Nativa da Ásia tropical, bem aclimatada em outras regiões como no Mediterrâneo e no Brasil. Esta espécie é muito cultivada em pomares domésticos. Suas principais indicações são: antidispéptica, espasmolítica, orexígena, antitérmica, analgésica, expectorante, antitussígena, antigripal, antisséptica oral, diurética e anti-hipertensiva[1,2,3,4,5,6].
Árvore perenifólia, de 4 a 6 m de altura, copa globosa, possui casca lisa marrom-acinzentada, com inúmeros espinhos, os ramos jovens são angulares, posteriormente tornam-se teretes e glabros; as folhas são simples, alternadas, elípticas, ápice subagudo, , base arredondada ou cuneiforme, aromáticas, pecíolos alados, glabras, face adaxial verde-escura brilhante, face abaxial de coloração pálida, de 5 a 10 cm de comprimento; as flores são brancas, perfumadas, reunidas em pequenas cimeiras axilares; os frutos são globosos, tipo baga, ligeiramente achatado em ambas as extremidades, medindo de 7 a 9 cm de diâmetro, com casca grossa e áspera, de cor amarelo-alaranjada (quando maduro), a polpa possui sabor amargo e ácido, com muitas sementes[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Laranja-amarga | Brasil | Folha | Coadjuvante no emagrecimento. |
Pó: cápsulas de 500 mg. |
Ingerir 1 a 2 cápsulas (500 mg) com 1 xícara de água (200 mL) 30 minutos antes das principais refeições (até 4 vezes ao dia). |
Muito cautela na associação com medicamentos psicotrópicos, estimulantes e glicosídeos cardiotônicos. Não utilizar em indivíduos com hipertensão, cardiopatia, nefropatia e epilepsia. Poderão ocorrer reações alérgicas. Fotossensibilizante na exposição direta ao sol. Uso com cautela na gravidez e lactação. |
[
1
]
|
Laranja-da-terra | Ceará (Brasil) | Folha | antidispéptica, Calmante, tônica e nos casos de palpitações cardíaca. |
Infusão. |
- |
- |
[
2
]
|
Laranja-amarga e laranja-da-terra | Brasil | Folha | Sudorífica, antigripal, carminativa, antiespasmódica e no tratamento de reumatismo e taquicardia. |
Chá. |
- |
- |
[
3
]
|
Laranja-amarga e laranja-da-terra | Brasil | Casca do fruto | No casos de má-digestão. |
Chá. |
- |
- |
[
3
]
|
Laranja-amarga e laranja-da-terra | Brasil | Botão floral | Calmante suave, nos casos de insônia e nervosismo. |
Extrato aquoso a frio. |
- |
- |
[
3
]
|
Laranja-amarga e laranja-da-terra | Brasil | Folha | No tratamento de gripe, febre e resfriado. |
Infusão: 1 colher (sopa) de folha picada em 1 xícara (média) de água. |
Tomar 1 xícara à noite antes de deitar. |
- |
[
3
]
|
Laranja-amarga e laranja-da-terra | Brasil | Fruto | No tratamento da albuminúria em mulheres grávidas. |
Suco. |
- |
- |
[
3
]
|
Naranja | Porto Rico (região Sudeste) | Folha (fresca ou seca) | No tratamento da depressão, ansiedade, histeria, nervosismo, asfixia, falta de ar, desejo de abandonar o mundo, tremor, raiva, inquietação e calor repentino. |
Decocção. |
Oral. |
- |
[
4
]
|
Naranja | Porto Rico (região Sudeste) | - | Sedativa e no tratamento de distúrbios gastrointestinais. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Referências bibliográficas
Ansiolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Óleo essencial: hidrodestilação. Dose para ensaio: 10 mL/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com óleo essencial, submetidos aos testes claro-escuro, natação forçada e barra rotatória, toxicidade (parâmetros bioquímicos e neuroquímicos) e quantificação dos níveis de neurotransmissores e seus metabólitos. |
Observou-se que o óleo de C. aurantium apresenta atividade ansiolítica, mediada pelo sistema serotoninérgico, além da ausência de efeitos tóxicos. |
[
25
] |
Fruto (casca) |
Óleo essencial. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 g/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos aos testes claro-escuro, enterramento de esferas de mármore e barra rotatória. |
