Nativa da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname) e Central (Trinidad, Costa Rica, Honduras, Guatemala e Panamá). Ocorre principalmente na Amazônia Peruana estendendo até o Brasil (Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Mato Grosso e Pará). Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antirreumática, cicatrizante, imunomoduladora, antioxidante, antitumoral, antimutagênica, antimicrobiana, antiviral, neuroprotetora, anti-hipertensiva, hipoglicemiante, antiagregante plaquetária, diurética, antipirética, contraceptiva, antiespasmódica e eupéptica[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23].
Liana ou cipó lenhoso, com cerca de 20 a 30 m de altura, caules principais com até 25 cm de diâmetro e 5 mm de espessura de casca, os ramos jovens apresentam forma quadrangular, contém espinhos semicurvados, pontiagudos, maciços, de consistência lenhosa, medindo até 2 cm de comprimento x 0,4 cm de largura, localizados na base das folhas e orientados para baixo; folhas simples, inteiras, pecioladas (0,8 a 1,5 cm de comprimento), opostas, ovaladas, elípticas, com uma fina película de coloração pardacenta, base cuneada ou arredondada a truncada ou subcordada, obtusa a acuminada no ápice, de 5 a 19 cm de comprimento x 4 a 12 cm de largura, coloração verde escura e brilhante, sendo que as primárias apresentam cor marrom avermelhada, possuem de 7 a 10 pares de nervuras opaco amareladas proeminentes (abaxial); flores reunidas em racemos, de 10 a 20 mm de comprimento, branco-amareladas, bissexuais, actinomorfas, sésseis; frutos capsulares, ovais a oblongos, de até 9 mm de comprimento, pubescentes, deiscentes, de cor parda; as sementes são numerosas, pequenas, oblongas, fusiformes e aladas[1,2,3,4,5,6].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Samento | Sacerdotes Ashaninka (Peru) | Folha | Anti-inflamatória, antialérgica e no tratamento do sarampo. |
- |
- |
- |
[
1
]
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Samento | Sacerdotes Ashaninka (Peru) | Raiz | Antirreumática, antitumoral, imunomoduladora e no tratamento de úlceras gástricas. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Samento | Sacerdotes Ashaninka (Peru) | Casca | Anticontraceptiva, antitumoral, antirreumática, antiartrítica, diurética, afrodisíaca, anti-inflamatória (sistema reprodutor feminino e masculino), anti-hipertensiva, hipoglicemiante, antiviral, antialérgica, antiofídica, no tratamento de cirrose, doenças respiratórias e digestivas. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
Jupindá | Comunidade Ribeirinha do Rio Mazagão (Amapá, Brasil) | Folha e casca | Antidiarreica, anti-hemorrágica e antitumoral. |
Decocção. |
Tomar 1 xícara 3 veze soa dia/7 dias. |
- |
[
3
]
|
Uña de gato e garabato amarillo | Peru | - | Antitumoral, antirreumática, antiartrítica, hipoglicemiante e hepatoprotetora (cirrose). |
Decocção: 2 colheres (de sopa) do material vegetal em 1,5 L água. Ferver por 30 minutos. Filtrar. |
Tomar 3 vezes ao dia, antes das refeições. |
- |
[
4
]
|
Uña de gat, cats claw e katzenkralle | Colômbia | Raiz ou córtex | Antitumoral, antiviral, antiasmática, hipoglicemiante, anti-inflamatória, antiartrítica, antidiarreica, antirreumática, no tratamento da AIDS, cistite, gastrite, cirrose, problemas circulatórios e sexuais. |
Infusão. |
- |
- |
[
5
]
|
Uña de gat, cats claw e katzenkralle | Colômbia | Córtex | No tratamento de picadas de serpentes. |
Emplasto. |
Uso tópico. |
- |
[
5
]
|
Unha-de-gato | Brasil | Entrecasca | No tratamento de gripes e resfriados. |
Tintura. |
Tomar 40 a 60 gotas em 1 xícara de água, de 4/4 horas, preferencialmente, com o estômago vazio. |
- |
[
6
]
|
Unha-de-gato | Brasil | Entrecasca | Anti-inflamatória (artrite, artrose e dores musculares). |
Decocção: 0,5 g (1 colher de café) do material vegetal em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 150 mL (1 xícara de chá) de 2 a 3 vezes ao dia. |
- |
[
6
]
|
Uña de gato e unha de gato | Indígenas (América do Sul) | Raiz e casca do caule | Antiviral, antibacteriana, anti-inflamatória, imunomoduladora, antiasmática, antidisentérica, antitumoral, gastroprotetora, antiparasitária e anti-hemorrágica. |
Decocção: 20 g do material vegetal em 1 L de água. Ferver por 45 minutos. Aguardar decantar e completar o volume. |
- |
- |
[
7
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato seco. Dose para ensaio: 150 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de artrite induzida por adjuvante completo de Freund, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da sensibilidade mecânica, espessura da pata, infiltração de MPO no tecido inflamado, atividade das enzimas LDH, E-NTPDase e ADA em linfócitos, e nível de purinas plasmática (ATP, ADP, AMP e adenosina). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz a sensibilidade mecânica, a espessura da pata e as atividades de MPO e E-NTPDase. |
[
44
] |
Casca |
Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 1 L de água. Rendimento: 280 mL. Doses para ensaio: 50 e 100%. |
