Originária dos Estados Unidos e Canadá. Suas principais indicações são: antiviral, antibacteriana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante, imunoestimulante e antitumoral[1,2,3,4,5].
Erva perene, ereta, rizomatosa, com até 60 cm de altura; folhas lanceoladas, ásperas, opostas, medindo de 7 a 20 cm de comprimento, com três nervuras salientes; inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, de cor púrpura, em pétalas radiais de 3 cm de comprimento (as flores aparecem de meados do verão até o início do outono)[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Equinácea | Reino Unido | Raiz | No tratamento de infecções bacterianas ou virais (sistêmica ou cutânea). |
Raiz seca: infusão ou decocção de 1 g do material vegetal. Extrato fluido: 1:5 ou 1:1 em etanol à 45%. Tintura: 1:5 em etanol à 45%. |
Raiz seca: tomar o conteúdo 3 vezes ao dia. Extrato fluido: tomar de 0,5 a 1,0 mL ou 0,25 a 1,0 mL 3 vezes ao dia. Tintura: tomar de 1,0 a 5,0 mL 3 vezes ao dia. |
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[
1
]
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Equinácea | Reino Unido | Raiz | Coadjuvante e preventivo no tratamento de infecções recorrentes do sistema respiratório. |
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Usar: 1 a 3 g/dia. |
Não usar por mais de 8 semanas. |
[
1
]
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Echinacea | Estados Unidos (nativos americanos) | Folha ou raiz | Antiofídica, antitussígena, antitérmica, útil no tratamento de dores na boca, gengiva e garganta, cólicas estomacais e intestinais, caxumba, varíola, sarampo, reumatismo e artrite. |
Infusão. |
- |
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[
2
]
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Referências bibliográficas
Ansiolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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- |
Doses para ensaio: 0 a 8 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos aos testes do labirinto em cruz elevado, medo condicionado, campo aberto, reconhecimento de objetos, preferência por lugar condicionado. |
Observou-se que E. angustifolia apresenta atividade ansiolítica.
|
[
1
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato etanólico. Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea e E. pallida. |
In vitro: Em macrófagos RAW 264.7 estimulados por lipopolissacarídeo (LPS) e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (NO) e fator de necrose tumoral (TNF-α), atividade da enzima arginase em microplaca, expressão da enzima óxido nítrico sintase induzida (iNOS) por Western blotting e viabilidade celular por MTS.
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Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade anti-inflamatória, principalmente a espécie E. pallida. |
[
11
] |
Raiz |
Extrato etanólico. Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea, E. pallida, E. simulata, E. sanguinea e E. tennesseensis. |
In vivo: Em monócitos/macrófagos (RAW 264.7) estimulados por lipopolissacarídeo (LPS) e incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de prostaglandina E2 (PGE2) por imunoensaio enzimático (EIA). |
Observou-se que os extratos de E. angustifolia, E. pallida, E. simulata e E. sanguinea apresentam atividade anti-inflamatória, pois inibe a produção de PGE-2, na concentração de 15 µg/mL. |
[
14
] |
Anti-inflamatória e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato etanólico. Outras espécies em estudo: Echinacea pallida e E. purpurea. Dose para ensaio: 130 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/c tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da presença de CD19 e CD49 em esplenócitos por citometria de fluxo, proliferação celular (esplenócitos e hemácias) induzida por mitógeno e detecção de citocinas (IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-12, IFN-γ e TNF-α) através do ensaio ELISA. |
Observou-se que os extratos vegetais em estudo apresentam atividade imunomoduladora e anti-inflamatória, especialmente as espécies E. angustifolia e E. pallida. |
[
13
] |
Raiz |
Pó: submetido a extração com diferentes solventes orgânicos (etanol à 95 e 100%, clorofórmio e hexano). Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea e E. pallida. Dose para ensaio: 130 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c tratados com os extratos vegetais e imunizados com glóbulos vermelhos de ovelha (SRBC), com posterior análise de parâmetros hematológicos, níveis de linfócitos (CD49 e CD19), citocinas (IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-12 e IFN-γ), células formadoras de placa, proliferação de linfócitos e atividade das células NK. |
Observou-se que E. angustifolia e E. pallida apresentam atividade imunomoduladora, bem com potente ação anti-inflamatória. |
[
18
] |
Antiapoptótica e Proliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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- |
Extrato etanólico (Polinacea®). Concentrações para ensaio: 0,1 a 1000 ng/mL. |
In vitro: Em células epiteliais mamárias (HC11 e BME-UV) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (WST-1), expressão proteica (STAT-5, MAPK, caspase 3 e tubulina) por Western blotting, quantificação da expressão do gene β-caseína por PCR em tempo real e atividade da proteína caspase III por fluorescência.
