Nativa da Europa, Ásia e África, ocorre amplamente da região do Mediterrâneo, especialmente na Turquia. Muito cultivada com forrageira devido ao potencial de fixação de nitrogênio, além de ser utilizada na culinária e como medicinal. Suas principais indicações são: estrogênica, antiandrogênica, hepatoprotetora, expectorante, analgésica, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante, antitérmica, antidiarreica, antibacteriana, antifúngica, antiasmática, imunoestimulante, antiespasmódica, sedativa (crianças), relaxante muscular, antitussígena, hipoglicemiante, hipocolesterolemiante, antiúlcera, depurativa, orexígena, melhora a memória e funções cognitivas[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21].
Erva perene, de 15 a 40 cm de altura, caule ereto, rizoma espesso; as folhas são trifolioladas ou raramente digitadas, elípticas ou ovadas, com mancha branca característica em forma de flecha na parte adaxial, possui 5 a 9 folíolos, curto-peciolados, geralmente dentados, suavemente pubescentes, possui estípulas conspícuas; flores de cor rosa, vermelha a roxa, dispostas em capítulos sésseis ou pedunculados ou racemos curtos, raramente solitários, arredondados, de 1,0 a 2,5 mm de diâmetro, com ou sem brácteas; frutos em forma de vagens, ovaladas, indeiscentes com 1 a 2 sementes; sementes oblongo-ovaladas, de coloração amarelo a castanho ou violeta[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
- | Europa | Folha | No tratamento de distúrbios estomacais. |
Sumo. |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
- | Nativos americanos | - | No tratamento de doenças de pele (eczema e psoríase), pulmonar, do sistema nervoso e reprodutivo. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
- | Indígenas Norte Americanos (Pikuni-Blackfeet) | - | Anticâncer. |
- |
- |
- |
[
3
]
|
Rooiklawer e swartklawer | Hammanskraal e Winterveld (Tshwane, África do Sul) | Folha | Anticancerígena. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
4
]
|
Referências bibliográficas
Agonista de receptores opiáceos
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Concentrações para ensaio: 0 a 300 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de ovário de hamster Chinês (CHO) que expressão receptores opiáceos humanos (µ e δ), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de ligação aos receptores.
|
O extrato de T. pratense atua em receptores opiáceos, podendo explicar os benefícios para o alívio dos sintomas da menopausa. |
[
7
] |
Analgésica e Estrogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 41,1% de isoflavonas. Dose para ensaio: 250 e 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal (curto e longo prazo), com posterior análise de parâmetros comportamentais (testes de movimento da cauda e de formalina), histológicos e histomorfométricos do útero e vagina. |
O extrato de T. pratense apresenta atividade estrogênica e analgésica (a longo prazo) em ratas ovariectomizadas, além da ausência de efeitos adversos. |
[
20
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extratos: 50 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol (10 a 100%). Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 2 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 200 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de NO e PGE2 e expressão de MAPKs, IkBa, p-IkBa e NF-kB/p65 (após estimulação com LPS). In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata induzido por carragenina, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do volume da pata. |
O extrato etanólico (40%) de T. pratense apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, por supressão das vias NF-kB e MAPK, além da ausência de citotoxicidade. |
[
16
] |
Antiangiogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Concentrações para ensaio: 10 a 250 µg. |
In vitro: Determinar a atividade angiogênica do extrato vegetal através do ensaio da membrana corioalantoide de embrião de galinha (CAM).
|
[
23
] |
Antibacteriana e Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e flor |
Extrato: maceração de 30 kg do material vegetal em etanol a 30%. Doses para ensaio: 125 a 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (TG, LDL, HDL, VLDL, PT, ALB, AST, ALT, ALP, TBIL), da microbiota intestinal (DNA) e histológica hepática. |
O extrato de T. pratense reduz o perfil lipídico, o nível de bactérias relacionadas a doença inflamatória intestinal e a sinalização da via do receptor PPAR. |
[
13
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em clorofórmio, posteriormente, 200 g do material (extrato bruto, desengordurado) em 2 L de metanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,5 a 50 μg/mL. Outras espécies em estudo: Trifolium pallidum e T. scabrum. |
In vitro: Em plaquetas isoladas de sangue de humanos saudáveis incubadas com o extrato vegetal e peroxinitrito (ONOO−), com posterior análise dos níveis de 3-nitrotirosina (ELISA), tiois (DTNB), hidroxiperóxidos (FOX-1) e TBARS.
