Plectranthus barbatus Andr.

Falso-boldo, boldo, boldo-brasileiro, boldo-de-jardim e malva-santa.

Sinonímia 
Coleus barbatus (Andrews) Benth.
Família 
Informações gerais 

Originária da África, podendo ser encontra também na Ásia e Austrália. Esta espécie é muito cultivada na Índia e no Brasil. Suas principais indicações são: estomáquica, carminativa, antidispéptica e hiposecretora gástrica[1,2,3].

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 119-120.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 246-248.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 328-329.
Descrição da espécie 

Planta herbácea ou subarbustiva (herbácea quando jovem e lenhosa depois de adulta), com cerca de 1,5 m de altura, perene, ereta quando jovem e decumbente após 1 a 2 anos, pouco ramificada; folhas opostas, simples, elípticas, ovaladas, de 5 a 8 cm de comprimento, pilosas, flexíveis (mesmo quando secas), suculentas (quando frescas), aveludadas, bordas denteadas, aromáticas, muito amargas; flores azuis dispostas em inflorescência racemosas apicais[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 118-119.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 246.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 328.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Malva-santa, boldo-nacional, falso-boldo e sete dores. Ceará Folha

Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca. 

Infusão: 4 a 6 g ou 1 a 3 g (1 a 3 colheres de chá) do material vegetal, fresco ou seco, respectivamente, em 150 mL (1 xícara de chá) de água.

Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia. 

-

[ 1 , 2 , 3 ]
Malva-santa, boldo-nacional, falso-boldo e sete dores. Ceará Folha

Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca. 

Extrato aquoso: a 20%. Colocar as folhas em álcool durante 2 a 3 horas e escorrer bem. Posteriormente, ferver em água por 5 a 10 minutos, filtrar e conservar em frasco bem fechado. Pode-se associar ou não com a tintura de Egletes viscosa (macela-da-terra).

Tomar 40 gotas até 3 vezes ao dia.

-

[ 1 , 2 ]
Boldo, falso-boldo, boldo-brasileiro e boldo-do-jardim. Brasil Folha (fresca

Gastroprotetora, antidispéptica, orexígena e no tratamento da ressaca.

Infusão: 3 a 4 folhas em água em 1 xícara média de água.

Tomar 1 xícara (de chá) de 1 a 3 vezes ao dia.

-

[ 4 ]
- Comunidade Rural Bananal (Rondonópolis, Mato Grosso) e Rio Grande do Sul (pescadores artesanais) Folha

No tratamento de problemas digestivos.

-

-

-

[ 5 , 6 ]
- Península Arábica Folha e caule

Gastroprotetora, antimalárica, antitérmica, antiespasmódica, no tratamento de dor no estômago, náusea, problemas cutâneos (queimaduras, feridas, picadas de insetos, alegria e micose).

-

-

-

[ 7 ]
- Quênia (África) Raiz

Anti-inflamatória, antimicrobiana e no tratamento de problemas no tórax.

-

-

-

[ 8 ]
- Quênia (África) Folha

Anti-inflamatória, antimicrobiana, purgativa, no tratamento de dor no estômago, ouvido, problemas cutâneos (feridas, micoses e edema em hematomas) e sarampo (em bebês, na forma de banho).

-

-

-

[ 8 , 9 ]
- Índia -

Antiespasmódica.

-

-

-

[ 9 ]
- Ásia -

Ansiolítica e anticonvulsivante.

-

-

-

[ 9 ]
- Tanzânia (África Oriental) -

No tratamento de problemas psiquiátricos.

-

-

-

[ 9 ]
- Somália (África Oriental) -

Afrodisíaca.

-

-

-

[ 9 ]
- África Central -

No tratamento de infecções (boca, garganta, gastrointestinal e geniturinária).

-

-

-

[ 9 ]
- Ruanda, Quênia, Guiana Francesa e Brasil -

Antimalárica.

