Originária da Ásia, especialmente na Índia, China tropical e Jamaica. Seu cultivo ocorre em vários países, como China, Nigéria, Serra Leoa, Indonésia, Bangladesh, Austrália, Fiji, Jamaica, Nepal, Haiti, México, Havaí e Japão, para fins medicinais e alimentícios. Encontra-se muito bem aclimatada no Brasil. Suas principais indicações terapêuticas são: analgésica, antiespasmódica, antiemética, antidispéptica, colagoga, febrífuga, carminativa, antitussígena, expectorante, anti-inflamatória, antialérgica, antisséptica, afrodisíaca, hipocolesterolemiante, hipoglicemiante, antiagregante plaquetária, antioxidante, antimicrobiana, afrodisíaca, neuroprotetora, antiartrítica, antiobesidade e antitumoral[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,75,76,77,78,79,80,81,82,83,84].
Planta herbácea, perene, de grande porte, medindo de 0,5 a 1,0 m de altura (habitualmente 60 cm no Brasil), ereta; possui caule articulado, foliáceo e rizoma tuberoso, subterrâneo, horizontal, com ramificações situadas num mesmo plano, formado por tubérculos ovoides, curtos, rugosos, achatados e obovados na face superior, prensados uns contra os outros, com superfície externa marrom-clara, com estrias longitudinais e cobertos por cortiça, medindo cerca de 5 a 15 cm de comprimento x 1,5 a 4 cm de largura x 1, a 1,5 cm de espessura, de cheiro e sabor picante, muito agradável, na parte inferior possui raízes adventícias, cilíndricas, carnosas, de coloração esbranquiçada; as folhas são simples, dísticas, invaginantes, lanceoladas ou linear-lanceoladas, ápice acuminado, sésseis, lisas na face adaxial e ásperas na face abaxial, de 5 a 30 cm de comprimento x 8 a 20 cm de largura, com lígula bilobada e glabrescentes, de 2 a mm de comprimento; as flores são hermafroditas, estéreis, reunidas em inflorescências com espigas ovoides ou elipsoides, de 4 a 6 cm de comprimento, de cor branca-amarelada ou esverdeadas, semelhantes a uma orquídea e se apoiam em hastes escamosas que saem do rizoma; o fruto é uma cápsula trilocular que se fende em 3 válvulas; as sementes são azuladas e contém um albúmen carnoso[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Guluchimaala | Distrito de Odisha (Índia) | Liana | Antimalárica. |
Decocção. |
- |
- |
|
Gengibre | Ceará (Nordeste, Brasil) | Rizoma | Carminativa, estomacal, excitante, antidispéptica e antiespasmódica. |
Infusão. |
Uso oral. |
- |
[
1
]
|
Gengibre | Ceará (Nordeste, Brasil) | Rizoma | Antirreumática e revulsiva. |
Pedações triturados com álcool. |
Uso local. |
- |
[
1
]
|
Jengibre | Colômbia (Zona Tropical) | Rizoma | Antiemética, antidispéptica, antitussígena, tônica do sistema circulatório, anti-inflamatória, antisséptica, afrodisíaca, no tratamento da cefaleia e para aumentar a produção de saliva. |
Decocção: 1 colher do material vegetal (pulverizado) em uma xícara de água. Deixar em repouso por 15 minutos. |
Tomar 1 xícara 30 minutos antes das refeições. |
- |
[
2
]
|
Jengibre | Colômbia (Zona Tropical) | Rizoma | Antifúngica. |
Infusão ou decocção. |
Uso externo: na forma de banhos. |
- |
[
2
]
|
Jengibre | Colômbia (Zona Tropical) | Rizoma | No tratamento da tensão muscular e dor lombar. |
Decocção: adicionar em óleo de massagem. |
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Jengibre | Colômbia (Zona Tropical) | Rizoma | Galactógena. |
In natura. |
- |
- |
[
2
]
|
Jengibre | Colômbia (Zona Tropical) | Rizoma | Protetor do sistema cardiovascular (hipocolesterolemiante e antitrombótico) e antitumoral. |
Óleo. |
- |
- |
[
2
]
|
Gengibre | Ceará (Nordeste, Brasil) | Rizoma | Antidispéptica e carminativa. |
- |
Uso oral. |
- |
[
3 ,
4
]
|
Gengibre | Ceará (Nordeste, Brasil) | Rizoma | Revulsiva, antirreumática e no tratamento de dores traumáticas, especialmente na coluna e articulação. |
Compressa: ralar o material vegetal (fresco) adicionando-o em pano limpo e fino. |
Uso tópico: aplicar sobre o local. |
Deve-se acompanhar o tratamento para evitar o aparecimento de bolhas. Suspender a aplicação e lavar o local com água e sabão, logo que se observe sensação incomoda de queimadura ou início de formação de bolhas. |
[
3 ,
4 ,
5
]
|
Gengibre | Botucatu (São Paulo, Brasil) | - | Antiemética, antidispéptica e antiespasmódica. |
Decocção: 0,5 a 1 g (1 a 2 colheres de café) do material vegetal em 150 mL (1 xícara) de água. |
Uso oral. |
Pacientes com cálculo biliar deve utilizar esta espécie vegetal apenas com acompanhamento médico. Evitar o uso em pacientes em tratamento com anticoagulantes e em pacientes menores de 6 anos. |
[
6
]
|
Gengibre | Brasil | Rizoma | No tratamento de enjoo, azia, náuseas e vômitos. |
Decocção: 0,5 a 1 g (1 a 2 colheres de café) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 4 vezes ao dia. |
– Pode ocorrer interação com anticoagulantes e hipoglicemiantes. O uso em excesso pode causar ansiedade e êmese. |
[
7
]
|
Atalè | Indígenas Yorùbá (África Ocidental) | Rizoma | Antitussígena, antiasmática, no tratamento de bronquite e cólicas. |
Decocção: 50 g do material vegetal em 1 L de água ou 1 colher (das de chá) em 1 xícara (de chá) de água. |
Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia, adoçado com mel. |
- |
[
8
]
|
Atalè | Indígenas Yorùbá (África Ocidental) | Rizoma | Anti-hemorroidária, antirreumática e no tratamento de traumatismos (coluna vertebral e articulações) e nevralgias. |
Cataplasma. |
Aplicar sobre o local afetado. |
- |
[
8
]
|
Atalè | Indígenas Yorùbá (África Ocidental) | Rizoma | Mascar um pedaço do material vegetal. – Antiemética, no tratamento da rouquidão e dores estomacais. |
In natura. |
- |
- |
[
8
]
|
Atalè | Indígenas Yorùbá (África Ocidental) | Rizoma | Antirreumática. |
Tintura: 100 g do material vegetal (moído) em 500 mL de álcool. |
Uso externo: fazer fricções no local. |
- |
[
8
]
|
Atalè | Indígenas Yorùbá (África Ocidental) | Rizoma | No tratamento de ferimentos e cortes. |
Suco: material vegetal moído. Coar. |
Uso externo: aplicar no local. |
- |
[
8
]
|
- | Paquistão | Rizoma | No tratamento de irregularidade menstrual. |
Pó: em água ou leite. |
- |
- |
[
9
]
|
- | Uganda | Rizoma | No tratamento da dismenorreia. |
Decocção. |
- |
- |
[
9
]
|
- | Irã | Rizoma | No tratamento da dismenorreia. |
Pó. |
Uso oral. |
- |
[
9
]
|
- | Japão | Rizoma | No tratamento da síndrome pré-menstrual e amenorreia. |
Decocção ou pó. |
Uso oral. |
- |
[
9
]
|
Ntangahuzi | Comunidade da África Oriental | Rizoma | No tratamento de distúrbios sexuais e infertilidade. |
Decocção. |
Uso oral (chá, com leite ou mingau). |
- |
[
10
]
|
Adrak | Distrito de Odisha (Índia) | Rizoma | Antimalárica. |