|
Os extratos de T. pratense, T. pallidum e T. scabrum apresenta atividade antioxidante, mesmo em baixas concentrações, reduzindo os danos oxidativos nas plaquetas. |
[
3
] |
- |
Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em 3 L de metanol a 80%. Frações: éter, clorofórmio, acetato de etila, n-butanol e água. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH, O2-, NO, OH e peroxidação de lipídios de membrana em lipossomas (TBA/MDA). In vivo: Em camundongos BALB/C portadores de peroxidação lipídica induzida por CCl4, tratados com as frações vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato hepático (LPx, Px, CAT, GSHPx, GSHR, XOD, GSH e PT). |
A fração aquosa de T. pratense apresenta atividade antioxidante mais potente, seguida da fração de acetato de etila. |
[
19
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (1:10 p/v): material vegetal em etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 a 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 4 a 20 mg/kg. Outras espécies em estudo: Xanthium spinosum e Coffea arabica. |
In vitro: Em culturas de células humanas de adenocarcinoma de pulmão (A549), de câncer de mama (T47D-KBluc) e de fibroblastos dérmicos normais (BJ) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (Alamar blue) e níveis de espécies reativas ao oxigênio (DCFH-DA). In vivo: Em camundongos Swiss portadores de carcinoma de ascite de Ehrlich, tratados com os extratos vegetais associados ou não à ciclofosfamida, com posterior análise do estresse oxidativo em homogenato hepático (MDA, GSH, GSSG, CAT, GPx e proteínas). |
Os extratos de T. pratense e X. spinosum apresentam atividade antioxidante e antitumoral mais potentes, principalmente quando associados à ciclofosfamida. |
[
29
] |
Antioxidante e Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal em 50 a 100 mL de água. Outras espécies em estudo: Achillea millefolium, Allium sativum, Datura stramonium, Filipendula ulmaria, Salvia officinalis, Amelanchier arborea, Acorus calamus e Mentha × piperita. |
In vitro: Em culturas de astrócitos corticais isolados de embriões de ratos Sprague-Dawley infectados por adenovírus (gene repórter ARE-EGFP) e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da fluorescência de EGFP através da transcrição da via Nrf2 (antioxidante). Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) e células primárias do mesencéfalo (7DIV) expostas a toxina rotenona e paraquat, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (azul de tripano) e níveis de MAP2 e TH (microscopia de fluorescência).
|
Os extratos de A. sativum, T. pratense e A. arborea apresentam atividade antioxidante e neuroprotetora mais potentes. |
[
4
] |
- |
Extrato: padronizado com 11% de isoflavonas (0,18% de genisteína, 0,62% de daidzeína, 2,62% de biochanina e 7,53% de formononetina). Concentrações para ensaio: 0,5 a 2 μg/mL. |
In vitro: Em cultura de células do tecido cortical de humanos (HCN 1-A) portadoras de estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio, pré-incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT e Azul de tripano) e parâmetros microscópicos.
|
O extrato de T. pratense apresenta atividade antioxidante e neuroprotetora, contudo, não possui propriedade neurotrófica. |
[
6
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 15 g do material vegetal (pó) em 150 mL de etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 15,62 a 1,000 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de adenocarcinoma de mama de humanos não invasivo/hormônio positivo (MCF-7) e metastático/hormônio positivo (MDA-MB-231) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (azul de tripano e MTT), citotoxicidade (LDH), apoptose (TUNEL), microscopia de fluorescência (coloração AO/EB), autofagia (coloração AO), níveis de óxido nítrico (Reação de Griess), expressão de TP53, BAX, CASPASE-3, BCL-2, LC3, BECN1 e ATG-7 (RT-PCR) e interação com tamoxifeno (MTT, índice de combinação e índice de redução de dose).