-

-

-

[ 9 ]

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 119-120.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 247-248.
3 - LIMA, G. P. P. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Saúde - Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 19.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 328.
5 - MIGUÉIS, G. S. et al. Plants used by the rural community of Bananal, Mato Grosso, Brazil: aspects of popular knowledge. PLoS One, v. 14, n. 1, p.1-20, 2019.  doi: 10.1371/journal.pone.0210488
6 - BAPTISTA, M. M. et al. Traditional botanical knowledge of artisanal fishers in southern Brazil. J Ethnobiol Ethnomed, v. 9, p.1-16, 2013. doi: 10.1186/1746-4269-9-54.
7 - AL-MUSAYEIB, N. M. et a. In vitro antiplasmodial, antileishmanial and antitrypanosomal activities of selected medicinal plants used in the traditional Arabian Peninsular region. BMC Complement Altern Med, v. 12, p.1-7, 2012.  doi: 10.1186/1472-6882-12-49
8 - MATU, E. N.; VAN STADEN, J. Antibacterial and anti-inflammatory activities of some plants used for medicinal purposes in Kenya. J Ethnopharmacol, v. 87, n. 1, p.35-41, 2003. doi: 10.1016/s0378-8741(03)00107-7
9 - ALASBAHI, R. H.; MELZIG, M. F. Plectranthus barbatus: a review of phytochemistry, ethnobotanical uses and pharmacology - Part 1. Plant Med, v. 76, n. 7, p.653-61, 2010. doi: 10.1055/s-0029-1240898

Anti-inflamatória e Antimicrobiana

Anti-inflamatória e Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extratos: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de metanol ou água e 4 g do material vegetal (pó) em 40 mL de hexano. Concentrações para ensaio: 500 µg/mL e 100 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade anti-inflamatória através do ensaio da cicloxigenase (COX-1).

Em culturas de Bacillus subtilis, Micrococcus luteus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).

 

Neste estudo, dentre as 12 espécies vegetais, os extratos metanólicos apresentam atividade anti-inflamatória mais potente, enquanto que para a ação antimicrobiana os extratos metanólicos de Maytenus senegalensis, Plectranthus barbatus, Zanthoxylum chalybeum, Z. usambarense (metanólicos) e o hexânico de Spiranthes mauritianum (hexânico) demonstram atividade antimicrobiana mais potente.

[ 17 ]

Anti-inflamatória e Antiviral

Anti-inflamatória e Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (fresco) em etanol, posteriormente, em acetato de etila. Concentrações para ensaio: 3,125 a 100 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade das enzimas protease e transcriptase reserva do HIV-1 na presença de substratos específicos e a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em linhagem celular TZM-bl incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT e RT-CES); e em cultura de células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMC) com posterior análise da proliferação celular (citometria de fluxo) e níveis de citocinas (IL-2, -4, -6, -10, -17A, TNF e IFN-γ).

 

O extrato de P. barbatus apresenta atividade antiviral, antioxidante e anti-inflamatória, além de baixa citotoxicidade.

[ 7 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: maceração do material vegetal (fresco) em etanol. Rendimento: 3,17 g. concentrações para ensaio: 15,62 a 2000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Melissa officinalis, Mentha sp., Ocimum basilicum e Rosmarinus officinalis.

In vitro:

Em culturas de Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM), e sinergismo com estreptomicina (Método Checkerboard).

 

Os extratos de P. barbatus e R. officinalis apresentam atividade antibacteriana mais potente, contudo, todos os extratos vegetais demonstram sinergismo promissor.

[ 14 ]

Antidispéptica e Gastroprotetora

Antidispéptica e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 5 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 1 a 2 g/kg.

In vitro:

Em jejuno isolado de ratos, incubados com acetilcolina, norepinefrina e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade muscular.

 

In vivo:

Em ratos e camundongos tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de sono induzido por pentobarbital, trânsito intestinal na presença de carvão, nível de secreção gástrica e úlceras gástricas induzidas por estresse e indometacina.

O extrato de C. barbatus apresenta atividade gastroprotetora e antidispéptica, além de aumentar o trânsito intestinal e estimular o sistema nervoso central (ação leve).

