Sambucus nigra L.

Sabugueiro da Europa, sabugueirinho, sabugueiro negro e sabugueiro.

Família 
Informações gerais 

Originária da Europa, Ásia e África, cultivada na região Sul do Brasil. Atualmente, tem demonstrado promissor para a indústria alimentícia, na produção de compotas ou geleias, bem como devido as ações antioxidante e como corante. Suas principais indicações são: antigripal, expectorante, broncodilatadora, antirreumática, antitérmica, depurativa, diaforética, antiespasmódica, anti-inflamatória, antialérgica, venotônica, diurética, imunoestimulante, antisséptica, antiviral, laxativa, emoliente, cicatrizante, repelente de insetos, antioxidante e hipoglicemiante[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19].

Referências informações gerais
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 41.
2 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 253.
3 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 237-239.
4 - BARROS, L. F. Herbarium - Ewé. Maringá/RJ: Bábálawo ati Ojé Ifagbenusola Aworeni, 2014, p. 466.
5 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 253-254.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 287-289.
7 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 62-63.
8 - ULBRICHT, C. et al. An evidence-based systematic review of elderberry and elderflower (Sambucus nigra) by the Natural Standard Research Collaboration. J Diet Suppl, v. 11, n. 1, p.80-120, 2014. doi: 10.3109/19390211.2013.859852
9 - HAWKINS, J. et al. Black elderberry (Sambucus nigra) supplementation effectively treats upper respiratory symptoms: a meta-analysis of randomized, controlled clinical trials. Complement Ther Med, v. 42, p.361-365, 2019. doi: 10.1016/j.ctim.2018.12.004
10 - AKRAM, M. et al. Antiviral potential of medicinal plants against HIV, HSV, influenza, hepatitis, and coxsackievirus: a systematic review. Phytother Res, v. 32, n. 5, p.811-822, 2018. doi: 10.1002/ptr.6024
11 - VLACHOJANNIS, J. E. et al. A systematic review on the sambuci fructus effect and efficacy profiles. Phytother Res, v. 24, n. 1, p.1-8, 2010. doi: 10.1002/ptr.2729
12 - DOMÍNGUEZ, R. et al. Potential use of elderberry (Sambucus nigra L.) as natural colorant and antioxidant in the Food Industry. A review. Foods, v. 10, n. 11, p.1-16, 2021. doi: 10.3390/foods10112713
13 - ASGARY, S.; POURAMINI, A. The pros and cons of using elderberry (Sambucus nigra) for prevention and treatment of COVID-19. Adv Biomed Res, v. 11, p.1-5, 2022. doi: 10.4103/abr.abr_146_21
14 - SILVEIRA, D. et al. COVID-19: Is there evidence for the use of herbal medicines as adjuvant symptomatic therapy? Front Pharmacol, v. 11, p.1-44, 2020.  doi: 10.3389/fphar.2020.581840
15 - PORTER, R. S.; BODE, R. F. A Review of the antiviral properties of black elder (Sambucus nigra L.) products. Phytother Res, v. 31, n. 4, p.533-554, 2017. doi: 10.1002/ptr.5782
16 - JARIĆ, S. et al. Traditional wound-healing plants used in the Balkan region (Southeast Europe). J Ethnopharmacol, v. 211, p.311-328, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2017.09.018
17 - BOSCARO, V. et al. Evidence-based anti-diabetic properties of plant from the Occitan Valleys of the Piedmont Alps. Pharmaceutics, v. 14, n. 11, p.1-47, 2022. doi: 10.3390/pharmaceutics14112371
18 - WRIGHT, C. I. et al. Herbal medicines as diuretics: a review of the scientific evidence. J Ethnopharmacol, v. 114, n. 1, p.1-31, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2007.07.023
19 - SAIFULAZMI, N. F. et al. A review with updated perspectives on the antiviral potentials of traditional medicinal plants and their prospects in antiviral therapy. Life (Basel), v. 12, n. 8, p.1-38, 2022. doi: 10.3390/life12081287
Descrição da espécie 