In vivo: Em camundongos (CD-1) portadores de pneumonia aguda induzida por ozônio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de proteínas no fluido broncoalveolar, parâmetros histopatológicos e histomorfométricos. |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória pulmonar, pois reduz os níveis de proteínas, a necrose epitelial, a infiltração de leucócitos e aumenta o número de células com núcleos intactos. |
[
53
] |
Casca |
Extrato etanólico a 80%: contendo 5,61% de alcaloides oxindólicos. Rendimento: 8:1. Extrato aquoso: contendo 0,26% de alcaloides oxindólicos. Doses para ensaio: 50 a 500 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células Jurkat T incubadas com os extratos vegetais e estimuladas com TNF-α, com posterior análise da expressão de NF-kB marcada com [γ-32P] (ensaio de mudança de mobilidade eletroforética). Determinar a atividade inibitória das enzimas COX-1 e 2, através dos níveis de PGE-2 (imunoensaio enzimático). In vivo: Em camundongos Balb/c portadores de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do tamanho do edema (micrômetro). |
O extrato hidroalcoólico apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, dose-dependente, sendo que, a dose de 50 mg/kg demonstra ação terapêutica similar à 7 mg/kg de indometacina. |
[
59
] |
Casca |
Extrato: percolação de 253,7 g do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Rendimento: 41,7 g. |
In vitro: Em cultura de monócitos (THP-1) incubados com o extrato vegetal, estimuladas com LPS, com posterior análise da viabilidade celular (citometria de fluxo), fragmentação do DNA (azul de tripano), expressão de ERK1/2, MEK1 e 2 (Imuno-blotting), e níveis de citocinas (ELISA).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz os níveis de TNF-α e bloqueia a fosforilação de ERK/MEK, contudo aumenta os níveis de IL-1β. |
[
24
] |
Casca |
Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 0 e 320 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de monócitos TPH-1 incubados com o extrato vegetal, estimulados ou não com LPS, com posterior análise do mecanismo de ação através dos níveis de citocinas TNF-α e IL-1, e expressão de NF-kB e AP-1 (ELISA), e citotoxicidade (MTT).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe a expressão de AP-1 e de algumas subunidades de NF-kB, bem como a secreção de TNF-α, contudo, aumenta os níveis de IL-1. |
[
30
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule |
Extrato: maceração de 1000 g do material vegetal (pó ou fragmentada) em 10 L de etanol a 70%. Rendimento: 14,62%. Dose para ensaio: 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Uncaria rhynchophylla. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de doença de Alzheimer induzida por estreptozotocina, tratados com os extratos vegetais, submetidos ao teste do labirinto aquático de Morris, e análise de parâmetros bioquímicos (SOD, CAT, GPx e MDA), expressão de IL-1β, IL-6 e TNF-α e proteínas (Western blotting) no tecido cerebral. |
Os extratos de U. tomentosa e U. rhynchophylla apresentam atividades antioxidante e anti-inflamatória, reduzido a deficiência cognitiva (supressão da hiperfosforilação da tau e ativação da via Nrf2). |
[
4
] |
Casca |
Extrato liofilizado. Outra espécie em estudo: Uncaria guianensis. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 ng/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante dos extratos através do radical DPPH. Em macrófagos murino (RAW 264.7) estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de TNF-α (ELISA) e PGE2 (EIA).
|
Os extratos de U. guianensis e U. tomentosa apresentam atividades anti-inflamatória, pois inibe principalmente a produção de TNF-α, e antioxidante |
[
54
] |
Casca |
Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 1 L de água. Concentração para ensaio (in vitro): 25 a 200 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 5 mg/mL. |
In vitro: Em culturas de células HT29 e RAW 264.7 incubadas com o extrato vegetal com posterior análise da viabilidade celular (azul de tripano), e incubadas com peroxinitrito para análise de apoptose (ELISA), e estimuladas com LPS, para avaliar a expressão de NF-kB (EMSA) e iNOS (RT-PCR), e os níveis de óxido nítrico e peroxinitrito. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de enterite induzida por indometacina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros morfológicos do jejuno, níveis de MPO (homogenato do jejuno) e de metalotioneína (células hepáticas e da mucosa intestinal). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, além da além da ausência de citotoxicidade |
[
62
] |
Casca |
Extrato (liofilizado ou não): decocção de 20 g do material vegetal (micropulverizado) em 1 L de água. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com DPPH e expostos a radiação UV, com posterior análise de citotoxicidade (azul de tripano), apoptose (ELISA) e níveis de nitrito (Griess), e estimulados com LPS, com posterior análise da expressão de TNF-α.