Decocção. |
- |
- |
[
11
]
|
Jiang | Província de Guangxi (China) | Rizoma | Antiemética e antitussígena. |
Decocção. |
- |
- |
[
12
]
|
Yela | Etnia Bulang (China) | Folha | Antitussígena, antiasmática, desintoxicante, no tratamento de resfriado, distensão e dor abdominal, fratura e faringite. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
Xin | Etnia Dai (China) | Caule e folha | Antitussígena, antidismenorreica, no tratamento de resfriado e infecção do trato urinário. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
Sa-ga | Comunidade de Tsang-la (Grand Canyon Yarlung Tsangpo, China) | Rizoma | No tratamento de resfriados. |
- |
- |
- |
[
14
]
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento da rouquidão e dor de garganta. |
Uso oral. |
- |
[
15
]
|
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento do bócio (aumento do tamanho da glândula tireoide). |
Decocção. |
Uso oral. |
- |
[
15
]
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento de doenças de pele e úlceras. |
Maceração. |
Uso tópico. |
- |
[
15
]
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento de doenças pulmonares. |
Decocção. |
Uso oral. |
- |
[
15
]
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento de colite e icterícia (uso oral) e flatulência (uso tópico). |
- |
- |
- |
[
15
]
|
- | Argélia | Rizoma | No tratamento de infeções e inflamações do sistema urinário. |
- |
Uso oral. |
- |
[
15
]
|
Rizoma | Argélia | - | No tratamento do câncer de mama. |
- |
Tópico. |
- |
[
15
]
|
Ata ile | Ogbomosho (Oyo, Nigéria) | Rizoma | Antiviral (Covid-19). |
Decocção ou pó. |
- |
- |
[
16
]
|
Aduwa | Nepal | Rizoma | Antiviral (Covid-19). |
Decocção, pó ou pasta. |
- |
- |
[
17
]
|
- | Povos indígenas de Lagos (Nigéria) | - | Antidispéptica, antitussígena e antigripal. |
- |
- |
- |
[
18
]
|
Referências bibliográficas
Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato liofilizado: a partir do extrato etanólico a 70%. Associação com: Aconitum carmichaelii e Angelica gigas. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de dor neuropática (alodinia fria e mecânica) induzida por oxaliplatina, tratados com o extrato vegetal, associado ou não com capsazepina A (antagonista de TRPV1), com posterior análise de parâmetros comportamentais, expressão de TRPV1, GFAP e c-fos (PCR e Imuno-histoquímica). |
A combinação dos extratos de A. carmichaelii, A. gigas e Z. officinale reduz dor neuropática (alodinia fria), pois reduz a expressão de TRPVI e a ativação de astrócitos. |
[
43
] |
Rizoma |
Extrato: 0,5 kg do material vegetal (pó) em etanol a 96%. Rendimento: 5,62%. Dose para ensaio: 100 a 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/C portadores de diabetes induzido por estreptozotocina (modelo neuropatia diabética), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos testes da placa quente (hiperalgesia) e filamento de von Frey (alodinia), expressão de genes (TRPV1 e NMDAR2B) nos segmentos da medula espinhal L1-6 (qRT-PCR) e de insulina no pâncreas (Imuno-histoquímica) e volume da Ilhota pancreática (método Cavalieri). |
O extrato de Z. officinale reduz a dor na neuropática diabética, pois reprime a expressão de TRPV1 e NMDAR2B na medula espinhal. |
[
47
] |
Rizoma |
Extrato aquoso liofilizado. Rendimento: 17,53%. Doses para ensaio: 100 a 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de dor neuropática induzida por oxaliplatina, tratados com o extrato vegetal, na presença de antagonistas serotoninérgicos (metisergida/5-HT1A e 2A, NAN-190/5HT1A, cetanserina/5-HT2A e MDL72222/5-HT3), com posterior análise de parâmetros comportamentais (alodinia fria e mecânica) e expressão de HTR1A em seguimentos lombares da medula espinhal (RT-PCR). |
O extrato de Z. officinale atenua a dor neuropática induzida por oxaliplatina, pois estimula, principalmente, a expressão do receptor 5-HT1A. |
[
22
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Suco: material vegetal (fresco). Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 200 µg/mL. Extrato: material vegetal (seco) em água. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células do cólon distal incubadas com o suco vegetal, com posterior análise de expressão de proteínas (Western blotting). In vivo: Em ratos portadores de síndrome do intestino irritável (SII) induzido por ácido acético e expostos a condições de estresse agudo, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da frequência de defecação e conteúdo de água fecal, reflexo abdominal (distensão colorretal), parâmetros patológicos e expressão de TNF-α, IL-6, iNOS, IkBα e p-65 (RT-PCR e Western blotting) no tecido do cólon. |
O suco e extrato de Z. officinale apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibem a via de sinalização NF-kB. |
[
42
] |
- |
Extrato liofilizado: a partir do extrato etanólico a 70%. Rendimento: 9,48%. Doses para ensaio: 30 a 300 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6J portadores de alterações gastrointestinais induzidas por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP), modelo da Doença de Parkinson, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de proteínas em homogenato do cérebro e cólon. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz os níveis de iNOS, COX-2, TNF-α e IL-1β, além de suprimir a apoptose. |
[
45
] |
Rizoma |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol a 90%. Outra espécie em estudo: Curcuma longa. |
In vitro: Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) e de monócitos humanos (THP-1) estimulados com LPS e IFN-γ, pré-incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de NO (Griess), TNF e IL-6 (ELISA) e viabilidade celular (MTT); em RAW 264.7 incubados com os extratos vegetais (associação ou não), para avaliar a expressão de HO-1 (Western blotting). Em cultura celular AREc32 derivada de células mamárias humana (MCF-7) transfectadas com Nrf2, incubadas com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise do ensaio de luciferase que quantifica a proteína Nrf2.
|
A associação dos extratos de Z. officinalis e C. longa (5:2 p/p) apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz os níveis de NO, TNF e IL-6, além de regular positivamente a expressão de Nrf2 e HO-1. |
[
51
] |
Rizoma |
Extrato: 40 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água. Concentrações para ensaio: 6,25 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de fibroblastos gengivais humanos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT), e estimuladas com LPS para análise dos níveis de MMP-1, MMP2, MMP8, MMP9, IL-1β e IL-8.