Arvoreta a arbusto com até 10 m de altura, muito ramificado, de copa irregular, com galhos contendo látex branco, casca do tronco de coloração marrom clara a cinza, fissurado, enquanto que os ramos jovens apresentam coloração verde e coberto de lentículas acinzentadas, possui raízes rasas; folhas pecioladas, opostas, imparipinadas, compostas de 5 a 13 folíolos,  com 5 a 30 cm de comprimento x 3 a 5 cm de largura, ovalados ou oblongos, acuminados, lanceolados, glabros, com as margens densamente serrilhadas, assimétricos, de coloração verde fosco na parte adaxial e verde azulado claro na abaxial; flores em amplas cimeiras corimbosas terminais, pequenas, de cor branca a branco-amarelada, unissexuais, com aroma entorpecente; frutos em pequenas drupas, verdes (quando imaturos), violáceos-negros, brilhantes e suculentos (quando maduros), ovalado a globoso, de 3 a 7,5 mm de diâmetro, contendo de 2 a 5 sementes ovais e de cor acastanhadas[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 217.
2 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 253.
3 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 288.
4 - BOSCARO, V. et al. Evidence-based anti-diabetic properties of plant from the Occitan Valleys of the Piedmont Alps. Pharmaceutics, v. 14, n. 11, p.1-47, 2022. doi: 10.3390/pharmaceutics14112371
5 - WRIGHT, C. I. et al. Herbal medicines as diuretics: a review of the scientific evidence. J Ethnopharmacol, v. 114, n. 1, p.1-31, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2007.07.023
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Sabugueiro Brasil Flor

No tratamento de gripes e resfriados.

 Infusão: 3g (1 colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá) de água.

Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia.

Cautela ao associar com diuréticos, glicosídeos, cardiotônicos e anti-hipertensivos, pois é altamente diurética. Não utilizar na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Sabugueiro Turquia Folha

No tratamento da influenza.

Infusão. 

-

-

[ 2 ]
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella Itália (Marche, Abruzos e Lácio) Flor

Antiasmática e antitussígena.

Decocção ou infusão: adicionar mel.

-

-

[ 3 ]
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella Itália (Marche, Abruzos e Lácio) Folha

No tratamento de afecções cutâneas (espinhas).

-

Uso externo.

-

[ 3 ]
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella Itália (Marche, Abruzos e Lácio) Flor e folha

No tratamento de inflamações oculares.

Decocção ou infusão: associar com camomila.

-

-

[ 3 ]
- Região dos Bálcãs e do Mediterrâneo -

No tratamento de doenças de pele.

-

-

-

[ 4 ]
Albero delle streghe Ancona (Itália) Flor

Antitussígena.

Infusão.

-

-

[ 5 ]
Albero delle streghe Ancona (Itália) Flor

No tratamento de abcessos.

Decocção.

-

-

[ 5 ]
Albero delle streghe Ancona (Itália) Brotos

Emoliente (tratamento de rachaduras nas mãos).

Maceração em azeite.

-

-

[ 5 ]
- Kopaonik (Sérvia) Flor

Diurética, antisséptica, anticatarral, anti-inflamatória, antitérmica, expectorante, no tratamento de gripes e resfriados.

-

-

-

[ 6 ]
Shtogu, zova e bos zova Albânia, Bósnia e Gorani Flor

Antitussígena, expectorante, antiperspirante e no tratamento de bronquite.

Infusão. 

-

-

[ 7 ]
- Sérvia (região Timok e Svrljig) Folha

Antitussígena, expectorante, hipoglicemiante, calmante, no tratamento de feridas cutâneas e bronquite.

Chá, tintura e unguento. 

-

-

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 224.
2 - SARGIN, S. A. et al. Potential anti-influenza effective plants used in Turkish folk medicine: a review. J Ethnopharmacol, v. 265, p.1-23, 2021.  doi: 10.1016/j.jep.2020.113319
3 - GUARRERA, P. M. Traditional phytotherapy in Central Italy (Marche, Abruzzo, and Latium). Fitoterapia, v. 76, n. 1, p.1-25, 2005. doi: 10.1016/j.fitote.2004.09.006
4 - TSIOUTSIOU, E. E. et al. Medicinal plants used traditionally for skin related problems in the South Balkan and East Mediterranean Region-a review. Front Pharmacol, v. 13, p.1-33, 2022. doi: 10.3389/fphar.2022.936047
5 - LUCCHETTI, L. et al. Ethnobotanical uses in the Ancona district (Marche region, Central Italy). J Ethnobiol Ethnomed, v. 15, n. 1, p.1-33, 2019.  doi: 10.1186/s13002-019-0288-1
6 - JARIĆ, S. et al. An ethnobotanical study on the usage of wild medicinal herbs from Kopaonik Mountain (Central Serbia). J Ethnopharmacol, v. 111, n. 1, p.160-175, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.11.007
7 - MUSTAFA, B. et al. A cross-cultural comparison of folk plant uses among Albanians, Bosniaks, Gorani and Turks living in south Kosovo. J Ethnobiol Ethnomed, v. 11, p.1-26, 2015. doi: 10.1186/s13002-015-0023-5
8 - MATEJIĆ, J. S. et al. Traditional uses of autochthonous medicinal and ritual plants and other remedies for health in Eastern and South-Eastern Serbia. J Ethnopharmacol, v. 261, p.1-28, 2020. doi: 10.1016/j.jep.2020.113186

