Originária da Europa e América do Norte, sendo que alguns escritos afirmam sua origem como proveniente do Japão. No Brasil, cresce espontaneamente nos campos, sub-bosques e áreas ruderais. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral, cicatrizante, diurética, hipoglicêmica, depurativa, antidispéptica, orexígena, antioxidante, antiagregante plaquetária, antisséptica e anti-histamínica[1,2,3,4,5,6].
Planta herbácea, ereta, bienal, com até 1,5 m de altura, caule floral ramificado a partir do segundo ano de plantio; folhas grandes com até 40 cm de comprimento, alternadas, pecioladas, cordiformes, rugosas, largas, pilosas, onduladas, verdes, sendo a parte inferior de coloração mais clara que a superior; flores azuladas a arroxeadas, agrupadas em corimbos frouxos de volumosos capítulos pedunculados, esféricos, espiculosos, rodeados de brácteas verdes, terminadas em ponta; fruto do tipo aquênio, castanho-avermelhado-claro ou cinza castanho, coberto por várias manchas pretas e papilhos, longo-elíptico ou obovado, com 5 a 6 mm de comprimento x 2,5 mm de largura; as sementes são negras; raiz fusiforme, de 1 a 2 cm de diâmetro, fosca por fora e branca por dentro[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Bardana | Brasil | Raiz |
No tratamento da seborreia. |
Adicionar 50 g do material vegetal fresco (cortado ou ralado) em meio litro de água e ferver por 2 minutos. Após esfriar, bater no liquidificador. |
Aplicar no couro cabeludo e deixar agir/30 minutos. Usar touca plástica. |
Usar com cautela quando associado com hipoglicemiantes e insulina. Não deve ser indicada na gravidez e lactação e há relatos de hipersensibilidade com esta espécie. |
[
1
] |
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Bardana | Brasil | Raiz |
Antisséptica, anti-inflamatória e no tratamento de dermatites. |
Decocção: 2,5 g (2,5 colheres de chá) do material vegetal em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Aplicar no local, na forma de compressa, 3 vezes ao dia. |
Usar com cautela quando associado com hipoglicemiantes e insulina. Não deve ser indicada na gravidez e lactação e há relatos de hipersensibilidade com esta espécie. |
[
1
] |
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Bardana | Brasil | Raiz |
Antidispéptica, diurética e anti-inflamatória (artrite). |
Decocção: 2,5 g (2,5 colheres de chá) do material vegetal em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) 2 a 3 vezes ao dia. |
Usar com cautela quando associado com hipoglicemiantes e insulina. Não deve ser indicada na gravidez e lactação e há relatos de hipersensibilidade com esta espécie. |
[
1
] |
|
Bardana, bardana-maior e orelha-de-gigante | Brasil | Folha e caule |
No tratamento de afecções cutâneas (abscessos, injurias, micose e picada de insetos) e nos órgãos genitais. |
- |
- |
- |
[
2
] |
Referências bibliográficas
Afrodisíaca
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 4 kg de material vegetal (pedaços) em água (10:1 (v/p). Rendimento 12,2% (p/p). Doses para ensaio: 300 a 1200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com extrato vegetal, com posterior análise do comportamento de acasalamento, níveis séricos de testosterona e reflexo peniano. |
Observou-se que o extrato de A. lappa apresenta atividade afrodisíaca. |
[
32
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: decocção de 200 gm de material vegetal em 1 L de água. Rendimento: 24,67%. Concentrações para ensaio: 100, 300 e 1000 mg/kg. |
In vitro: Determinar a capacidade de eliminação dos radicais superóxido e hidroxila por Ressonância de Spin Eletrônico (ESR). In vivo: Em ratos Wistar tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina e hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (GOT e GPT) e histopatológicos. |
Observou-se que o extrato de A lappa apresenta ação anti-inflamatória e hepatoprotetora, através da ação antioxidante potente. |
[
3
] |
Raiz |
Pó. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de colite ulcerativa induzida por dextran sulfato de sódio (DSS), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, consistência das fezes, sangramento retal, níveis de TNF-α e IL-6 (imuno-histoquímica) e parâmetros histopatológicos. |
Observou-se que o extrato de A. lappa apresenta atividade anti-inflamatória, sendo promissora para o tratamento da colite ulcerativa. |
[
36
] |
Folha |
Extrato: 40 g de material vegetal (picado) em 160 mL de etanol. Associação com (4% de cada extrato): Plantago major, Mikannia glomerata e Equisetum arvense. Concentrações para ensaio para ensaio: 4 a 50%. Dose para ensaio: 1 mL. |