|
O extrato aquoso de Z. officinale apresenta atividade anti-inflamatória em tecido periodontal, além de baixa citotoxicidade. |
[
21
] |
Anti-inflamatória (colite)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extratos aquosos e etanólicos a 50%. Associação (KM1608): Zingiber officinale, Terminalia chebula e Aucklandia lappa (1:2:2). Concentração para ensaio (in vitro): 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 200 a 600 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de macrófagos de camundongos (RAW 264.7) estimuladas com LPS, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de NO (Griess). Em cultura de células humanas de adenocarcinoma colorrectal (HT-29) estimuladas com TNF-α, pré-tratadas com os extratos vegetais e co-incubadas com células monocíticas (U937) pré-marcadas com BCECF/AM, com posterior análise da adesão de células epiteliais de monócitos. In vivo: Em camundongos C57BL/6 e ICR portadores de colite aguda induzida por DSS e TNBS, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do índice de atividade da doença (IAD) e níveis de IL-6, TNF-α e MPO em homogenato do cólon (ELISA). |
Neste estudo, dos 350 extratos vegetais, a associação de Z. officinale, T. chebula e A. lappa apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, sendo promissor para o tratamento da doença inflamatória intestinal (DII). |
[
53
] |
Anti-inflamatória e Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Enxaguatório bucal: contendo a associação 600 g de cada extrato vegetal (pó) – Zingiber officinale, Curcuma longa e Syzygium aromaticum. Concentrações para ensaio: 25 a 100 µL. |
In vitro: Em culturas de Streptococcus mutans, Enterococcus faecalis, Candida albicans e Staphylococcus aureus submetidas ao teste de disco-difusão em ágar para determinar o halo de inibição e ensaio de desnaturação de albumina.
|
O enxaguatório bucal contendo a associação de extratos vegetais apresenta atividades antimicrobiana e anti-inflamatória promissoras, principalmente, na concentração de 100 µL. |
[
34
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 5 kg do material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 25 a 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata induzido por carragenina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume da pata, níveis de PGE2, TNF-α, IL-1α, IL-1β, IL-6, INFrin, MCP-1, MIP, RANTES e MPO (ELISA) e parâmetros oxidativos (NO e CAT) e histopatológicos. |
O extrato aquoso de Z. officinale apresenta atividades anti-inflamatória e antioxidante, dose-dependente. |
[
17
] |
Rizoma |
Pó. Doses para ensaio: 108 e 216 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a administração de dietilnitrosamina (substância carcinógena), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e nos tecidos do fígado, estômago e cólon (AST, ALT, GSH, MDA, NOx, IL-1β, TNF-α, AFP e Nrf 2), imuno-histoquímicos (COX-2) e histopatológicos hepáticos. |
O pó de Z. officinale apresenta atividade antioxidante e anti-inflamatória no fígado, estômago e cólon, devido a ativação de Nrf2. |
[
59
] |
Rizoma |
Suco: 100 g do material vegetal (fresco, fragmentado) em 100 mL de água. Dose para ensaio: 5 mL/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões nos testículos induzidas por cisplatina, pré-tratados com o suco de gengibre, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato dos testículos (testosterona, LH, FSH, CAT, SOD, GSH, GPx e MDA), níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α, NF-kB, iNOS e NO (ELISA) e histopatológicos. |
O suco de Z. officinale apresenta atividade antioxidante e anti-inflamatória, sendo promissor na redução dos danos testiculares provenientes da cisplatina. |
[
63
] |
Antiangiogênica e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: material vegetal (seco) em etanol/água (80:20), padronizado com 5% de g6-gingerol. Dose para ensaio: 75 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da fotografia do fundo do olho, diâmetro do vaso, parâmetros bioquímicos (glicose), histopatológicos (retina), níveis de TNF-α, VEGF e NF-κB (ELISA, Western blotting e Imuno-histoquímica) e medição da espessura da membrana basal vascular. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade anti-inflamatória e antiangiogênica, atenuando as alterações microvasculares da retina. |
[
14
] |
Antiapoptótica e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 20 g do material vegetal (pó) em 75 mL de água. Dose para ensaio: 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar (recém-nascidos) portadores de enterocolite necrosante (ECN) induzida por LPS, fórmula enteral, hipóxia-hiperoxia e exposição ao frio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, imuno-histoquímicos (apoptose) e bioquímicos (XO, SOD, GSH-Px, MDA, MPO, TNF-α, IL-1β e IL-6) do cólon proximal e íleo. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividades antioxidante, anti-inflamatória, antiapoptótica e imunomoduladora, sendo promissor para o tratamento da ECN. |
[
2
] |
Rizoma |
Extrato etanólico a 70% (liofilizado). Dose para ensaio: 1 g/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de inflamação intestinal e hepática induzida por lipopolissacarídeo, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato hepático (ALT, AST, DAO, MPO, iNOS e caspase-3), histológicos (fígado e íleo), imuno-histoquímicos (caspase-3, claudina-1 e ZO-1) e expressão de genes e proteínas (qPCR e Western blotting). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade protetora intestinal e hepática, devido as ações anti-inflamatória e antiapoptótica. |
[
37
] |
Antiasmática
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Fitoterápico: decocção de Asarum sieboldii, Aster tataricus, Ephedra sinica, Belamcanda chinensis, Pinellia ternata, Schisandra chinensis, Tussilago farfara, Zingiber officinale e Ziziphus jujuba. Doses para ensaio: 0,63 e 2,52 g/mL. |
In vitro: Em cultura de células T CD4+ isoladas de camundongos BALB/c, incubadas com o fitoterápico, com posterior análise de citotoxicidade e diferenciação celular Th2/Th17 (estimuladas com anti-CD3/anti-CD28). In vivo: Em camundongos Balb/c sensibilizados com ovalbumina, tratados com o fitoterápico, com posterior análise da hiperresponsividade das vias aéreas, parâmetros bioquímicos (IL-4, IL-17a e IL-23), histológicos e imuno-histoquímicos (CD3 e CD4), níveis de Tregs CD4+Foxp3+ (citometria de fluxo), expressão de genes e proteínas (RT-PCR e Western blotting). |
O fitoterápico apresenta atividade anti-inflamatória pulmonar, pois atenua a hiperresponsividade e a diferenciação celular, além de aumentar o número de células Treg e bloquear as vias de sinalização mTOR e NF-kB. |
[
41
] |
- |
Extrato hidroalcoólico. Concentrações para ensaio: 50 a 800 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) isoladas de pacientes asmáticos, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e expressão de GATA-3, ROR-γt e T-bet (qRT-PCR).
