Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt & R.M.Sm.

Colônia e pacová.

Sinonímia 
Costus zerumbet Pers.
Família 
Informações gerais 

Originária do sudeste da Ásia e amplamente cultivada como planta ornamental. Suas principais indicações são: anti-hipertensiva, anti-inflamatória (vias urinárias), digestiva, calmante e antitérmica[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 67-72.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 27-29.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 36-38.
5 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 59-60.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, rizomatosa, aromática, robusta, perene, com talos até 3 m de altura, de colmos agrupados em touceiras; folhas longas, lanceoladas, oblongas, largas, pontudas, invaginantes, margens ciliadas, com até 70 cm de comprimento x 15 cm de largura; flores ligeiramente aromáticas, campanuladas em cachos grandes axilares terminais e semi-pendentes, róseas e amareladas, com três lobos e grande lábio com mancha central vermelha[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 67-68.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 27.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 539.
4 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 112.
5 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribenha. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 38.
Exibe Planta Medicinal: 
Nenhum
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Colônia, jardineira e vindica Ceará (Brasil) Folha

Diurética, anti-hipertensiva, antiasmática e calmante.

Infusão: 1 a 3 folhas frescas (cortadas em pequenos pedaços) em 1 litro de água.

Tomar o preparado durante todo o dia.

O chá deve ser armazenado em geladeira e não deve ser ingerido quando adquirir coloração rósea, pois indica oxidação dos constituintes químicos. O uso prolongado pode causar efeitos colaterais.

[ 1 , 2 , 3 , 4 ]
Ginger, colônia shell plant e butterfly ginger Colômbia Raiz

Digestiva.

Infusão.

-

-

[ 5 ]
Ginger, colônia shell plant e butterfly ginger Colômbia Folha

Diurética, anti-hipertensiva, anticatarral, no tratamento de dores de cabeça e úlceras.

Infusão.

-

-

[ 5 ]
Ginger, colônia shell plant e butterfly ginger Colômbia Folha

Antitérmica.

Decocção.

Uso externo: na forma de banhos.

-

[ 5 ]
Ginger, colônia shell plant e butterfly ginger Colômbia Folha e raiz

No tratamento da AIDS.

Decocção.

-

-

[ 5 ]
Colônia Ceará (Brasil) Folha

Antiasmática e calmante.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 6 ]

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. Fortaleza: UFC, 1991, p. 37.
2 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 83.
3 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 207.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 539.
5 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 59-60.
6 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 112.

Ansiolítica

Ansiolítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por destilação a vapor. Rendimento: 0,03 a 0,07%.

In vivo:

Em camundongos ICR submetidos a inalação do óleo vegetal, com posterior análise dos testes claro-escuro, campo aberto e labirinto em cruz elevado e níveis de compostos químicos nos tecidos (sangue, fígado, rim e cérebro) por Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massas.

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade ansiolítica, contudo, os compostos químicos identificados neste estudo, acumularam principalmente nos rins.

[ 14 ]
Folha

Óleo essencial: por destilação a vapor. Concentrações para ensaio: 0,087 a 8,7 ppm.

In vivo:

Em camundongos ICR submetidos a inalação do óleo vegetal, pré-tratados ou não com fluoxetina e 5-hidroxitriptofano, com posterior análise de observações comportamentais (locomoção e salto) e teste do labirinto em cruz elevado.

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade ansiolítica.

[ 27 ]

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 50 g do material vegetal (seco) em 800 mL de etanol/água. Rendimento: 6,5%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 a 30 µg. Dose para ensaio (in vivo): 50 mg/kg.

In vitro:

Em leito mesentérico vascular de ratos incubado com o extrato vegetal, norepinefrina, fenilefrina, indometacina, acetilcolina, nitroglicerina, glibenclamida, 4-aminopiridina, indometacina, pirilamina, atropina, ioimbina, histamina, clonidina, bradicinina, caribdotoxina/apamina, HOE 140, ODQ e L-NAME, com posterior análise da contratilidade vascular.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por DOCA-sal, submetidos a administração crônica do extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial e peso corporal.

O extrato hidroalcoólico das folhas de A. zerumbet apresenta atividade anti-hipertensiva.