|
Observou-se que o extrato de E. angustifolia estimula a proliferação celular, além da ação antiapoptótica. |
[
12
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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- |
Extrato seco: associação das espécies Echinacea angustifolia e Echinacea purpurea. Dose para ensaio: 50 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de colite aguda induzida por ácido acético, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (MDA e CAT) e histopatológicos. |
Observou-se que a associação das espécies de Echinacea apresenta atividade antioxidante, sendo promissora para o tratamento da colite aguda. |
[
3
] |
Raiz e folha |
Extrato: 30 a 50 g do material vegetal (pó) em 400 a 500 mL de etanol à 85%. Rendimento: 5,4% (raiz) e 14,8% (folha). Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea (6,0% - raiz e 12,6% - folha) e E. pallida (8,6% - raiz e 10,4% - folha). |
In vitro: Determinar a capacidade de eliminar radicais livres (OH-). Em células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA) induzida por Fe2+.
|
Observou-se que todos os extratos apresentam atividade antioxidante, sendo os da raiz mais potentes na eliminação de radicais hidroxila, e os foliares na redução do estresse oxidativo. |
[
7
] |
Raiz |
Extrato metanólico. Outras espécies em estudo: Echinacea pallida e E. purpurea. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de eliminação de radicais livres (OH-, Cu2+, DPPH e ABTS), peroxidação lipídica e oxidação de LDL.
|
Observou-se que os extratos das diferentes espécies de Echinacea apresentam atividade antioxidante, pois impede a oxidação lipídica, e estimula a eliminação de radicais livres e quelação de metais. |
[
9
] |
Antiproliferativa e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato hidroalcoólico. Outra espécie em estudo: E. purpurea. Foram analisados 3 extratos: 1- E. purpurea (raiz); 2- E. purpurea (planta toda), e 3- E. purpurea (planta toda) associado com E. angustifolia. Doses para ensaio (in vivo): 0,4 mL/kg. |
In vitro: Em células tumorais MCF-7, HeLa e SBR incubadas com os extratos vegetais, e determinar a atividade antioxidante através dos radicais DPPH e ABTS. In vivo: Em ratos Wistar submetidos ao ensaio de edema de pata, ou portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com os extratos vegetais. |
Observou-se atividades anti-inflamatória, hipoglicemiante e antiproliferativa, para os extratos 1, 1 e 3, e 3, respectivamente. |
[
2
] |
Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Tintura (1:9): material vegetal (fresco) em etanol/água (50:50). Outras espécies em estudo: Echinacea laevigata, E. pallida e E. purpurea. |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico humano incubadas com as tinturas, com posterior análise dos níveis de TNF-α, IL-2, IL-10 e da proliferação celular.
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Observou-se que as tinturas apresentam atividade imunomoduladora, sendo E. laevigata a mais potente. |
[
4
] |
Raiz |
Extrato etanólico (1:2). Associação de Echinacea angustifolia (200 mg/mL) e Echinacea purpurea (300 mg/mL). |
In vitro: Em células leucêmicas linfóides humanas (Jurkat E6.1) transfectadas com genes pNF-kB (acoplados ao gene repórter Luciferase), estimuladas por LPS, incubadas com a associação dos extratos vegetais, com posterior realização do ensaio de Luciferase.
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Observou-se que o extrato contendo a associação de E. angustifolia e E. purpurea apresenta atividade imunomoduladora, pois estimula a expressão de NF-kB. |
[
5
] |
Raiz |
Extrato: 2 g do material vegetal em 18 mL de etanol à 50%, água quente ou a temperatura ambiente. Outras espécies em estudo: Echinacea pallida, E. purpurea, E. sanguinea e E. tennesseensis. |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico humano incubadas com os extratos vegetais, como posterior análise dos níveis de TNF-α, IL-10 e IL-12, e proliferação de linfócitos. Análise de efetividade dos extratos após processo de armazenamento à uma temperatura de 4°C/4 dias.