|
O extrato de Z. officinale apresenta atividade antiasmática, pois reduz a expressão dos genes T-bet, GATA3 e ROR-γt, que interferem na função das células Th1, Th2 e Th 17, respectivamente, envolvidas na fisiopatologia desta doença. |
[
56
] |
Antibacteriana e Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma (período de frutificação) |
Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (seco) em 100 mL de metanol/água (50:50) ou etanol/água (80:20 v/v). Outra espécie em estudo: Rosmarinus officinalis. |
In vitro: Em culturas de Candida albicans, C. glabrata, C. tropicalis, C. krusei e Streptococcus pneumoniae submetidas ao teste de diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). In vivo: Em camundongos imunossuprimidos (C57BL6) com ciclofosfamida e infectados com suspensão fúngica, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da taxa de mortalidade. Em ratos Wistar infectados por instilação intranasal com suspensão de S. pneumoniae, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da contagem bacteriana no tecido pulmonar e da dose efetiva média (DE50). |
Os extratos etanólico de Z. officinale e metanólico de R. officinalis apresentam atividades antifúngica e antibacteriana mais potentes. |
[
25
] |
Antibacteriana e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: material vegetal (fragmentado) em 200 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal. Concentrações para ensaio: 10 a 210 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em culturas de Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa submetidas ao teste de disco-difusão em ágar para determinar o halo de inibição. Em cultura de células de câncer de mama de humanos (MCF-7) incubadas com as nanopartículas de prata contendo o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
As nanopartículas de prata contendo o extrato de Z. officinale apresenta atividade antibacteriana (principalmente, S. epidermidis), antioxidante e citotóxica. |
[
39
] |
Antidepressiva e Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Fitoterápico (XYS): associação de Paeonia lactiflora, Bupleurum chinense, Poria cocos, Atractylodes macrocephala, Angelica sinensis, Glycyrrhiza uralensis, Zingiber officinale e Mentha haplocalyx em etanol a 70%. Rendimento: 21,78%. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 g/mL. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley expostos a condições estressoras leves e aleatórias, tratados com o fitoterápico, com posterior análise dos testes de preferência à sacarose, campo aberto, natação forçada, peso corporal, níveis de IL-1β, IL-6, glutamina e glutamato no fígado (ELISA), parâmetros bioquímicos (ALT, AST, MDA, SOD, GSH-Px, GS e GLS) e metabolômicos hepáticos (RMN e LC-MS). |
O fitoterápico apresenta atividades antidepressiva e hepatoprotetora, auxiliando assim, na regulação do metabolismo da glutamina e do glutamato. |
[
49
] |
Antidislipidêmica e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de metanol. Outra espécie em estudo: Curcuma longa. Dose para ensaio: 300 mg/100 mL. |
In vivo: Em ratos portadores dislipidemia diabética induzida por dieta hipercalórica e aloxano, tratados com o extrato vegetal, associado (1:1, Z. officinale e C. longa) ou não, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, colesterol, CT, LDL, HDL e VLDL). |
A combinação dos extratos de Z. officinale e C. longa apresenta resultados promissores para o tratamento da dislipidemia diabética. |
[
4
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 0,2 g do material vegetal (fragmentado) em 100 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo a associação dos extratos de Zingiber officinale e Thymus vulgaris. |
In vitro: Em cultura de Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). Em cultura de fibroblastos dérmicos de humanos incubados com as nanopartículas de prata contendo os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
As nanopartículas de prata contendo os extratos de Z. officinale e T. vulgaris apresentam atividade antifúngica, além da ausência de citotoxicidade. |
[
29
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato glicólico a 20%, associado com Juglans regia. Concentrações para ensaio: 75:25; 50:50 e 25:75. |
In vitro: Em culturas de Propionibacterium acnes, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus aureus incubadas com a associação de extratos vegetais glicólicos, submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e microbicida mínima (CMM), e formação de biofilmes. Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com a combinação dos extratos vegetais glicólicos, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e parâmetros microscópicos (microscopia eletrônica de varredura).
|
A associação dos extratos de Z. officinale e J. regia (75:25) apresenta atividade antimicrobiana, além de baixa citotoxicidade. |
[
19
] |
Antiobesidade
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato seco: padronizado com 5,2% de gingerois. Dose para ensaio: 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do índice de adiposidade, parâmetros bioquímicos plasmático e nos tecidos (glicose, TG, IL-1β e TNF-α), oxidativos (DCFH, NO, SOD, GSH/GSSG, CAT, carbonilação de proteínas e MDA), histológicos e fragmentação do DNA em diferentes tecidos (Teste do Cometa). |
O extrato de Z. officinale apresenta resultados promissores para o tratamento da obesidade, devido as ações hipoglicemiante, hipolipemiante, antioxidante, anti-inflamatória e citoprotetora. |
[
10
] |
Rizoma |
Pó. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6J portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos, parâmetros bioquímicos (glicose, CT, TG, LDL, LDH, ALT e AST), histológicos, imunofluorescência e expressão de genes e proteínas nos tecidos adiposos branco e marrom (RT-PCR e Western-blotting) e fenotipagem metabólica. |
O pó dos rizomas de Z. officinale apresenta resultados promissores para o tratamento da obesidade e suas complicações, pois regula a glicólise, a gliconeogênese e estimula a via SIRT1/AMPK/PGC-1α. |
[
62
] |
Antiobesidade e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: material vegetal (pó) em água quente. Concentrações para ensaio (in vitro): 15 a 120 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 5% da dieta. |
In vitro: Em cultura de células 3T3-L1 incubadas com insulina e extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade (XTT), expressão de genes e proteínas (RT-PCR e Western blotting). In vivo: Em camundongos C57BL/6J submetidos a dieta hipercalórica associada a ingestão do extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos plasmático e hepático (glicose e TG) e morfológicos (adipócitos). |
O extrato de Z. officinale reduz as complicações metabólicas induzidas por dieta hipercalórica, pois indução a oxidação dos ácidos graxos e previne o estresse oxidativo. |
[
9
] |
Antiosteoporose
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Dose para ensaio: 33,33 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de osteopenia vertebral grave induzida por orquiectomia e cortisol, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (cálcio, fósforo e TRAcP), histomorfométricos e medição do ângulo cifótico (vértebra L5). |
O extrato de Z. officinale reduz a perda óssea, as alterações da microarquitetura vertebral e mantém a composição mineral da coluna vertebral, induzidos por deficiência de hormônio gonadal e corticoterapia. |
[
13
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Pó: Zingiber officinale e Curcuma longa (1:1). Concentrações para ensaio: 100 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de hepatócitos isolados do fígado de ratos Wistar portadoras de estresse oxidativo induzido por bisfenol F (BPS), incubadas com o pó vegetal, com posterior análise dos níveis de espécies reativas ao oxigênio (H2DCF-DA), SOD, tiois totais e capacidade antioxidante total.
|
A associação de Z. officinale e C. longa apresenta atividade antioxidante, principalmente na concentração de 250 µg/mL. |
[
65
] |
Rizoma |
Extrato: decocção de 2 kg do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Dose para ensaio: 125 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos a exposição aguda com cloreto de mercúrio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de marcadores hepáticos (AST, ALT, LDH, ALP, g-GT, bilirrubina, albumina, colesterol e triglicerídeos) e renais (ureia, ácido úrico e nitrogênio ureico), atividade antioxidante (LPO, SOD, CAT, GPx, GST, GSH, GR e proteínas) e parâmetros histopatológicos. |
O extrato de Z. officinale apresenta resultados promissores na redução da toxicidade por cloreto de mercúrio, pois reduz o estresse oxidativo e aumenta os níveis de enzimas antioxidantes. |
[
7
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Pó e óleo essencial (hidrodestilação): a partir do material vegetal (seco). Doses para ensaio (in vivo): 2,5% e 45 mg/100 g da dieta, respectivamente. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em cultura de células HepG2 incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (Sulforodamina B). In vivo: Em ratos albinos portadores de citotoxicidade induzida por dietilnitrosamina, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ureia, CT, HDL, LDL, VLDL, TG, AST, ALT, ALP, LDH, CAT, GSH-Px e TAC) e histopatológicos (hepático). |
[
18
] |
Antioxidante e Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 80%. |
In vivo: Em hamster submetidos a dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, HDL, TG, apoA-I, PON1 e MPO), expressão de genes e proteínas no tecido do intestino delgado (RT-PCR e Western blotting), quantificação do colesterol fecal e depósito lipídico na válvula aórtica. |
O extrato de Z. officinale aumenta os níveis de HDL, reduz o estresse oxidativo, restaura a quantidade e qualidade de apo-A-I e aumenta o efluxo de colesterol no intestino delgado, devido a restauração da via SIRT1-LXRα/β-PPARγ. |
[
52
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outra espécie em estudo: Syzygium aromaticum. |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados com Trypanosoma cruzi (tripomastigotas sanguíneos), tratados com os óleos vegetais e benznidazol (associados ou não), com posterior análise da parasitemia (hemocultura e qPCR) e taxa de mortalidade. |
O óleo essencial de Z. officinale apresenta atividade antiparasitária mais potente, principalmente quando em associação com o benznidazol. |
[
12
] |
- |
Extrato: 0,5 g do material vegetal (seco) em 100 mL de etanol. Nanopartículas de óxido de zinco: contendo o extrato vegetal. Dose para ensaio: 10 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados com cepa de Toxoplasma gondii, tratados com as nanopartículas contendo o extrato vegetal, com posterior análise da taxa de sobrevivência, contagem de parasitas (fígado e líquido peritoneal), parâmetros bioquímicos (AST, ALT, NO e CAT), histopatológicos (fígado e cérebro) e morfológicos parasitários. |
As nanopartículas de óxido de zinco contendo o extrato vegetal apresentam atividade antiparasitária, com resultados promissores para o tratamento da toxoplasmose. |
[
26
] |
Rizoma |
Extrato: 0,2 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal. Concentrações para ensaio: 0,16 a 40 ppm. |
In vitro: Em culturas de promastigotas de Leishmania major e de macrófagos RAW 264.7 incubados com as nanopartículas de prata contendo o extrato vegetal, com posterior análise de toxicidade (Citometria de fluxo e MTT) e apoptose (Anexina V-FITC e iodeto de propídio). Em macrófagos RAW 264.7 infectados com L. major (forma amastigota) incubados com as nanopartículas de prata contendo o extrato vegetal, com posterior análise do número de taquizoítos (microscopia ótica).
