Nativa da Europa, ocorre também na Ásia, Estados Unidos e África do Norte. Cultivada no Brasil, especialmente no Sul do país como ornamental. Suas principais indicações são: antidispéptica, anti-helmíntica, emenagoga, orexígena, antiespasmódica, carminativa, analgésica, anti-inflamatória, antiagregante plaquetária, reguladora menstrual, hipoglicemiante, antimicrobiana, antiviral, repelente, colerética, antiulcerogênica, diurética e vasorelaxante[1,2,3,4,5,6].
Subarbusto, perene, ereto, glabro, muito aromático, entouceirado, pouco ramificado, com 0,7 a 1,2 m de altura, rizomatoso; raiz oblíqua e ramificada; folhas alternas, simples ou duplas, pinatífidas, finas, longas, ovais, emarginadas, glabras, com cerca de 30 cm de comprimento x 12 cm de largura, de cor verde intensa; flores compostas, de cor amarela, dispostas em inflorescências em capítulos corimbiformes terminais; frutos em aquênios[1,2,3,4,].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Catinga-de-mulata | Brasil | Cápitulos florais | Digestiva. |
Infusão: adoçar com mel. |
- |
Não deve ser indicada para gestantes. |
[
1
]
|
Catinga-de-mulata | Brasil | Cápitulos florais | No tratamento de dor de dente. |
Chá. |
Na forma de bochecho. |
Não deve ser indicada para gestantes. |
[
1
]
|
Catinga-de-mulata | Brasil | Cápitulos florais | No tratamento de dor de dente. |
Chá. |
Na forma de bochecho. |
Não deve ser indicada para gestantes. |
[
1
]
|
Catinga-de-mulata | Brasil | Cápitulos florais | Vermífuga (em crianças). |
- |
Supositório. |
Não deve ser indicada para gestantes. |
[
1
]
|
Catinga-de-mulata | Brasil | Flor | No tratamento da sarna. |
Chá ou loção. |
Na forma de banhos. |
Não deve ser indicada para gestantes. |
[
1
]
|
Pluma amarga | Ceará (Nordeste, Brasil) | Folha | Emenagoga, antiespasmódica e carminativa. |
Infusão. |
Uso oral. |
- |
[
2
]
|
Tanaceto | Brasil | Capítulo floral e caule | Anti-helmíntica. |
Infusão: 1 a 2 colheres (de sopa) da droga vegetal rasurada em ½ L de água. Tampar e deixar em repouso por 20 minutos e coar. |
Tomar o preparado dividido em 3 vezes ao dia/4 dias. Fazer a infusão diariamente (4 dias). |
Não deve ser indicada para pacientes epilépticos, gestantes e lactantes. O uso excessivo pode provocar vômito, desconforto abdominal, convulsão e até o coma. Reações alérgicas, como a dermatite de contato também são relatadas. Muita cautela ao associar com medicamentos antienxaquecosos e anticonvulsivantes. |
[
3
]
|
Tanaceto e erva dos vermes | Brasil | Folha | Anti-inflamatória e anti-helmíntica. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 30 g do material vegetal (pó) em 300 mL de clorofórmio, resíduo em metanol/água (80:20). Outras espécies em estudo: Tanacetum argenteum subsp. argenteum, T. heterotomum e T. densum subsp. sivasicum. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley e camundongos Swiss portadores de incisões lineares e circulares dorsais, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de contração da ferida e parâmetros histopatológicos; e aumento da permeabilidade vascular induzida por ácido acético (método de Whittle). |
Os extratos de clorofórmio das espécies do gênero Tanacetum apresentam atividades cicatrizante e anti-inflamatória promissoras. |
[
13
] |
Antibacteriana e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Óleo essencial: material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Rendimento: 0,23% (p/p). |
In vitro: Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com o óleo vegetal, estimuladas com LPS, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (reação de Griess). Em cultura de fibroblastos da pele de humanos (WS1) incubados com o óleo vegetal e hidroperóxido de terc-butila, com posterior análise da atividade antioxidante (ensaio DCFH-DA). Em culturas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade antibacteriana (ensaio hidrofóbico). Em culturas humanas de fibroblastos da pele (WS1), queratinócitos (HaCaT), células de carcinoma de pulmão (A-549) e adenocarcinoma de cólon (DLD-1) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (teste de redução da resazurina).
|
O óleo essencial de T. vulgare apresenta atividade anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e citotóxica (principalmente para WS1). |
[
2
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de acetato de etila. |
In vitro: Em cultura de Candida albicans submetida ao ensaio de disco-difusão em ágar, para determinar o halo de inibição, em associação ou não com hidróxido de cálcio, clorexidina, hipoclorito de sódio e dimetilformamida. Em suspensão do pó de dentina misturada e incubada com o extrato vegetal e C. albicans, com posterior análise do crescimento fúngico (disco-difusão), em associação ou não com hidróxido de cálcio, clorexidina, hipoclorito de sódio e dimetilformamida. Em linfócitos isolados do sangue de humanos saudáveis incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de genotoxicidade.