Anti-hipertensiva e Antioxidante

Anti-hipertensiva e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em 700 mL de etanol. Dose para ensaio: 0,046 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por L-NAME, tratados com o extrato vegetal e aliscireno (inibidor da enzima renina) em associação ou não, com posterior análise da capacidade antioxidante extracelular (CAT), níveis de HDL e medidas da pressão arterial (sistólica e diastólica).

O extrato etanólico de S. nigra apresenta atividade anti-hipertensiva e antioxidante, demonstrando sinergismo com o inibidor da enzima renina.

[ 8 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor e fruto

Extrato: 30 g do material vegetal em diclorometano, etanol a 96%, etanol a 50%, água a 50°C e água a 100°C. Concentrações para ensaio: 0,1 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em cultura macrófagos (RAW 264.7) e de células dendríticas (D2SC/I) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular, e pré-incubadas com LPS para avaliar os níveis de óxido nítrico.

 

O extrato etanólico (a 96%) da folha de S. nigra apresenta atividade anti-inflamatória mais potente (reduz a produção de óxido nítrico), contudo, todos os extratos demonstram ausência de citotoxicidade.

[ 12 ]
Flor

Extrato: 2.5 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água.

In vitro:

Em culturas de células THP-1 monocíticas humanas diferenciadas em macrófagos, incubados cepas de Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitans, LPS e fímbrias, na presença ou não do extrato vegetal, com posterior análise da indução oxidativa (fluorescência), produção de citocinas e ativação de proteínas integrinas (ELISA).

 

O extrato de S. nigra apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe, principalmente, a ativação de NF-kB e PI3K, sendo promissor para o tratamento da periodontite.

[ 20 ]
Folha e flor

Extrato: material vegetal (seco) em água ou metanol (frações: hexano, clorofórmio, n-butanol e água). Concentrações para ensaio: 1 a 30 g/mL. Cistus laurifolius, Clematis flammna, Crataegus orientalis, Daphne oleoides ssp. oleoides, Ecbalium elaterium, Rosa canina, Rubus discolor, R. hirtus e Sambucus ebulus.

In vitro:

Em cultura de células mononucleares periféricas de humanos estimuladas por LPS, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis das citocinas IL-1α, IL-1β e TNF-α (ELISA).

 

Neste estudo, a espécie Daphne oleoides ssp. oleoides apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, contudo, S. nigra (extrato metanólico e frações apolares das folhas) também demonstra efetividade, pois inibe, principalmente, a síntese de TNF-α.

[ 21 ]

Anticonvulsivante

Anticonvulsivante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto, Folha e casca

Extrato: material vegetal (triturado) em metanol. Doses para ensaio: 250, 500 e 1000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos submetidos a crises convulsivas induzidas por pentilenotetrazol e eletrochoque, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do período de latência e duração das convulsões, porcentagem de mortes e extensão tônica dos membros posteriores (ocorrência e duração).

Os extratos metanólicos da casca e folha apresentam atividade anticonvulsivante, principalmente nas doses de 500 e 1000 mg/kg, respectivamente.

[ 9 ]

Antidepressiva

Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha, Flor e fruto

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em metanol. Outra espécie em estudo: Sambucus ebulus. Doses para ensaio: 200 a 1200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de natação forçada e suspensão da cauda.

Os extratos de S. nigra (folha e fruto) apresentam atividade antidepressiva mais potente, dose-dependente.