O óleo essencial de C. aurantium apresenta atividade ansiolítica, sem comprometimento do sistema locomotor. |
[
30
] |
Ansiolítica e Sedativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial. Concentração para ensaio: 10% em tween 80 (1% v/v em água). Outra espécie em estudo: Citrus sinensis (casca do fruto). |
In vivo: Em ratos albinos submetidos a inalação do óleo vegetal por 30 minutos, com posterior análise dos níveis de melantonina (MEL) e corticosterona (CORT), e dos testes claro-escuro, avaliação da atividade locomotora e suspensão da cauda. |
Neste estudo somente o óleo essencial de C. senensis apresentou atividade ansiolítica e sedativa, contudo ambos os óleos vegetais não alteraram os níveis de MEL e CORT. |
[
13
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato aquoso: decocção de 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. |
In vitro: Em macrófagos murinos RAW 264.7 e hepatócitos humanos LO2 submetidas ao teste MTT. Em macrófagos murinos RAW 264.7 incubadas com LPS para avaliar a produção de óxido nítrico (NO) e citocinas (IL-6, TNF-α e IL-1β), translocação de NF-κB por imunofluorescência e detecção de proteínas por Western Blotting.
|
Observou-se que o extrato de C. aurantium var. amara apresenta atividade anti-inflamatória, suprimindo a expressão de citocinas pró-inflamatórias. |
[
50
] |
Flor |
Óleo essencial: destilação a vapor, 100 g do material vegetal (pó) em 2000 mL de água. Concentrações para ensaio: 31,25, 62,5, 125 e 250 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos radicais DPPH e ABTS. Em hepatócitos humanos LO2, células de câncer de mama humano MCF-7, pré-adipócitos 3T3-L1 e macrófagos murino RAW 264.7 submetidos ao teste MTT. Em macrófagos murino RAW 264.7 incubadas com LPS para avaliar a produção de óxido nítrico (NO), quantificação de citocinas (IL-6, TNF-α e IL-1β), translocação de NF-κB por imunocoloração e detecção de proteínas por Western Blotting.
|
O óleo essencial de C. aurantium var. amara apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente na concentração de 250 µg/mL, reduzindo a expressão de citocinas pró-inflamatórias. |
[
51
] |
Fruto |
Extrato hidroalcoólico: 100 g do material vegetal em 1 L de etanol à 70%/água. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de colite ulcerativa induzida por dextran sulfato de sódio (DSS), submetidos a análise do peso corporal, sinais clínicos, morfológica e histopatológica do cólon, expressão de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL-10 e MCP-1). |
O extrato de C. aurantium apresentou atividade anti-inflamatória, além de proteger contra a perda de peso corporal e o encurtamento do cólon. |
[
11
] |
Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Óleo essencial: hidrodestilação, 2 kg do material vegetal (fresco). Doses para ensaio: 5, 10, 20, 40 e 80 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, da placa quente, edema de pata induzida por carragenina, e granuloma induzido por “pellets” de algodão. |
O óleo essencial de C. aurantium apresenta atividades analgésica e anti-inflamatória, principalmente, na dose de 40 mg/kg no modelo de inflamação aguda. |
[
20
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato etanólico ou metanólico: 0,5 g do material vegetal (seco) em solvente. Extrato aquoso: 5 g do material vegetal em 100 mL de água fervente. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante: radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP). Em macrófagos murinos RAW 264.7 estimulados por IFN-γ e LPS para avaliar a produção de óxido nítrico (NO) e citotoxicidade pelo ensaio MTT. Em linhagens celulares: câncer humano (MCF-7, MDA-MB-231), hepatócito humano e adenocarcinoma do cólon humano (HT-29), e citotoxicidade pelo ensaio MTT.