|
O extrato de T. vulgare apresenta atividade antifúngica, principalmente, quando associado à clorexidina, além da ausência de genotoxicidade. |
[
3
] |
Parte aérea e raiz |
Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Frações: éter de petróleo, clorofórmio, acetato de etila, butanol e água. Extrato: 1 kg do material vegetal (raiz seca) em 7,5 L de metanol. Rendimento: 132 g. |
In vitro: Em suspensão viral de HSV-1 ou HSV-2 incubadas com os extratos e frações vegetais, com posterior análise da ação virucida. Em cultura de células Vero incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT); e infectadas com vírus HSV-1 ou HSV-2 e pré-incubadas com os extratos e frações vegetais para avaliar o efeito citopático. Em culturas de células Vero infectadas com vírus HSV-1 ou HSV-2, pré, simultâneo ou pós-tratadas com os extratos e frações vegetais, com posterior análise da inibição e adsorção viral.
|
As frações de éter de petróleo e acetato de etila apresentam atividade antifúngica mais potente, para HSV-1 e HSV-2, respectivamente, além de baixa citotoxicidade. |
[
10
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Óleo essencial: 200 g do material vegetal, por hidrodestilação. Rendimento: 0,67%. Concentrações para ensaio: 0,0002 a 25,00 mg/mL. Outras espécies em estudo: Salvia officinalis, Artemisia absinthium e Thuja occidentalis. |
In vitro: Em culturas de Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Enterobacter aerogenes, Sarcina lutea, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Candida albicans submetidos ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).
|
O óleo essencial de T. vulgare apresenta atividade antimicrobiana mais potente. |
[
6
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência e semente |
Extrato: decocção, infusão ou tintura de 2,5 g do material vegetal (pó) em 50 mL de água ou etanol a 70% (extração assistida por micro-ondas). Outras espécies em estudo: Urtica dioica, Silene vulgaris e Rosa canina. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos ensaios: DPPH, ABTS, FRAP e CUPRAC.
|
Os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante, principalmente, a partir das extrações por decocção e assistida por micro-ondas. |
[
14
] |
Folha |
Extrato: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 50% (extração assistida por ultrassom). Concentrações para ensaio: 125 a 1000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Achillea millefolium e Solidago gigantea. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP).
|
Os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante promissora. |
[
15
] |
Antiparasitária (esquistossomose)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 229 g do material vegetal (pó) em etanol/água (8:2 v/v). Rendimento: 5,3 g. Óleo essencial: material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Rendimento: 0,05% (p/p). Concentrações para ensaio: 10 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de Schistosoma mansoni incubadas com o extrato e óleo vegetais, com posterior análise da atividade motora, alterações tegumentares, mudanças no pareamento e sobrevivência do parasita (microscopia invertida e estereomicroscópio). Em cultura de vermes adultos de S. mansoni incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).
|
O extrato hidroalcoólico de T. vulgare apresenta atividade esquistossomicida mais potente, principalmente na concentração de 200 µg/mL. |
[
9
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea, raiz e inflorescência |
Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 35 mL de metanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,04 a 1,0 mg/mL. Outras plantas em estudo: Arctium lappa, Artemisia absinthium, Centaurea cyanus, Calendula officinalis e Tragopogon pratensis. |
In vitro: Em células leucêmicas humanas (J-45.01) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (Azul tripano), apoptose (anexina V) e morfologia celular (microscópio de luz e fluorescência).
|
O extrato metanólico, a partir das inflorescências, de T. vulgare apresenta atividade antileucêmica mais potente (CI50 = 0,20 mg/mL). |
[
16
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato hidroalcoólico. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante total através do nível de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Em cultura de células epiteliais humanas tipo 2 (Hep-2) isoladas de carcinoma laríngeo, células de rim bovino (MDBK) e canino (MDCK) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (CC50). Em culturas virais de coxsackieviris B1 (CVB1), influenza A (H3N2) e herpes simplex tipo 1 (HSV-1) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise ensaio virucida. Em cultura de células MDBK pré-tratadas com o extrato vegetal, inoculadas com vírus HSV-1, com posterior análise absorção e replicação viral.
|
O extrato de T. vulgare apresenta atividade antiviral, principalmente para HSV-1, além de baixa citotoxicidade para Hep-2 e MDBK. |
[
1
] |
Parte aérea |
Extrato: maceração de 554,63 g do material vegetal (seco) em etanol/água (9:1). Rendimento: 67,14 g (hidrossolúvel). Fração (resíduo): acetato de etila. Rendimento: 67,18 g. |
In vitro: Em cultura de células Vero incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (corante sulforodamina B); e infectadas com vírus HSV-1 para avaliar a concentração efetiva média (CE50).