[ 3 ]

Antimicrobiana e Antitumoral

Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: 5 g do material vegetal (seco) em 250 mL de água, em temperaturas de 50, 70 e 90°C. Concentrações para ensaio: 0 a 2500 µg/mL; 64 a 33000 µg/L.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em culturas de Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella oxytoca, K. pneumoniae, Staphylococcus aureus, S. epidermidis e Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração bactericida mínima (CBM) e concentração fungicida mínima (CFM).

Em culturas de células de carcinoma humano do cólon (RKO, HCT116 e Caco-2) incubadas com o extrato vegetal (90°C), com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e proliferação celular na presença ou não de H2O2 (Teste do Cometa).

 

O extrato aquoso de S. nigra (90°C, maior concentração de compostos fenólicos) apresenta atividade antioxidante, antimicrobiana (S. aureus e S. epidermidis), antiproliferativa e antigenotóxica (RKO).

[ 2 ]

Antinociceptiva e Hipoglicemiante

Antinociceptiva e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência

Extrato aquoso: por maceração. Doses para ensaio: 50 a 200 mg/kg. Outra espécie em estudo: Ferula hermonis.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados (aguda e subcrônica) com os extratos vegetais, com posterior análise da neuropatia diabética através dos testes de placa quente, movimento da cauda e de filamentos de Von Frey, e níveis plasmáticos de CAT.

Os extratos de S. nigra e F. hermonis apresenta atividade hipoglicemiante, antioxidante e antinociceptiva.

[ 7 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato aquoso (liofilizado): a partir da polpa do fruto. Concentrações para ensaio: 0,01 a 10 mg/mL.

In vitro:

Determinar a capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC) dos extratos vegetais, submetidos ou não ao processo de digestão gastrointestinal (in vitro).

Determinar a mutagenicidade dos extratos vegetais em cultura de Salmonella typhimurium (Teste Ames).

Em cultura de células do cólon (NCM460) incubadas com os extratos vegetais (submetidos ou não ao processo de digestão gastrointestinal), com posterior análise da citotoxicidade (MTT), produção de espécies reativas ao oxigênio na presença ou não de peroxido de hidrogênio (DCFH-DA) e danos ao DNA (Cometa).

 

O extrato de S. nigra atividade antioxidante, além de reduzir a mutagenicidade em células do cólon, mesmo após o processo de digestão gastrointestinal.

[ 18 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e fruto

Extrato: 150 g do material vegetal (pó) em 350 mL de metanol. Concentrações para ensaio: 5 a 50 mg/mL.

In vitro:

Em cultura de Toxoplasma gondii (taquizoíto) isolados de macrófagos peritoneais de camundongos, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade dos taquizoítos (Azul tripano).

 

O extrato dos frutos de S. nigra apresenta atividade antiparasitária mais potente, concentração e tempo dependentes.

[ 4 ]

Antiproliferativa (displasia oral)

Antiproliferativa (displasia oral)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 3,5 g do material vegetal (triturado) em 100 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal (AgNS). Concentrações para ensaio: 0 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de queratinócitos orais displásicos humanos (DOK) e de fibroblastos gengivais de humanos (HGF) incubados com o extrato vegetal e AgNS, com posterior análise da viabilidade celular (MTS), apoptose (anexina/iodeto de propídio), expressão de p53, BAX, BCL2, AKT, LC3B, γH2AX e NFk-B (Western blotting), nível de MDA (método fluorimétrico), TNF-α e proteína lisada (ELISA), e microscopia eletrônica de transmissão (MET).

 

As AgSN reduzem a viabilidade de células DOK, principalmente por necrose e autofagia, e estimulam a proliferação de células HGF, sendo promissoras para o tratamento da displasia oral.

[ 10 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: 1 g do material vegetal (fresco) em 10 mL de água. Concentrações para ensaio: 0 a 550 µg/mL. Outras espécies em estudo: Urtica dioica e Parietaria officinalis.

In vitro:

Em células renais de felinos (CrFK) incubadas com os extratos vegetais, e infectadas por vírus da imunodeficiência felina (com características biológicas e patogênicas semelhantes às do vírus da imunodeficiência humana), com posterior análise do número de sincícios (corante cristal violeta) e viabilidade celular (microscopia).

 

Os extratos vegetais apresentam atividade antiviral, devido à redução de formação de sincícios.