|
O extrato metanólico de C. aurantium apresentou atividade antioxidante mais potente, se comparado aos outros extratos, bem como anti-inflamatória (dose-dependente), e antitumoral (MDA-MB-231, 50µg/mL), além de não afetar, significativamente, a viabilidade de células normais. |
[
5
] |
Fruto (casca) |
Óleo essencial: hidrodestilação, com n-hexano. Rendimento: 3% (v/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 1, 10 e 100 µg/mL, e (in vivo): 250 mL/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante: radical DPPH e método de branqueamento com β-caroteno. Em macrófagos murinos RAW 264.7 incubados com LPS, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio XTT) e quantificação de óxido nítrico (NO). In vivo: Em ratos Wistar submetidos a hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) submetidos a avaliação de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP e LDH) e hepáticos (quantificação proteica, peroxidação lipídica, atividade de enzimas antioxidantes, fragmentação do DNA, expressão proteica e histológico). |
Observou-se que o óleo essencial de C. aurantium apresenta atividades anti-inflamatória, antioxidante e hepatoprotetora. |
[
9
] |
Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Óleo essencial. Dose para ensaio: 250 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por ácido acético, com posterior análises histológica, imuno-histoquímica, morfométrica e de toxicidade. |
O óleo essencial de C. aurantium apresenta atividades anti-inflamatória, cicatrizante e gastroprotetora, além da ausência de efeitos tóxicos. |
[
23
] |
Anti-inflamatória e Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (seco) |
Extrato seco: contendo 3,8% de naringina. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 a 200 µg/mL, e (in vivo): 125, 250 e 500 mg/kg. |
In vitro: Em jejuno de ratos incubados com indometacina, L-NAME e acetilcolina para avaliar a a contração muscular. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de colite induzida por ácido trinitrobenzeno sulfônico (TNBS), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise macroscópica do cólon e detecção de citocinas e mediadores inflamatórios no cólon e soro. |
Observou-se que C. aurantium apresenta atividade anti-inflamatória, além de inibir a contração da musculatura lisa. |
[
10
] |
Antiamnésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato metanólico. Doses para ensaio (in vivo): 300 e 600 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante pelo radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar submetidos a deficiência de memória induzida por escopolamina, com posterior análise dos testes do labirinto aquático de Morris e esquiva passiva, quantificação dos níveis de malonaldeído (MDA) plasmático e no tecido cerebral, e de acetilcolinesterase no hipocampo. |
Observou-se que o extrato de C. aurantium apresenta atividade antiamnésica, devido a redução do estresse oxidativo. |
[
21
] |
Antidepressiva e Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Produto Zhi-Zi-Hou-Po (Medicina Tradicional Chinesa) - extrato aquoso (1:10 p/v): associação de C. aurantium, Gardenia jasminoides (fruto) e Magnolia officinalis (casca). Rendimento: 18,2%. Doses para ensaio: 3,66, 7,32 e 14,64 g/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos ao modelo de estresse crônico imprevisível moderado (UCMS), avaliação da pelagem (cabeça, pescoço, região dorsal, patas e cauda), testes de preferência de sacarose, natação forçada e campo aberto, dosagem hormonal (ACTH e CORT) e teste de supressão de dexametasona, imuno-histoquímica (BDNF e DCX) e imunoflorescência (BrdU e NeuN). |
A associação das plantas citadas neste trabalho, apresenta atividades antidepressiva e neuroprotetora. |
[
17
] |
Fruto imaturo |
Extrato aquoso: 1:10 (p/v). Rendimento: 20,28%. Produto: Zhi-Qiao (Medicina Tradicional Chinesa). |
In vitro: Em células PC12 submetidas a toxicidade induzida por corticosterona, com posterior análise de viabilidade celular pelo ensaio MTT. In vivo: Em camundongos ICR tratados com o extrato vegetal, e submetidos aos testes de natação forçada e suspensão da cauda. |
Observou-se que C. aurantium apresenta atividades antidepressiva e neuroprotetora. |
[
19
] |
Antiedematogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Extrato hidroalcoólico: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol à 70%. Concentração: 64 mg/mL. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1, 0,3 e 1,0 mg/mL), e (in vivo): 75, 150 e 200 mg/kg. |
In vitro: Determinar a agregação plaquetária, por turbidimetria, induzida por adenosina difosfato (ADP), epinegrina, colágeno ou ácido araquidônico. In vivo: Em ratos Wistar submetidos ao aumento da permeabilidade vascular induzida por histamina e dextrano. |
O extrato de C. aurantium var. amara apresenta atividade antiedematogênica, principalmente para histamina e dextrano, contudo não houve alteração significativa na agregação plaquetária. |
[
49
] |
Antileucêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Extrato metanólico. Concentrações para ensaio: 10 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em células leucêmicas humanas (U937) incubadas com o extrato vegetal, e posterior análise de viabilidade celular pela coloração de DAPI (4’-6’-diamino-2-fenil-indol), em gel de agarose (fragmentação do DNA), citometria de fluxo, quantificação proteica (western blotting) e ensaio da atividade da caspase-3, -8 e -9.
|
Observou-se que o extrato de C. aurantium induz a apoptose, dose-dependente, em células leucêmicas. |
[
6
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Carum carvi, Foeniculum vulgare, Illicium verum, Mentha x piperita, Trachyspermum copticum, Mentha arvensis, Lavandula angustifolia. |
In vitro: Em microrganismos do sistema trato gastrointestinal Bifidobacterium bifidum, B. longum, Bacteroides fragilis, Candida albicans, Clostridium difficile, C. perfringens, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Eubacterium limosum, Lactobacillus acidophilus, L. plantarum e Peptostreptococcus anaerobius submetidas ao teste de diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC).
|
Observou-se que os óleos de L. angustifolia, C. carvi, T. copticum e Citrus aurantium var. amara apresentaram seletividade potente para microrganismos patogênicos (C. albicans, Clostridium spp. e B. fragilis). |
[
52
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto maduro (casca) |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em metano/água (75%, 750 mL). Rendimento: 25,5% (p/p). Doses para ensaio (in vivo): 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante pelo radical DPPH. In vivo: Em camundongos Balb/c tratados com ciclofosfamida, e submetidos ao teste do micronúcleo em células da medula óssea (eritrócitos policromáticos micronucleados-MnPCEs) e análise dos níveis de glutationa (GSH). |
O extrato de C. aurantium var. amara demonstrou atividade antioxidante, dose-dependente, reduzindo assim, a genotoxicidade induzida por ciclofosfamida. |
[
47
] |
Fruto (casca e suco) |
Extrato metanólico. |
In vitro: Determinara a atividade antioxidante: capacidade antioxidante total, radical DPPH, redução de Fe3+ para Fe2+ e inibição do branqueamento do β-caroteno.
|
Observou-se que os extratos de C. aurantium (casca e suco) apresentam atividade antioxidante, portanto, são menos potentes que BHT, BHA e ácido ascórbico. |
[
4
] |
Fruto (casca) |
Extrato hidroalcoólico: 25 g do material vegetal em etanol/água (4:1 v/v). Doses para ensaio: 100 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a oxidação pulmonar induzida por dicromato de potássio (K2Cr2O7), com posterior análise de parâmetros bioquímicos e histopatológicos. |
Observou-se que C. aurantium apresenta atividade antioxidante, reduzindo a toxicidade pulmonar induzida. |
[
26
] |
Antioxidante e Radioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto maduro (casca) |
Extrato hidroalcoólico: 100 g de material vegetal (seco) em 750 mL de etanol/água. Rendimento: 18% (p/p). Doses para ensaio: 250, 500 e 1000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c submetidos a radiação gama (Cobalto-60), com posterior análise da medula óssea femoral (MnPCEs e MnNCEs) através do teste do micronúcleo. |
O extrato de C. aurantium var. amara apresenta atividade antioxidante e radioprotetora, principalmente na dose de 250 mg/kg, reduzindo o efeito clastogênico induzido pela radiação. |
[
48
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato metanólico: 1 kg do material vegetal (pó) em 5 L de metanol. Rendimento: 138 g. |
In vitro: Em linhagens celulares de câncer humano A549 (pulmão), HepG2 (fígado), MCF7 (mama) e PC3 (próstata) submetidas ao teste de citotoxicidade com o ensaio MTT.
