 4 a 6 meses após o plantio, posteriormente, com intervalos de 4 em 4 meses, em estações não chuvosas e antes do florescimento. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua cheia [ 3 , 4 ] .
as folhas frescas devem ser lavadas, primeiramente, com água para remover as impurezas, deixando-as secar (temperatura ambiente) por 6 horas para retirada do excesso de água. Posteriormente, o fitoterápico deve ser preparado. Se necessário, a secagem do material vegetal, este processo deve ser realizado em secador a 40°C, imediatamente após a colheita, com camadas de 5 cm de espessura, revolvendo o a cada 2 horas [ 3 , 4 ] .
esta espécie é susceptível a nematoides. Em períodos de geadas pode haver a secagem da planta, contudo, após este período ocorre a rebrota [ 3 ] .
Referências bibliográficas