[ 3 ]

Antiespasmódica

Antiespasmódica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial. Rendimento: 0,16%. Concentrações para ensaio: 1 a 300 µg/mL.

In vitro:

Em segmentos do íleo isolados de porquinhos-da-Índia incubados com o óleo vegetal, acetilcolina, histamina, cloreto de bário, potássio, cloreto de cálcio, carbacol e nifedipina, com posterior da contratilidade muscular.

 

O óleo essencial de P. barbatus apresenta atividade relaxante da musculatura intestinal (antiespasmódica).

[ 10 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz (casca)

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água ou em clorofórmio/metanol (1:1). Doses para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. Outras espécies em estudo: Ocimum suave e Zanthoxylum chalybeum.

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados por Plasmodium berghei, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da parasitemia e inibição do crescimento do parasita (quimiossupressão).

Os extratos de Z. chalybeum (aquoso) e P. barbatus (orgânico) apresentam atividade antimalárica mais potente, sendo comparável à cloroquina.

[ 9 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Óleo essencial: por hidrodestilação. Outras espécies em estudo: Plectranthus neochilus e P. ornatus.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e níveis de TBARS em homogeneizado de gema de ovo.

Em culturas de Bacillus cereus, B. subtilis, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Helicobacter pylori e Saccharomyces cerevisiae submetidos ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).

 

O óleo essencial de P. barbatus apresenta atividade antimicrobiana, principalmente, para bactérias gram-positivas, e moderada ação antioxidante.

[ 8 ]

Antimicrobiana e Antitumoral

Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Óleo essencial: 500 g do material vegetal (pó), por hidrodestilação. Rendimento: 0,10% (p/p). Outras espécies em estudo: Plectranthus cylindraceus e P. asirensis.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e do método de branqueamento com β-caroteno.

Em linhagens de células tumorais humanas do cólon (HT-29), fígado (HepG2) e cervical (HeLa) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

Em culturas de Bacillus subtilis, Streptococcus mutans, Brevibacillus laterosporus, Salmonella typhi e Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os óleos de P. cylindraceus e P. barbatus apresentam atividades antitumoral e antimicrobiana mais potentes, além da ação antioxidante moderada.

[ 12 ]

Antimicrobiana e Imunomoduladora

Antimicrobiana e Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extratos (10% p/v): material vegetal (pó) em água ou acetona/água (7:3, v/v). Concentrações para ensaio: 0,1 a 500 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Trichophyton rubrum incubadas com os extratos vegetais, submetidas aos testes de microdiluição e disco-difusão em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e do halo de inibição (mm).

Em cultura de células mononucleares do sangue periférico normais (PBMC) e células neoplásicas de linfoma não Hodgkin (TOLEDO), leucemia mieloide crônica (K562), câncer de próstata (DU-145) e câncer de pâncreas (PANC-1) submetidas aos testes de citotoxicidade (MTT e Azul de tripano).

Em cultura de esplenócitos isolados de camundongos (BALB/c) estimulados com concanavalina A e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis das citocinas IFN-γ e IL-17A (ELISA).

 

Os extratos de P. barbatus apresentam atividades bacteriostática, fungistática e imunomoduladora, além de baixa toxicidade para células normais.

[ 5 ]

Antiprotozoária

Antiprotozoária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de metanol.

In vitro:

Em macrófagos peritoneais de hamster infectados com Leishmania infantum (amastigota), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise do índice de macrófagos/amastigotas (microscopia).

Em eritrócitos de humanos infectados com Plasmodium falciparum (resistente à cloroquina), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da multiplicação parasitária.

Em cultura de células MRC-5 infectadas com Trypanosoma brucei (sensível à suramina), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise do crescimento parasitário.

Em fibroblastos do pulmão de humanos (MRC-5 SV2) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (Ensaio de resazurina).

 

Neste estudo, das 25 plantas vegetais, Chrozophora oblongifolia, Ficus ingens, Lavandula dentata e Plectranthus barbartus apresentam atividade antiprotozoária mais potente.

[ 16 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 50 g do material vegetal (fresco) em 150 mL de metanol.