|
As nanopartículas de prata contendo o extrato vegetal apresenta atividade antiparasitária principalmente nas concentrações de 1,25 e 2,5 ppm. |
[
61
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Rendimento: 5%. Padronizado: com 12,5 mg de gingerois/350 mg de extrato. Dose para ensaio: 75 a 300 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e teste de branqueamento com β-caroteno. In vivo: Em ratos Wistar portadores hepatocarcinogênese induzida por dietilnitrosamina e 2-acetilaminofluoreno, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos hepáticos (MDA, CAT, MPO, SOD, GSH, GST e proteína), histopatológicos (nódulos discromáticos e hepatócitos alterados), níveis de AST, ALT e γ-GT, apoptose (caspase-3, TUNEL e M30) e expressão de GST-p, COX-2, NF-κB, ED-2 e iNOS (Imuno-histoquímica). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade antitumoral, principalmente na dose de 300 mg/kg, devido as ações antioxidante, anti-inflamatória e indutora da apoptose. |
[
64
] |
Rizoma |
Extrato: 30 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outra espécie em estudo: Terminalia chebula. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de carcinogênese mamária induzida por DMBA, tratadas com o extrato vegetal, associado (1:4, Z. officinale e T. chebula) ou não, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, imuno-histoquímicos, bioquímicos (TBARS, MDA, SOD, GPx, CT, TG, HDL, IL-6, TNF-α) e expressão de genes (mTOR). |
A combinação dos extratos de Z. officinale e T. chebula apresenta atividade antitumoral, devido as ações antioxidante, anti-inflamatória e inibição da via mTOR. |
[
3
] |
Rizoma |
Extrato: material vegetal (fresco, fragmentado) em 2,5 L de água. Rendimento: 11,43%. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de câncer gástrico induzido por N-nitroso metil ureia, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (gastrina, LDH, GST, ALP, SOD, CAT, GPx, GR, MDA e GSH), moleculares (TRx, GRx, NF-kB, TNF-α, IL-6 e PGE2) e histopatológicos (fígado e estômago). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade antitumoral promissora, devido as ações antioxidante e anti-inflamatória. |
[
36
] |
Rizoma |
Extrato: decocção do material vegetal (seco) em água. Outra espécie em estudo: Terminalia chebula. Concentrações para ensaio: 10 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de câncer de mama humano (MCF-7) incubadas com os extratos vegetais (em associação ou não), com posterior análise de citotoxicidade (MTT), parâmetros morfológicos, apoptose e potencial de membrana mitocondrial-MMP (microscopia fluorescente), nível de espécies reativas ao oxigênio-ERO's (citometria de fluxo) e expressão de genes (RT-PCR).
|
A combinação dos extratos de Z. officinale e T. chebula apresenta atividade antitumoral, pois reduz o MMP, aumenta os níveis de ERO’s e apoptose, além de regular negativamente a expressão dos genes mTOR e hTERT. |
[
6
] |
Rizoma |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0 a 100 mM. |
In vitro: Em cultura de células de leucemia mieloide crônica (K562) e células mononucleares do sangue periférico (PBMC) isoladas do sangue periférico de humanos saudáveis incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), apoptose e potencial de membrana (Anexina-V/PI), níveis de espécies reativas ao oxigênio-ERO's (H2DCFH-DA) e expressão de Bad, Akt, Bax, Bcl-2 e survivina (Western blotting).
|
O extrato de Z. officinale apresenta atividade antitumoral, principalmente na concentração de 50 µM, devido a ação citotóxica, indução de apoptose e acúmulo de ERO's, além da ausência de citotoxicidade para PBMC. |
[
48
] |
Rizoma |
Extrato seco (spray dried): a partir da maceração do material vegetal (pó) em 1 L de etanol a 95%. Rendimento: 5,5%. Padronizado com: 2,4% de 6-gingerol. Doses para ensaio: 1000 a 2000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos sem pelos (BALB/cAJcl-nu/nu) portadores de colangiocarcinoma, induzido por xenoenxerto com células CCA CL-6, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal e tumoral, consumo de alimentos, crescimento tumoral, metástase pulmonar, tempo de sobrevivência e parâmetros histopatológicos. |
O extrato seco de Z. officinale apresenta atividade antitumoral, além de aumentar o tempo de sobrevivência. |
[
23
] |
Rizoma |
Extrato (1:10): 30 g do material vegetal (pó) em 300 mL de etanol absoluto. Outra espécie em estudo: Glycyrrhiza glabra. Concentrações para ensaio: 50 a 800 µg/mL. Doses para ensaio: 100 a 300 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células de carcinoma do cólon (CT26) incubadas com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e apoptose (Anexina V-FITC). In vivo: Em camundongos BALB/c infectados com células CT26, tratados com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise do peso corporal, funções hepáticas e renais (creatinina, BUN, SGOT e SGPT), tamanho do tumor, níveis de células Treg, parâmetros histológicos e expressão de Bax, Bcl-2 e caspase-3 (PCR). |
A associação dos extratos de Z. officinale e G. glabra (1:1) apresenta atividade antitumoral mais potente (sinergismo), devido a regulação positiva das proporções de Bax/Bcl-2 e CTL/Treg. |
[
57
] |
- |
Nanopartículas de quitosana: contendo o extrato etanólico de Zingiber officinale. |
In vitro: Em cultura de células de câncer de fígado humano (HepG2) incubadas com as nanopartículas de quitosana contendo o extrato vegetal, associado ou não com doxorrubicina, com posterior análise da viabilidade celular (MTT). In vivo: Em camundongos Swiss portadores de carcinoma hepatocelular induzido por dietilnitrosamina, tratados com as nanopartículas de quitosana contendo o extrato vegetal, associado ou não com doxorrubicina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato hepático (ALT, AST, GSH, LDH e CK-MB), expressão de GPx, CAT e MDR1 (RT-PCR), nível de VEGF e Bcl-2 no tecido hepático e MDA e TNF-α no tecido cardíaco (ELISA) e histopatológicos. |
As nanopartículas de quitosana contendo o extrato de Z. officinale associado à doxorrubicina apresenta atividade citotóxica mais potente, além de reduzir a cardiotoxicidade. |
[
60
] |
Rizoma |