In vitro: Em eritrócitos incubados com a associação dos extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (espectrofotômetro). In vivo: Em ratos Wistar portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), induzida por fumaça de cigarro, pré-tratados com a associação dos extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, colesterol e γ-GT), histopatológicos e quantificação de mastócitos, imuno-histoquímicos (AnxA1 e NF-kB), quantificação do lavado brocoalveolar e níveis de IL-1β, IL-6, IL-10 e TNF-α). |
A associação dos extratos vegetais apresenta atividade anti-inflamatória, através de sinergismo, sendo indicado para o tratamento de DPOC. |
[
37
] |
Raiz |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol (0 a 60% v/v). Concentrações para ensaio (in vitro): 25 a 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Em células endoteliais da veia umbilical humana (HUVECs) incubadas com extrato vegetal e estimuladas por TNF-α, com posterior análise adesão de monócitos, transativação de NF-kB (ensaio de gene repórter luciferase), expressão proteica (Western blotting), níveis de proteínas nucleares e citosólicas, imunocitoquímica e expressão gênica (qRT-PCR). In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de aterosclerose induzida por TNF-α, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de infiltração de monócitos e expressão de marcadores inflamatórios na aorta. |
O extrato etanólico a 20% de A. lappa apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, sendo promissora para o tratamento da aterosclerose, pois inibe a via de sinalização de NF-kB e suprime a adesão de monócitos. |
[
6
] |
- |
Derma-Hc (associação de Astragalus membranaceus, Schizonepeta tenuifolia, Cryptotympana pustulata, Angelica sinensis e Arctium lappa): 100 g (20 g de cada) do material vegetal (seco) em 2 L de água. Rendimento: 20,21%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 e 100 μg/mL. Concentração para ensaio (in vivo): 20 mg/mL. |
In vitro: Em cultura de queratinócitos de humanos (HaCaT) estimulados por TNF-α e IFN-γ, incubados com o fitoterápico, com posterior análise da expressão de JAK1 e STAT3 (Western blotting) e IL-22, FLG, KLK5, KLK7, SPINK5 (RT-PCR). In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de dermatite atópica (DA) induzida por DNCB, tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise dos níveis de dermatite, frequência de coceira, parâmetros histopatológicos e expressão de DSC1 e IgG (imunofluorescência). |
O fitoterápico em estudo apresenta atividade anti-inflamatória, através da modulação positiva da expressão de DSC1 e supressão da via JAK1/STAT3 mediada por IL-22. |
[
42
] |
Fruto |
Extrato: 12,5 kg de material vegetal (pó) em 100 mL de etanol a 70%. Rendimento: 3469,8 g. Frações: éter de petróleo, acetato de etila, n-butanol e água. Doses para ensaio: 25, 50 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de colite induzida por dextran sulfato de sódio (DSS), tratados com extrato e frações vegetais, com posterior análise de parâmetros histológicos e níveis de MPO em homogenato do cólon |
Observou-se que a fração acetato de etila dos frutos de A. lappa apresenta atividade anti-inflamatória mais potente. |
[
43
] |
Fruto |
Extrato: 100 g de material vegetal (seco) em 1 L de água ou etanol a 70%. Rendimento: 6,8 e 13,7%, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 e 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Em células 3T3-L1 e C2C12 (cultivadas em meio e condições equivalentes aos para células CT-26), tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTS), concentração de lipídios (Oil red), expressão de genes e proteínas (RT-PCR e Western blotting). In vivo: Em camundongos BALB/c inoculados com células de câncer colorretal (CT-26) para indução de caquexia, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do volume do tumor, peso corporal, ingestão de alimentos, parâmetros bioquímicos (AST, ALT, BUN e creatinina) e microscópicos (tamanho de adipócitos em tecido muscular e adiposo), níveis de IL-6 (ELISA) e mortalidade. |
Os extratos de A. lappa apresentam atividade anti-inflamatória, reduzindo assim a perda de tecido muscular e adiposo. |
[
24
] |
Antiaderente e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (Burdock complex®): contendo Arctium lappa 64%, Angelica sinensis 10%, Lithospermum erythrorhizon 10% e Sesamum indicum 16%. Concentrações para ensaio: 0,1 a 10 mg/mL. |
In vitro: Em células epiteliais gástricas humanas (AGS) incubadas com Helicobacter pylori, tratadas com o extrato vegetal, com com posterior análise da concentração inibitória (CIM), viabilidade celular (MTT), atividade anti-adesão e níveis IL-8 e TNF-α (ELISA).