[ 10 ]
Folha

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 1 a 20 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a sedação ou não com pentobarbital, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise da pressão aórtica e frequência cardíaca, e comparação ao pré-tratamento com metilatropina, hexametônio acetilcolina.

O óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade hipotensora, dose-dependente, sugerindo ausência da ativação do sistema nervoso simpático. 

[ 15 ]
Folha

Óleo essencial:  por hidrodestilação a vapor. Concentrações para ensaio: 1 a 20 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por DOCA-sal e em ratos normotensos uninefrectomizados, tratados com óleo vegetal, hexametônio e metilatropina, com posterior análise da frequência cardíaca (FC) e pressão arterial média (PAM).

Observou-se que o óleo de A. zerumbet apresenta atividade hipotensora, dose-dependente.

[ 22 ]

Anti-hipertensiva e Relaxante muscular

Anti-hipertensiva e Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação. Fração: metanólica. Concentrações para ensaio: 30, 100 e 300 µg/mL. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vitro:

Em anéis da aorta torácica de ratos Wistar, com ou sem endotélio, incubados com a fração vegetal, agentes promotores de contração e antagonistas, com posterior análise da contratilidade vascular.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por L-NAME, tratados com as frações vegetais, com posterior análise da frequência cardíaca e pressão arterial (método pletismagrafia).

Observou-se que a fração metanólica de A. zerumbet apresenta atividade anti-hipertensiva e relaxante vascular, por inibição do influxo de cálcio. 

[ 12 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Concentração para ensaio: 0,3 mL/kg diluído em óleo de girassol.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a tenotomia do tendão de Aquiles, tratados topicamente com óleo vegetal, com posterior análise histológica, infiltração de células inflamatórias (fase aguda e crônica) e organização arquitetônica das fibras de colágeno. 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade anti-inflamatória, além de estimular o remodelamento do tendão de Aquiles.

[ 13 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial: 100 g do material vegetal (fragmentado), por destilação a vapor. Doses para ensaio: 0,135 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Kunming portadores de contorções abdominais e edema de orelha, induzidos por ácido acético e dimetilbenzeno, respectivamente, pré-tratados com o óleo vegetal, com posterior análise do número de contorções e diâmetro da orelha.

O óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade anti-inflamatória e analgésica significativas.

[ 20 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1,8 kg do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 115 g. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a capacidade antioxidante total (ELISA), redução de íons ferrosos (FRAP) e eliminação dos radicais DPPH e ABTS.

Determinar a atividade inibitória das enzimas cicloxigenase 1 e 2 e lipoxigenase.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com extrato vegetal e submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, infiltração de leucócitos na cavidade peritoneal induzida por carragenina, permeabilidade vascular e contorções abdominais induzidas por ácido acético, da placa quente e febre induzida por levedura de cerveja.

Observou-se que o extrato metanólico de A. zerumbet apresenta atividades antinociceptiva, antipirética, anti-inflamatória e antioxidante.

[ 29 ]

Anti-inflamatória e Citoprotetora

Anti-inflamatória e Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 e100 ng/mL. Doses para ensaio (in vivo): 90 e 180 mg/kg.

In vitro:

Em células endoteliais aórticas humana (HAEC) portadoras de lesões induzidas por lipopolissacarídeo (LPS), pré-tratadas com o óleo vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de p65/NF-kB (imunofluorescência), lactato desidrogenase (LDH) e caspase-3, expressão de ICAM-1, GDPH, VCAM-1 e TLR4 (PCR) e de proteínas (Western blotting).

 

In vivo:

Em camundongos Konmin tratados com óleo essencial e submetidos a administração de lipopolissacarídeos (LPS), com posterior análise da expressão de proteínas (Western blotting).

Observou-se que o óleo essencial apresenta atividade anti-inflamatória e citoprotetora, através da modulação da via NF-kB/TLR4.

[ 2 ]

Antidepressiva

Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato hidroalcoólico. Dose para ensaio: 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração do extrato vegetal, pré-tratados com AMPT, PCPA e NBQX, com posterior análise do teste de suspensão de cauda (TST).

Observou-se que o extrato de A. zerumbet apresenta atividade antidepressiva, dependente de receptores dopaminérgicos e noradrenérgicos.

