Senna alexandrina Mill.

Sene e sena.

Sinonímia 
Cassia angustifolia Vahl
Família 
Informações gerais 

Originária da África tropical, e é exportada para todo o mundo, devido ao seu potente efeito laxativo, comprovado cientificamente[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 207-201.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 73-74.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 261-262.
4 - CAMARGO, M. T. L. A. As plantas medicinais e o sagrado: a etnofarmacobotânica em uma revisão historiográfica da medicina popular no Brasil. 1 ed. São Paulo: Ícone, 2014. p. 80.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 49-51.
Descrição da espécie 

Planta arbustiva, perene, com 1,2 a 1,5 m de altura, ereta e glabra; folhas pinadas, compostas de dois pares de folíolos ovado-oblíquos, obtuso-acuminados, coriáceos, com cerca de 6 a 8 cm de comprimento, glabros e vernicosos na face superior e amarelado pubescente na inferior, com uma glândula pequena entre cada par de folíolos; flores amarelo-claro, em rácimos curtos, dispostas em panículas terminais; fruto tipo folículo, elípticos, reniformes, contendo 7 a 9 sementes[1].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 207.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Sena Ceará (Brasil) Folha

Laxante e purgativa.

Laxante: 1 a 5 g (1 colher de café) do pó.

Purgativa: 10 a 15 g (1 colher de sobremesa até 1 colher de sopa) do pó das folhas. Pode-se preparar por infusão.

Uso interno. Adicionar açúcar, se desejar.

Em altas doses, recomenda-se lavar rapidamente o pó ou as folhas ainda inteiras com etanol, para a remoção da resina existente nas folhas que é a responsável por causar cólicas. Apresenta ação nefrotóxica em altas doses, por isso não deve ser usada na forma de lambedor, especialmente em crianças.

[ 1 ]
Sene Brasil Folha

No tratamento de constipação intestinal eventual.

Decocção: 1 g (1 colher de café) em 150 mL (1 xícara de chá) de água.

Tomar 1 xícara de chá antes de dormir.

Não usar em caso de obstrução e inflamação intestinal (doença de Chron), colite, apendicite, refluxo ou dor abdominal. Não usar por mais de 4 semanas, pois pode provocar diarreia, lesão intestinal e perda de eletrólitos. Em altas doses ocorre desconforto gastrointestinal. Não utilizar em associação com glicosídeos cardiotônicos, e não usar na gravidez e lactância. 

[ 2 ]
Sana sana Cordofão do Norte (Sudão) Raiz

Antidisentérica.

Decocção.

-

-

[ 3 ]
Sanu Randa (Djibouti) Folha

No tratamento de prisão de ventre, lesões e doenças de pele.

Pasta das folhas (uso externo). Maceração: triturar as folhas e deixar por 30 minutos na água (uso interno).

Aplicar no local (pasta). Uso interno (macerado).

-

[ 4 ]
Senna Newcastlhe (Kwa-Zulu Natal/África do Sul) Folha

Hipoglicemiante.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 5 ]

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 276.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 230.
3 - SULEIMAN, M. H. An ethnobotanical survey of medicinal plants used by communities of Northern Kordofan region, Sudan. J Ethnopharmacol, v. 176, p.232-242, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.10.039
4 - HASSAN-ABDALLAH, A. et al. Medicinal plants and their uses by the people in the Region of Randa, Djibouti. J Ethnopharmacol, v. 48, n. 2, p.701-713, 2013. doi: 10.1016/j.jep.2013.05.033 
5 - BOADUO, K. K. et al. Evaluation of six plant species used traditionally in the treatment and control of diabetes mellitus in South Africa using in vitro methods. Pharm Biol, v. 52, n. 6, p.756-761, 2014. doi: 10.3109/13880209.2013.869828

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de etanol à 50%. Rendimento: 23%. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 mg/orelha.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA), oxazolona, ácido araquidônico e fosfolipase A2 (Naja naja).

Observou-se que o extrato etanólico de C. angustifolia apresenta atividade anti-inflamatória, exceto para fosfolipase A2.

[ 6 ]

Antioxidante e Antimicrobiana

Antioxidante e Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de material vegetal em água e solventes orgânicos (metanol, etanol, acetona e acetato de etila).

In vitro:

Em cepas de Acinetobacter junii, Serratia mercescens, Enterobacter cloacae, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella typhi e Candida albicans para análise antimicrobiana pelo método disco-difusão em ágar e antioxidante através do radical DPPH.