|
O complexo de A. lappa apresenta atividade anti-inflamatória e antiaderente, contudo, houve citotoxicidade na concentração de 0,8 mg/mL. |
[
4
] |
Antialérgica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: 500 g de material vegetal (não seco) em 5 L de etanol a 90%. Rendimento: 45 g. Doses para ensaio (in vivo): 25, 50 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley e camundongos ICR portadores de anafilaxia cutânea (na orelha ou sistêmica) induzida por antígeno específico (IgE) ou composto 48/80, respectivamente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de histamina na orelha e plasmática. |
Observou-se que o extrato da raiz de A. lappa apresenta atividade antialérgica local e sistêmica. |
[
9
] |
Extrato etanólico a 20%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,5 a 320 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo, oral): 0,5 mg. Concentrações para ensaio (in vivo, tópico): 0,5, 1,0 e 5,0 mg/orelha. |
In vitro: Em células de leucemia basófila de ratos (RBL-2H3), sensibilizadas por IgE α-adinitrofenil, incubadas com extrato vegetal e DNP-BSA, com posterior análise de dos níveis de β-hexosaminidase. Em células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMCs) incubadas com IL-3 e extrato vegetal, estimuladas por α-IgE, com posterior análise da biossíntese de cys-leucotrienos e desgranulação de basófilos. In vivo: Em camundongos C3H/HeOuJ sensibilizados com soro de leite contendo toxina da cólera (via sistêmica ou tópica), pré-tratados com o extrato vegetal (via oral ou tópica), com posterior análise da espessura da orelha. |
Observou-se que A. lappa apresenta atividade antialérgica, sendo por via tópica mais potente. |
[
10
] |
|
Fruto |
Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em 1 L de água a 100° C ou etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 2 a 50 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 25 a 100 mg/kg. |
In vitro: Em mastócitos humanos (HMC-1) sensibilizadas com DNP-IgE, pré-tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de histamina (ELISA), expressão genética (RT-PCR), níveis de citocinas inflamatórias (ELISA), expressão de proteínas (Western blotting) e atividade da caspase-1. In vivo: Em camundongos ICR tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de choque anafilático induzido pelo composto 48/80 e anafilaxia cutânea passiva mediada por IgE. |
Observou-se que os extratos de A. lappa apresentam atividade antialérgica, pois suprime a produção de histamina e citocinas inflamatórias (MAPKs/NF-kB e vias RIP2/caspase-1). |
[
14
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 50 g de material vegetal (pó) em 500 mL de água. Nanopartículas de CeO2-NPs: contendo 300 mL de extrato e 5 g de nitrato de cério, encapsuladas ou não com 0,3 g de quitosana. |
In vitro: Em cepas de Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição de ágar, para determinar zona de inibição (mm) e concentração mínima inibitória (CIM), respectivamente, e ensaios de supressão de biofilme. Em cultura de eritrócitos de humanos incubados com as nanopartículas, com posterior análise da atividade hemolítica (espectrofotômetro).
|
Observou-se que a nanopartícula encapsulada com quitosana apresenta atividade antibacteriana mais potente, além da ausência de efeito hemolítico. |
[
12
] |
Antifúngica e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 20 g de material vegetal (pó) em 200 mL de água/etanol (1:1). Microemulsão: contendo 5% de extrato vegetal. Dose para ensaio (in vivo): 1 mL/100 g. Outra espécie em estudo: Veronica persica. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e do método fosfomolibdato. Em cepas de Aspergillus niger e Penicillium hirsutum submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm). Bioensaio em Allium cepa para determinar a alterações citogenéticas. In vivo: Em ratos Wistar portadores de edema de pata induzido por dextrano e caulim, tratados com extratos vegetais, com posterior análise de volume do edema. |
Os extratos apresentam atividades antioxidante, antifúngica, antiproliferativa e anti-inflamatória. |
[
28
] |
Antileucêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz e parte aérea |
Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 35 mL de metanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,04 a 1,0 mg/mL. Outras espécies em estudo: Artemisia absinthium, Calendula officinalis, Centaurea cyanus, Tanacetum vulgare e Tragopogon pratensis. |
In vitro: Em cultura de células leucêmicas de humanos (J-45.01) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (azul de Tripano) e apoptose (Anexina V).
|
O extrato de A. lappa apresenta atividade antileucêmica, assim como as demais espécies da família Asteraceae em estudo. |
[
18
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Pasta dental: contendo extrato vegetal (fração de acetato de etila) e propilenoglicol. |
In vitro: Em dentes caninos de humanos inoculados em suspensão contendo Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Lactobacillus acidophilus, Streptococcus mutans e Candida albicans, tratados com a pasta dental, com posterior análise do crescimento microbiano.