|
O extrato liofilizado de U. tomentosa apresenta atividades anti-inflamatória e antioxidante mais potentes. |
[
63
] |
Casca |
Extrato: decocção de 50 g do material vegetal em 1 L de água. Outra planta em estudo. Uncaria guianensis. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,001 a 1 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 5 mg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH, ABTS e OH. Em homogenato do cérebro de camundongos C57BL6, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de peroxidação lipídica (TBARS). Em macrófagos (RAW 264.7) estimulados por LPS, pré-incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de TNF-α. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de gastrite induzida por indometacina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do tamanho das lesões gástricas, expressão de TNF-α (RT-PCR e imuno-histoquímica) e detecção de apoptose (Tunel). |
Os extratos de U. tomentosa e U. guianensis apresentam atividades anti-inflamatória e antioxidante, sendo a primeira mais potente. |
[
32
] |
Anti-inflamatória e Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: material vegetal em etanol/água (1:1). Concentrações para ensaio: 0,1 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de macrófagos peritoneais de camundongos (C57Bl) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT). Em monócitos isolados de sangue periférico de humanos, infectados com o vírus da Dengue (DENV-2), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis do anticorpo IgG e citocinas (IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, IL-15, IFN-α e TNF-α).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antiviral e anti-inflamatória, principalmente pela presença dos alcaloides oxindólicos pentacíclicos. |
[
17
] |
Anti-inflamatória e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato hidroalcoólico (1:1). Doses para ensaio: 10 a 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos (pâncreas, fígado, rins, baço, timo, linfonodos mesentéricos e fêmur), infiltração mononuclear em ilhotas e conteúdo de insulina em ilhotas (microscopia e imuno-histoquímica, viabilidade de celular (azul de tripano), níveis de CD4+, CD8+, CD4+CD25+Foxp3+, Th1, Th2, IL-4 e IL-5 (citometria de fluxo). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade hipoglicemiante, anti-inflamatória e imunomoduladora, retardando assim, a progressão do diabetes. |
[
46
] |
Antiasmática
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca e folha |
Extrato: decocção de 60 g do material vegetal (pó, casca) em 3 L de água. Rendimento: 3,7 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 3 a 300 µg/poço. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 200 mg/kg. Extrato: decocção de 20 g do material vegetal (pó, folha) em 1 L de água. Rendimento: 3,2 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 150 µg/poço. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 200 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7-Luc) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT); e estimulados com LPS para análise da expressão de IL-1, IL-6 e TNF-α (ELISA). In vivo: Em camundongos BALB/c sensibilizados e desafiados com ovalbumina, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise hiperresponsividade brônquica, contagem de células inflamatórias em lavado broncoalveolar (hemocitômetro), quantificação de IgE plasmático e de IL-4, IL-5, IL-10, IFN-γ e TGF-β em tecido pulmonar (ELISA), e parâmetros histológicos. |
Os extratos da casca (anti-inflamatória) e folha (relaxante muscular e expansão das vias aéreas) de U. tomentosa apresentam resultados promissores para o tratamento da asma alérgica. |
[
13
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Cimento endodôntico (AH Plus e MTA Fillapex): contendo 2 e 5% (p/p) do extrato vegetal. |
In vitro: Em cultura de Enterococcus faecalis e células Balb/c 3T3 incubadas com os cimentos endodônticos contendo o extrato vegetal, submetidas aos testes teste de contato direto em microplacas e de viabilidade celular (MTT).
|
Os cimentos endodônticos AH Plus (2%) e MTA Fillapex (5%) apresentam atividade antibacteriana, além de baixa citotoxicidade. |
[
2
] |
- |
Extrato (pó): contendo 1% de alcaloides totais. Doses para ensaio: 10 a 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/c infectados com Listeria monocytogenes, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do número de células hematopoiéticas, leucócitos, citocinas (IL-1 e IL-6), níveis de fatores estimuladores de colônias e parâmetros morfológicos em células da medula óssea (isoladas do fêmur) e baço. |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antibacteriana, pois estimula a resposta hematopoiética em animais infectados e normais. |
[
55
] |
- |
Gel: contendo 2% do extrato hidroalcoólico de Uncaria tomentosa em 1% de gel de hidroximetilcelulose. |
In vitro: Em pré-molares humanos contaminados com Enterococcus faecalis e irrigados com o gel fitoterápico, com posterior análise do crescimento bacteriano.
|
O gel contendo 2% do extrato de U. tomentosa apresenta atividade antibacteriana, comparável à clorexidina a 2%. |
[
10
] |
Anticoagulante e Antitrombótica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca e folha |
Extrato: 1 g do material vegetal em 10 mL de água ou etanol a 96%. Rendimentos: 111 mg/g (casca, extrato aquoso), 158 mg/g (folha, extrato aquoso), 123 mg/g (casca, extrato etanólico) e 158 mg/g (folha, extrato etanólico). Concentrações para ensaio: 1 a 50 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade amidolítica e proteolítica da enzima trombina; e a agregação plaquetária Em plasma sanguíneo isolados de humanos incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros hemostáticos (trombina, protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada) e a agregação plaquetária (na presença de difosfato de adenosina ou colágeno).
|
O extrato etanólico das folhas de U. tomentosa apresenta atividade inibitória de trombina mais potente, demonstrando propriedades anticoagulante e antitrombótica promissoras. |
[
3
] |
Antiedematogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato (10% p/v): decocção do material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg. Outras espécies em estudo: Urera baccifera, Loasa speciosa, Urtica leptuphylla, Chaptalia nutans e Satureja viminea. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley (Rattus norvegicus) portadores de edema de pata induzido por veneno de serpente (Bothrops asper), pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do volume do edema (plestimografia). |
Os extratos de U. tomentosa, C. nutans e L. speciosa apresentam atividade antiedematogênica mais potente, contudo o extrato de U. leptuphylla demonstra ação pró-inflamatória. |
[
64
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato (fração insolúvel em água): a partir da maceração do material vegetal em etanol/água a 50% (v/v). |
In vitro: Em cepas não resistentes de Candida krusei e C. glabrata incubadas com o extrato vegetal e antifúngicos comerciais (terbinafina e fluconazol), para análise de sinergismo (Checherboard), através de interações moleculares (MEV, FT-IR e DSC).
|
A associação do extrato de U. tomentosa com terbinafina ou fluconazol apresenta sinergismo para a atividade antifúngica, com provável ação direta na parede celular. |
[
20
] |
Antigenotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato aquoso: infusão. Outras plantas em estudo: Matricaria chamomilla, Tilia cordata, Mentha piperita, Mentha pulegium e Valeriana officinalis. |
In vitro: Determinar as atividades genotóxica e antigenotóxica (na presença de peróxido de hidrogênio) dos extratos vegetais através do bioensaio em larvas de Drosophila melanogaster (Teste de recombinação e mutação somática).