 

Observou-se que os extratos de C. angustifolia apresentam atividade antioxidante significativa, e antimicrobiana principalmente para E. cloacae, P. aeruginosa, S. mercencens e S. typhi.

[ 1 ]

Contraceptiva

Contraceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: Cassia agustifolia, Carum copticum (semente), Terminalia chebula (fruto), Embelia ribes (fruto) e Glycyrrhiza glabra (raiz). Dose para ensaio: 1 g/kg.

In vivo:

Em ratos e ratas Sprague-Dawley tratados com extrato vegetal e submetidos a análise de fertilidade (ciclo espermatogênico e ciclo pré e pós-implantação).

Observou-se que o extrato vegetal não altera os paramentos de fertilidade masculina, contudo houve redução do número de implantação (embriões) nas ratas.

[ 7 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 3 g do material vegetal (pó) em 30 mL de acetona, metanol, hexano ou acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1 mg/mL.

In vitro:

Avaliação da atividade estimulante da insulina, e das enzimas α-amilase e α-glucosidase.

 

Os extratos de C. angustifolia não alteraram os níveis de insulina, contudo houve ação inibitória das enzimas em estudo, principalmente para o extrato de hexano.

[ 5 ]

Laxante

Laxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: infusão de 2 g do material vegetal (pó) em 50 mL de água. Doses para ensaio: entre 1,5 e 3,0 mL.

In vivo:

Em camundongos tratados com extrato vegetal.

Observou-se que senna apresenta atividade laxativa.

[ 4 ]
-

Senna (Shaanxi Medicine Corporation). Dose para ensaio: 0,3 g.

In vivo:

Em camundongos Balb/c submetidos as avaliações da motilidade (via gástrica, intramuscular e hipodérmica) e morfologia do tecido gastrointestinal, e proteômica do cólon por eletroforese em gel de poliacrilamida bidimensional.

Observou-se que senna possui ação laxativa por via gástrica, com alterações morfológicas após administração a longo prazo, promovendo a expressão de proteínas nos tecidos do cólon.

[ 8 ]
Ensaios toxicológicos

Carcinogênica

Carcinogênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato seco contendo: 50% de senosídeo B. Doses para ensaio: 30 e 60 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com o extrato vegetal por 110 semanas, e submetidos a avaliação da presença de foco de criptas aberrantes (FCA) no cólon.

Observou-se que o uso crônico do extrato de C. angustifolia não apresenta potencial carcinogênico.

[ 2 ]

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato aquoso. Dose para ensaio: 2000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos RMNI submetidos ao Teste do Micronúcleo.

Observou-se que o extrato de C. angustifolia não apresenta genotoxicidade.

[ 12 ]

Hepatotoxicidade

Hepatotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco: contendo 60% de senosídeo B. Doses para ensaio (in vivo): 12 e 58 mg/kg.

In vitro:

Em células hepáticas de ratos BRL-3A submetidas ao ensaio Azul de Tripan e Teste de redução de brometo.

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a testes bioquímicos, histomorfológicos e imuno-histoquímicos após tratamento com extrato seco vegetal.

Observou-se que o extrato seco de C. angustifolia apresenta hepatotoxicidade em altas doses.

[ 11 ]

Mutagenicidade

Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto e folha

Extrato aquoso. Concentração: 150 mg/mL.

In vitro:

Em linhagens de Salmonella typhimurium na presença ou não de microssomas hepáticos.

 

Observou-se que C. angustifolia apresenta atividade mutagênica fraca.

[ 3 ]

Reações adversas

Reações adversas
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: decocção do material vegetal.

In vitro:

Em culturas de células mononucleadas periféricas de 1 paciente tratado com extrato vegetal, submetidas a análise de transcrição reversa por PCR (Reação em cadeia da polimerase).

 

Observou-se que o extrato aquoso de C. angustifolia aumentou os níveis de mRNA de citocinas pró-inflamatórias IL-4 e IL-5, o que explica a ocorrência de erupções cutâneas no paciente em estudo.

[ 9 ]
-

Dose para ensaio: 10 mg/kg.

In vivo:

Em ratos C57BL/6j submetidos a avaliação de alterações imunológicas no cólon e na pele após a administração de senna.

Observou-se que o tratamento a longo prazo com C. angustifolia pode provocar alterações no cólon (aumento de IgA) e redução dos níveis de células Langerhans na pele.

[ 13 ]

Sistema metabólico

Sistema metabólico
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: decocção de 600 g do material vegetal em 12 L de água. Concentração: 1,0 g folha/mL. Dose para ensaio: 10 mL.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos a ensaios metabólicos após administração de senna na forma de decocção.