|
O extrato hidroalcoólico e a fração de acetato de etila apresentam atividade antiviral, com CE50 = 55 e 40 µg/mL, respectivamente. |
[
8
] |
Rizoma |
Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Frações: éter de petróleo, acetato de etila e água. Rendimentos: 1,23, 0,69 e 9,35 g, respectivamente. |
In vitro: Em cultura de células Vero incubadas com o extrato e frações vegetais, infectadas ou não com vírus HSV-1, com posterior análise de citotoxicidade (CC50), redução da lise celular induzida pelo vírus (CE50) e índice de seletividade (SI). Em suspensão viral de HSV-1 ou HSV-2 incubadas com a fração de éter de petróleo, com posterior análise da ação virucida. Em culturas de células Vero infectadas com vírus HSV-1 ou HSV-2, pré, simultâneo ou pós-tratadas com fração de éter de petróleo, com posterior análise da inibição, adsorção, penetração, expressão de genes e proteínas virais.
|
A fração de éter de petróleo apresenta atividade antiviral mais potente, pois inibe a penetração e a expressão de genes e proteínas virais. |
[
11
] |
Diurética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 13,5% (p/p). Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outra espécie em estudo: Carum carvi. |
In vivo: Em ratos Wistar tratados com os extratos vegetais (agudo e crônico), com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e urinários (sódio, potássico e creatinina) e quantificação da excreção urinária. |
Os extratos de T. vulgare e C. carvi apresentam atividade diurética, semelhante aos tiazídicos e a furosemida, respectivamente, além da ausência de toxicidade na dose em estudo. |
[
5
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico: associado com Rosa canina e Urtica dioica. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores da doença de Alzheimer induzido por administração intracerebroventricular de estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de aprendizagem e memória através do teste do labirinto aquático de Morris e expressão de Syp, Psen1, Mapk3, Map2 e TNF-α no hipocampo (RT-PCR). |
O extrato contendo T. vulgare, R. canina e U. dioica apresenta atividade neuroprotetora, pois aumenta a expressão de Syp, e reduz a de Psen1, melhorando assim, o aprendizado espacial e a memória. |
[
7
] |
Vasorelaxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Planta toda |
Extrato: decocção de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 13,5% (p/p). Concentrações para ensaio: 50 a 800 µg/mL. |
In vitro: Em anéis da aorta isolados de ratos Wistar, com ou sem endotélio, incubados com o extrato vegetal, noradrenalina, acetilcolina, cloreto de potássio e N-nitro-I-arginina, com posterior análise da contratilidade vascular.
|
O extrato de T. vulgare apresenta atividade vasorelaxante, mediada pelo óxido nítrico e dependente do endotélio. |
[
12
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha e flor seca |
100 g |
Folha e flor fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha e flor seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha e flor fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Afecções ginecológicas em geral, climatério, eczemas e herpes simples.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Folha e flor secas rasuradas |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Afecções ginecológicas em geral, climatério, eczemas e herpes simples.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
ácido cafeico, ácido clorogênico, ácido p-cumárico, ácido ferúlico e ácido fenólico.
Ácidos orgânicos
ácido oxálico, ácido butírico, ácido cítrico e ácido málico.
Carboidratos
sucrose, glucose e frutose.
Carotenoides
luteína.
Elementos químicos
sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fosforo e cobre.
Esteroides
β-sitosterol, campesterol, colesterol e estigmasterol.
Flavonoides
tanetina, caempferol, cosmosiina, apigenina, crinarosídeo, luteolina, quercimetrina, eupatilina, acacetina, hiperosídeo e quercetina.
Hidroxicumarinas
scopoletina.
Lactonas sesquiterpênicas
partenolídeo, arbusculina-A, tanacetina, crispolídeo, tatridinas A e B, tavulina, artemorina, reinosina, armefolina, dentatina A, santamarina e crisantemina.
Mucilagens
Óleos essenciais
α e β-tujona, tanacetina, cânfora, borneol, acetato de bornila, α e β-pineno, 1,8-cineol, umbelona, sabineno, crisanteil, crisantenona, β-cariofileno, pinocarvona, piperitona, γ-terpineno, umbelulona, artemisia cetona, acetato de α-terpinil, davanona, germacreno D, liratol, vulgarol A, vulgaron B, acetato de crisantenila, davanone D, canfeno, verbenol, timol, α-terpineol, tricicleno, artemiseole, mirceno, p-cimeno, limoneno, terpinoleno, pinocanfona, mirtenol, verbenona, nerol, carvona, carvacrol, elemeno, cubebeno, γ-cadineno e nerolidol.