[ 11 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

PerioPatch® (adesivo dentário): associação dos extratos de Centella asiatica, Echinacea purpurea e Sambucus nigra.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a incisão no maxilar anterior (região edêntula), tratados com o adesivo dentário, com posterior análise histológica e imuno-histoquímica (CD-68).

O adesivo dentário contendo os extratos de C. asiatica, E. purpurea e S. nigra apresenta atividade cicatrizante.

[ 17 ]

Diurética e Natriurética

Diurética e Natriurética
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em água. Dose para estudo: 50 mg/kg. Outras espécies em estudo: Arctostaphylos uva-ursi, Ortho siphon stamineus e Hieracium pilosella.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros urinários (volume, pH, sódio e potássio).

Os extratos vegetais apresentam atividade diurética, contudo, apenas o extrato de S. nigra demonstra ação natriurética.

[ 14 ]

Estimulante da liberação de hormônios ovarianos

Estimulante da liberação de hormônios ovarianos
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor e fruto

Extrato: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 80% (v/v). Concentrações para ensaio: 12,5 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células ovariana de humanos (HGL5) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (Azul Alamar), níveis de 17β-estradiol e progesterona (ELISA).

 

Os extratos de S. nigra estimulam a liberação de hormônios ovarianos (esteroidogênese) concentração dependente, potencializando assim a fertilidade feminina.

[ 13 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: infusão de 1 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Concentrações para ensaio: 0,25 a 1 g/L.

In vitro:

Em cultura de células pancreáticas clonais de ratos incubadas com glicose, na presença ou não de extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de insulina e da viabilidade celular.

Em músculo abdominal isolado de camundongos incubados com o extrato vegetal e glicose, na presença ou ausência de insulina, com posterior análise dos níveis de glicose extracelular (não transportada), oxidação da glicose e glicogênese.

 

O extrato de S. nigra apresenta atividade hipoglicemiante, pois aumenta a secreção de insulina, bem como o transporte de glicose, a oxidação e a glicogênese na ausência de insulina.

[ 6 ]
Fruto

Extrato: 850 g do material vegetal (liofilizado) em diclorometano por Soxhlet. Fração: apolar e polar. Concentração para ensaio (in vitro): 2%. Doses para ensaio (in vivo): 190 e 350 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS.

Determinar a toxicidade em cultura de Aliivibrio fischeri através do ensaio de bioluminescência.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzida por estreptozotocina, suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (hematológico, glicose, creatinina, ureia, LDL, HDL, ALT, ALP e AST) e níveis de oligoelementos (Fe, Cu e Zn) no plasma e órgãos (fígado, rins, coração, baço, pâncreas, testículos e ossos femorais).

Os extratos (apolar e polar) de S. nigra apresentam atividade hipoglicemiante, pois modula o metabolismo de glicose e reduz a secreção de insulina, respectivamente, além da ausência de toxicidade.

[ 15 ]
Flor

Extratos: material vegetal (liofilizado e pulverizado) em diclorometano, etanol a 96%, etanol a 50% e água. Concentrações para ensaio: 12,5 a 50 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Determinar a atividade inibitória das enzimas α-glicosidase e α-amilase.

Em cultura de células humanas esqueléticas e de carcinoma hepatocelular (HepG2, HB-8065) incubadas com glicose, ácido oleico e extratos vegetais, com posterior análise da absorção celular de glicose e ácido oleico (radioatividade).

 

O extrato etanólico a 96% apresenta atividade hipoglicemiante mais potente, pois estimula a absorção de glicose e ácido oleico, dose-dependente, além de inibir atividade das enzimas α-glicosidase e α-amilase.

[ 16 ]

Hipoglicemiante e Hipolipemiante

Hipoglicemiante e Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato. Doses para ensaio: 0,25 e 1,25% da dieta, correspondendo a 0,034 (20 a 40 mg/kg) e 0,17% (100 a 200 mg/kg) (p/p) de antocianina, respectivamente.

In vivo:

Em camundongos (C57BL/6J) portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, suplementados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, NEFA, TAG, ALT, MCP-1, IL-6, TNF-α, PAI-1, glicose, insulina, adiponectina e resistina) e histológicos (hepático e tecido adiposo epididimal), extração e análise de lipídeos hepáticos, expressão gênica do tecido hepático, músculo esquelético e tecido adiposo (RT-PCR).