Observou-se que C. angustifolia que as antraquinonas são rapidamente metabolizadas em glucuronídeos, contudo houve inibição do efluxo da glicoproteína-P no intestino.

[ 10 ]

Referências bibliográficas

1 - AHMED, S. I. et al. Pharmacologically active flavonoids from the anticancer, antioxidant and antimicrobial extracts of Cassia angustifolia Vahl. BMC Complement Altern Med, v. 16, n. 1, p.1-9, 2016. doi: 10.1189/s12906-016-1443-z
2 - BORRELLI, F. et al. Senna and the formation of aberrant crypt foci and tumors in rats treated with azoxymethane. Phytomedicine, v. 12, n. 6-7, p.501-505, 2005. doi: 10.1016/j.phymed.2003.10.008
3 - SANDNES, D. et al. Mutagenicity of crude senna and senna glycosides in Salmonella typhimurium. Pharmacol Toxicol, v. 71, n. 3 Pt 1, p.165-172, 1992. doi: 10.1111/j.1600-0773.1992.tb00539.x
4 - MILLER, L. C.; ALEXANDER, E. B. The biologic assay of senna. J Am Pharm Assoc Am Pharm Assoc, v. 38, n. 8, p.417-424, 1949. doi: 10.1002/jps.3030380802
5 - BOADUO, K. K. et al. Evaluation of six plant species used traditionally in the treatment and control of diabetes mellitus in South Africa using in vitro methods. Pharm Biol, v. 52, n. 6, p.756-761, 2014. doi: 10.3109/13880209.2013.869828 
6 - CUÉLLAR, M. J. et al. Topical anti-inflammatory activity of some Asian medicinal plants used in dermatological disorders. Fitoterapia, v. 72, n. 3, p.221-229, 2001. doi: 10.1016/S0367-326X(00)00305-1
7 - SRIVASTAVA, S. R. et al. Evaluation of contraceptive activity of a mineralo-herbal preparation in Sprague-Dawley rats. Contraception, v. 72, n. 6, p.454-458, 2005. doi: 10.1016/j.contraception.2005.05.026
8 - WANG, X. et al. Screening and identification of proteins mediating senna induced gastrointestinal motility enhancement in mouse colon. World J Gastroenterol, v. 8, n. 1, p.162-167, 2002. doi: 10.3748/wjg.v8.il.162
9 - NORISUGI, O. et al. In vitro cytokine expression by peripheral mononuclear cells in herbal drug-induced skin eruption. Acta Derm Venereol, v. 94, n. 1, p.58-62, 2014. doi: 10.2340/00015555-1631
10 - PENG, Y. H. et al. Serum concentrations of anthraquinones after intake of Folium Sennae and potential modulationon P-glycoprotein. Planta Med, v. 80, n. 15, p.1291-1297, 2014. doi: 10.1055/s-0034-1383040 
11 - VITALONE, A. et al. Cassia angustifolia extract is not hepatotoxic in an in vitro and in vivo study. Pharmacology, v. 88, n. 5-6, p.252-259, 2011. doi: 10.1159/000331858
12 - MENGS, U. et al. No clastogenic activity of a senna extract in the mouse micronucleus assay. Mutat Res, v. 444, n. 2, p.421-426, 1999. doi: 10.1016/s1383-5718(99)00115-1
13 - YAMATE, Y. et al. Immunological changes in the intestines and skin after senna administration. Pharm Biol, v. 53, n. 6, p.913-920, 2015. doi: 10.3109/13880209.2014.948636 

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98% se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Constipação intestinal (BLUMENTHAL, 1998; WHO, 1999a; BRASIL, 2016).

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa*

Água q.s.p.

150 mL

                                                                                      *Essa dose, para pessoas sensíveis, pode ser reduzida para evitar desconforto abdominal.

Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Preparar por maceração por 12 horas. A preparação por maceração causa menor desconforto abdominal.

Principais indicações

Constipação intestinal (BLUMENTHAL, 1998; WHO, 1999a; BRASIL, 2016).

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso ou macerado à noite e, se necessário, também pela manhã.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 263-265.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 175-177.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

ácido salicílico.

Antraquinonas

senosídeos A, B, C e D, senidinas A e B, aloe-emodina, crisofanol, reína e antranol.

Fitosteróis

Flavonoides

kempferol, quercimeritrina, escuteleaína e rutina.

Mucilagens

derivados da arabinose, ramnose, ácido galacturônico e galactose.

Óleos essenciais

Outras substâncias

glicosídeos naftalênicos, pinitol, ácido crisofânico e catártico, catartina, feoretina, senacrol, senapicrina e galactomanan.