|
Observou-se que C. aurantium apresenta atividade antitumoral. |
[
1
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. |
In vitro: Em células renais embrionárias humanas (293T) e epiteliais de pulmão humano (A549) infecatadas por vírus Ebola (EBOV), Lassa (LASV) e gripe aviária H5N1 (AIV), para determinar a concentração inibitória média (CI50) e concentração citotóxica (CC50).
|
Neste estudo das várias espécies vegetais investigadas, observou-se que Gardenia jasminoides, Cirus aurantium, Viola yedoensis, Prunela vulgaris, Coix lacryma-jobi var. mayuen, Pinellia ternata e Morus alba apresentaram atividade antiviral significativa para EBOV. |
[
2
] |
Estimulante da adipogênese
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato seco: a partir de 100 mL de suco, e subsequente extração com metanol. Concentração final: 10 mg/mL. Concentração para ensaio: 100 µg/mL. |
In vitro: Em pré-adipócitos 3T3-L1 submetidos a diferenciação celular, ensaio de sulforrodamina B (SRB), quantificação de triglicerídeos (TG), quantificação do conteúdo lipídico intracelular (Oil red), captação de 2-desoxiglicose (2-DG) induzida por insulina, expressão proteica, imunoprecipitação por cromatina (ChIP) e crescimento celular e citometria de fluxo.
|
O extrato a partir do suco de C. aurantium estimula a adipogênese, além de melhorar a captação de glicose na presença de insulina. |
[
12
] |
Estimulante da motilidade intestinal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato aquoso: 1:5 (v/v). Concentração: 0,3 g/mL. Dose para ensaio: 2,0 mL/100 g (peso corporal/dia. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com extrato vegetal, com posterior análise de expressão do peptídeo intestinal vasoativo (VIP) e 5-hidroxitriptamina (5-HT) no antro, duodeno e jejuno por imuno-histoquímica, e histológica. |
Observou-se que o extrato de C. aurantium aumenta a motilidade gastrointestinal, devido aos diferentes níveis de expressão de VIP e 5-HT. |
[
22
] |
Estimulante de neurotransmissores centrais
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto imaturo |
Extrato: contendo 6% de sinefrina. Doses para ensaio: 1 a 10 mg/kg. Outra espécie em estudo: Rhodiola rosea (3% de rosavins e 1% de salidroside), doses para ensaio, 2 a 20 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos a hiperfagia ou suplementados com dieta hipercalórica, tratados com a associação dos extratos vegetais, com posterior a avaliação dos níveis plasmáticos e cerebral de NE, DA, 5-HT e metabólitos de catecolaminas. |
Observou-se que a associação de C. aurantium e R. rosea reduz a gordura visceral e o apetite, além de elevar os níveis de catecolaminas centrais. |
[
24
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Óleo essencial. Doses para ensaio: 50, 100 e 250 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss e ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por etanol ou anti-inflamatório não esteroidal (AINEs), com posterior avaliação da concentração de suco gástrico e dos fatores de proteção da mucosa. |
O extrato de C. aurantium apresenta atividade gastroprotetora, principalmente na dose de 250 mg/kg, pois aumenta os níveis basais de prostaglandinas (PGE2). |
[
28
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: contendo aproximadamente 27% de nobiletina. Doses para ensaio: 50 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos ICR submetidos a hepatotoxicidade aguda e crônica induzida por cloreto de carbono (CCl4), com posterior análise dos níveis séricos de ALT e AST, e parâmetros antioxidantes (GSH, SOD e peroxidação lipídica), de expressão genética (Nrf2 e citocinas pró-inflamatórias) e histopatológico. |