In vitro:

Em linhagens de células parenterais leucêmicas (CCRF-CEM e CEM-ADR5000) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (Ensaio de resazurina).

 

Neste estudo, das 26 espécies vegetais, Acokanthera oppositifolia, Hypoestes aristata, Laurus nobilis, Leonotis leonurus, Plectranthus barbatus, P. ciliates e Salvia apiana apresentam atividade antitumoral promissora.

[ 15 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 5 µL/g.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de cirrose hepática induzida por obstrução das vias biliares extra-hepáticas, tratados com o extrato vegetal e dieta rica em proteínas, com posterior análise do tempo de sono induzido por pentobarbital, parâmetros bioquímicos (AST e ALT) e histopatológicos hepáticos.

O extrato de C. barbatus apresenta atividade hepatoprotetora na presença de cirrose, enquanto que na ausência de colestase (redução do fluxo biliar) observa-se redução do tempo de sono e frequência de mitose.

[ 2 ]
Folha

Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 70%. Outra espécie em estudo: Baccharis dracunculifolia.

In vitro:

Em células estreladas hepáticas de humanos (LX-2) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da transdiferenciação celular, citotoxicidade (MTT), genotoxicidade (Ensaio do Cometa), microscópica (fluorescência), expressão genética (PCR) e espectroscopia de infravermelho (FT-IR).

 

Os extratos de P. barbatus e B. dracunculifolia apresentam atividade hepatoprotetora, sendo promissores para o tratamento de desequilíbrios no metabolismo lipídico hepático.

[ 6 ]

Hepatoprotetora e Hipocolesterolemiante

Hepatoprotetora e Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 5 µL/g.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ou não a dupla ligadura e ressecção do colédoco, tratados com o extrato vegetal e dieta rica em proteínas, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT e TG), peso e teor de gordura hepática, ingestão de alimentos, utilização de energia e ganho de peso.

O extrato aquoso de C. barbatus apresenta atividade hepatoprotetora e hipocolesterolemiante, principalmente na presença de colestase (redução do fluxo biliar).

[ 1 ]

Inibidora enzimática (AChE)

Inibidora enzimática (AChE)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (fresco) em 100 mL de água. Rendimento: 140 mg do extrato/g da planta.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de metabólitos no plasma e no cérebro (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) e atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase (AChE).

O extrato de P. barbatus pode atingir o cérebro, principalmente via intraperitoneal, demonstrando atividade inibidora da AChE.

[ 11 ]

Inibidora enzimática (ADH e AChE)

Inibidora enzimática (ADH e AChE)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (fresco) e 100 mL de água. Outras espécies em estudo: Plectranthus ernstii, P. gradidentatus, P. lanuginosus, P. madascariensis, P. neochillus, P. verticillatus, P. venteri e P. zuluensis.

In vitro:

Determinar as atividades antioxidante através da eliminação do radical DPPH e inibitória das enzimas álcool desidrogenase e acetilcolinesterase.

Em cultura de células humanas de adenocarcinoma epitelial da glândula mamaria (MCF7) e de carcinoma hepatocelular (HepG2) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

 

As decocções de Plectranthus spp. inibem as atividades das enzinas ADH e AChE, além da ação antioxidante e ausência de citotoxicidade.

[ 13 ]
Ensaios toxicológicos

Letalidade e Toxicidade aguda

Letalidade e Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz (casca)

Extrato: decocção de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água e 50 g do material vegetal (pó) em clorofórmio/metanol (1:1). Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 300 a 2000 mg/kg. Outras espécies em estudo: Ocimum suave e Zanthoxylum chalybeum.

In vitro:

Determinar a letalidade através do bioensaio em Artemia salina.

 

In vivo:

Em camundongos submetidos ao teste de toxicidade oral aguda.

Os extratos vegetais em estudo apresentam sinais de toxicidade leves.

[ 9 ]

Toxicidade materna e fetal

Toxicidade materna e fetal
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (fresco) em etanol a 70%. Rendimento: 31,0%. Doses para ensaio: 220 a 880 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes ou não tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros maternos e fetais.