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Observou-se que todos os extratos apresentam atividade imunoestimulante (principalmente TNF-α), contudo, o extrato etanólico de E. angustifolia, é o mais potente. Após o processo de armazenamento, houve redução da efetividade, principalmente para o extrato aquoso à temperatura ambiente. |
[
6
] |
- |
Produto comercial (Triaco). Doses para ensaio: 0,01 a 0,3 mg. Outras espécies em estudo: Echinacea purpurea, Rhodiola rosea e R. quadrifida. |
In vivo: Em camundongos Balb/c tratados com os extratos vegetais, com posterior isolamento de esplenócitos e incubados com o mitógeno fitohemaglutinina (PHA). |
Observou-se que os extratos vegetais, em baixas doses, estimulam a proliferação celular na presença de PHA. |
[
10
] |
Raiz |
Extrato hidroalcoólico (PolinaceaTM). Padronizado com: > 4% de equinacosídeo, 5% de polissacarídeo de alto peso molecular e < 0,1% de isobutilamida. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 100 µg/mL, e (in vivo): 1 g/kg, via oral, e 0,1 g/kg, via intraperitoneal. |
In vitro: Em macrófagos murinos (J774) estimulados por TNF-α e incubados com com o extrato vegetal, na presença ou ausência de LPS, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (NO). Em linfócitos de ratos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de TNF-γ por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). In vivo: Em camundongos Balb/c infectados por Candida albicans, pré e pós-tratados com o extrato vegetal, com posterior monitoramento da infecção e mortalidade. |
Observou-se que o extrato de E. angustifolia apresenta atividade imunomoduladora. |
[
15
] |
Raiz |
Extrato: concentração de 1 g/mL de etanol. Outra espécie em estudo: Hydrastis canadensis. |
In vivo: Em ratos Srague-Dawley submetidos a administração intraperitoneal do extrato vegetal e antígeno KLH, com posterior análise dos níveis plasmáticos de IgM e IgG por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). |
Observou-se que o extrato de E. angustifolia estimula a produção de imunoglobulina IgG, enquanto que H. canadensis estimula a produção de IgM. |
[
16
] |
Metabolismo
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato. Associado ou não com o extrato de Echinacea purpurea (1:1). |
In vitro: Determinar a atividade da inibitória do citocromo P450 3A4 (CYP3A4) através do ensaio de microtitulação fluorométrica em placa.
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Neste estudo, dos 21 extratos vegetas, Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea, Prunus serotina, Sambucus canadenses, Serenoa repens, Silybum marianum, Valeriana officinalis, Ginkgo biloba, Glycyrrhiza glabra, Matricaria chamomilla e Trifolium pratense apresentam atividade inibitória significativa de CYP3A4. |
[
8
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
ácido caféico, p-cumárico, p-hidroxibenzóico e protocatéquico.
Ácidos orgânicos
verbascólico, clorogênico, cafeoil-etílico e derivados.
verbascólico, clorogênico, cafeoil-etílico e derivados.
Alcaloides pirrolizidínicos
tussilagina e isotussilagina.
Alquilamidas
isobutilamida.
Esteroides
Fenilpropanoides
equinacosídeo, verbascosídeo, cafeoilquinacosídeo, ácido clorogênico, ácido caftárico, ácido achicórico e cinarina.
Fitosteróis
β-sitosterol e estigmasterol.
Flavonoides
quercetina, camferol, patuletina-3-rutinosídeo, isoramnetina e seus glicosídeos.
Minerais
zinco e enxofre.
Óleos essenciais
borneol, acetato de bornila, humuleno, germacreno D, cariofileno, campferol, episiobunol, β-farneseno, α e β-pineno, mirceno e cariomenteno.
Outras substâncias
cafeína, alcamida, equinolona, betaína, vanilina, açúcar simples.
Polissacarídeos
inulina e arabinogalactano.
Proteínas
Taninos
Vitaminas
A, B1, B2, C e E.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Usar com cautela em pacientes portadores de doenças autoimunes. Há experiência de sua indicação em crianças a partir de 1 ano, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico. O uso continuo não deve ultrapassar 60 dias[2,6].
em gestantes, lactantes, portadores de doenças autoimunes (lúpus eritematoso e colagenoses) ou progressivas (esclerose múltipla, diabetes, AIDS e tuberculose) e pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae[1,2,4,5,6,7].
pode ocorrer erupções cutâneas, coceira, inchaço, dificuldade respiratória, tontura, tremores, febre, cefaleia, convulsão, ataxia, comprometimento da memória, hipersalivação e hipotensão. Em doses altas pode causar náuseas, vômitos, vertigens, irritação da faringe, asma, sialorreia e hepatite. O uso prologado pode provocar hepatotoxicidade[1,3,4,6].
apresenta moderada inibição da isoenzima CYP3A4. Não se deve associar com imunossupressores e corticosteroides (administrados para tratamento quimioterápico), bem como com esteroides anabolizantes, amiodarona, metotrexato, cetoconazol, devido ao risco de danos hepáticos[1,2,3,4,6,8].
Referências bibliográficas
prefere solos drenados e ricos em húmus [ 1 ] .
muito cultivada como ornamental [ 1 ] .
Referências bibliográficas