Observou-se que C. aurantium apresenta atividade hepatoprotetora, devido as ações antioxidante, anti-inflamatória e antiapoptótica. |
[
16
] |
Fruto |
Extrato hidroalcoólico: 1,51 kg do material vegetal (seco) em etanol à 70%. Rendimento: 59,82 g. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg). |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 submetidos a lesão hepática induzida por etanol, pré-tratados com extrato vegetal e com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST e TG), histopatológico, imuno-histoquímico e de expressão genética (Nrf2 e citocinas pró-inflamatórias). |
Este estudo demonstra a atividade hepatoprotetora do extrato de C. aurantium, além das ações antioxidante, anti-inflamatória e antiapoptótica, na presença de danos hepáticos causados pelo etanol. |
[
18
] |
Folha |
Extrato hidroalcoólico: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em etanol/água (80%). Fração: acetato de elila. Dose para ensaio: 25 mL/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante: radical DPPH, inibição do branqueamento do β-caroteno e redução de Fe3+ para Fe2+. In vivo: Em ratos Wistar submetidos a hepatotoxicidade aguda induzida por tetracloreto de carbono (CCl4), com posterior análise de parâmetros bioquímicos e histopatológicos. |
Observou-se que o pré-tratamento com a fração de acetato de etila apresentou atividade hepatoprotetora, bem como potente ação antioxidante. |
[
29
] |
Hipoglicemiante e Lipolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: decocção de 2 kg de C. aurantium e 400 g de Rauwolfia vomitoria (folha), em 8 L de água. Rendimento: 12,5 g de extrato seco/1 L de extrato bruto. Doses para ensaio: 8,75 g de extrato seco/700 mL de extrato bruto, e 0,5 mL de extrato bruto. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6J e NMRI submetidos ao teste de toxicidade, e em camundongos diabéticos C57BL/KsBom-db (db/db) submetidos a uma dieta hipocalórica, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, dos órgãos rins, pâncreas, fígado e baço, e dos ácidos graxos oculares (Cromatografia Gasosa-Líquida). |
Observou-se que a decocção de C. aurantium e Rauwolfia vomitoria apresenta atividades lipolítica e hipoglicemiante, com ausência de efeitos tóxicos significativos. |
[
31
] |
Hipolipemiante e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) |
Extrato etanólico. Doses para ensaio: 50 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) induzida por dieta hipercalórica, com posterior análise dos níveis séricos de ALT, AST, CHO total e TG, e do tecido hepático (histopatologia e expressão proteica). |
Observou-se que o extrato de C. aurantium apresenta atividade hipolipemiante e anti-inflamatória. |
[
8
] |
Hipotensora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato aquoso (1 g do extrato contém 12,5 mg de sinefrina): decocção de 100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Rendimento: 11%. Doses para ensaio: 1,25, 2,5 e 5,0 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de hipertensão portal induzida por ligadura parcial da veia porta, tratados com o extrato vegetal, e posterior excisão da aorta, artéria mesentérica e veia porta para análise da contratilidade vascular. |
Observou-se que o extrato de C. aurantium apresenta atividade hipotensora, dose-dependente, e vasoconstritora, principalmente na aorta e artéria mesentérica. |
[
33
] |
Inibidora enzimática (tirosinase)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato metanólico: 50 g do material vegetal em 300 mL de metanol. Concentrações para ensaio: 5, 25 e 50 µg/mL. |
In vitro: Ensaio de inibição da enzima tirosinase em 52 extratos de diferentes plantas medicinais.