|
O extrato de T. pratense reduz a viabilidade celular (estimula apoptose e autofagia, reduz óxido nítrico), além de efeito citotóxico sinérgico quando em associação ao tamoxifeno. |
[
2
] |
Parte aérea |
Extrato: 15 g do material vegetal (pó) em 150 mL de etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 6,25 a 400 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de glioblastoma multiforme (U87MG) incubadas com o extrato vegetal associado ou não com temozolomida (antineoplásico), com posterior análise da viabilidade celular (Azul de tripano e MTT), citotoxicidade (LDH), níveis do óxido nítrico (Griess), apoptose/necrose (TUNEL e microscopia fluorescente), autofagia (organelas vesiculares ácidas), expressão de p53, caspase 3, bax, bcl-2, LC3, ATG-7 e beclin-1 (RT-PCR) e índice de combinação (aditivo, sinérgico e antagônico).
|
O extrato de T. pratense apresenta atividade antitumoral, por indução da apoptose e autofagia, demonstrando sinergismo com temozolomida. |
[
28
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e flor |
Extrato: 150 g do material vegetal (pó) em 600 mL de etanol/água (1:1 v/v). Pomada: contendo 1,5 a 6% (p/p) do extrato vegetal. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais ABTS e DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de ferida dorsal (314 mm2) induzida, tratados topicamente com a pomada contendo o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos, nível de hidroxiprolina no tecido e expressão de Bcl-2, Bax e p53 (PCR). |
A pomada contendo o extrato hidroalcoólico de T. pratense apresenta atividade cicatrizante promissora, principalmente na concentração de 6%. |
[
14
] |
Condroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (seco) em etanol a 40%. Concentrações para ensaio: 0,5 a 4 mg/mL. |
In vitro: Em cultura de condrócitos isolados da cartilagem articular de ratos Sprague-Dawley, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de NO e PGE2 após estimulação com IL-1β (Griess e ELISA), expressão de iNOS, PGE2, COX-2, MMP-1, 3 e 13 e ADAMTS-4 (Western-blotting e ELISA) e densitometria.
|
O extrato de T. pratense apresenta atividade condroprotetora, sendo promissor na prevenção e tratamento da osteoartrite. |
[
24
] |
Dermoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 11% de isoflavonas (0,18% de genisteína, 0,62% de daidzeína, 2,62% de biochanina e 7,53% de formononetina). Doses para ensaio: 20 e 40 mg de isoflavonas totais. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros físicos, histológicos e bioquímicos cutâneos (espessura, capacitância, colágeno e hidroxiprolina). |
O extrato de T. pratense aumenta os níveis de colágeno no tecido cutâneo, sendo promissor na redução do envelhecimento cutâneo induzido pela privação de estrogênio. |
[
26
] |
Estrogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Extratos (pó). |
In vitro: Em cultura de células de câncer de mama de humanos (MCF-7) incubadas com os extratos vegetais e 4-hidroxitamoxifeno (antagonista do receptor de estrogênio), com posterior análise da proliferação celular (iodeto de propídio e citometria de fluxo).
|
Os extratos de T. pratense apresenta estrogenicidade, devido a presença das isoflavonas, sendo esta ação inibida por 4-hidroxitamoxifeno. |
[
1
] |
|
Flor e broto |
Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 4 mL de metanol. Outras espécies em estudo: Glycine max, Phaseolus vulgaris, Medicago sativa, Vigna radiata e Pueraria lobata. |
In vitro: Em cultura de células de câncer de mama (MCF-7, estrógeno dependente) incubadas com os extratos vegetais (na presença ou não de antagonista de estrógeno), com posterior análise de ligação aos receptores estrogênicos e proliferação celular (fluorescência). Em cultura de células de rim embrionário de humanos (HEK 293) transfectadas com plasmídeo (pGL2-ERE2X-TK-luciferase), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de ligação em receptores ERα e ERβ.
