Originária da Europa meridional, principalmente, Portugal e Ilhas Canárias. Muito cultivada na região Sul do Brasil, para fins ornamentais. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, antiviral, antisséptica, antialérgica, antioxidante, antiviral, antiespasmódica e anti-hemorrágica[1,2,3,4,5,6].
Planta herbácea anual, ramificada, com até 50 cm de altura; caule robusto e anguloso; as raízes são amarelo-claras e fasciculadas; folhas caulinares lanceoladas, alternas e sem estípulas, simples e sésseis, sendo que as inferiores são espatuladas, ásperas e verdes; as flores não tem pedúnculo, apresentam-se em vários tons de amarelo, dispostas em grandes capítulos terminais e solitários, com pétalas de 6 a 9 mm de comprimento, o botão central das flores é envolto por 15 a 20 lígulas amarelas ou alaranjadas; os frutos são tipo aquênio, e se formam somente a partir das flores liguladas e não das tubuladas que são estéreis, com variadas formas e tamanhos[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Pot marigold | Península Balcânica (Bulgária, Sérvia, Bósnia, Herzegovina e Kosovo). | Parte aérea e flor |
Cicatrizante de feridas. |
Óleo ou pomada. |
- |
- |
[
1
] |
|
Calêndula | Navarra (Espanha) | Inflorescência |
No tratamento de conjuntivite ou irritação das pálpebras. |
Infusão ou na forma de pomada. |
Uso externo. |
- |
[
2
] |
|
- | Região da Samogícia (Lituânia) | Flor |
Nos transtornos do trato respiratório. |
Chá. |
Inalação ou exaguatório. |
- |
[
3
] |
|
- | Região da Samogícia (Lituânia) | Flor |
No tratamento de doenças inflamatórias. |
Óleo, concentrado, chá ou extrato etanólico. |
Uso interno. |
- |
[
3
] |
|
- | Região da Samogícia (Lituânia) | Flor |
No tratamento de gastrite e doenças intestinais. |
Tintura, chá ou decocção. |
Uso oral. |
- |
[
3
] |
|
- | Região da Samogícia (Lituânia) | Flor |
No tratamento de menorragia e dismenorreia. |
Chá ou decocção. |
Uso oral. |
- |
[
3
] |
|
- | Região da Samogícia (Lituânia) | Flor |
No tratamento de feridas purulentas. |
Decocção. |
Uso externo. |
- |
[
3
] |
|
- | Romênia e outros países da Europa Oriental | Flor |
Adstringente, vulnerária, anti-inflamatória, anti-infecciosa, regeneradora, emoliente, útil no tratamento de acne, eczema, abscesso, querimadura, câncer de pele, leucorreia, micose, ulceração, feridas em geral, rachadura e picada de insetos. |
- |
- |
- |
[
4
] |
|
Nagietki e nagietek ogrodowy | Fronteira Polaco-Lituana-Bielorrussa | - |
No tratamento do aborto espontâneo e feridas. |
- |
- |
- |
[
5
] |
|
Calêndula | Brasil | Flor |
Anti-hemorroidária. |
Infusão: 1 colher (de sobremesa) de droga vegetal rasurada em 100 mL (meia xícara) de água. Coar. |
Aplicar o conteúdo total de uma seringa de 1 mL até 3 vezes ao dia. |
Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação. |
[
6
] |
|
Calêndula | Brasil | Flor |
No tratamento de inflamações, lesões, contusões e queimaduras. |
Infusão: 1 a 2 g (1 a 2 colheres de chá) em 150 mL de água (xícara de chá). |
Uso interno. |
Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação. |
[
6
] |
|
Calêndula | Brasil | Flor |
Anti-inflamatória em afecções da cavidade oral. |
Tintura. |
Fazer bochechos ou gargarejos 3 vezes/dia com 25 mL da tintura diluídos em 100 mL de água. |
Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação. |
[
6
] |
|
Calêndula | Brasil | Flor |
anti-inflamatória, útil nos casos de lesões, contusões, queimaduras e assaduras. |
Infusão: 1 a 2 g (1 a 2 colheres de chá) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Uso externo: aplicar a compressa na região afetada 3 vezes ao dia. Em casos de feridas aplicar a cada 24 horas. |
- |
[
7
] |
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extratos: 502 g do material vegetal (pó) em 5,8 L de n-hexano, posteriormente com 5,9 L de etanol, e finalmente com 2 L de água (por maceração). Concentrações: 10 e 50 µg/mL. |
In vitro: Em queratinócitos e fibrobastos humanos submetidos aos ensaios de deslocamento de motilidade eletroforético na ligação NF-Kb-DNA, qRT-PCR e ELISA.