O extrato de S. nigra apresenta atividade hipoglicemiante, anti-inflamatória e hiperlipidêmica, sendo promissor para o tratamento de distúrbios metabólicos.

[ 19 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: maceração do material vegetal (triturado) em água, etanol e metanol. Rendimento: 2, 1,5 e 5%, respectivamente. Concentrações para ensaio: 1 a 500 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de absorção de radicais oxigênio (ORAC) e eliminação do radical DPPH.

Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (corante cristal violeta), nível intracelular de espécies reativas ao oxigênio (Método DCFH-DA), GSH (ensaio fluorométrico), atividade das enzimas GPx e GR (substrato t-BOOH) e expressão de LC3B, 70S6K e ULK1 (Western blotting).

 

Os extratos, aquoso e etanólico, apresentam atividade neuroprotetora, devido a ação antioxidante mais potente, via inibição de mTORC1 (controla a síntese de proteínas), estimulando a autofagia. 

[ 1 ]
Ensaios toxicológicos

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea e raiz

Cápsula (Sambucus Force®): cada cápsula contém 169 mg de extrato seco de Sambucus nigra, 169 mg de extrato seco de Echinacea purpurea, 10 mg de extrato seco de Olea europaea e 18,7 mg de gelatina.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima CYP3A4, na presença de testosterona como substrato, após tratamento com os fitoterápicos.

 

O fitoterápico Sambucus Force® inibe a enzima CYP3A4, com baixa intensidade, contudo, altas doses pode potencializar as interações medicamentosas.

[ 5 ]

Teste de mortalidade

Teste de mortalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha, Flor e fruto

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em metanol. Outra espécie em estudo: Sambucus ebulus. Doses para ensaio: 3 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de mortalidade.

Os extratos de S. nigra e S. ebulus não apresenta mortalidade até a dose de 3 mg/kg.