|
Os extratos vegetais apresentam atividade antigenotóxica, devido ao potencial antioxidante, além de baixa genotoxicidade. |
[
60
] |
Antigenotóxica e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (seco) em etanol/água (70:30 v/v). Doses para ensaio: 1,0 mg/mL. |
In vivo: Em peixes Danio rerio expostos ao herbicida Roundup, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos em homogenato cerebral e hepático (nível de grupos tiol e sulfidrila, proteínas, MDA, SOD, CAT e GSH) e anormalidades nucleares nos tecidos. |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antioxidante e antigenotóxica, reduzindo os danos oxidativos induzidos pelo herbicida Roundup. |
[
19
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Pó. Concentrações para ensaio: 0,25 a 5%. |
In vitro: Em patógenos isolados da cavidade oral de humanos, Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus, S. intermedius, Candida albicans, Klebsiella pneumoniae, K. oxytoca, K. terrigena, Enterobacter cloacae, E. sakazakii, E. asburiae, E. amnigenus, Escherichia coli, Citrobacter freundii, C. amalonaticus, Serratia liquefaciens, S. odorifera, Pantoea spp. e Pseudomonas aeruginosa, submetidos ao teste de diluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antimicrobiana, principalmente para Enterobacter spp., S. mutans e Staphylococcus spp., exceto para P. aeruginosa e C. albicans. |
[
42
] |
- |
Gel bucal (natrosol): contendo 2% do extrato vegetal liofilizado. |
In vitro: Em culturas de Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Candida albicans submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar o halo de inibição (mm).
|
O gel contendo 2% do extrato de U. tomentosa apresenta atividade antimicrobiana, contudo, esta ação pode ser potencializada quando associado à clorexidina (gel a 2%). |
[
52
] |
Antimutagênica e Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato hidroalcoólico (1:10 p/v): em etanol a 40% (v/v). Outra espécie em estudo: Uncaria guianensis. Concentrações para ensaio: 0,98 a 500 µg mL. |
In vitro: Em cultura de células Vero infectadas por vírus HSV-1, simultânea ou pós-tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), atividade e mecanismo (viricida, fixação e penetração) antiviral. Em fragmentos de fibroblastos expostos a radiação (UV-C), tratados (pré, simultâneo e pós) com os extratos vegetais, com posterior análise de danos ao DNA (teste do Cometa).
|
Os extratos de U. tomentosa e U. guianensis, principalmente em associação (1:1), apresentam atividade anti-herpética (tratamento simultâneo) e antimutagênica (pós-tratamento). |
[
18
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 0,5 g do material vegetal em 5 mL de etanol a 50% ou tampão fosfato 0,1M, posteriormente, 10 mg das amostras (secas) foram dissolvidas em 10 mL de solvente (etanol a 50% ou tampão fosfato 0,1M). |
In vitro: Determinar a capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC), capacidade de captura do radical peroxil (PRTC), eliminação do radical superóxido (SOD).
|
O extrato etanólico de U. tomentosa apresenta atividade antioxidante mais potente, pois demonstra maiores concentrações de taninos e compostos fenólicos. |
[
36
] |
Casca |
Extrato: contendo 3% de alcaloides oxindólicos. Dose para ensaio: 120 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de imunotoxicidade (dano oxidativo, alergia, inflamação, desregulação endócrina e da função dos linfócitos) induzida por fipronil, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da transformação e viabilidade dos linfócitos (teste colorimétrico e do Cometa), parâmetros hematológicos, bioquímicos e imunológicos (MDA, CAT, histamina, estradiol, IL-4, IL-12, p40 e IgE) e histopatológicos (baço, timo e linfonodos). |
O extrato de U. tomentosa reduz a imunotoxicidade, atenuando, principalmente, os danos oxidativos e endócrinos. |
[
37
] |
Folha e casca |
Extrato (0,05 g/mL): material vegetal (pó) em etanol ou água. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e capacidade de absorção de radicais oxigênio (ORAC).
|
Os extratos das folhas de U. tomentosa apresentam atividade antioxidante, sendo estes ricos em proantocianidinas. |
[
14
] |
Casca |
Extrato: decocção de 0,750 g do material vegetal (pó) em 150 mL, completar o volume para 250 mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos testes: radicas DPPH, AAPH, OH e Fe2+, reações com superóxido, peróxido de hidrogênio e ácido hipocloroso, e peroxidação lipídica em membranas do retículo sarcoplasmático.
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antioxidante potente. |
[
57
] |
- |
Extrato hidroalcoólico (50:50). Outra espécie em estudo: Geranium robertianum. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH, ABTS e HOCl.
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antioxidante mais potente. |
[
61
] |
Casca e folha |
Extrato: 1 g do material vegetal em 10 mL de água ou etanol a 96%. Rendimentos: 111 mg/g (casca, extrato aquoso), 158 mg/g (folha, extrato aquoso), 123 mg/g (casca, extrato etanólico) e 158 mg/g (folha, extrato etanólico). Concentrações para ensaio: 5 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em eritrócitos isolados de humanos saudáveis incubados com xenobióticos (2,4-DCP e catecol), pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da hemólise, oxidação (metemoglobina) e desnaturação da hemoglobina, níveis de espécies reativas ao oxigênio (ERO's) e peroxidação lipídica.