[ 21 ]

Antiespasmódica e Relaxante muscular

Antiespasmódica e Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por destilação a vapor. Concentrações para ensaio: 0,1 a 600 µg/mL.

In vitro:

Em íleos isolados de ratos incubados com o óleo vegetal, acetilcolina e cloreto de potássio, com posterior análise da contratilidade muscular.

 

Observou-se que o óleo essencial de A. speciosa apresenta atividade relaxante (30 a 600 µg/mL) e antiespasmódica (dose-dependente).

[ 31 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 0,1 e 1%.

In vitro:

Em culturas de Aspergillus niger, Candida albicans, Pseudomonas aeruginosa, Sthaphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli, Listeria innocua e Salmonella arizonae, incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade antimicrobiana em microplacas.

Bioensaio com mosquitos Aedes aegypti expostos ao óleo essencial, com posterior análise da ação repelente, irritante e tóxica.

 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade antimicrobiana e inseticida, significativas.

[ 11 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Doses para ensaio: 10 a 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o óleo vegetal e submetidos posteriormente aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, nocicepção induzida por formalina e placa quente.

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta ação antinociceptiva, dose-dependente.

[ 24 ]

Antioxidante e Antipsicótica

Antioxidante e Antipsicótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Concentrações para ensaio (in vitro): 25, 50 e 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50, 100 e 200 mg/kg. 

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos níveis de peroxidação lipídica (TBARS), GSH e NO.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o óleo vegetal e submetidos aos testes de hiperlocomoção induzida por cetamina, tempo de sono induzido por pentobarbital sódico e rota rod.

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade antipsicótica e antioxidante.

[ 26 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 37 g. Frações: n-hexano, diclorometano e aquosa. Concentrações para ensaio (in vitro): 25 a 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 250 mg/kg.

In vitro:

Bioensaio em Artemia salina para determinar a concentração letal media (CL50).

Em células de carcinoma ascítico de Ehrlich de camundongos, incubadas com extrato e frações vegetais, com posterior análise de viabilidade celular.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados com células de carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com extrato vegetal e frações, com posterior análise de volume do tumor e níveis de MDA, SOD e CAT em homogenato hepático.

Neste estudo, o extrato e frações de A. zerumbet apresentam atividade antioxidante e antitumoral significativa.

[ 1 ]

Antioxidante e Citoprotetora

Antioxidante e Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Concentrações para ensaio: 0,01 a 10 mg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais da veia umbilical humana (HUVECs) portadoras de lesões induzidas por LDL-ox, pré-incubadas com óleo vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (azul tripano e MTT), níveis de LDH (ELISA) e parâmetros bioquímicos enzimáticos (peroxidação lipídica, malondialdeído, glutationa reduzida, glutationa peroxidase e superóxido dismutase.

 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade citoprotetora e antioxidante. 

[ 9 ]

Antioxidante e Hipolipemiante

Antioxidante e Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água ou etanol.

Pó. Doses para ensaio (in vivo): 1 a 5%.

Óleo essencial: 500 g do material vegetal (pó), por destilação a vapor. Doses para ensaio (in vivo): 0,0,1 a 5%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e capacidade quelante dos íons ferrosos dos extratos aquoso e etanólico.

 

In vivo:

Em hamsters Sírios portadores de hiperlipidemia induzida por dieta hipercalórica, suplementos com o pó ou óleo vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e hepáticos (TG, CT, LDL-c e HDL-c).

O extrato etanólico das sementes de A. zerumbet apresenta atividade antioxidante mais potente, enquanto que a suplementação com o pó demonstra ação hipolipemiante e hepatoprotetora promissoras.

[ 23 ]

Antioxidante e Inibidora enzimática

Antioxidante e Inibidora enzimática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma, Caule, Folha, Flor, pericarpo e semente

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (seco) em água. Extrato: 10 g do material vegetal (seco) em etanol.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH, ABTS e PMS-NADH; determinar a atividade inibitória das enzimas colagenase, elastase, hialuronidase e tirosinase (ensaio espectrofotométrico).

 

Observou-se que o extrato aquoso do rizoma apresenta ação antioxidante mais potente, além de inibir a atividade das enzimas em estudo.  

