Originária da África tropical, e é exportada para todo o mundo, devido ao seu potente efeito laxativo, comprovado cientificamente[1,2,3,4,5].
Planta arbustiva, perene, com 1,2 a 1,5 m de altura, ereta e glabra; folhas pinadas, compostas de dois pares de folíolos ovado-oblíquos, obtuso-acuminados, coriáceos, com cerca de 6 a 8 cm de comprimento, glabros e vernicosos na face superior e amarelado pubescente na inferior, com uma glândula pequena entre cada par de folíolos; flores amarelo-claro, em rácimos curtos, dispostas em panículas terminais; fruto tipo folículo, elípticos, reniformes, contendo 7 a 9 sementes[1].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | |
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Sena | Ceará (Brasil) | Folha |
Laxante e purgativa. |
Laxante: 1 a 5 g (1 colher de café) do pó. Purgativa: 10 a 15 g (1 colher de sobremesa até 1 colher de sopa) do pó das folhas. Pode-se preparar por infusão.
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Uso interno. Adicionar açúcar, se desejar. |
Em altas doses, recomenda-se lavar rapidamente o pó ou as folhas ainda inteiras com etanol, para a remoção da resina existente nas folhas que é a responsável por causar cólicas. Apresenta ação nefrotóxica em altas doses, por isso não deve ser usada na forma de lambedor, especialmente em crianças. |
[
1
] |
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Sene | Brasil | Folha |
No tratamento de constipação intestinal eventual. |
Decocção: 1 g (1 colher de café) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara de chá antes de dormir. |
Não usar em caso de obstrução e inflamação intestinal (doença de Chron), colite, apendicite, refluxo ou dor abdominal. Não usar por mais de 4 semanas, pois pode provocar diarreia, lesão intestinal e perda de eletrólitos. Em altas doses ocorre desconforto gastrointestinal. Não utilizar em associação com glicosídeos cardiotônicos, e não usar na gravidez e lactância. |
[
2
] |
|
Sana sana | Cordofão do Norte (Sudão) | Raiz |
Antidisentérica. |
Decocção. |
- |
- |
[
3
] |
|
Sanu | Randa (Djibouti) | Folha |
No tratamento de prisão de ventre, lesões e doenças de pele. |
Pasta das folhas (uso externo). Maceração: triturar as folhas e deixar por 30 minutos na água (uso interno). |
Aplicar no local (pasta). Uso interno (macerado). |
- |
[
4
] |
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Senna | Newcastlhe (Kwa-Zulu Natal/África do Sul) | Folha |
Hipoglicemiante. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
5
] |
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato etanólico: 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de etanol à 50%. Rendimento: 23%. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 mg/orelha. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos ao edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA), oxazolona, ácido araquidônico e fosfolipase A2 (Naja naja). |
Observou-se que o extrato etanólico de C. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória, exceto para fosfolipase A2. |
[
6
] |
Antioxidante e Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de material vegetal em água e solventes orgânicos (metanol, etanol, acetona e acetato de etila). |
In vitro: Em cepas de Acinetobacter junii, Serratia mercescens, Enterobacter cloacae, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella typhi e Candida albicans para análise antimicrobiana pelo método disco-difusão em ágar e antioxidante através do radical DPPH.
|
Observou-se que os extratos de C. angustifolia apresentam atividade antioxidante significativa, e antimicrobiana principalmente para E. cloacae, P. aeruginosa, S. mercencens e S. typhi. |
[
1
] |
Contraceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato etanólico: Cassia agustifolia, Carum copticum (semente), Terminalia chebula (fruto), Embelia ribes (fruto) e Glycyrrhiza glabra (raiz). Dose para ensaio: 1 g/kg. |
In vivo: Em ratos e ratas Sprague-Dawley tratados com extrato vegetal e submetidos a análise de fertilidade (ciclo espermatogênico e ciclo pré e pós-implantação). |
Observou-se que o extrato vegetal não altera os paramentos de fertilidade masculina, contudo houve redução do número de implantação (embriões) nas ratas. |
[
7
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 3 g do material vegetal (pó) em 30 mL de acetona, metanol, hexano ou acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1 mg/mL. |
In vitro: Avaliação da atividade estimulante da insulina, e das enzimas α-amilase e α-glucosidase.
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Os extratos de C. angustifolia não alteraram os níveis de insulina, contudo houve ação inibitória das enzimas em estudo, principalmente para o extrato de hexano. |
[
5
] |
Laxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato aquoso: infusão de 2 g do material vegetal (pó) em 50 mL de água. Doses para ensaio: entre 1,5 e 3,0 mL. |
In vivo: Em camundongos tratados com extrato vegetal. |
Observou-se que senna apresenta atividade laxativa. |
[
4
] |
- |
Senna (Shaanxi Medicine Corporation). Dose para ensaio: 0,3 g. |
In vivo: Em camundongos Balb/c submetidos as avaliações da motilidade (via gástrica, intramuscular e hipodérmica) e morfologia do tecido gastrointestinal, e proteômica do cólon por eletroforese em gel de poliacrilamida bidimensional. |
Observou-se que senna possui ação laxativa por via gástrica, com alterações morfológicas após administração a longo prazo, promovendo a expressão de proteínas nos tecidos do cólon. |
[
8
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Constipação intestinal (BLUMENTHAL, 1998; WHO, 1999a; BRASIL, 2016).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa* |
Água q.s.p. |
150 mL |
*Essa dose, para pessoas sensíveis, pode ser reduzida para evitar desconforto abdominal.
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Preparar por maceração por 12 horas. A preparação por maceração causa menor desconforto abdominal.
Constipação intestinal (BLUMENTHAL, 1998; WHO, 1999a; BRASIL, 2016).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso ou macerado à noite e, se necessário, também pela manhã.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
ácido salicílico.
Antraquinonas
senosídeos A, B, C e D, senidinas A e B, aloe-emodina, crisofanol, reína e antranol.
Fitosteróis
Flavonoides
kempferol, quercimeritrina, escuteleaína e rutina.
Mucilagens
derivados da arabinose, ramnose, ácido galacturônico e galactose.
Óleos essenciais
Outras substâncias
glicosídeos naftalênicos, pinitol, ácido crisofânico e catártico, catartina, feoretina, senacrol, senapicrina e galactomanan.
Polissacarídeos
glicose, frutose, pinitol e sucrose.
Resinas
Sais minerais
Saponinas
Referências bibliográficas
é realizada por sementes ou estacas. As sementes devem ser semeadas em bandejas de isopor de células grandes, contendo substrato organomineral. As estacas devem ser enraizadas em areia ou vermiculita, umedecidas. O plantio deve ser realizado no mês de setembro, com adubação de 1 kg/planta de húmus de minhoca adicionado 200 g de fosfato natural [ 1 ] .
deve-se realizar a adubação anualmente [ 1 ] .
o florescimento ocorre de dezembro à março, e a colheita dos folíolos deve ser realizada antes do florescimento [ 1 ] .
Referências bibliográficas