|
Observou-se que os extratos n-hexânico e etanólico apresentaram atividade anti-inflamatória através da ativação de NF-kB. |
[
2
] |
Flor |
Extrato aquoso. Doses para ensaio: 10, 30 ou 90 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a um modelo de periodontite experimental. |
Observou-se que o extrato aquoso de C. officinalis apresenta atividade anti-inflamatória, reduzindo a reabsorção óssea. |
[
15
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato hidroalcoólico: material vegetal (pó) em etanol/água (80:20). Doses para ensaio: 10 e 20% (gel intracolônico) ou 1500 e 3000 mg/kg (via oral). |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de colite ulcerativa induzida por ácido acético. |
Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, principalmente na dose de 20% (gel intracolônico) e 3000 mg/kg (via oral). |
[
17
] |
Antigenotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: infusão de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L água fervente. Concentração: 6,72 mg/mL. Extrato: maceração de 5 g do material vegetal em 500 mL de etanol à 96%, e depois adicionar 500 mL de água. Concentração: 4,54 mg/mL. Extrato: maceração de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L de etanol absolulo. Concetração: 19,2 mg/mL. Extrato: maceração de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L de clorofórmio. Concetração: 10,0 mg/mL. |
In vitro: Em hepatócitos de ratos incubados com o extrato vegetal e dietilnitrosamina (DEN) para avaliar a indução ou reversão da síntese não programada de DNA.
|
Os extratos aquoso e hidroalcoólico apresentaram atividade antigenotóxica em baixas concentrações (0,4 e 16 ng/mL, respectivamente), e os efeitos genotóxicos foram relatados em altas concentrações, 25 µg/mL e 3,7 µg/mL, respectivamente. |
[
3
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Pétala |
Extrato metanólico ou etanólico: 10 g do material vegetal (pó) em 150 mL de metanol ou etanol. Concentração: 300 mg/mL. |
In vitro: Em patógenos clíncos submetidos ao método de disco-difusão em ágar: Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Bacillus cereus, Escherichia coli, E. coli resistente à ampicilina, Staphylococcus aureus, Klebsiella aerogenes, Enterococcus faecalis, Bacillus pumilis, Klebsiella pneumoniae, Candida albicans, C. krusei, C. glabrata, C. parapsilosis, Aspergillus flavus, A. fumigatus, A. niger e Exophiala dermatitidis.
|
Observou-se que os extratos apresentaram atividade antifúngica potente, e a atividade antibacteriana foi superior para o extrato metanólico. |
[
9
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Pétala ou capítulo floral |
Extrato com propilenoglicol: 1 parte do material vegetal (fresco) em 4 partes de propilenoglicol/água. Dose para ensaio: 3 mL/dia. |
In vivo: Em suínos com dieta contendo alto teor de gordura poli-insaturada submetidos a avaliação da peroxidação lipídica. |
Observou-se que C. officinalis apresenta atividade antioxidante, principalmente para a preparação contendo somente a pétalas. |
[
1
] |
Flor |
Extrato hidroalcoólico. Concentrações: 0,125, 0,5, 1,0, 2,0 e 5,0% (v/v). |
In vitro: Em queratinócitos dérmicos humano (HaCaT) submetidas aos testes de segurança e estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio (H2O2).
|
Observou-se que o extrato da flor de calêndula apresenta atividade antioxidante, e ausência de toxicidade. |
[
7
] |
Planta toda |
Extrato metanólico: 250 g do material vegetal (pó) em metanol. Concentração: 3 mg/mL. |
In vitro: Ensaios de eliminação de radicais livres (NO) e de glicação.
|
O extrato metanólico de C. officinalis apresentou atividade antioxidante, contudo não possui ação antiglicante significativa. |
[
8
] |
Flor |
Extrato hidroalcoólico: maceração do material vegetal (pó) em etanol à 50% (1:9 p/p). Rendimento: 15,7%. Doses: 150 e 300 mg/kg. Concentrações: 1,5 - 37,5 mg/mL. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante, teste de citotoxicidade com o ensaio MTT em células L929 e HepG2. In vivo: Em camundongos sem pelos HRS/J submetidos ao estresse oxidativo induzido por UVB. |
Observou-se que o extrato apresenta ação antioxidante dose-dependente, e os efeitos tóxicos foram relatados em concentrações acima de 30 mg/mL. |
[
10
] |
Flor |
Preparação comercial (Firenzuola d'Arda, Itália): material vegetal em propilenoglicol/água (85:15). Concentrações: 0,05 - 1,60 µg/mL. |
In vitro: Em leucócitos polimorfonucleares submetidos a análise de ativação ou não de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio.