|
A pasta dental contendo a fração de acetato de etila de A. lappa apresenta atividade antimicrobiana, somente a partir do 14º dia de tratamento. |
[
15
] |
Folha |
Extrato: maceração do material vegetal (seco) em etanol/água (7:3). Frações: hexano, acetato de etila, butanol e água. |
In vitro: Em cultura de Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Bacilus sibitilis e Candida albicans, submetidas aos ensaios de disco-difusão em ágar e bioautográfico.
|
Observou-se que a fração de hexano apresenta atividade antimicrobiana, contra patógenos endodônticos, mais potente. |
[
16
] |
Antiobesidade
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: decocção de 100 g de material vegetal (pó) em 1 L de água. Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 1000 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Em pré-adipócitos (3T3-L-1) e adipócitos (BAS), estimulados a diferenciação, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTS), níveis de lipídios intracelular (Oil Red), expressão de genes (UCP1 e PGC1α) e proteínas (PPARγ e C/EBPα). In vivo: Em camundongos C57BL/6J portadores de obesidade induzida por dieta rica hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da ingestão de alimentos, peso corporal e parâmetros bioquímicos (CT, HDL, LDL, TG, AST, ALT, creatinina e BUN). |
Os extratos de A. lappa apresentam atividade antiobesidade, além da ausência de citotoxicidade. |
[
30
] |
Antiobesidade e Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 0,5 kg do material vegetal (fresco) em água, posteriormente, em etanol a 95%. Frações: n-hexano, acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio (in vivo): 100 a 1000 mg/kg. |
In vitro: Em células de hepatoma humano (HepG2) incubadas com os extratos e frações vegetais, com posterior análise dos níveis de conteúdo lipídico intracelular (Oil red), expressão de FASN e atividade de ACC (Western blotting) e controle da expressão de LKB1 (siRNA). In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com a raiz de bardana, com posterior análise do peso corporal. |
A raiz de A. lappa apresenta atividade antiobesidade e hipolipemiante, sendo a fração de n-hexano a mais potente nos testes in vitro. |
[
17
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de toxicidade renal induzida por cádmio, pré-tratados com a raiz de bardana, com posterior análise do teste do cometa (em sague retro-orbital venoso) e exame histopatológico renal. |
A suplementação com a raiz de A. lappa reduz apresenta atividade antioxidante significativa, reduzindo a genotoxicidade, principalmente na dose de 200 mg/kg. |
[
20
] |
Antioxidante e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato (2:1 solvente/planta): 770 g de material vegetal (fresco) em diclorometano, etanol a 95% e água. Extrato (1:5 solvente/planta): maceração de 276 g de material vegetal (fresco) em diclorometano, etanol a 95% e água. Extrato (1:5 solvente/planta): 100 ou 594 g de material vegetal (fresco) em água ou etanol a 70%, respectivamente. Concentrações para ensaio: 0,25 a 250 μg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em células tumorais de humanos, UACC-62 (melanoma), MCF-7 (mama), NCI-ADR/RES (ovário, resistente a múltiplas drogas), 786-0 (renal), NCI-H460 (pulmão), PC-3 (próstata), OVCAR-3 (ovário), HT-29 (cólon) e K562 (leucemia), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da proliferação celular (ensaio de sulforhodamina B) e efeito citostático (TGI).
|
Os extratos hidroalcoólicos de A. lappa apresentam atividade antioxidante mais potentes, enquanto que os extratos de diclorometano apresentam atividade antiproliferativa seletiva para as linhagens K562, MCF-7 e 786-0. |
[
8
] |
Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 13 kg de material (pó) em clorofórmio. Rendimento: 125 g. Frações: n-hexano/acetato de etila (1:3, 3:3 e 3:1), acetato de etila e etanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 500 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 600 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade da enzima ATPase, isolada da mucosa gástrica de coelhos, na presença do extrato e frações vegetais. Determinar a atividade através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de lesões gástricas agudas e crônicas induzidas por etanol e ácido acético, respectivamente, pré-tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise das úlceras gástricas, volume e acidez do suco gástrico (ligadura de piloro) e motilidade intestinal (vermelho fenol e metilcelulose). |
O extrato e frações de A. lappa apresentam atividade gastroprotetora e antioxidante, sem alterar a motilidade gastrointestinal. |
[
38
] |
Antioxidante e Genoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Essiac (chá): associação de 680 g de Arcitum lappa, 455 g de Rumex acetosella, 120 g de Ulmus rubra e 30 g de Rheum officinale. Concentrações para ensaio: 5 a 50%. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação de radicais livres (Ressonância de Spin de Eletrônico) e danos ao DNA (reação de Fenton). Em monócitos de camundongos (RAW 264.7) estimulados por malondialdeído (MDA), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da peroxidação lipídica.