Óleo essencial: 200 g do material vegetal (fresco) em 500 mL de água, por hidrodestilação. Dose para ensaio: 33 µL/100 g. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de neoplasia induzida por 1,2-dimetilhidrazina, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos (cripta aberrante) e imuno-histoquímicos (PCNA) do intestino grosso. |
O óleo essencial de Z. officinale apresenta atividade antitumoral, demonstrando resultados comparáveis ao medicamento padrão 5-florouracil. |
[
31
] |
Cardioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 200 g do material vegetal em 3600 mL de etanol a 70%. Doses para ensaio: 100 a 400 mg/mL. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, LDH, AST e CK-MB), histopatológicos e expressão de genes (AT1, TGF-β1 e TGF-β3) no tecido cardíaco. |
O extrato de Z. officinale apresenta resultados promissores na redução da cardiopatia diabética (fibrose e inflamação), principalmente na dose de 400 mg/kg, possivelmente por regulação da via SMAD/TGFβ. |
[
11
] |
- |
Pó. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
O pó de Z. officinale apresenta atividade cardioprotetora (antiapoptótica, antioxidante e anti-inflamatória), pois reduz os danos histológicos, os níveis de marcadores imunológicos (p53 e TNF-α) e bioquímicos. |
[
54
] |
Condroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato (Manjarix): associação do material vegetal (pó) de Zingiber officinale e Curcuma longa. Doses para ensaio: 62,5 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de osteoartrite induzida por iodoacetato monossódico, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-6, IL-8, TNF-α, CTX-II e HA (ELISA), diâmetro da articulação do joelho (calibre digital), mobilidade articular e coordenação motora (rotarod), parâmetros histopatológicos, radiográficos e imuno-histoquímicos (TGF-β1 e caspase-3). |
A associação de Z. officinale e C. longa apresenta resultados promissores para o tratamento da osteoartrite, pois reduz a resposta imunológica, inflamatória e a dor artrítica. |
[
55
] |
Estimulante do fluxo salivar
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extratos: 20 mg do material vegetal (fragmentado seco) em 100 mL de metanol a 70%, etanol a 80% e DMSO 100%, respectivamente. Dose para ensaio: 10 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 submetidos a administração da pilocarpina e extratos vegetais, com posterior análise da taxa do fluxo salivar. |
Os extratos de Z. officinale aumentam a taxa do fluxo salivar estimulada pela pilocarpina. |
[
46
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 2 kg do material vegetal (fresco) em 3 L de etanol a 95%. Dose para ensaio: 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise parâmetros plasmáticos (glicose, ácidos graxos, TG, CT, AST e ALT), microscópicos hepáticos e expressão de genes (ChREBP, CHOP, XBP1 e GRP78). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade hepatoprotetora, sendo promissor para o tratamento da DHGNA, devido a redução do estresse do retículo endoplasmático. |
[
1
] |
Rizoma |
Extrato: 400 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol a 96%. Rendimento: 10,2%. Doses para ensaio: 75 a 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a dieta de cafeteria (baixa qualidade e alto teor calórico), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (CT, HDL, TG, BT, AST e ALT), oxidativos (CAT, SOD, GST, MDA e proteínas) e histológicos hepáticos. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade hepatoprotetora, pois reduz o depósito de gorduras nos hepatócitos, a peroxidação lipídica, além da ação antioxidante. |
[
8
] |
Rizoma |
Extrato (1:5 p/v): maceração de 10 g do material vegetal em etanol a 70%. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a intoxicação por diazinon, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, MDA e GSH) e histopatológicos e imuno-histoquímicos (caspase-3). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade hepatoprotetora, devido as ações antioxidante e antiapoptótica. |
[
30
] |
Hepatoprotetora e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 100 g do material vegetal (fresco) em 2 L de etanol a 70%. Dose para ensaio: 200 mg/kg. Outra espécie em estudo: Annona muricata. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (insulina, glicose, albumina, bilirrubina, proteína, HbA1c, HOMA-IR, ALT, AST, MDA, SOD, CAT, GPx, GR, TNF-α e NF-kB), apoptose (Bax, Bcl-2 e p53), expressão de INSR e GLUT2 (PCR) e histopatológicos hepáticos. |
Os extratos de Z. officinale e A. muricata apresentam atividade hipoglicemiante e hepatoprotetora, devido as ações antioxidante e moduladora de proteínas apoptóticas hepáticas. |
[
27
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Pó. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por estreptozocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose e capacidade antioxidante total), histopatológicos e imuno-histoquímicos (testículo). |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade hipoglicemiante, sendo promissor na proteção do sistema reprodutor masculino em modelo de animais diabéticos. |
[
5
] |
Rizoma |
Extrato: por decocção. Outra espécie em estudo: Terminalia chebula. |
In vitro: Em cultura de células de insulinoma pancreático de rato (RIN-5F), incubadas com a combinação dos extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e alterações morfológicas (apoptose). In vivo: Em ratos albinos portadores de diabetes induzido por frutose-estreptozotocina, tratados com os extratos vegetais (associado ou não), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, CT, HDL, TG, IL-6, TNF-α, HOMA-IR e HOMA-β), antioxidantes hepáticos (SOD, TBARS, MDA e GPx), expressão de mTOR e parâmetros histoquímicos e imuno-histoquímicos (pâncreas e fígado). |
A combinação dos extratos de Z. officinale e T. chebula (1:4) apresenta atividade hipoglicemiante mais potente, além da ausência de citotoxicidade. |
[
20
] |
Imunoestimulante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
KM1608: combinação dos extratos etanólicos de Saussurea lappa, Terminalia chebula e Zingiber officinale (2:2:1 p/p/p). Rendimento: 35 a 45%. Concentrações para estudo: 25 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com o fitoterápico, com posterior análise da viabilidade celular (EZ-Cytox), nível de óxido nítrico (Griess) e expressão de genes e proteínas (qRT-PCR e Western blotting).