|
Observou-se que a formulação de propilenoglicol contendo C. officinalis apresenta atividade antioxidante, dose-dependente. |
[
11
] |
Flor |
Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (seco) em 350 mL de etanol, depois em 225 mL de água. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos albinos Sprague-Dawley expostos à fumaça de cigarro. |
Observou-se que C. officinalis apresenta atividade antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo provocado pela fumaça. |
[
24
] |
Flor |
Extrato hidroalcoólico: maceração do material vegetal (pó) em etanol à 50%. Fração: n-butanol. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante: produção e detecção de radical superóxido, peroxidação lipídica em hepatócitos microssomais induzida por F2+/ascorbato, ensaio do potencial antioxidante reativo total (TRAP) e índice da reatividade antioxidante total (TAR).
|
Observou-se que a fração butanólica de C. officinalis apresenta atividade antioxidante potente. |
[
31
] |
Antioxidante e Antifibrótica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato etanólico: maceração do material vegetal fresco em etanol à 95%. Rendimento: 8,7% (p/p). Dose para ensaio: 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de pancreatite necrosante aguda induzida por L-arginina. |
Observou-se que o extrato etanólico de C. officinalis apresenta atividade antioxidante potente, antinitrosativa e antifibrótica, atuando na regeneração pancreática. |
[
16
] |
Antioxidante e Nefroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato aquoso ou etanólico: material vegetal (pó) em água ou etanol. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de nefrotoxicidade induzida por cisplatina (cis-diclorodiamina platina II). |
Observou-se que o extrato etanólico de C. officinalis apresenta atividades antioxidante e nefroprotetora mais potentes, quando comparado ao extrato aquoso. |
[
18
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: material vegetal (seco) em água ou solvente orgânico. Concentrações: 1 - 10000 µg/mL. |
In vitro: Em células linfocitárias humana Molt-4 infectadas com vírus HIV.
|
Observou-se que somente o extrato orgânico de C. officinalis apresentou atividade anti-HIV, contudo ambos os extratos não apresentaram toxicidade. |
[
14
] |
Cardioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: 99% de pureza. Concentração: 50 mM. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos à isquemia miocárdica. |
Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta propriedade cardioprotetora. |
[
27
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato hidroalcoólico: maceração de 60 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 50%. Rendimento: 19,35 g. Extrato aquoso: 5 g do extrato etanólico (seco) em 20 mL de água. Rendimento: 2 g. Frações: hexano (2 mg) e acetato de etila (500 mg). |
In vitro: Em fibroblastos dérmicos humanos normais submetidos à ensaios moleculares. In vivo: Em camundongos BALB/c submetidos a ferida excisional (avaliação contração da ferida e estudo imuno-histológico). |
Observou-se que os extratos hidroalcoólico e aquoso apresentaram atividade cicatrizante significativa, através da proliferação e migração de fibroblastos (expressão de CTGF e α-SMA). |
[
4
] |
- |
Tintura. |
In vitro: Em fibroblastos: de pulmão humano (WI-38), de ratos albinos (NIH-3T3) e dérmico humano (HDF), e em linhagens celulares de carcinoma cervical humano (HeLa).
|
Observou-se que a tintura de calêndula promove proliferação e migração dos fibroblastos, através da fosforilação da proteína quinase de adesão focal (FAK) e sinalização de fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K). |
[
6
] |
Flor |
Óleo essencial: incorporado em emulsão com estrutura lamelar (15% de óleo essencial, 10% de surfactantes e 75 % de água). |
In vitro: Em células L929 submetidas ao ensaio de viabilidade celular (concentrações: 50 - 1000 µg/mL). In vivo: Em ratos Wistar submetidos a lesões cirúrgicas dermoepidérmica. |
Observou-se que a emulsão contendo óleo essencial de C. officinalis foi efetiva no processo de cicatrização, além de não apresentar citotoxicidade. |
[
19
] |
Flor |
Creme: contendo 4% de Calendula officinalis (extrato glicólico). |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos à transecção do tendão de Aquiles. |
Observou-se que o uso tópico da formulação contendo calêndula aumenta a concentração e organização de colágeno, favorecendo o processo de cicatrização. |
[
20
] |
Flor |
Extrato hidroalcoólico: 500 g do material vegetal (pó) em etanol à 80%. Concentrações: 5 e 10% de Calendula officinalis em gel. |
In vivo: Em hamsters sírios portadores de mucosite induzida por 5-fluorouracil (5-FU). |
O gel contendo extrato de C. officinalis apresentou atividade cicatrizante. |
[
23
] |
Flor |
Extrato etanólico: 200 g do material vegetal (pó) em 100 mL de etanol. Frações: 10 g do material vegetal em hexano e diclorometano. |
In vitro: Determinar a atividade angiogênica dos óleos vegetais através do ensaio da membrana corioalantoide de embrião de galinha (CAM). In vivo: Em ratas Wistar submetidas à lesões cutâneas. |
A atividade cicatrizante do extrato e frações de C. officinalis está relacionada ao efeito positivo sobre a angiogênese. |
[
26
] |
Flor |
Extrato etanólico e hexânico: 10 g do material vegetal em 150 mL de solvente. Rendimento: 1,29 g (hexânico) e 1,89 g (etanólico). Concentrações para ensaio: 1 e 10 µg/mL. |
In vivo: Em fibroblasto 3T3 de camundongos Swiss submetidos ao ensaio de “scratch”. |
Observou-se que os extratos de C. officinalis apresentam atividade cicatrizante. |
[
28
] |
Cicatrizante e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato metanólico de Calendula officinalis e óleo da semente de Nigella sativa em nanoemulsão. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante através do radical DDPH e em células tratadas com H2O2, testes de citotoxicidade e proliferação celular em células Vero.