Poliacetilênicos
Poliínos
ditertiofeno e tritertiofeno.
Resinas
Taninos
Triterpenos
α e β-amirina e taraxasterol.
Vitaminas
ácido ascórbico e tocoferol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 20 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[2].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes (interfere no sabor do leite, podendo causar rejeição no lactente), epilépticos e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,6,7,8].
a presença de lactonas sesquiterpênicas e poliacetilênicos pode causar dermatite de contato. Em doses elevadas pode provocar alterações da personalidade, e o uso crônico pode provocar vômitos, desconforto abdominal, lesões renais, convulsão e coma. Possui elementos tóxicos como o ácido tanásico e a tanacetona. O óleo essencial com alto teor de tujona (neurotóxica e hepatotóxica) pode provocar vômitos, dor abdominal, gastrite grave, gastroenterite, vermelhidão grave, midríase, pupila fixa, espasmos tônico-clônicos, arritmias cardíacas, sangramento uterino, convulsões, danos renais e hepáticos. [1,3,4,5,6,7].
cautela ao associar com antienxaquecosos e anticonvulsivantes. Associar com Pluchea quitoc (quitoco) nas seguintes patologias: infertilidade, mioma, cistos nos ovários, irregularidade menstrual. Nos casos de cistos e tumores ginecológicos associar Tinospora cordifolia com (guduchi). Para o tratamento dos sintomas da menopausa associar com Cimicifuga racemosa (cimicifuga) e Sassafras officinalis (sassafrás) em diluição D1. Associar com Hamamellis virginiana (hamamélis) e Achillea millefolium (mil-em-rama) nas hemorragias uterinas. Nas displasias mamárias associar com Oenothera biennis (óleo de prímula)[1,7].
Referências bibliográficas
por sementes ou estacas. A semeadura é realizada em sementeiras, distribuindo as sementes sobre o substrato contendo solo e areia (1:1), em seguida pulveriza uma fina camada de areia sobre as sementes, transferindo a sementeira para um local sombreado. Quando as mudas atingirem, aproximadamente, 5 cm de altura, devem ser transplantadas para sacos plásticos contendo solo, areia e esterco (3:2:1), sendo mantidas em viveiro. Após 2 meses as mudas devem ser transferidas para local definitivo (a pleno sol), em covas de 15x15 cm, com ½ kg de esterco, com espaçamento de 30 cm entre plantas e 30 cm entre linhas. A multiplicação por estacas é realizada cortando os ramos de plantas adultas localizados na parte basal. As estacas devem conter 4 gemas (nós), sendo que 2 devem ser introduzidas em sacos plásticos contendo o substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e as outras 2 devem permanecer fora do substrato, preferencialmente, com um par de folhas cortados ao meio. Posteriormente, são transferidas para viveiro (sombrite 50%), permanecendo por 60 dias, e depois deste período são transferidas para local definitivo, sendo plantadas da mesma maneira que as mudas advindas de semente. Esta espécie também pode ser propagada por divisão de touceiras [ 1 , 2 , 3 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Esta espécie cresce melhor em solos permeáveis, ricos em matéria orgânica e bem drenados. Não se desenvolve em solos encharcados e pouco férteis [ 2 , 3 ] .
as folhas devem ser colhidas após 6 a 8 meses após o plantio, 15 cm acima do solo, duas vezes ao ano, quando as plantas não estiverem floridas. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia. O melhor horário de colheita é após às 10 horas da manhã. A colheita das sementes deve ser realizada a partir dos ramos contendo os frutos maduros, separando as sementes manualmente, com auxílio de uma peneira (malha de 2 mm). Posteriormente, pensam-se e acondicionam as sementes, em temperatura ambiente, em frasco de vidro previamente etiquetado [ 2 , 3 ] .
o fitoterápico deve ser preparado a partir das folhas frescas ou secas. O processo de secagem consiste em colocar as folhas em estufa com ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas. A droga vegetal deve ser armazenada por 6 meses em local distante de outras plantas, devido a impregnação do aroma desta espécie em outras plantas armazenadas. A droga vegetal pode ser moída em moinho de faca (até a granulometria de 40 mesh), devendo ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada por período máximo de 2 meses [ 2 ] .
no inverno esta espécie seca, rebrotando na primavera. Não tolera a concorrência com outras plantas. Suporta geadas, mas não tolera estiagens. O estresse hídrico reduz a concentração de terpenoides nas folhas, concomitantemente, aumenta o nível destes compostos nas raízes. T. vulgare pode ser acometida por larvas de Mamestra brassicae, sendo o quimiotipo tujona promissor para a redução dos efeitos prejudiciais deste herbívoro [ 2 , 3 , 4 ] .
Referências bibliográficas