|
Observou-se que o chá contendo A. lappa, R. acetosella, U. rubra e R. officinale apresenta atividade antioxidante e genoprotetora. |
[
41
] |
Antioxidante e Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: decocção de 100 g do material vegetal (fragmentado) em 1 L de água. Rendimento: 24,67%. Dose para ensaio: 300 mg/mL/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hepatotoxicidade induzida por etanol, associado ou não com tetracloreto de carbono, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (SGOP, SGPT e TG) e histopatológicos, e níveis de MDA, GSH, P-450 e b5 em homogenato hepático. |
[
27
] |
Antioxidante e Supressora da apoptose
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 10 g do material vegetal (seco) em 500 mL de etanol. Rendimento: 1,35 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 5 a 100 μg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 20 mg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante (DPPH, ABTS e FRAP). Em células epiteliais pigmentadas de retina humana (ARPE-19) portadoras de lesões induzidas por N-retinilideno-N-retiniletanolamina (A2E), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ensaio DCFDA) e A2E intracelular, viabilidade celular (MTT) e expressão de Bax, Bcl-2, caspase (Western blotting). In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de danos na retina induzida por exposição à luz branca, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos. |
Observou-se que o extrato de A. lappa apresenta atividade antioxidante e suprime a apoptose, sendo promissor para a prevenção da degeneração macular relacionada à idade (DMRI). |
[
21
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato (1:10 m/v): decocção de material vegetal (seco) em água. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de lesões intestinais induzidas por Angiostrongylus costaricensis, tratados com extrato vegetal, com posterior análise da intensidade infiltrados de eosinófilos e granulomas (baço, fígado, pulmão, intestinos delgado e grosso). |
O extrato de A. lappa não apresenta efetividade para o tratamento da angiostrongilíase abdominal. |
[
22
] |
Antissecretora gástrica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol a 96%. Rendimento: 1,61%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 1000 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 10 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade da enzima ATPase, isolada da mucosa gástrica de coelhos, na presença do extrato vegetal. Em tiras de estômago isoladas de ratas Wistar incubadas com o extrato vegetal, acetilcolina, cloreto de cálcio, bário, cloreto de potássio, histamina e ranitidina, com posterior análise de contratilidade do músculo liso. In vivo: Em ratos Wistar submetidos a ligadura de piloro e tratados com extrato vegetal, ranitidina e atropina por via intraduodenal, posteriormente estimulados por histamina, betanecol e pentagastrina, com posterior análise do volume e pH da secreção gástrica. |
O extrato de A. lappa apresenta atividade antissecretora gástrica, pois reduz a atividade da enzima ATPase por inibição do influxo de cálcio e via colinérgica. |
[
25
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 500 g de material vegetal em (pó) em metanol. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e butanol. Concentrações para ensaio: 0,001 a 100 µg/mL. Outra espécie em estudo: Thymus vulgaris. |
In vitro: Em diferentes linhagens celulares de mieloma múltiplo (MM), células leucêmicas (CCRF-CEM sensível) e (CEM/ADR5000 multirresistente) e células mononucleares de sangue periférico (PBMCs), incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (resazurina), apoptose, potencial da membrana mitocondrial, níveis de espécies reativas ao oxigênio e ciclo celular (citometria de fluxo), microscopia fluorescente e expressão de Beclin-1 e LC3B (Western blotting).
|
As frações de clorofórmio de A. lappa e T. vulgaris apresentam atividade antitumoral mais potente, principalmente para células NCI-H-929, além de baixa citotoxicidade para células PBMCs. |
[
5
] |
Raiz |
Extrato: 3 g de material vegetal (pó) em 400 mL de etanol, hexano e acetato de etila. Rendimento: 7,46, 1,03 e 10,9%, respectivamente. Concentrações para ensaio: 10 a 500 μg/mL. |
In vitro: Em fibroblastos embrionários normais de camundongos (3T3), células tumorais de humanos uterina (HeLa), de mama (MCF-7) e leucêmica (Jurkat), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), morfológica, atividade de caspase-3/7, potencial de membrana mitocondrial e fragmentação de DNA.
|
Os extratos de acetato de etila e etanol apresentam atividade antitumoral mais potente, principalmente em células Jurkat, além da ausência de citotoxicidade em células normais. |
[
13
] |
Antiviral e Esquistossomicida
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: maceração de 243 g de material vegetal (pó) em etanol/água (96:4) v/v. Rendimento: 20,3 g. Concentrações para ensaio: 3,125 a 400 µg/mL. |
In vitro: Em células Vero incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da citotoxicidade (MTT); e infectadas com vírus da herpes tipo-1 (HSV-1), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise da degradação do material genético viral (RT-PCR). Em vermes adultos de Schistosoma mansoni incubados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros morfológicos e reposição de ovos (microscopia confocal e estereomicroscópio).