[ 3 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 0,1 a 50 mg/mL; 31,25 a 1000 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de Trypanosoma cruzi (epimastigota) e Leishmania brasiliensis (promastigota em fibroblastos) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise da mortalidade parasitária.

 

O óleo essencial de A. speciosa apresenta atividade antiparasitária, além da ausência de citotoxicidade.

[ 30 ]

Antipsicótica

Antipsicótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Doses para ensaio: 50 e 100 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o óleo vegetal, submetidos posteriormente aos testes de campo aberto, catalepsia, estereotipia induzida por apomorfina, labirinto em cruz elevado, natação forçada e suspensão da cauda.

O óleo essencial de A. zerumbet deprime o sistema nervoso central, sendo promissor para o tratamento de psicoses.

[ 25 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 4 kg do material vegetal (pó) em etanol a 90%. Rendimento: 85,65%. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de infarto do miocárdio induzido por isoproterenol, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (enzimas marcadoras cardíacas), histológicos, morfométricos, hemodinâmicos e quantificação do tamanho do infarto do miocárdio.

Observou-se que o extrato de A. zerumbet apresenta atividade cardioprotetora.

[ 16 ]
Folha e flor

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 3 a 1500 g/mL.

In vitro:

Em átrios isolados estimulados ou não eletricamente, incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da contratilidade muscular, e em cardiomiócitos ventriculares para avaliar a corrente de cálcio.

 

O óleo essencial da folha e flor de A. speciosa apresenta atividade cardiodepressora, por inibição dos canais de cálcio.

[ 32 ]

Hepatoprotetora e Hipolipidêmica

Hepatoprotetora e Hipolipidêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Pó (semente ou casca do fruto) e óleo (semente). Concentrações para ensaio: 0,01 a 5%.

In vivo:

Em hamsters sírios suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o pó vegetal associado ou não ao óleo essencial, com posterior análise da excreção fecal, lipoproteínas plasmáticas, atividade de SOD e GPX, e ácidos graxos hepáticos.

Observou-se que a associação do pó e óleo de A. zerumbet apresenta atividade hipolipemiante potente, além da ação hepatoprotetora.

[ 18 ]

Inibidora enzimática

Inibidora enzimática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha, Caule, Rizoma, Flor, semente e pericarpo

Extrato: 20 g do material vegetal (fragmentado) em 400 mL de acetona a 70%.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas (lipase pancreática, 15-lipoxigenase, oxidação de LDL e anti-tirosinase) e do estrogênio.

 

Observou-se que o extrato da semente de A. zerumbet apresenta atividade inibitória mais potente para as enzimas em estudo, sendo promissor para o tratamento da aterosclerose.

[ 6 ]

Redutora da disfunção endotelial

Redutora da disfunção endotelial
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 1, 2 e 4 µg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais da aorta de humanos estimuladas por LDL-ox, pré-tratadas com óleo vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), potencial da membrana mitocondrial (MMP), níveis de óxido nítrico (NO) e espécies reativas ao oxigênio (EROs), regulação e expressão da óxido nítrico sintase (PCR e Western blotting).

 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet reduz a disfunção endotelial induzida por LDL-ox, por inibição da oxidação e regulação da via Akt/NOS-NO. 

[ 7 ]
Fruto

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Rendimento: 1,3%. Concentrações para ensaio: 0,25, 1,0 e 4 µg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais de veia umbilical humana (HUVECs) portadores de lesões induzidas por glicose, pré-incubadas com óleo essencial, com posterior análise de viabilidade e metabolismo celular (MTT), níveis de lactato desidrogenase (LDH), TNF-α, IL-8 e p65 (ELISA e imunofluorescência), expressão de VCAM-1 e ICAM-1 (Western blotting) e ligação de DNA/NF-kB (imunofluorescência).

 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet reduz a disfunção endotelial induzida por glicose, através da regulação da via NF-kB.

[ 8 ]

Redutora de estímulo nervoso

Redutora de estímulo nervoso
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Concentrações para ensaio: 60 a 2000 µg/mL.

In vitro:

Em nervos ciáticos isolados de Ratus norvegicus, incubados com o óleo vegetal e submetidos a estímulos elétricos, com posterior análise do potencial de ação composto (PAC).