|
Os extratos de U. tomentosa apresentam atividade protetora contra a formação de ERO's induzidos por 2,4-DCP em eritrócitos. |
[
33
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: decocção do material vegetal em etanol/água (70:30). Padronizado com: 5,03% de alcaloides. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 300 g/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 100 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH. In vivo: Em ratos Wistar infectados (membro pélvico) com células tumorais (Walker-256), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato hepático e tumoral (proteínas, ureia, ALT, AST, GGT, LDH, CAT, SOD, GST, GSH e LPO). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividades antitumoral e antioxidante. |
[
43
] |
Casca |
Extrato: decocção do material vegetal em etanol/água (7:3), contendo 5,03% de alcaloides totais. Frações: clorofórmio e n-butanol. Rendimento: 1,9 e 9,5 g, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 300 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 50 mg/kg (extrato hidroalcoólico). |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar submetidos a inoculação (via pélvica) de células tumorais (Walker-256), tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise do volume e massa tumoral, parâmetros bioquímicos plasmáticos (ureia, ALT e AST), estresse oxidativo (peroxidação lipídica, proteínas, CAT, SOD, GST e GSH), expressão de SOD e CAT (Western blotting) e níveis de TNF-α em homogenato tumoral e hepático e taxa de sobrevivência dos animais com tumor. |
O extrato hidroalcoólico de U. tomentosa apresenta atividades antitumoral e antioxidante mais potentes, possivelmente por sinergismo dos compostos químicos presentes no extrato. |
[
25
] |
Antioxidante e Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (10:1): contendo 1,5% de alcaloides oxindólicos. Dose para ensaio: 120 mg/kg (10% do extrato vegetal em água, p/v). |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões hepáticas induzidas por fipronil, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALP, ALT, AST, HDL, TC e TG) e histológicos, e níveis de MDA, NO, CAT, TNF-α, IL-6 e NF-kB em homogenato hepático. |
O extrato de U. tomentosa reduz os danos hepáticos e o estresse oxidativo, por inibição de NF-kB. |
[
26
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. |
In vitro: Determinar a atividade antimitótica através do ensaio em Allium cepa.
|
Os extratos de U. tomentosa (com ou sem alcaloides) apresenta atividade antiproliferativa, além de restaurar a atividade celular, contudo, demonstra citotoxicidade nas concentrações de 0,28 e 4,0 mg/mL, respectivamente. |
[
29
] |
Antiproliferativa e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extratos: 1 g do material vegetal em 10 mL de água, etanol a 50% ou 96%. Extrato: 10 g do material vegetal em 10 mL de água, em seguida, diclorometano. Doses para ensaio: 0,05 a 5 mg/dia. |
In vitro: Em culturas de células de carcinomas humanos do cólon (HT-29), colorretal (SW707), cervical (KB), mama (MCF7), pulmonar (A549), ovário (OAW-42) e de leucemia promielocítica aguda (HL60), e em células de camundongos de carcinoma pulmonar de Lewis (LLC) e de melanoma (B16) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (corante sulforodamina B). In vivo: Em camundongos [C57Bl/6 × DBA/2]F1 (BDF1) portadores de câncer pulmonar (LLC), tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do crescimento e ciclo celular (hemacitômetro e citometria de fluxo). |
Os extratos etanólico a 96% e o de diclorometano apresentam atividade antiproliferativa significativa in vitro, enquanto que in vivo o extrato aquoso demonstra ação antitumoral mais potente. |
[
51
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 70 g do material vegetal (pó) em 250 mL de hexano, acetato de etila, n-butanol e metanol, respectivamente. Concentrações para ensaio: 0 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de leucemia humana (HL-60) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (hemocitômetro), apoptose e potencial de membrana mitocondrial (citometria de fluxo), fragmentação do DNA (eletroforese), expressão de PARP, DFF-45, Bcl-2, Bcl-XL, Bad, Bax, citocromo c, caspases 3 e 9 (Western blotting), parâmetros microscópicos (microscopia eletrônica de varredura e de fluorescência), atividade da caspase (espectrofotômetro de fluorescência).
|
O extrato de acetato de etila de U. tomentosa desencadeia a apoptose mais potente, demonstrando atividade antitumoral promissora. |
[
38
] |
Casca |
Extrato seco (5%): a partir do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentração para ensaio: 750 µg/mL. |
In vitro: Em células de adenocarcinoma colorretal (HT29) incubadas com oxaliplatina e extrato vegetal, com posterior análise da apoptose (citometria de fluxo), fragmentação do DNA (fluorescência e teste do Cometa), caspases 1, 3 e 8 (fluorescência), atividade de SOD (presença de adrenalina), níveis de espécies reativas ao oxigênio (DCFH-DA) e expressão de ERCC1 (qRT-PCR).
|
O extrato de U. tomentosa intensifica a apoptose, sendo uma alternativa promissora para terapia antitumoral complementar. |
[
41
] |
Casca |
Extrato: 20 g do material vegetal (pó) em 200 mL de PBS ou etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 4 a 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 200 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de células de melanoma murino (B16-BL6), fibroblastos imortais não malignos (NIH-3T3) e mioblastos de camundongos imortais não malignos (C2C12) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), conteúdo de DNA (citometria de fluxo), morfologia celular e fragmentação do DNA (microscopia de fluorescência), expressão de ERK1 e 2, Akt e caspase (imunoblotting), e da via de sinalização (Dual-Glo Luciferase). In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de tumores induzidos por injeção (subcutânea) de células B16-BL6, tratados com os extratos vegetais (intraperitoneal ou local), com posterior do peso corporal, peso e diâmetro do tumor e parâmetros histoquímicos. |
Os extratos de U. tomentosa apresentam atividade antitumoral promissora, pois reduz a proliferação e infiltração celular, bem como os marcadores angiogênicos. |
[
5
] |
Folha |
Extrato: decocção (alcaloides tetracíclicos ausentes) de 4 g do material vegetal (triturado) em 200 mL de água. Rendimento: 1,16 g. Concentrações para ensaio: 30 a 1160 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de humanos de hepatoma (HepG2) e fibroblastos normais (NHDF) incubadas com o extrato vegetal e cisplatina, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), parâmetros morfológicos (microscopia invertida), apoptose (anexina V-FITC), níveis de espécies reativas ao oxigênio, GSH, NF-κB, caspase 3 e 7.