|
Observou-se que o extrato de A. lappa apresenta atividade antiviral e esquistossomocida, concentração dependente, além da ausência de citotoxicidade. |
[
20
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 50 g de material vegetal (fresco) em 500 mL de azeite virgem ou etanol a 70%. Pomada: contendo 15 mL de extrato oleoso e 15 mL do extrato etanólico em 50 g de lanolina e 50 g de vaselina. Outras espécies em estudo: Calendula officinalis, Achillea millefoliume Hippophae rhamnoides. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de feridas na região dorsal (incisão linear, excisão circular e queimadura térmica), tratados com o fitoterápico, com posterior análise do índice de contração da ferida, período de reepitelização e parâmetros histopatológicos. |
As pomadas fitoterápicas de A. lappa e C. officinalis apresentam atividade cicatrizante, mais potente. |
[
2
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 7 kg do material vegetal (pó) em clorofórmio, posteriormente, em etanol a 96%. Rendimento: 3%. Doses para ensaio (in vivo): 1 a 100 mg/kg. Concentrações para ensaio: 0,3 a 100 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões gástricas crônicas induzidas por ácido acético, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da aérea de lesão, volume e acidez do suco gástrico (ligadura de piloro), quantificação do muco gástrico, proliferação nuclear (PCA), marcadores oxidativos (EROs, SOD, GSH, LOOH) e inflamatórios (MPO e MVP) em homogenato do estômago. |
O extrato de A. lappa apresenta atividade gastroprotetora, principalmente na dose de 10 mg/kg, além da ausência de toxicidade. |
[
39
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato (1:5 planta/solvente): material vegetal (fresco) em etanol a 70%. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hepatotoxicidade induzida por cádmio, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (GOT, GPT, creatinina, bilirrubina e proteína total), marcadores oxidativos (MDA, CAT, SOD e GST) e estereologia hepática. |
Observou-se que o extrato de A. lappa apresenta atividade hepatoprotetora, através da sua ação antioxidante potente. |
[
35
] |
Raiz |
Extrato: 2,2 kg de material vegetal (pó) em etanol a 90%. Doses para ensaio:100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) portadores de esteatohepatite não alcoólica (NASH) induzida por dieta hipercalórica e tioacetamida, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica, morfometria do colágeno, imuno-histoquímica, parâmetros bioquímicos (ALT, AST, TG e AG) e oxidativo (hidroperóxido lipídico, GSH-Px e CAT). |
O extrato de A. lappa apresenta atividade hepatoprotetora, pois reduz o acúmulo de lipídeos hepáticos e o desenvolvimento lesões pré-neoplásicas. |
[
7
] |
Raiz |
Extrato: decocção de 500 gm do material vegetal (pó) em 1 L de água. Dose para ensaio: 300 mg/10 mL/kg. |
In vivo: Em camundongos portadores de hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono ou acetaminofeno, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (SGOT e SGPT) e histopatológicos, níveis de MDA, GSH e P-450 em homogenato hepático. |
Observou-se que o extrato aquoso da raiz de A. lappa apresenta atividade hepatoprotetora, sugerindo ação antioxidante significativa. |
[
26
] |
Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato aquoso. Dose para ensaio: 2, 4 e 8 g/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos à dieta hipercalórica associada a ingestão do extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (CT, TG, LDL-C, HDL-C e colesterol) e expressão gênica de marcadores envolvidos no metabolismo lipídico. |
Observou-se que o extrato aquoso de A. lappa apresenta atividade hipocolesterolemiante, modulando a expressão de genes associados ao metabolismo lipídico. |
[
1
] |
Imunoestimulante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico a 40%. Dose para ensaio: 50 mg/kg. Outras espécies em estudo: Glycyrrhiza glabra, Urtica dioica e Bidens tripartido. |
In vivo: Em camundongos CBA/CaLac sensibilizados com eritrócitos de ovelha (antígeno timo dependente), tratados com extratos vegetais, com posterior análise da atividade da resposta imune humoral (níveis de IgG e Ig M) e atividade fagocitária de neutrófilos em sangue periférico. |
Os extratos de A. lappa e B. tripartido estimulam a imunidade humoral, enquanto que G. glabra e U. dioica estimulam a imunidade celular e resistência inespecífica. |
[
40
] |
Litolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato (3 g/L): por infusão. Outras espécies em estudo: Verbena officinalis, Lithospermum officinale, Taraxacum officinale, Arctium lappa, Arctostaphylos uva-ursi e Silene saxifraga. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de urolitíase induzida por dieta comercial, tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise de níveis de citratúria, calciúria, fosfatúria, pH e diurese. |
Os extratos vegetais em estudo apresentam atividade anti-urolitíaca promissora, exceto, L. officinale. |
[
34
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 20 g de material vegetal em etanol a 55%. Rendimento: 26,70%. Fração: acetato de etila. Rendimento: 4,46%. Concentrações para ensaio: 20 a 80 µg/mL. |
In vitro: Em células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) estimuladas por peróxido de hidrogênio, pré-tratadas com a fração vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (MTT), condensação nuclear (coloração Hoechst), atividade antioxidante (GSH-Px, SOD, MDA, EROs, ABTS), potencial de membrana mitocondrial, apoptose (TUNEL e atividade caspase-3 e 9) e expressão de Bax, Bcl-2, citocromo c, caspase-3 e caspase-9 (Westem blotting).