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - PALOMINO, O. et al. Biological actions and molecular mechanisms of Sambucus nigra L. in neurodegeneration: a cell culture approach. Molecules, v. 26, n. 16, p.1-18, 2021. doi: 10.3390/molecules26164829
2 - FERREIRA-SANTOS, P. et al. Chemical characterization of Sambucus nigra L. flowers aqueous extract and its biological implications. Biomolecules, v. 11, n. 8, p.1-22, 2021. doi: 10.3390/biom11081222
3 - MAHMOUDI, M. et al. Antidepressant activities of Sambucus ebulus and Sambucus nigra. Eur Rev Med Pharmacol Sci, v. 18, n. 22, p.3350-3351, 2014.
4 - DARYANI, A. et al. Anti-Toxoplasma activities of methanolic extract of Sambucus nigra (Caprifoliaceae) fruits and leaves. Rev Biol Trop, v. 63, n. 1, p.7-12, 2015.
5 - SCHORODER-AASEN, T. et al. In vitro inhibition of CYP3A4 by the multiherbal commercial product Sambucus Force and its main constituents Echinacea purpurea and Sambucus nigra. Phytother Res, v. 26, n. 11, p.1606-1613, 2012. doi: 10.1002/ptr.4619
6 - GRAY, A. M. et al. The traditional plant treatment, Sambucus nigra (elder), exhibits insulin-like and insulin-releasing actions in vitro. J Nutr, v. 130, n. 1, p.15-20, 2000. doi: 10.1093/jn/130.1.15
7 - RAAFAT, K.; EL-LAKANY, A. Acute and subchronic in-vivo effects of Ferula hermonis L. and Sambucus nigra L. and their potential active isolates in a diabetic mouse model of neuropathic pain. BMC Complement Altern Med, v. 15, p.1-14, 2015. doi: 10.1186/s12906-015-0780-7
8 - CIOCOIU, M. et al. The beneficial effects on blood pressure, dyslipidemia and oxidative stress of Sambucus nigra extract associated with renin inhibitors. Pharm Biol, v. 54, n. 12, p.3063-3067, 2016. doi: 10.1080/13880209.2016.1207088
9 - ATAEE, R. et al. Anticonvulsant activities of Sambucus nigra. Eur Rev Med Pharmacol Sci, v. 20, n. 14, p.3123-3126, 2016.
10 - FILIP, G. A. et al. Biosynthesis of silver nanoparticles using Sambucus nigra L. fruit extract for targeting cell death in oral dysplastic cells. Mater Sci Eng C Mater Biol Appl, v. 123, p.1-13, 2021. doi: 10.1016/j.msec.2021.111974
11 - MANGANELLI, R. E. U. et al. Antiviral activity in vitro of Urtica dioica L., Parietaria diffusa M. et K. and Sambucus nigra L. J Ethnopharmacol, v. 98, n. 3, p.323-327, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2005.01.021
12 - HO, G. T. T. et al. Elderberry and elderflower extracts, phenolic compounds, and metabolites and their effect on complement, RAW 264.7 macrophages and dendritic cells. Int J Mol Sci, v. 18, n. 3, p.1-17, 2017. doi: 10.3390/ijms18030584
13 - BALDOVSKA, S. et al. Ovarian steroid hormone secretion by human granulosa cells after supplementation of Sambucus nigra L. extract. Physiol Res, v. 70, n. 5, p.755-764, 2021. doi: 10.33549/physiolres.934680
14 - BEAUX, D. et al. Effect of extracts of Orthosiphon stamineus Benth, Hieracium pilosella L., Sambucus nigra L. and Arctostaphylos uva-ursi (L.) Spreng. in rats. Phytother Res, v. 13, n. 3, p.222-225, 1999. doi: 10.1002/(SICI)1099-1573(199905)13:3<222::AID-PTR447>3.0.CO;2-P
15 - SALVADOR, A. C. et al. Effect of elderberry (Sambucus nigra L.) extract supplementation in STZ-induced diabetic rats fed with a high-fat diet. Int J Mol Sci, v. 18, n. 1, p.1-19, 2016. doi: 10.3390/ijms18010013
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17 - CHAUSHU, L. et al. Evaluation of a topical herbal patch for soft tissue wound healing: an animal study. J Clin Periodontol, v. 42, n. 3, p.288-293, 2015. doi: 10.1111/jcpe.12372
18 - OLEJNIK, A. et al. Gastrointestinal digested Sambucus nigra L. fruit extract protects in vitro cultured human colon cells against oxidative stress. Food Chem, v. 197, p.648-657, 2016. doi: 10.1016/j.foodchem.2015.11.017
19 - FARRELL, N. J. et al. Black elderberry extract attenuates inflammation and metabolic dysfunction in diet-induced obese mice. Br J Nutr, v. 114, n. 8, p.1123-1131, 2015. doi: 10.1017/S0007114515002962
20 - HAROKOPAKIS, E. et al. Inhibition of proinflammatory activities of major periodontal pathogens by aqueous extracts from elder flower (Sambucus nigra). J Periodontol, v. 77, n. 2, p.271-279, 2006. doi: 10.1902/jop.2006.050232
21 - YEŞILADA, E. et al. Inhibitory effects of Turkish folk remedies on inflammatory cytokines: interleukin-1alpha, interleukin-1beta and tumor necrosis factor alpha. J Ethnopharmacol, v. 58, n. 1, p.59-73, 1997. doi: 10.1016/s0378-8741(97)00076-7

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 60, 2011. 
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 81-82, 2018.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 180-183, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Base de sabonete de glicerina (hipoalergênica)

 q.s.p. 1 kg

Achillea millefolium (tintura ou alcoolatura)

20 mL

Matricaria chamomilla (tintura ou alcoolatura)

20 mL

Sambucus nigra (tintura ou alcoolatura)

20 mL

Essência para sabonete (opcional)

3 mL

 
Modo de preparo

Picar a base em pedacinhos pequenos e levar em recipiente de ágata se for para derreter em chapa elétrica, caso contrário, derreter em banho-maria. Quando estiver toda derretida, colocar as tinturas/alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Deixar esfriar até 50º e colocar a essência (opcional). Colocar em formas e esperar 60 minutos para desenformar. Embrulhar em filme plástico e etiquetar.

Principais indicações

Anti-inflamatória e antialérgica.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 338-339.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

clorogênico, ferúlico, p-cumárico e cafeico.

Ácidos graxos

linoleico, linolênico, palmítico, hexanóico, nonanóico, oleico, esteárico, beénico e lignocérico.

Ácidos orgânicos

cítrico, málico, tartárico, fumárico, chiquímico e valérico.

Açúcares

ramnose e celobiose.