 

Observou-se que o óleo essencial de A. zerumbet reduz a excitabilidade do nervo ciático, principalmente nas concentrações de 300 a 2000 µg/mL.

[ 19 ]

Vasoprotetora

Vasoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial.

In vitro:

Em cultura de células endoteliais da veia umbilical humana (HUVECs) pré-tratadas com o óleo vegetal e incubadas com TGF-β1, com posterior análise da morfologia celular, expressão de de KLF4, vascular endotelial caderina, α-SMA, snail e NF-kB (Western blotting, RTq-PCR e Imunofluorescência), transição endotelial-mesenquimal, motilidade celular (Transwell), imunopreciptação de proteínas e transfecção com siRNA KLF4.

 

O óleo essencial de A. zerumbet reduz a transição de endotelial-mesenquimal, mediado pela regulação de KLF4.

[ 5 ]

Vasorelaxante

Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,01 a 3000 µg/mL.

In vitro:

Em anéis da aorta isolados de ratos Wistar, com ou sem endotélio, incubados com óleo vegetal, fenilefrina, tetraetilamônio, indometacina e L-NAME, com posterior análise de contratilidade vascular.

 

O óleo essencial das folhas de A. zerumbet apresenta ação vasorelaxante, concentração dependente, principalmente na presença do endotélio.

[ 17 ]
Fruto

Óleo essencial: por hidrodestilação a vapor. Concentrações para ensaio: 1,14 a 72,96 µg/mL.

In vitro:

Em anéis da aorta torácica de ratos Sprague-Dawley, com ou sem endotélio, incubadas com óleo vegetal e agentes promotores de contração (norepinefrina, acetilcolina, indometacina, propranolol, azul de metileno e L-NAME), com posterior análise da vasodilatação.

 

O óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade vasorelaxante, dependente da concentração e da presença endotelial.

[ 28 ]
Ensaios toxicológicos

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: 500 g do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Rendimento: 0,3% (p/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 50 a 500 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 400 mg/ kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em cultura de leucócitos isolados de sangue periférico humano, estimulados ou não por peróxido de hidrogênio (H2O2), pré, co e pós-tratados com óleo vegetal, com posterior análise da proliferação celular (Alamar Blue), níveis de GSH intracelular (espectrofotometria), peroxidação lipídica (TBARS), viabilidade e morfologia celular (azul de tripano e laranja de acridina/brometo de etídio), danos no DNA (teste do cometa, purinas oxidadas, espécies reativas ao oxigênio, aberrações cromossômicas e teste do micronúcleo).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração do óleo essencial, com posterior do micronúcleo de células da medula óssea e teste do cometa em células de sangue periférico.

O óleo essencial de A. zerumbet apresenta atividade antioxidante e citoprotetora, contudo demonstra genotoxicidade na concentração mais alta (500 mg/kg).

[ 4 ]

Referências bibliográficas

1 - ZAHRA, M. H. et al. Alpinia zerumbet (Pers.): food and medicinal plant with potential in vitro and in vivo anti-cancer activities. Molecules, v. 24, n. 13, p.1-14, 2019. doi: 10.3390/molecules24132495
2 - JI, Y. P. et al. Essential oil from Fructus Alpinia zerumbet (fruit of Alpinia zerumbet (Pers.) Burtt.et Smith) protected against aortic endothelial cell injury and inflammation in vitro and in vivo. J Ethnopharmacol, v. 237, p.149-158, 2019. doi: 10.1016/j.jep.2019.03.011
3 - CHOMPOO, J. et al. Effect of Alpinia zerumbet components on antioxidant and skin diseases-related enzymes. BMC Complement Altern Med, v. 12, p.1-9, 2012. doi: 10.1186/1472-6882-12-106
4 - CAVALCANTI, B. C. et al. Genetic toxicology evaluation of essential oil of Alpinia zerumbet and its chemoprotective effects against H(2)O(2)-induced DNA damage in cultured human leukocytes. Food Chem Toxicol, v. 50, n. 11, p.4051-4061, 2012. doi: 10.1016/j.fct.2012.03.038
5 - ZHANG, Y. et al. EOFAZ inhibits endothelial‑to‑mesenchymal transition through downregulation of KLF4. Int J Mol Med, v. 46, n. 1, p.300-310, 2020. doi: 10.3892/ijmm.2020.4572
6 - CHOMPOO, J. et al. Antiatherogenic properties of acetone extract of Alpinia zerumbet seeds. Molecules, v. 17, n. 6, p.6237-6248, 2012. doi: 10.3390/molecules17066237
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29 - GHAREEB, M. A. et al. HPLC-ESI-MS/MS profiling of polyphenolics of a leaf extract from Alpinia zerumbet (Zingiberaceae) and its anti-inflammatory, anti-nociceptive, and antipyretic activities in vivo. Molecules, v. 23, n. 12, p.1-14, 2018. doi: 10.3390/molecules23123238
30 - PEREIRA, P. S. Cytotoxic and anti-kinetoplastid potential of the essential oil of Alpinia speciosa K. Schum. Food Chem Toxicol, v. 119, p.387-391, 2018. doi: 10.1016/j.fct.2018.01.024
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32 - SANTOS, B. A. et al. Cardiodepressive effect elicited by the essential oil of Alpinia speciosa is related to L-type Ca²+ current blockade. Phytomedicine, v. 18, n. 7, p.539-543, 2011. doi: 10.1016/j.phymed.2010.10.015