|
A fração acetato de etila da raiz de A. lappa apresenta atividade neuroprotetora, devido as ações antioxidante e antiapoptótica. |
[
11
] |
Raiz |
Extrato: 20 g de material vegetal (pó) em 300 mL de etanol/água (55:45 v/v). Rendimento: 26,70%. Frações: clorofórmio, acetato de etila, n-butanol e água. Concentrações para ensaio: 20 a 160 µg/mL. |
In vitro: Em células de PC2 portadoras de estresse oxidativo induzido por glutamato, pré-tratadas com a fração de acetato de etila, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), atividade de LDH, morfológica (coloração Hoechst), níveis de GSH-Px, SOD, MDA e potencial de membrana mitocondrial, expressão de Bcl-2, Bax, caspase-3, citocromo c, JNK, p38, p38 244 e, ERK 1/2.
|
A fração acetato de etila de A. lappa apresenta atividade neuroprotetora, concentração dependente. |
[
31
] |
Protetora do sistema reprodutor masculino
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Extrato: 25 g de material vegetal (pó) em metanol. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões testiculares induzidas por etanol, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos e bioquímicos (SOD, MDA e H2O2), motilidade espermática e nível de testosterona sérica. |
O extrato de A. lappa apresenta atividade antioxidante e protetora do sistema reprodutor masculino. |
[
33
] |
Raiz |
Extrato etanólico a 70% (1:5 planta/solvente). Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de lesões testiculares induzida por cádmio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros biométricos, morfométricos e estereológicos dos testículos e glândulas acessórias. |
Observou-se que o extrato de A. lappa não apresenta atividade protetora do sistema reprodutor masculino contra as lesões induzidas por cádmio. |
[
23
] |
Quimiopreventiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Tintura: material vegetal (seco) em solução hidroalcoólica (45 a 55%). DIG: associação das tinturas de Berberis vulgaris, Taraxacum officinale e Arctium lappa. Concentrações para ensaio: 1 a 10% (v/v). Concentrações para ensaio: 1 a 10%. Doses para ensaio: 0,2 a 2%. |
In vitro: Em células de ovário de hamster chinês (CHO-K1) incubadas com o fitoterápico e mitomicina, com posterior análise do teste do micronúcleo. In vivo: Em camundongos portadores de genotoxicidade induzida por mitomicina C, tratados com o fitoterápico, com posterior análise dos ensaios do micronúcleo (eritrócitos) e do cometa (fígado, rim, pulmão e testículo). |
A combinação das tinturas de Berberis vulgaris, Taraxacum officinale e Arctium lappa apresenta atividade quimiopreventiva (antimutagênica/anticlastogênica). |
[
29
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Raiz ou folha seca |
100 g |
Raiz ou folha fresca |
200 g |
Tintura da raiz: pesar 100 g de raiz seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Tintura da folha: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura da raiz: pesar 200 g de raiz fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura da folha: pesar 200 g de folhas frescas, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Raiz: auxiliar no aumento do fluxo urinário nos distúrbios urinários leves, como auxiliar na inapetência temporária (BRASIL, 2018); como anti-inflamatório na osteoartrite (MAGHSOUMI-NOROUZABAD et al., 2016).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Raiz seca pulverizada |
0,9 a 1,1 g ou uma colher de café caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Raiz: preparar por decocção (raiz fragmentada) ou por infusão (raiz pulverizada), por 5 minutos.
Folha: preparar por decocção, por 5 minutos.