|
O fitoterápico KM1608 induz a expressão de mediadores envolvidos na resposta imunológica (IFN-α, IFN-β, IL-1β, IL-6, IL-10, iNOS e COX-2), além da ausência de citotoxicidade. |
[
40
] |
Moduladora da microbiota intestinal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Pó. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6J portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da gordura corporal total, parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, lipídeos totais, TG, TNF-α e IL-6), histológicos (hepático e tecido adiposo branco epididimal), identificação bacterina e concentração de ácidos graxos de cadeia curto das fezes; em camundongos (ausentes de flora intestinal) submetidos ao transplante com microbiota fecal proveniente de camundongos tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de glicose e composição microbiana. |
O pó de Z. officinale apresenta atividades hepatoprotetora, anti-inflamatória, hipoglicemiante e antiobesidade, provenientes da ação moduladora da microbiota intestinal. |
[
44
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: maceração de 2,45 kg do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 14,5%. Doses para ensaio: 150 a 600 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de esclerose múltipla induzida por cuprizona, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da coordenação motora e déficit sensitivo-motor, parâmetros microscópicos (microscopia eletrônica de transmissão) e expressão de Olig2 e MBP (ELISA) no corpo caloso. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade neuroprotetora, pois previne a desmielinização e melhora a remielinização no sistema nervoso central. |
[
35
] |
Rizoma |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 600 mL de etanol a 95%. Fração: acetato de etila. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões neurológicas induzidas por acetato de chumbo, tratados com a fração vegetal, com posterior análise da atividade da AChE, MAO, XO e nível MDA, Na⁺/ K⁺ ATPase, epinefrina, dopamina, SOD, CAT e GPx (homogenato cerebral e hepático). |
A fração de acetato de etila de Z. officinale apresenta atividade neuroprotetora, reduzindo os danos cerebrais provenientes do acetato de chumbo. |
[
38
] |
Rizoma |
Extrato etanólico a 95%. Rendimento: 10,48%. Outra espécie em estudo: Cyperus rotundus. Associação: 1:5, C. rotundus e Z. officinale, respectivamente, padronizado com 65 mg/mL de gingerol e 7 mg/mL de quercetina. Doses para estudo: 100 a 300 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP), e atividade inibitória da enzima AChE. In vivo: Em ratos Wistar portadores de demência relacionada a idade com déficits de memória induzida por AF64A, tratados com a combinação dos extratos vegetais, com posterior análise do teste do labirinto aquático de Morris, atividade de AChE, estresse oxidativo (MDA, SOD, CAT e GSH-Px), parâmetros histológicos, morfológicos (densidade neuronal no hipocampo) e expressão de ERK1/2 (Western blotting). |
A combinação dos extratos de C. rotundus e Z. officinale apresenta atividades neuroprotetora e neurotônica promissoras, pois aumenta a expressão de ERK, reduz o estresse oxidativo e a atividade de AChE no hipocampo. |
[
16
] |
Protetora do sistema reprodutor feminino
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Rizoma |
Extrato: 20 g do material vegetal (pó) em 80 mL de etanol a 70%. Dose para ensaio: 0,5 mg/100 g de extrato. |
In vivo: Em ratas portadoras de endometriose induzida por autoenxerto na cavidade peritoneal, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de TNF-α e IL-6 (fluido de lavagem peritoneal) e parâmetros histológicos (focos de endometriose). |
O extrato de Z. officinale apresenta resultados satisfatórios no tratamento da endometriose, contudo, não altera os níveis de TNF-α e IL-6. |
[
33
] |
Protetora do sistema reprodutor masculino
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 5 L de metanol a 70%. Dose para ensaio: 250 mg/kg. Outra espécie em estudo: Cinnamomum verum. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões testiculares induzidas por tetracloreto de carbono (CCl4), pré-tratados com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise de parâmetros oxidativos em homogenato dos testículos e epidídimo (GPX, SOD, CAT, MDA, capacidade antioxidante total e proteínas) e histopatológicos. |
A associação dos extratos de Z. officinale (250 mg/kg) e C. verum (50 mg/kg) apresenta atividade antioxidante mais potente, reduzindo os danos oxidativos no sistema reprodutor masculino provenientes do CCl4. |
[
50
] |
Rizoma |
Óleo: obtido por prensagem à frio. Dose para ensaio: 100 a 400 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e galvinoxil. In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a administração de topiramato (antiepiléptico) e óleo vegetal (associados ou não), com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e nos testículos FSH, LH, testosterona, proteínas, SOD, CAT, MDA e NO), expressão de Sycp3, Vegfa e Wtl (RT-PCR), parâmetros histopatológicos e imuno-histoquímicos (Bax). |
O óleo de Z. officinale apresenta atividade androgênica, reduzindo toxicidade relacionada a disfunção sexual, proveniente do topiramato. |
[
58
] |
Rizoma |
Extrato (liofilizado): material vegetal (pó) em etanol a 80%. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade antioxidante total e capacidade de eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos a administração de arsenito de sódio e extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (CT, LH e testosterona), histopatológicos, antioxidantes (H2O2, GSH, SOD, CAT, MDA) e expressão de genes em homogenato testicular, análise do esperma e nível de arsênio testicular. |
O extrato de Z. officinale apresenta atividade protetora do sistema reprodutor masculino contra os efeitos oxidativos do arsênio, devido a ação antioxidante potente. |
[
28
] |
Protetora pulmonar
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Rizoma |
Extrato: 250 mg do extrato vegetal padronizado (5% de gingerois e 5% de shogaols) e 250 mg de pó seco. Dose para ensaio: 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar recém-nascidos portados de displasia pulmonar induzida por hiperóxia e lipopolissacarídeo, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, imuno-histoquímicos (proteína da membrana do corpo lamelar e SMA), bioquímicos (SAT, SOT, MAD, MPO e proteínas) e níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6 e caspase-3 (ELISA). |
O extrato de Z. officinale atenua as lesões pulmonares provenientes da hiperóxia e inflamação. |
[
15
] |
Redutora dos efeitos colaterais do lonorxicam
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Rizoma |
Extrato: maceração de 125 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água. Dose para ensaio: 600 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar submetidos a administração intramuscular de lornoxicam, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros hematológicos (CTE, PCV%, Hb, HCM, VCM e CHCM), bioquímicos (creatinina, ureia, ácido úrico, ALT, AST, ALP, CAT, GPx, MDA, TNF-α e IL-6) e histopatológicos (fígado, rim, testículo e baço). |
O extrato de Z. officinale reduz os efeitos colaterais proveniente da terapia com lornoxicam (analgésico não esteroidal). |
[
32
] |
Reguladora da síndrome metabólica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: padronizado com 5% de gingerois. Doses para ensaio: 200 a 1800 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de obesidade induzida por dieta rica em carboidratos refinados, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, CT, TG, chemerina, adiponectina e resistina), microscópicos e histológicos (tecido adiposo epididimal e o fígado), níveis de citocinas no tecido adiposo epididimal (TNF-α, IL-4, IL-6 e IL-13), gasto de energia e consumo de oxigênio. |
O extrato de Z. officinale apresenta resultados promissores para o controle da síndrome metabólica, pois previne o aumento da adiposidade, melhora o perfil lipídico e reduz os marcadores inflamatórios. |
[
24
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Rizoma seco |
100 g |
Rizoma fresco |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de rizoma seco pulverizado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de rizoma fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Náuseas e vômitos na cinetose (incluindo em embarcações) (WHO, 1999a; EMA, 2012), náusea pós-operatória e hiperemese gravídica (WHO, 1999a). Dispepsia e cinetose (BLUMENTHAL, 1998). Antiemética, antidispéptica, expectorante e nos casos de cinetose (BRASIL, 2016; BRASIL, 2018). Broncoespasmos e tosses produtivas, labirintoses e zumbidos. Como anti-inflamatório em doenças inflamatórias como osteoartrite (GHASEMIAN et al., 2016; DRAGOS et al., 2017) e na dismenorreia primária (NAHID et al., 2009; OZGOLI et al., 2009; RAHNAMA et al., 2012; JENABI, 2013).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Rizoma seco fragmentado |
0,9 a 1,1 g ou uma colher de café cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por decocção, por 5 minutos.