O extrato de C. barbatus apresenta toxicidade materna e fetal, antes e após a implantação embrionária, principalmente na dose de 880 mg/kg.

[ 4 ]

Referências bibliográficas

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2 - BATTOCHIO, A. P. R. et al. Hepatoprotective effect of water soluble extract of Coleus barbatus on cholestasis on young rats. Acta Cir Bras, v. 23, n. 3, p.220-229, 2008.  doi: 10.1590/s0102-86502008000300002
3 - FISCHMAN, L. A. et al. The water extract of Coleus barbatus Benth decreases gastric secretion in rats. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 86, n. Suppl 2, p.141-143, 1991. doi: 10.1590/s0074-02761991000600032
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13 - BRITO, E. et al. Bioactivities of decoctions from Plectranthus species related to their traditional use on the treatment of digestive problems and alcohol intoxication. J Ethnopharmacol, v. 220, p.147-154, 2018.  doi: 10.1016/j.jep.2018.04.006
14 - ARAÚJO, S. G. et al. Volatile compounds of Lamiaceae exhibit a synergistic antibacterial activity with streptomycin. Braz J Microbiol, v. 45, n. 4, p.1341-1347, 2015. doi: 10.1590/s1517-83822014000400026
15 - SAEED, M. E. M. et al. Cytotoxicity of South-African medicinal plants towards sensitive and multidrug-resistant cancer cells. J Ethnopharmacol, v. 186, p.209-223, 2016.  doi: 10.1016/j.jep.2016.04.005
16 - AL-MUSAYEIB, N. M. et a. In vitro antiplasmodial, antileishmanial and antitrypanosomal activities of selected medicinal plants used in the traditional Arabian Peninsular region. BMC Complement Altern Med, v. 12, p.1-7, 2012.  doi: 10.1186/1472-6882-12-49
17 - MATU, E. N.; VAN STADEN, J. Antibacterial and anti-inflammatory activities of some plants used for medicinal purposes in Kenya. J Ethnopharmacol, v. 87, n. 1, p.35-41, 2003. doi: 10.1016/s0378-8741(03)00107-7

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 53, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 94, 2011.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 75-76, 2018.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 163-165, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Alcoolatura

Componente

Quantidade*

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha fresca

200 g

                                                              * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Cólicas leves do trato gastrointestinal e dispepsia (BLUMENTHAL, 1998). Antidispéptica (BRASIL, 2018). Afeções hepáticas e biliares em geral e infecções de repetição. Expectorante e broncodilatadora.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Cólicas leves do trato gastrointestinal e dispepsia (BLUMENTHAL, 1998). Antidispéptica (BRASIL, 2018). Afeções hepáticas e biliares em geral e infecções de repetição.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes por dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 231-233.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 152-153.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Diterpenos

plectrantona J, plectrabarbeno, barbatusina, ciclobutatusina, 6β-hidroxicarnosol, 20-deoxocarnasol, barbatusol, plectrina, cariocal, coleon C, F, O, S e T, plectrinona A e B, ciclobutatusina, dehidroabietano, 11-hidroxisugiol, ferruginol, sugiol, taxodiona, 5,6-didehidro-7-hidroxi-taxodona, 6α,11,12,-trihidroxi-7β,20-epoxi-8-11,13-abietratrieno, forskolina e fitol.

Esteroides

Flavonoides

Óleos essenciais

α e β-pineno, α e β-felandreno, α e β-selineno, β-o-cimeno, p-cimeno, manol, guaieno, fenchona, canfeno, sabineno, octanal, 1,8-cineol, limoneno, linalol, cânfora, verbenol, borneol, naftaleno, terpinen-4-ol, α-terpineol, decanal, dodecanal, acetato de octil, decan-1-ol, acetato de bornil, acetato de terpenil, α-cubebeno, α-copaeno, cariofileno, isocariofileno, β-cariofileno, β-copaeno, β-bourboneno, α-humuleno, germacreno D, β-selineno, α-muuroleno, γ-cadineno, β-sesquifelandreno, β-eudesmol, eremofileno, mirceno, β-elemeno, nanool, mirtenol e cedrol.