Decocto ou infuso da raiz: auxiliar no aumento do fluxo urinário nos distúrbios urinários leves, como auxiliar na inapetência temporária (BRASIL, 2018); como anti-inflamatório na osteoartrite (MAGHSOUMI-NOROUZABAD et al., 2016).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso ou decocto duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: aplicar o infuso ou decocto sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos
cafeico, clorogênico, isoclorogênico, arctiína, acético, butírico, isovalérico, hexanóico, láurico, linoleico, linolênico, linolenato, mirístico, oleico, palmítico propiônico, esteárico, tíglico, málico, succínico e fumárico.
Aldeídos
acetaldeído, fenilacetaldeído, benzaldeído, butiraldeído, caproicaldeído, isovaleraldeído, propionaldeído e valeraldeído.
Aminoácidos
L-aspartato e L-arginina.
Compostos amargos
lapatina.
Compostos nitrogenados
metoxipirazina, metilpirazinas e derivados beta-lactâmicos.
Fitosteróis
β-sitosterol, estigmasterol e campesterol.
Lactonas sesquiterpênicas
arctiopicrina e germacranolideo.
Lignanas
(+)-7,8-didehidroarctigenina, arctigenina, matairesinol, arctiina, neoarquitina A, (isso)lappaol A, lappaol C e F.
Óleos essenciais
arctiol, arctinol, arctinal e arctinona.
Outras substâncias
guaianolídeo, lapina, trachelosídeo e fitohemaglutinina.
Poliacetilenos
1,11-tridecadieno-3,5,7,9-tetraino, 1,3,11-tridecatrieno-5,7,9-triino, 1-trideceno-3,5,7,911-pentaino, ácido árctico, arctinona, arctinol, arctinal, metilarctato e acetato de arctinona.
Polissacarídeos
inulina, mucilagem, pectina e açúcar.
Resinas
Sais minerais
carbonato de potássio, nitrato de potássio, enxofre, cálcio e ferro.
Taninos
Triterpenos
α-amirina e γ-taraxasterol.
Vitaminas
B e C.
Referências bibliográficas
é realizada por sementes, com germinação entre 50 e 60%. A emergência das sementes inicia-se no 3º dia após a semeadura e estende até o 10º dia, depois deste período as sementes não germinam mais. A semeadura pode ser realizada diretamente no campo em leiras ou valas de 50 a 60 cm de profundidade, preenchidas com solo leve e rico em em substrato orgânico, facilitando a formação de raízes uniformes e vigorosas, enquanto que solos compactados produzem raízes fibrosas. Pode-se fazer a semeadura em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), ou em caixilho contendo substrato industrializado. As mudas assim produzidas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 40 dias, com irrigação diária. Posteriormente, devem ser transferidas para local definitivo, a pleno sol, com espaçamento de 40 cm entre as plantas e 40 cm entre linhas. O plantio deve ser realizado no mês de março, se houver interesse em colher as raízes para a produção de fitoterápico [ 1 , 2 ] .
prefere solos areno-argilosos, profundos, férteis, aerados, soltos e com boa drenagem para permitir o desenvolvimento das raízes. É recomendado fazer uma cobertura com resíduos orgânicos entre as plantas, o que mantém a temperatura do solo mais ameno favorecendo o desenvolvimento. A irrigação deve ser realizada em dias alternados [ 1 , 2 ] .
as folhas devem ser colhidas antes da floração, na primavera, 40 cm acima do solo, no período da manhã, entre 9 e 10 horas. A colheita das raízes deve ser realizada com 100 a 120 dias após o plantio, pois as propriedades terapêuticas são mais proeminentes em raízes jovens. Recomenda-se também a retirada das raízes no inverno, devido a maior concetração de princípios ativos. A sabedoria popular recomenda que a colheita das raízes das plantas deve ser realizada na lua minguante e em estações do ano com menor índice pluviométrico, enquanto que a parte aérea deve ser realizada, preferencialmente pela manhã e na lua cheia ou nova. A colheita dos frutos e a separação das sementes deve ser realizada com proteção nas mãos, pois o contato da semente com a pele pode provocar alergia e coceira. No processo de beneficiamento, deve-se utilizar uma peneira para facilitar a limpeza e retirada das partes do fruto que são desnecessárias para a germinação das sementes. Posteriormente, as sementes são pesadas, acondicionadas em frascos identificados e armazenados em câmaras de refrigeração (5°C) por até 6 meses [ 1 , 2 ] .
o medicamento fitoterápico deve ser preparado, preferencialmente a partir das folhas e raízes frescas. No entanto, se houve necessidade do processo de secagem, as raízes devem ser lavadas, fatiadas em rodelas (3 mm) e acondicionadas em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. O armazenamento da planta seca deve ser realizado em ambiente não úmido e não deve ultrapassar 6 meses [ 2 ] .
Referências bibliográficas