Formulário de Fitoterápico

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 36, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

* Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folhas secas e rasuradas. Colocar em frasco de vidro âmbar. Em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folhas frescas, lavar e picar. Colocar em frasco de vidro âmbar. Em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Hipertensão arterial leve (BRASIL, 2018). Como diurético, nos processos inflamatórios das vias urinárias e nos transtornos ansiosos.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Alpinia speciosa (folha seca)

5 g

Cecropia spp. (folha seca)

10 g

Lippia alba (folha e sumidade florida seca)

5 g

Olea europaea (folha seca)

10 g

Phalaris canariensis (semente seca)

10 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Alpinia speciosa (folha)

2,5 mL

Cecropia spp. (Folha)

5 mL

Crataegus rhipidophylla (folha -tintura)

20 mL

Lippia alba (folha)

2,5 mL

Olea europaea (folha)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as sementes em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar as folhas secas pesadas e rasuradas e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca leve.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componentes

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por decocção, por 5 minutos.

Principais indicações

Hipertensão arterial leve (BRASIL, 2018). Como diurético, nos processos inflamatórios das vias urinárias e nos transtornos ansiosos.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto três a quatro vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 36-38.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 328-329.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 25-26.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

quínico, málico, gálico, cinâmico, eucômico, ferulíco, 3-dehidroquínico, vanílico, cafeico, salicílico, vanílico, siríngico, cumárico, sinápico, epicatequina, isovitexina, quercetina, iso-hametina, caempferol, apigenina, crsoeriol, diosmetina

Ácidos orgânicos

ácido oxálico.

ácido oxálico.

Alcaloides

Fitosteróis

sitosterol, estigmasterol, sigmasterol, campesterol e colesterol-4-ene-3,6-diona.

Flavonoides

rutina e kaempferol-3-O-glucuronideo.

Mucilagens

Óleos essenciais

1,8 cineol, linalol, sabineno, cis-β-terpineol, α-terpineol, terpinen-4-ol, p-cimenol, acetato de bornil, β-cariofileno, α-humuleno, cubenol, óxido de cariofileno, α-tujeno, α e β-pineno, α e γ-terpineno, p-cimeno, O-cimeno, limoneno, terpinoleno, 4-tujanol, cis e trans-p-Menth-2-en-1-ol, terpinoleno, α e β-felandreno, β-mirceno, canfeno, borneol, acetato de isoamila e ácido oleico.

Outras substâncias

inulina.