Alcaloides

sambucina.

Aminoácidos

asparagina, glutamina, valina e leucina.

Antocianinas

crisanthemina, sambucianina e antirrinina.

Fitosteróis

sitosterol, estigmasterol e campesterol.

Flavonoides

rutina, quercetina, isoquercetina, eldrina, caempferol, astragalina, nicotoflorina, naringenina, luteolina, catequina, epicatequina e isoramnetina.

Glicosídeos cianogênicos

sambunigrina, prunasia, zierina e holocalina.

Minerais

potássio.

Óleos essenciais

linalol, nerol e geraniol.

Outras substâncias

colina, lectina e ácido siálico.

Polissacarídeos

mucilagem e pectina.

Proteínas

plastocinina e nigrina b.

Resinas

Taninos

Triterpenos

α e β-amirina, betulina, ácido ursólico e ácido oleanólico.

Vitaminas

A e C.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 219.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 246.
3 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 237.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 253.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 288.
6 - FERREIRA-SANTOS, P. et al. Chemical characterization of Sambucus nigra L. flowers aqueous extract and its biological implications. Biomolecules, v. 11, n. 8, p.1-22, 2021. doi: 10.3390/biom11081222
7 - DE BENITO, F. M. et al. Isolation and partial characterization of a novel and uncommon two-chain 64-kDa ribosome-inactivating protein from the bark of elder (Sambucus nigra L.). FEBS Lett, v. 13, n. 1, p.85-91, 1997. doi: 10.1016/s0014-5793(97)00882-x
8 - CHRISTENSEN, K. B. et al. Identification of bioactive compounds from flowers of black elder (Sambucus nigra L.) that activate the human peroxisome proliferator-activated receptor (PPAR) gamma. Phytother Res, v. 24, n. Suppl. 2, p.S129-S132, 2010. doi: 10.1002/ptr.3005

Propagação: 

por sementes e estacas. As sementes devem ser submetidas ao processo de estratificação para a quebra da dormência, que consiste em coloca-las em sementeiras de plástico, contendo areia umedecida, por 90 dias, em temperatura de 15 a 8°C (ambiente de câmara fria). Posteriormente, coloca-se a sementeira em temperatura ambiente, com irrigação diária. Quando as sementes iniciarem a germinação, deve-se transferi-las para sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), permanecendo em viveiro (sombrite 50%) por aproximadamente 2 meses. Em seguida, as mudas devem ser transferidas para local definitivo, a pleno sol, em covas de 15x15 cm e adubadas com ½ kg de esterco, com espaçamento de 2 m entre plantas e 2 m entre linhas. A propagação por estacas é realizada com ramos não lenhosos, com 20 cm de comprimento, contendo no mínimo de 4 gemas, em que 2 gemas devem ser introduzidas dentro do saco plástico contendo o substrato e 2 gemas devem permanecer com os pares de folhas cortadas ao meio. Após 2 meses em viveiro as mudas devem ser transferidas para local definitivo, seguindo o mesmo processo para as mudas produzidas por sementes [ 1 ] .

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Esta espécie prefere temperatura amenas, mas adapta-se bem em temperaturas elevadas. Desenvolve-se melhor em solo arenoso-argiloso, permeável, bem drenado e rico em matéria orgânica, contudo, adapta-se facilmente em qualquer tipo de solo [ 1 ] .

Colheita: 

os pedúnculos florais devem ser colhidos em dias ensolarados e quentes, quando as flores iniciam o processo de abertura, posteriormente, devem ser destacadas manualmente dos pedúnculos. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada na lua cheia. Os frutos maduros devem ser colhidos manualmente, sendo retiradas as sementes, e seguidamente, lavadas com água corrente. As sementes devem ser expostas a secagem em peneira de malha de 3mm/48 horas e acondicionadas em frascos de vidro corretamente identificados. O armazenamento das sementes deve ser realizado a temperatura ambiente por 1 ano [ 1 ] .

Pós-colheita: 

o fitoterápico pode ser produzido a partir das flores frescas ou secas. A secagem deve ser realizada em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/48 horas e armazenadas em ambiente não úmido, por período de 6 meses. Não é necessário moer a droga vegetal para o preparo do fitoterápico [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 218.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2017
Arquivo: PDF icon Download (505.71 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2002
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Referências bibliográficas

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