|
[
8
] |
|
Casca |
Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 10 mL de água. Concentrações para ensaio: 2 a 16 mg/mL. |
In vitro: Determinar a genotoxicidade do extrato vegetal em Allium cepa.
|
O extrato de U. tomentosa inibe o ciclo celular (G2/M), pincipalmente nas concentrações de 8 e 16 mg/mL, além da ausência de aberrações cromossômicas e morte celular, sendo promissor como terapia antitumoral. |
[
45
] |
Casca |
Extrato: decocção de 15 g do material vegetal (seco, triturado) em 500 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,3 a 10 mg/mL. |
In vitro: Em culturas humanas de queratinócitos (HaCaT), de células de carcinoma epidermoide (A431) e de câncer de cabeça e pescoço (SCC011, SCC013 e SCC022) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), crescimento celular (azul de tripano), ciclo celular e níveis de espécies reativas ao oxigênio (citometria de fluxo), expressão de proteínas (Western blotting e imunoprecipitação) e danos ao DNA (ensaio do Cometa).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antitumoral, principalmente para células A431 (CI50 = 1,5 e 2,0 mg/mL), por indução da apoptose (danos oxidativos e antagonismo ao reparo do DNA). |
[
9
] |
- |
Extrato seco: contendo 4,5% de alcaloides oxindólicos pentacíclicos. Nanopartículas: poli-e-caprolactona (PCL) e poli-d,l-lactideco-glicólido (PLGA) contendo o extrato vegetal (aproximadamente 1,4 mg de alcaloides totais). |
In vitro: Em culturas de células de câncer de próstata (LNCaP e DU145) incubadas com as nanopartículas poliméricas contendo o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).
|
As nanopartículas poliméricas contendo o extrato de U. tomentosa apresentam atividade antitumoral, sendo que as nanopartículas de PLGA demonstram maior citotoxicidade para DU145, e as nanopartículas de PCL para a linhagem LNCaP. |
[
12
] |
Casca |
Extrato a 5%: material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 250 e 500 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de células de câncer de mama humanos (MDA-MB-231) incubadas com o extrato vegetal, na presença ou não de doxorrubicina, com posterior análise da viabilidade celular (azul de tripano e MTT), atividade e expressão de ectonucleotidases (CD39/NTPDase-1 e ecto-5‟-NT/CD73) e receptores purinérgicos (P2X7 e A1).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antitumoral (associado ou não à doxorrubicina), pois regula os receptores purinégicos, além de reduzir os níveis de adenosina extracelular. |
[
15
] |
Córtex |
Extrato: decocção do material vegetal em etanol/água (7:3), contendo 5,03% de alcaloides oxindólicos pentacíclicos. Concentrações para ensaio: 50 a 1000 µg/mL. |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMC) de mulheres normais ou com diagnostico histológico de adenocarcinoma de mama estágio II, estimuladas ou não por LPS, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de CD, HLA-DR/CD86, Th1, Th2 e Th17 (citometria de fluxo), e IFN-γ, TNF-α, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A, IL-12p40 e IL-12p70 (ELISA).
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antitumoral, nas concentrações de 500 a 1000 µg/mL, sendo promissor na prevenção e tratamento desta doença (imunomodulador). |
[
27
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 700 mL de etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 3,1 a 50 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células Vero E6 (rim de macacos) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade, e infectadas por vírus SARS-CoV-2 (pré ou pós-tratamento), submetidas ao ensaio citopático e redução de placa.
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade antiviral, com redução da concentração viral e do efeito citopático. |
[
40
] |
Citoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca e folha |
Extrato: 1 g do material vegetal em 10 mL de água ou etanol a 96%. Concentrações para ensaio: 100 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de eritrócitos isolados de humanos, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da resistência osmótica, viscosidade interna e fluidez da membrana plasmática.
|
O extrato etanólico das cascas, principalmente, de U. tomentosa aderem na monocamada externa celular, protegendo-as do estresse oxidativo. |
[
7
] |
Casca e folha |
Extrato: 1 g do material vegetal em 10 mL de água ou etanol a 96%. Rendimentos: 111 mg/g (casca, extrato aquoso), 158 mg/g (folha, extrato aquoso), 123 mg/g (casca, extrato etanólico) e 158 mg/g (folha, extrato etanólico). Concentração para ensaio: 250 µg/mL. |
In vitro: Em eritrócitos isolados de humanos saudáveis incubados com xenobióticos (2,4-D-Na, 2,4-DCP e catecol), pré ou pós-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da atividade da enzima catalase.
|
Os extratos de U. tomentosa reduzem o estresse oxidativo em eritrócitos, pois protege a ação da enzima catalase. |
[
16
] |
Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato (100 mg/mL): percolação do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 20 a 160 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de monócitos (THP-1) incubadas com o extrato vegetal, na presença ou não de LPS, expostas a radiação ionizante, com posterior análise da morfologia celular (microscopia de contraste de fase), níveis de IL‑1β e TNF‑α (ELISA), proliferação celular (MTT), formação de colônias, ciclo celular (citometria de fluxo), expressão de proteínas (imunoblotting), fragmentação do DNA (eletroforese em gel de agarose) e morfologia nuclear (microscopia de fluorescência).