|
Neste estudo as espécies Glycyrrhiza glabra, Morus alba, Syzygium aromaticum, Citrus aurantifolia, Cypreae moneta, Punica granatum e Citrus aurantium, apresentaram ação inibitória mais potente, dose-dependente. |
[
7
] |
Inibidora enzimática (xantina oxidase)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto imaturo |
Extrato: 2 kg do material vegetal (seco) em solvente (éter, acetato de etila, butanol e etano/água). Concentração para ensaio: 200 µg/mL. Outras espécies em estudo: C. medica (fruto maduro), C. medica var. sarcodactylis (fruto maduro) e C. reticulata (fruto imaturo e maduro). |
In vitro: Avaliar a atividade inibitória da enzima xantina oxidase (XO).
|
Observou-se que o extrato de acetato de etila de C. aurantium apresentou potente ação inibitória da enzima XO (60,70 ± 0,74), e consequente redução nos níveis de ácido úrico. |
[
3
] |
Metabolismo
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato seco: contendo 8,2% de sinefrina. Concentrações para estudo: 100 a 400 mg/L. |
In vitro: Em fígado isolado de ratos Wistar, submetido a avaliação do fluido de perfusão (veia porta/veia cava) quanto ao conteúdo de metabólitos.
|
Observou-se que o metabolismo hepático de C. aurantium é semelhante ao das substancias adrenérgicas. |
[
27
] |
Neuroprotetora e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato etanólico: casca e semente (pós), separadamente, em etanol à 70%. Concentrações para ensaio: 6 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em células de feocromocitoma de rato (PC12) incubadas com glutamato e pré-tratadas com o extrato vegetal, para avaliar a viabilidade celular pelo método MTT, determinar a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e detectar a apoptose por citometria de fluxo.
|
Observou-se que os extratos da casca e semente de C. aurantium apresentam atividades neuroprotetora e antioxidante. |
[
14
] |
Redutora de distúrbios gastrointestinais
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto imaturo |
Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Bupleurum chinense (raiz) e Cyperus rotundus (rizoma). Estas plantas compõe o produto QZWT, da Tradicional Medicina Chinesa. |
In vivo: Em camundongos ICR submetidos a disfunção gastrointestinal induzida por atropina, com posterior análise clínica, sorológica, morfológica (órgãos do sistema gastrointestinal), do mecanismo metabólico do produto QZWT e dos componentes ativos, por UPLC-QTOF-MS. |
O produto QZWT apresenta efetividade no tratamento de distúrbios gastrointestinais, observando a ação sinergética entre as espécies C. aurantium, B. chinense e C. rotundus. |
[
15
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Concentração (final): 0,1%. |
In vitro: Em anéis da aorta torácica de camundongos C57BL/6 incubados com prostaglandina F2 alfa (PGF2α), N-nitro-L-arginina-metil-éster (L-NAME), 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona (ODQ), verapamil, cloridrato de hidralizina (Ni2), cloreto de tetraetilamônio (TEA) e rutênio vermelho para avaliar o relaxamento do músculo liso e do endotélio.
|
O óleo de Citrus aurantium var. amara reduz a contração muscular (principalmente para PGF2α), mediada pela via NO-sGC, além de modular o cálcio intracelular por receptores de rianodina (RyR). |
[
35
] |
Sedativa e Hipnótica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (casca) e folha |
Óleo essencial (casca): hidrodestilação. Extrato etanólico: maceração do material vegetal (pó da folha) em etanol à 70% (10% p/v), frações em hexano, diclorometano e água. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 g/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos aos testes, tempo de sono induzido por pentobarbital, labirinto em cruz elevado, campo aberto, barra rotatória e de convulsões induzias por pentilenetetrazol-PTZ ou eletrochoque. |
Observou-se que óleo essencial e as frações (hexano e dicloromento) de C. aurantium apresentam atividades sedativa, hipnótica e ansiolítica, sem alterar a coordenação motora, contudo a ação anticonvulsivante não foi significativa. |
[
32
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Pericarpo seco |
100 g |
Pericarpo fresco |
200 g |
Tintura: pesar 100 g do pericarpo seco rasurado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g do pericarpo fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Inapetência (BLUMENTHAL, 1998; GRUENWALD; BRENDLER; JAENICKE, 2007). Ansiolítico e sedativo leve, para má digestão e infecções de repetição.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Pericarpo seco fragmentado |
0,9 a 1,1 g ou 1 colher de café cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 10 a 15 minutos.