|
Os extratos de T. pratense, P. lobata, V. radiata e M. sativa apresentam atividade estrogênica, principalmente em ERβ, com proliferação celular aumentada. |
[
8
] |
Parte aérea (com flor) |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 600 mL de metanol. Outras espécies em estudo: Vitex agnus-castus, Humulus lupulus, Panax ginseng, P. quinquefolius, Angelica sinensis, Glycyrrhiza glabra e Cimicifuga racemosa. |
In vitro: Determinar a atividade estrogênica ou antiestrogênica em receptores recombinantes de humanos (ERα e ERβ) e em culturas de células de adenocarcinoma endometrial (Ishikawa) e de câncer de mama (S30), com posterior análise também da citotoxicidade e expressão de PR e pS2.
|
Os extratos de T. pratense, V. agnus-castus e H. lupulus apresentam atividade estrogênica competitiva, além de regulação positiva para receptor de progesterona (PR), exceto V. agnus-castus. |
[
9
] |
- |
Extrato: padronizado com 9,7% de isoflavonas. Outra espécie em estudo: Cimicifuga racemosa. |
In vivo: Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros histológicos do endométrio e imuno-histoquímicos/morfométricos (ERα e Ki67). |
Os extratos de T. pratense estimula ERα no endométrio, contudo, não houve proliferação endometrial para ambos os extratos vegetais. |
[
17
] |
- |
Extrato: padronizado com 15% de isoflavona (0,850% de genisteína, 0,349% de daidzeína, 6,57% de biochanina e 8,56% de formononetina). Doses para ensaio: 250 a 750 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal na presença ou não de 17β-estradiol, com posterior análise da citologia vacinal, peso uterino e das glândulas mamárias. |
O extrato de T. pratense apresenta atividade estrogênica no útero e células vaginais, exceto nas glândulas mamárias, contudo, não demonstra efeitos aditivos com 17β-estradiol. |
[
25
] |
Estrogênica e Osteoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e flor |
Extrato: maceração de 30 kg do material vegetal em etanol a 30%. Doses para ensaio: 125 a 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, histológicos (fêmur e útero), densidade mineral óssea e expressão de RANKL, OPG, OCN, ColA, ALP, ERα e β (PCR). |
O extrato de T. pratense reduz a reabsorção óssea, pois inibe a expressão de RANKL, contudo, aumenta a expressão de receptores estrogênicos (ERα). |
[
30
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 10% de isoflavonas (5,1% de formononetina, 4,8% de biochanina A, 0,16% genisteína e 0,04% de daidzeína). Doses para ensaio: 50 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de esteatohepatite não alcoólica (EHNA) induzida por dieta deficiente de metionina-colina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos (ALT) e em homogenato hepático (peroxidação lipídica, TG e CT), expressão de PPARα, ACO, CPT-1 e L-FABP (RT-PCR) e histológicos. |
O extrato de T. pratense reduz o acúmulo de lipídeos hepáticos, contudo, não há ação anti-inflamatória e ativação de PPARα. |
[
21
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: maceração de 5 kg do material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 250 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague- Dawley portadores de diabetes induzido por dieta hipercalórica e estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (glicose, hemoglobina, insulina, TG, CT, LDL e HDL), nível de glicogênio hepático, parâmetros histopatológico e imuno-histoquímico pancreático. |
O extrato de T. pratense apresenta atividade hipoglicemiante, devido ao aumento da sensibilidade à insulina, ao glicogênio hepático e à expressão de SIRT1 no pâncreas. |
[
15
] |
Hipolipemiante e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Broto |
Pó (liofilizado): padronizado com 3,5 mg/g de formononetina e 0,45 mg/g de biochanina A. Rendimento: 10,6 g. Dose para ensaio: 0,3% (p/p) da dieta. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6J portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, TG, CT, VLDL, LDL e HDL) e peso dos órgãos (tecido adiposo branco epididimal e fígado). |
O extrato de T. pratense apresenta atividade hipolipemiante e hipoglicemiante (não altera os níveis de insulina), sendo promissor na prevenção da síndrome metabólica. |
[
22
] |
Metabolismo
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (pó): padronizado com 40% de isoflavonas (17,4% de biochanina, 23,2% de formononetina, 0,4% de genisteína e 0,7% de daidzeína). Dose para ensaio: 450 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (LDL, HDL, TG e CT) e expressão de genes (microarrays) e proteínas (MALDI-TOF-MS) no tecido hepático. |
O extrato de T. pratense influencia nos processos celulares, bem como no metabolismo lipídico e em outras ações metabólicas. |
[
18
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 11% de isoflavonas (0,18% de genisteína, 0,62% de daidzeína, 2,62% de biochanina e 7,53% de formononetina). Concentrações para ensaio: 0,5 a 2 μg/mL. |
In vitro: Em cultura de células do tecido cortical de humanos (HCN 1-A) portadoras de estresse oxidativo induzido por glutamato, pré-incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT e Azul de tripano), níveis de lactato desidrogenase (LDH) e parâmetros microscópicos.