|
O extrato de U. tomentosa associado a radiação ionizante apresenta redução significativa da proliferação celular e aumento da apoptose. |
[
28
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Dose para ensaio: 50 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 e camundongos obesos (resistentes à insulina) suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da ingestão de alimentos, peso corporal, teste de tolerância à insulina e à glicose, parâmetros morfológicos e imuno-histoquímicos hepáticos, expressão de marcadores genéticos (Western blotting e RT-PCR). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade hepatoprotetora, devido as ações anti-inflamatória e hipoglicemiante, sendo promissor para o tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). |
[
1
] |
Hipoglicemiante e Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
GlucoMedix®: associação dos extratos de Uncaria tomentosa (quimiotipo pentacíclico) 15% (v/v) e Stevia rebaudiana 11,67% (v/v). Dose para ensaio: 250 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos albinos Holtzmans portadores de diabetes, hiperlipidemia ou hipertensão induzidos por aloxana, colesterol ou L-NAME, respectivamente, tratados com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, CT e TG) e níveis da pressão arterial. |
O fitoterápico contendo os extratos de Uncaria tomentosa e Stevia rebaudiana apresenta atividades hipoglicemiante, hipolipemiante e anti-hipertensiva, sendo promissor para o tratamento da síndrome metabólica |
[
6
] |
Imunoestimulante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 0,025 a 0, 5 mg/mL. |
In vitro: Em macrófagos alveolares isolados de lavado broncoalveolar estimulados com LPS e IL-2, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1 e IL-6, na presença de [3H] timidina.
|
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade imunoestimulante, pois aumenta os níveis de IL-1 e IL-6. |
[
49
] |
Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: decocção do material vegetal (pó) em etanol/água (70:30). Padronizado com: 5,03% de alcaloides oxindólicos pentacíclicos. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de melanoma (B16/BL6), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de CD3, CD4, CD8, CD11, CD44, CD69, Th1, Th2, Th17, TNF-α, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-12p70, IL-17A, MCP-1, IFN-γ (citometria de fluxo). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade imunomoduladora, pois aumenta os níveis de Th1 e TNF-γ e reduz os níveis de Th17 e IL-17A. |
[
47
] |
Caule (casca) |
Extrato hidroalcoólico (1:1). Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 500 µg/mg. Doses para ensaio (in vivo): 125 a 1250 mg/kg. |
In vitro: Em linfócitos isolados de camundongos (Balb/c) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT), e estimulados pelo mitógeno ConA, para análise dos níveis de citocinas Th1 e Th2. In vivo: Em camundongos Balb/c tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros hematológicos, histopatológicos (fígado, rins, baço, timo, linfonodo e fêmur), viabilidade celular e imunofenotipagem (linfócitos esplênicos). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade imunomoduladora, por ativação de citocinas Th2, além da ausência de citotoxicidade. |
[
34
] |
Indutora da osteoclastogênese
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato. Concentrações para ensaio (in vitro): 3 a 27 μg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 9 a 81 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células da medula óssea (pré-osteoclastos) do fêmur e tíbia de camundongos (C57BL/6), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), e estimulados M-CSF e RANKL, para análise da diferenciação de osteoclastos. In vivo: Em ratos Wistar portadores de periodontite induzida por ligadura, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da perda óssea alveolar, parâmetros histológicos e imuno-histoquímicos, atividade da enzima MPO e expressão de genes relacionados a diferenciação dos osteoclastos (Rankl e Opg). |
O extrato de U. tomentosa reduz a osteoclastogênese, além da ausência de citotoxicidade, sendo promissor para o tratamento da periodontite. |
[
23
] |
Protetora do sistema reprodutor feminino
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (100 mg). Dose para ensaio: 32 mg/dia. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de endometriose induzida, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros anatomopatológicos/histológicos. |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade anti-inflamatória, antioxidante e imunomoduladora, sendo promissor para o tratamento da endometriose. |
[
48
] |
- |
Comprimidos (100 mg de extrato vegetal): 16 g de extrato vegetal (= 160 comprimidos) em 500 mL de solução salina a 0,9%. Dose para ensaio: 32 mg/mL. |
In vivo: Em ratas portadoras de endometriose induzida, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos (camada epitelial do parênquima do útero e ovário, folículo ovariano e corpo lúteo). |
O extrato de U. tomentosa apresenta resultados promissores para o tratamento da endometriose, pois reduz a proliferação da camada epitelial uterina e a atrofia do corpo lúteo, sendo semelhante ao medicamento leuprolida. |
[
35
] |
Renoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato seco. Dose para ensaio: 20 mg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesão renal aguda isquemia clampeamento dos pendículos renais, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de creatinina urinária e plasmática e parâmetros oxidativos urinários (FOX-2 e MDA). |
O extrato de U. tomentosa apresenta atividade renoprotetora, devido a potente ação antioxidante. |
[
22
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Ramo e caule secos |
100 g |
Ramo e caule frescos |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de ramo e caule secos, pulverizados, colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de ramo e caule frescos, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Como anti-inflamatória (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Número da cápsula e quantidade |
Uncaria tomentosa (droga vegetal) |
N° 0 (420 a 430 mg) |
Q.s.p |
1 cápsula |
Droga vegetal: pulverizar a droga vegetal (ramo e caule) e encapsular.
Doenças inflamatórias agudas e crônicas e processos dolorosos crônicos.
Uso oral: tomar 1 cápsula, à noite.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Casca do caule pulverizada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de café rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Componente |
Quantidade |
Folha e ramo rasurados |
1,4 a 1,6 g ou uma colher de sopa caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Como anti-inflamatória (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
clorogênico.
Ácidos hidroxibenzóicos
benzóico, salicílico, 4-hidroxibenzóico, procatéquico, gálico, siríngico e vanílico.
Ácidos hidroxicinâmicos
p-cumárico, cafeico, ferúlico e isoferúlico.