Inapetência (BLUMENTHAL, 1998; GRUENWALD; BRENDLER; JAENICKE, 2007). Ansiolítico e sedativo leve, para má digestão e infecções de repetição.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a quatro vezes ao dia.
Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos orgânicos
cítrico e málico.
Alcaloides
sinefrina, octopamina, hordenina, tiramina e n-metil-tiramina.
Cumarinas
8,3-β-D-glucopiranosiloxi-2'-hidroxi-3'-metilbutil-7-metoxicumarina, hidrato de merazina e isomerazina.
Flavonoides
hesperidina, naringina, naringenina, rutina, poncirin, hexametoxiflavona, sinesetina, tetrametil-O-isoscutelareína, nobiletin, heptametoxiflavona, 3-hidroxinobiletina, tangeretina, hidroxipentametoxiflavona, hexametoxiflavona, vinceninia II, diosmetina 6,8-di-C-glucosídeo, luteolina 7-O-neohesperidoside, hhoifolin, neodiosmina, neoeriocitrina, neoheperidina, brutieridina e melitidina.
Furanocumarinas
bergapteno, escoparona e aurapteno.
Óleos essenciais
limoneno, linalol, nerol, citronelol, acetato de linalila, geraniol, α-pineno e acetato de geranila.
Polissacarídeos
pectina, sacarose, glicose e frutose.
Substâncias amargas
Triterpenos
Vitaminas
ácido ascórbico.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1,2].
em gestantes, lactantes, menores de 12 anos e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Estudo em ratas prenhes demonstrou que não houve toxicidade materna ou embrionária após a administração do extrato de C. aurantium (6% de sinferina, dose 100 mg/kg/dia), exceto quanto a administração da sinferina isolada. A administração do óleo essencial resultou em efeitos adversos insignificativos[1,6].
a droga vegetal ou óleo essencial podem provocar fotossensibilidade (eritema, inchaço, bolhas, pústulas, dermatoses, formação de crostas e manchas) devido a presença das furanocumarinas. Devido à semelhança estrutural entre a p-sinefrina e a efedrina, a fenilefrina (m-sinefrina), a epinefrina e a norepinefrina, assume-se que tenha os mesmos efeitos biológicos. Neste contexto, não deve ser usado por pacientes portadores de hipertensão, doenças cardíacas, úlceras, glaucoma, asma e em uso de inibidores da MAO (monoaminoxidase), antidepressivos tricíclicos, descongestionantes nasais, teofilina e α e β-bloqueadores. Contudo, as pesquisas tem demonstrado pequenas diferenças estruturais que resultam em marcada diferença na ligação a receptores adrenérgicos, o que explica a ausência de efeitos colaterais da p-sinefrina. Há relatos de que o uso de C. aurantium e de p-sinefrina parece ser muito seguro, sem nenhum efeito adverso grave que possa ser atribuível ao medicamento, principalmente se as doses usuais e o tempo de tratamento forem seguidos corretamente[1,2,3,4,5].
o efeito no tratamento da obesidade é potencializado pelo uso concomitante de picolinato de cromo ou cafeína. Pode aumentar os níveis de ciclosporina, dextrometorfano e felodipina. A presença dos constituintes químicos octopamina, tiramina e furanocumarinas podem bloquear enzimas metabolizadores de medicamentos[1,2,5,6].
Referências bibliográficas