|
O extrato de T. pratense apresenta atividade neuroprotetora, possivelmente devido as ações antioxidante e estrogênica. |
[
11
] |
Osteoindutora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 150 g do material vegetal (pó) em 1,5 L hexano, clorofórmio, butanol, metanol e água. Rendimento: 6,4, 5,6, 3,2, 10,0 e 23,3 g, respectivamente. |
In vitro: Em cultura de células de osteossarcoma osteoblástico (HOS58) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da lise celular, nível de proteína e atividade da fosfatase alcalina (ALP).
|
O extrato de clorofórmio apresenta atividade osteoblástica mais potente, consequentemente o aumento da ação enzimática (ALP). |
[
10
] |
Osteoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 11% de isoflavonas (0,18% de genisteína, 0,62% de daidzeína, 2,62% de biochanina e 7,53% de formononetina). Doses para ensaio: 20 e 40 mg de isoflavonas totais. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da citologia vagina, parâmetros físicos (espessura, comprimento, massa, densidade e resistência), bioquímicos (conteúdo mineral e fosfatase alcalina) e histológicos do fêmur e tíbia. |
O extrato de T. pratense reduz a perda óssea, pois reduz os níveis de osteoclastos, consequentemente, a reabsorção óssea. |
[
27
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Carboidratos
arabinose, glicose, ácido glucurônico, ramnose, xilose e galactoglucomanano.
Compostos fenólicos
ácido cinâmico, ácido cafeico, ácido ferúlico, ácido siríngico, catequina, rutina e ácido clorogênico
Cumarinas
medicagol.
Flavonoides
quercetina, caempferol e isorhamnetina.
Glicosídeos cianogênicos
linamarina e lotaustralina.
Isoflavonas
formononetina, daidzeína, genisteína, biochanina A, afrormosina, metil orobol, pratensina, trifosídeo, irilona, prunetina, pseudobaptigenina, galactosídeo de calicosina e pectolinarina.
Minerais
Óleos essenciais
álcool benzílico, 2-fenil-etanol, salicilato de metila e antranilato de metila.
Outras substâncias
medicagol, coumestrol, ácido salicílico, ácido cumárico, ácido faseólico, trans e cis-clovamida.
Resinas
Saponinas
soyasapogenóis B-F.
Vitaminas
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor.
em gestantes, lactantes, pacientes portadores de doenças hormonais e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Cautela em pacientes portadores de afecções hepáticas[1,4,5,7,8].
pode ocorrer hipersensibilidade mamária, aumento da função tireoidiana, enxaqueca, tontura, vertigem, tremor, hipertensão, acne, erupção cutânea, prurido, psoríase, edema, diarreia, náusea, úlcera na boca, dor de garganta, mialgia, osteoartrite, artralgia, bronquite, trombocitopenia, refluxo, epistaxe, aumento do fluxo menstrual, infecção do trato urinário e candidíase vaginal[1,2,5].
as isoflavonas desta espécie podem interagir com algumas enzimas do citocromo P450 (CYP3A4, CYP1A1, CYP1A2, CYP1B1, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6) alterando o metabolismo ou eficácia de medicamentos metabolizados por estas enzimas. Devido aos efeitos estrogênicos desta espécie, pode ocorrer interação com terapias hormonais, se administradas concomitantemente. Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes[1,2,5,6,7].
Referências bibliográficas
o período de floração é de março a setembro [ 1 ] .
o trevo-vermelho pode ser acometido pelo fungo Rhizoctonia leguminicola, que produz alcaloides tóxicos, slaframina e swainsonina [ 2 ] .
Referências bibliográficas