Pectinas

Resinas

Saponinas

Taninos

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 29.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 68.
3 - CAVALCANTI, B. C. et al. Genetic toxicology evaluation of essential oil of Alpinia zerumbet and its chemoprotective effects against H(2)O(2)-induced DNA damage in cultured human leukocytes. Food Chem Toxicol, v. 50, n. 11, p.4051-4061, 2012. doi: 10.1016/j.fct.2012.03.038
4 - CHOMPOO, J. et al. Antiatherogenic properties of acetone extract of Alpinia zerumbet seeds. Molecules, v. 17, n. 6, p.6237-6248, 2012. doi: 10.3390/molecules17066237
5 - DA CUNHA, G. H. et al. Vasorelaxant and antihypertensive effects of methanolic fraction of the essential oil of Alpinia zerumbet. Vascul Pharmacol, v. 58, n. 5-6, p.337-345, 2013. doi: 10.1016/j.vph.2013.04.001
6 - BEVILAQUA, F. et al. Involvement of the catecholaminergic system on the antidepressant-like effects of Alpinia zerumbet in mice. Pharm Biol, v. 54, n. 1, p.151-156, 2016. doi: 10.3109/13880209.2015.1025287
7 - XIAO, T. et al. The endothelial protective properties of essential oil from fructus Alpiniae zerumbet via the Akt/NOS-NO signaling pathway in vitro. Planta Med, v. 80, n. 17, p.1628-1634, 2014. doi: 10.1055/s-0034-1383129
8 - TAO, L. et al. Endothelium-dependent vasodilatation effects of the essential oil from Fructus Alpiniae zerumbet (EOFAZ) on rat thoracic aortic rings in vitro. Phytomedicine, v. 20, n. 5, p.387-393, 2013. doi: 10.1016/j.phymed.2012.12.014
9 - GHAREEB, M. A. et al. HPLC-ESI-MS/MS profiling of polyphenolics of a leaf extract from Alpinia zerumbet (Zingiberaceae) and its anti-inflammatory, anti-nociceptive, and antipyretic activities in vivo. Molecules, v. 23, n. 12, p.1-14, 2018. doi: 10.3390/molecules23123238

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Evitar tomar o chá desta planta na forma oxidada (avermelhada), o que ocorre com grande facilidade[1,2,3,5].

Contraindicações: 

em crianças (abaixo de 12 anos), gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol), portadores de úlceras pépticas, diarreias, cardiopatias, hipotensão, nefropatias, hepatopatias e outras doenças crônicas[1,2,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

doses elevadas podem causar asfixia por paralisia respiratória. Pode ser hepatotóxica em doses acima da recomendada[1,2,4,5].

Interações medicamentosas: 

cautela em pacientes diabéticos ou que estejam em uso de hipoglicemiantes, anti-hipertensivos ou com desequilíbrio eletrolítico. Pode interagir com inibidores da bomba de prótons e diuréticos. Pode aumentar a acidez gástrica e reduzir o efeito de antiácidos[4].

 

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 37-38.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 26.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 539.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 36-37, 2021.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 70.

Propagação: 

a propagação é realizada por divisão da touceira e os rizomas devem ser separados contendo pelo menos três gemas laterais. Após separação, deve-se ser plantada em local definitivo ou em sacos plásticos contendo solo, areia e substrato (3:2:1). Manter em ambiente a meia sombra (sombrite 50%) por 60 dias, e posteriormente transferi-las para local definitivo. O plantio deve ser realizado a pleno sol ou meia sombra, em solo úmido e permeável. O espaçamento deve ser de 1 m entre as plantas e 1 m entre linhas [ 1 , 2 , 3 ] .

Tratos culturais & manejo: 

a irrigação pode ser realizada uma vez por semana, pois tolera bom o estresse hídrico. A muda quando plantada no campo apresenta crescimento da parte aérea lento, sendo necessário pelo menos oito meses para formação de folhagens exuberantes. Floresce na primavera e verão, entre os meses de setembro e janeiro [ 1 ] .

Colheita: 

a colheita das partes aéreas da planta deve ser feita preferencialmente pela manhã (9 e 10 horas), na lua cheia ou nova. Deve ser coletada antes do florescimento, 50 cm acima do solo [ 1 , 2 ] .

Pós-colheita: 

Se for necessário a secagem do material vegetal, deve ser realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. O armazenamento da planta seca deve ser em ambiente não úmido e não deve ultrapassar 6 meses [ 1 , 2 ] .

Problemas & Soluções: 

o uso do chá desta espécie, deve ser preferencialmente com as folhas frescas, pois a secagem natural degrada vários compostos e a folha se torna cor de palha [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 27-28.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 68.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 539.

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