Náuseas e vômitos na cinetose (incluindo em embarcações) (WHO, 1999a; EMA, 2012), náusea pós-operatória e hiperemese gravídica (WHO, 1999a). Dispepsia e cinetose (BLUMENTHAL, 1998). Antiemética, antidispéptica, expectorante e nos
casos de cinetose (BRASIL, 2016; BRASIL, 2018). Broncoespasmos e tosses produtivas, labirintoses e zumbidos. Como anti-inflamatório em doenças inflamatórias como osteoartrite (GHASEMIAN et al., 2016; DRAGOS et al., 2017) e na dismenorreia primária (NAHID et al., 2009; OZGOLI et al., 2009; RAHNAMA et al., 2012; JENABI,
2013).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto três a quatro vezes ao dia.
Uso oral: crianças acima de 6 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos graxos
palmítico, oleico, linoleico, caprílico, cáprico, láurico, mirístico, pentadecanoico, heptadecanoico, esteárico, linoleico e araquídico.
Ácidos orgânicos
oxálico, tartárico, láctico, acético, cítrico, succínico, fórmico e malônico.
Aminoácidos
arginina, ácido aspártico, cisteína, glicina, isoleucina, leucina, serina, treonina, valina, glutamato, alanina, cistina, metionina, tirosina, fenilalanina, lisina, histidina, prolina e triptofano.
Compostos fenólicos
gingerois, [6]-shogaol, [6]-paradol e zingerona.
Diarilheptanoides
curcumina, dihidrocurcumina, bisgingerdionas B, hexahidrocurcumina, 6-diacetato de gengibre e 8-isodehidrogingerdiona.
Esteroides
β-sitosterol, daucosterol, stigmast-4-en-3,6-diona, 6β-hidroxistigmast-4- en-3-ona, estigmast-4-en-3-ona e estigmasterol.
Minerais
Mg, Ca, P, Fe, K, Mn, Al, Zn, Ba, Ga, Na, Cu, Ni, Co, Cr, Cd, As, Hg, Sb, Cl, Br, Rb e Cs.
Monossacarídeos
galactose, glicose, manose, arabinose, ramnose e xilose.
Oleorresinas
Óleos essenciais
citral, neral, 1,8-cineol, zingiberenol, β-bisaboleno, zingibereno, geraniol, acetato de geranila, zingiberol, β-felandreno, β-sesquifelandrol, borneol, linalol, canfeno, limoneno, α e β-pineno, calameneno, mirceno, α-anforfeno, β-cariofileno, β-elemeno, β-ilangeno, germacreno, α e β-farneseno, β-eudesmol, β-sesquisabineno, folueno, undecano, dodecano, butanal, pentanal, heptanonas, criptona, farnesol, α-curcumeno, β-sesquifelandreno, D-cânfora, α-terpineol, α-terpineno, terpinoleno, cis-piperitol, elemol, tau-muurolol, mirtenol, facitronelol, nerolidol, fenchol, plinol, hexanal, octanal, decanal, allo-aromadendreno, α-cedreno, β-tujeno, α-bergamoteno, α-gurjuneno, sabineno, γ-humuleno, moslene, 3-careno, δ-cadineno, α-cubebeno, α-copaeno, cimeno, isoeugenol, zerumbona e β-micereno.
Outras substâncias
zingibaína (enzima proteolítica).
Polissacarídeos
amido.
Princípios amargos
Princípios picantes
gingerdiona, dihidrogingerdiona, isogingerenona e fenilalacananona.
Proteínas
Vitaminas
A, B e C.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não utilizar como antiemético durante gravidez até o terceiro mês de gestação (embora não haja evidências na literatura de que esta planta cause danos ao feto ou à mãe). Alguns profissionais da área usam até 1 g do pó do gengibre para hiperemese gravídica com sucesso. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após o intervalo de 7 dias[2,3,6,7,8,10,11,12,13,14].
em menores de 6 anos, gestantes, lactantes, portadores de cálculos biliares, irritação gástrica, hipertensão arterial e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Evitar o uso em portadores de obstrução e litíase biliar, em pacientes com sudorese excessiva, pois pode aumentar a transpiração (nestes casos é melhor o uso de Myristica fragans-noz moscada) e altas doses antes de cirurgias[1,2,3,4,5,6,7,8].
pode interferir no processo de coagulação sanguínea, parâmetros imunológicos, devido a capacidade de inibir a tromboxano sintetase e atuar como agonista de prostaciclina. Pode ocorrer problemas gástricos como eructação, dispepsia e náuseas, ganho de peso, cefaleia e boca seca. Doses elevadas podem causar arritmias cardíacas, depressão do SNC, cólicas digestivas, hipertensão arterial e tonturas, além de danos hepáticos (estudo em animais). Pode ocorrer irritação gástrica a depender da dose. O uso excessivo pode causar ansiedade e emêse. Em indivíduos hipersensíveis, o óleo de gengibre pode desencadear dermatite, assim com a inalação do pó[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,13].
os constituintes químicos de Z. officinale podem modular a atividade de várias isoenzimas do citocromo P450 (CYP3A4, CYP2C9, CYP1A2 e CYP2B6) e proteínas transportadores (ABC). Não usar concomitantemente com anticoagulantes, pois pode aumenta o risco de sangramentos e com hipoglicemiantes, pois pode resultar em hipoglicemia. Também pode interagir com antiácidos, barbitúricos, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes. Potencializa o efeito das plantas com ação expectorante como Mikania laevigata (guaco), Nasturtium officinale (agrião), Vernonia polyanthes (assapeixe) e Mentha crispa (hortelã). Nos quadros de hipersecreção respiratória associar com Mikania laevigata (guaco) e Glycyrrhiza glabra (alcaçuz)[1,2,3,5,6,7,8,9,15].
Referências bibliográficas
realizada a partir de rizomas com no mínimo dois brotos (gomos vegetativos), diretamente no campo a pleno sol, em covas de 15x15 cm, cobertos por uma camada de 10 cm de solo, com espaçamento de 30 cm entre plantas e 40 cm entre linhas, ou 15x25 cm. A propagação também pode ser realizada em canteiros e saquinhos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e após 30 dias em viveiro, serem transplantados para o local definitivo em covas adubadas com esterco. O plantio deve ser realizado no início da estação das chuvas, de agosto a novembro. O solo precisa ser bem revolvido e a incorporação de matéria orgânica favorece o desenvolvimento dos rizomas. Durante o ciclo de desenvolvimento da planta, geralmente ao 3 a 5 meses após o brotamento, é recomendado fazer a amontoa (movimentar o solo até o pé da planta) [ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados, pois esta cultura é exigente em água, mas não tolera encharcamento. Não deve ser cultivado seguidamente no mesmo lugar, pois a produção fica comprometida [ 1 ] .
os rizomas devem ser colhidos de 7 a 12 meses após o plantio, em maio ou junho (no inverno), quando a parte aérea começa a ficar com uma tonalidade amarelada, em dia ensolarado e quando o solo estiver seco. Os rizomas devem ser lavados com água corrente, até que seja retirado todo o solo, sendo recomendado o uso de escova para facilitar a remoção de eventuais resíduos. A sabedoria popular recomenda que a colheita do sistema radicular das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua minguante [ 1 , 5 ] .
o medicamento deve ser preparado a partir dos rizomas frescos, pois o processo de secagem pode comprometer a qualidade química do material vegetal. Os rizomas podem ser utilizados ou comercializados semi-frescos, quando expostos à sombra por 5 a 6 dias [ 1 , 3 ] .
pode ser acometida por mancha foliar ou amarelão (Phyllosticta sp.) podridão dos rizomas (Rhizoctonia solani e Fusarium oxysporum) sendo controladas por rotação de culturas [ 3 ] .
Referências bibliográficas