Alcaloides indólicos pentacíclicos
acuamigina, tetraidroalstonina, isoajimalicina, augustina e augustolina.
Alcaloides indólicos tetracíclicos
hirsuteína, hirsutina, diidrocorinanteína e corinanteína.
Alcaloides oxindólicos pentacíclicos
isopteropodina (uncarina E), pteropodina (uncarina C), mitrafilina, isomitrafilina, especiofilina (uncarina D), isopteropodinal, formosanina (uncarina B) e uncarina F.
Alcaloides oxindólicos tetracíclicos
rincofilina, isorincofilina, isorotundifolina, corinoxeína, isocorinoxeína, isorina, cofilina e rotundifolina.
Esteróis
β-sitosterol, estigmasterol e campesterol.
Flavonoides
catequina, epicatequina e rutina.
Outras substâncias
trifolina.
Proantocianidinas
epicatequina e cinchonaína.
Taninos
Triterpenos
ácido quinóvico, ácido oleanólico e ácido ursólico.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 60 dias[1,2].
em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol), transplantados, portadores de coagulopatias ou histórias de hemorragias (observar possíveis hematomas durante o tratamento). Evitar em pacientes hemofílicos que recebem crioprecipitados de plasma sanguíneo fresco[1,2,3,4].
pode ocorrer cansaço, febre, aumento de ácido úrico, náuseas, e em doses mais elevadas, diarreia ou obstipação dependendo da sensibilidade do indivíduo. Pode causar infertilidade transitória na mulher após 3 meses de uso. No início do tratamento, em pacientes mais sensíveis, e em doses mais elevadas, pode provocar hipotensão ortostática. Em doses tóxicas pode afetar o nervo óptico e o pâncreas[1,2,3,4,6,8].
evitar uso concomitante com antiácidos, inibidores da histamina (H2), anticoagulantes (potencializa o efeito causando hemorragias, especialmente antes de procedimentos cirúrgicos), antiagregantes plaquetários, vacinas passivas ou terapia endovenosa hiperimunoglobulínica. Evitar o uso junto com citostáticos químicos ou imunossupressores. Em indivíduos que usam laxativos, podem ocorrer cólicas e diarreias transitórias. Pode potencializar a ação anti-hipertensiva de vários agentes hipotensores, principalmente os betabloqueadores. Pode reduzir a captação do radiobiocomplexo de pertecnetato de sódio no coração e aumentar a captação no pâncreas e músculos. Também pode interferir nos métodos de estimação células sanguíneas que utilizam radiofármacos de 99mTc. Como inibe o sistema do citocromo P450, pode interferir com o efeito de várias drogas que são metabolizadas ou biotransformadas por este sistema, como por exemplo, antirretrovirais, amitriptilina, buspirona, clomipramina, haloperidol, nefazodona e outros. Efeito sinérgico pode ocorrer com antifúngicos, terbinafina e fluconazol. Protege contra o efeito irritativo gastrointestinal dos anti-inflamatórios não hormonais, com cautela pois. O efeito anti-inflamatória pode ser potencializado quando associado com Bixa orellana (urucum)[1,2,3,4,5,6,7,9].
Referências bibliográficas
por sementes, estacas da raiz ou do caule. A propagação por sementes apresenta somente 12% de germinação após 5 e 20 dias da semeadura. A micropropagação é uma técnica promissora para a multiplicação desta espécie. As plântulas micropropagadas após aclimatação são transferidas para sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), permanecendo em viveiro por 4 meses, até atingirem 40 cm de altura. Posteriormente, devem ser transferidas para local definitivo, sendo cultivadas com tutor de 2 m de comprimento, em ambiente de sombra ou meia sombra, em covas de 15x15 cm, adubadas com ½ kg de esterco, com espaçamento de 1 m entre plantas e 2 m entre linhas, ou 3x3 m e 4x3 m [ 1 , 2 , 6 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados [ 2 ] .
em função da altura das plantas a coleta das sementes é dificultada. Não há informações sobre o armazenamento das sementes. Para a colheita do caule, deve-se realizar um corte de 0,5 a 1,0 m de altura da base da planta, em forma de bisel. Realizar a raspagem prévia dos musgos aderidos na casca. Um indivíduo com caule de 8 cm de diâmetro mede, aproximadamente, 20 m de altura e rende 14 kg de casca seca e para manter a viabilidade da cultura o corte de plantas deste tamanho deve ser realizado a cada 10 anos. A sabedoria popular recomenda que a colheita da entrecasca seja realizada na lua nova [ 2 ] .
a secagem das cascas é realizada em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas. A droga vegetal pode ser armazenada por 2 anos e o processo de moagem deve ser realizado em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, devendo ser armazenada em ambiente não úmido e utilizada no período máximo de 6 meses [ 2 ] .
técnicas de micropropagação, com plântulas de Uncaria tomentosa cultivadas em ambiente a pleno sol, apresentam maiores concentrações de alcaloides oxindólicos monoterpênicos, sendo os tetracíclicos substituídos por pentacíclicos ao longo do desenvolvimento da planta. As mudanças sazonais alteram as concentrações dos alcaloides oxindólicos pentacíclicos nas folhas jovens, raiz e casca, com aumento no período da estação chuvosa para a estação seca, enquanto que para os alcaloides oxindólicos tetracíclicos não há mudanças significativas. Estudos tem demonstrado a existência de quimiotipos para esta espécie vegetal, bem como ação terapêutica relacionada a um grupo químico, como por exemplo, alcaloides oxindólicos pentacíclicos com ação no sistema imunológico. Neste contexto, faz-se necessário a seleção do material vegetal para cultivo [ 3 , 4 , 5 ] .
Referências bibliográficas