Polifenóis

ácido elágico.

Triterpenoides

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 247-248.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 194.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 328. 
4 - ALASBAHI, R. H.; MELZIG, M. F. Plectranthus barbatus: a review of phytochemistry, ethnobotanical uses and pharmacology - Part 1. Plant Med, v. 76, n. 7, p.653-61, 2010. doi: 10.1055/s-0029-1240898
5 - AL MUSAYEIB, N. M. et al. Plectrabarbene, a new abietane diterpene from Plectranthus barbatus aerial parts. Molecules, v. 25, n. 10, p.1-11, 2020. doi: 10.3390/molecules25102365
6 - MOTA, L. et al. Volatile-oils composition, and bioactivity of the essential oils of Plectranthus barbatus, P. neochilus, and P. ornatus grown in Portugal. Chem Biodivers, v. 11, n. 5, p.719-732, 2014. doi: 10.1002/cbdv.201300161
7 - MOTHANA, R. A. et al. In vitro antiprotozoal activity of abietane diterpenoids isolated from Plectranthus barbatus Andr. Int J Mol Sci, v. 15, n. 5, p.8360-8371, 2014. doi: 10.3390/ijms15058360
8 - CHEN, J. et al. In vitro skin diffusion study of pure forskolin versus a forskolin-containing Plectranthus barbatus root extract. J Nat Prod, v. 72, n. 4, p.769-771, 2009.  doi: 10.1021/np800541k

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,2,3].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, hipertensos, portadores de obstruções das vias biliares, doença renal policísticas, hepatite e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

doses altas pode ocasionar irritação gástrica e desconforto gastrointestinal. Há relatos de dermatite de contato[1,2,3,4].

Interações medicamentosas: 

pode ocorrer interação com barbitúricos (redução do tempo de sono), metronidazol, dissulfiram, anti-hipertensivos, digoxina, antiarrítmicos, moduladores da tireoide e depressores do sistema nervoso central. Devido a ação antiácida, pode alterar o pH gástrico e influenciar a absorção de alguns fármacos[1,4].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 164, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 233.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 153.
4 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 19.
5 - ______. Plectranthus barbatus. Reprotox, 17 de jan de 2024. Disponível em: <https://reprotox.org/member/agents/29443>. Acesso em: 19 de jun. de 2024.

Propagação: 

facilmente multiplicada por estacas, as quais são preparadas a partir de ramos semi-lenhosos com 15 cm de comprimento, deixando 2 pares de folhas cortadas ao meio na parte terminal da estaca e submergindo 2 gemas em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 45 dias. Após este período é realizado o plantio em local definitivo (a pleno sol), com espaçamento de 0,5 m entre plantas e 1,0 cm entre linhas, em solo bem adubado e úmido, contudo não tolera solos encharcados e locais muito sombreados. A propagação também pode ser realizada com o plantio das estacas direteramente em local definitivo [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .

Propagação

Propagação por estaca

Propagação

Propagação por estaca

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dias alternados. A poda das inflorescências faz-se necessário para aumentar a produção das folhas [ 3 , 4 ] .

Colheita: 

as folhas devem ser colhidas de 4 a 6 meses após o plantio, posteriormente, com intervalos de 4 em 4 meses, em estações não chuvosas e antes do florescimento. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua cheia [ 3 , 4 ] .

Pós-colheita: 

as folhas frescas devem ser lavadas, primeiramente, com água para remover as impurezas, deixando-as secar (temperatura ambiente) por 6 horas para retirada do excesso de água. Posteriormente, o fitoterápico deve ser preparado. Se necessário, a secagem do material vegetal, este processo deve ser realizado em secador a 40°C, imediatamente após a colheita, com camadas de 5 cm de espessura, revolvendo o a cada 2 horas [ 3 , 4 ] .

Problemas & Soluções: 

esta espécie é susceptível a nematoides. Em períodos de geadas pode haver a secagem da planta, contudo, após este período ocorre a rebrota [ 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 119.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 247.
3 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Agricultores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 20.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 193-194.

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