Polissacarídeos

glicose, frutose, pinitol e sucrose.

Resinas

Sais minerais

Saponinas

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 208.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 230.
3 - AHMED, S. I. et al. Pharmacologically active flavonoids from the anticancer, antioxidant and antimicrobial extracts of Cassia angustifolia Vahl. BMC Complement Altern Med, v. 16, n. 1, p.1-9, 2016. doi: 10.1186/s12906-016-1443-z

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2023
Arquivo: PDF icon Download (506.12 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (645.76 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (588.42 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2018
Arquivo: PDF icon Download (365.08 KB)

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2018
Arquivo: PDF icon Download (104.52 KB)

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2018
Arquivo: PDF icon Download (260.54 KB)

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2018
Arquivo: PDF icon Download (246.97 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2018
Arquivo: PDF icon Download (361.3 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
Arquivo: PDF icon Download (764.56 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
Arquivo: PDF icon Download (392.8 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
Arquivo: PDF icon Download (118.11 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
Arquivo: PDF icon Download (487.14 KB)

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 1999
Arquivo: PDF icon Download (83.53 KB)

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 1999
Arquivo: PDF icon Download (74.98 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
Arquivo: PDF icon Download (60.8 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (111.26 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (72.53 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (31.97 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (24.25 KB)

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 15 dias[1,7].

Contraindicações: 

em crianças menores de 12 anos, gestantes, lactantes, em pacientes com obstruções intestinais, estenose, atonia, enterites, apendicite, cólon inflamado, hemorroidas, enterite, apendicite, cistite, obstrução intestinal, dores abdominais desconhecidas, desidratação grave com esgotamento de água e eletrólitos e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,5,6,7].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

cólicas abdominais não são raras. No início do tratamento pode causar diarreia, com perda de potássio. Em casos mais graves pode provocar também vômitos, congestão dos órgãos abdominais e distúrbios hidroelétricos. O uso prolongado pode causar constipação paradoxal e baqueteamento dos dedos, enquanto que o uso crônico pode resultar em albuminúria e hematúria. As antraquinonas podem escurecer a urina ou pigmentar o cólon, sendo recomendado a descontinuação deste fitoterápico 1 mês antes da realização de endoscopias digestivas baixas. Pode ser hepatotóxico e aumentar o fluxo menstrual. Doses altas podem ser nefrotóxica, e não devem ser utilizadas na forma de lambedores, principalmente em crianças. A dose pode ser ajustada para a menor dose eficaz que cause menor desconforto. As folhas frescas podem causar dermatite de contato, e mal armazenadas e secas podem causar danos à saúde[1,2,3,4,5,6,7,8].

Interações medicamentosas: 

é incompatível com ácidos, álcalis e carbonatos alcalinos. O uso concomitante com bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas da calmodulina, ou indometacina podem reduzir os efeitos laxativos. Evitar o uso concomitante com antiácidos. Pode aumentar o risco de intoxicação digitálica. Não se deve associar várias vezes seguidas o sene com drogas espasmolíticas como camomila e anis, e drogas eméticas. Esta espécie vegetal pode reduzir fracamente os níveis da quinidina. Embora tenha sido sugerido que esta planta possa interagir com alguns fármacos redutores do potássio (corticosteroides e diuréticos depletores de potássio) ou fármacos em que o efeito é potencialmente prejudicado quando o potássio é reduzido (digoxina), parece haver pouca ou nenhuma evidência direta de que isto ocorra na prática. Pode ser associada com gengibre e cardamomos[1,2,5,6].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 265.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 176-177.
3 - PHILIPS, C. A.; THERUVATH, A. H. A comprehensive review on the hepatotoxicity of herbs used in the Indian (Ayush) systems of alternative medicine. Medicine (Baltimore), v.103, n. 16, p.1-12, 2024. doi: 10.1097/MD.0000000000037903
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 209.
5 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 276.
6 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 259.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 569.
8 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 569.

Propagação: 

é realizada por sementes ou estacas. As sementes devem ser semeadas em bandejas de isopor de células grandes, contendo substrato organomineral. As estacas devem ser enraizadas em areia ou vermiculita, umedecidas. O plantio deve ser realizado no mês de setembro, com adubação de 1 kg/planta de húmus de minhoca adicionado 200 g de fosfato natural [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

deve-se realizar a adubação anualmente [ 1 ] .

Colheita: 

o florescimento ocorre de dezembro à março, e a colheita dos folíolos deve ser realizada antes do florescimento [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 207.

Parceiros