|
Observou-se que a associação de C. officinalis e N. sativa em nanoemulsão apresentou atividades antioxidante e cicatrizante potentes. |
[
21
] |
Cicatrizante e Radioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Infusão: material vegetal (seco) em óleo de semente de Nigella sativa (1:10). Infusão: material vegetal (seco) em óleo de gérmen de trigo (1:10). |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante, ensaios biológicos em linhagens celulares (Vero – fibroblasto de rim de macaco, e HaCaT – queratinócito dérmico humano).
|
Observou-se que as infusões contendo a calêndula apresentaram atividades cicatrizante e radioprotetora maiores, se comparado aos óleos isoladamente. |
[
5
] |
Espasmolítica e Espasmogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato hidrolacoólico: 500 g do material vegetal em etanol/água. Rendimento: 20%. |
In vitro: Em jejuno e íleo isolados de coelhos e porcos-da-Índia, respectivamente.
|
Observou-se que o extrato bruto de C. officinalis apresenta atividades espasmolítica e espasmogênica, através do bloqueio de canais de cálcio e ação colinérgica, respectivamente. |
[
29
] |
Estimulante enzimática
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Solução aquosa (infusão ou suco) do material vegetal (seco e fresco). |
In vitro: Avaliação da atividade de enzimas biológicas por meio do Sistema API ZYM (bioMerieux).
|
Observou-se que a calêndula estimula a atividade enzimática, principalmente na forma de suco das flores frescas. |
[
12
] |
Fotoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: rendimento de 14,1%. Formulações tópicas: contendo 5% de extrato. |
In vitro: Em pele de orelha suína para testes de penetração cutânea. In vivo: Em camundongos sem pelo submetidos a radiação UVB. |
Formulações em gel contendo extrato de C. officinalis apresentam maior efeito fotoprotetor. |
[
25
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato etanólico: material vegetal (seco) em etanol à 70%. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a intoxicação com tetracloreto de carbono (CCl4). |
Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta atividade hepatoprotetora. |
[
30
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato metanólico: material vegetal (seco) em metanol à 70%. Rendimento: 18,66%. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar submetidas a neurotoxicidade induzida por ácido-3-nitropropiônico (3-NP). |
Observou-se que C. officinalis apresenta ação neuroprotetora. |
[
22
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Flor seca |
100 g |
Flor fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de flor seca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processos inflamatórios da pele e mucosas, úlceras cutâneas e úlceras varicosas (BLUMENTHAL, 1998). Como anti-inflamatório, antisséptico e cicatrizante tópico (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Flor (seca) |
200 g |
Etanol 98° |
100 mL |
Propilenoglicol |
900 mL |
Pesar as flores, em seguida colocar na solução de etanol e propilenoglicol. Deixar por 7 dias em maceração e filtrar. Envasar e etiquetar.
Antisséptica, anti-inflamatória e cicatrizante.
Uso tópico após incorporado em cremes, pomadas e loções.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Base de sabonete glicerinado hipoalergênico |
1 kg |
Curcuma longa (tintura ou alcoolatura) |
10 mL |
Calendula officinalis (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Symphytum officinale (tintura ou alcoolatura) |
10 mL |
Essência para sabonete (opcional) |
3 mL |
Picar a base em pedaços pequenos e levar para derreter em banho-maria ou chapa elétrica. Se for em chapa, o recipiente deve ser de ágata ou Becker. Quando estiver derretido, colocar as tinturas ou alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Adicionar a essência (opcional). Envasar o sabonete em formas próprias. Depois de esfriar, desenformar, embalar com filme plástico e etiquetar.
Cicatrizante e anti-inflamatório.
Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar em seguida.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Flor seca íntegra |
0,4 a 0,6 g ou 1 colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Processos inflamatórios da pele e mucosas, úlceras cutâneas e úlceras varicosas (BLUMENTHAL, 1998). Como anti-inflamatório, antisséptico e cicatrizante tópico (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).
Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: aplicar o infuso sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer banhos de assento duas a três vezes ao dia com volume suficiente do infuso.
Uso tópico: borrifar o infuso sobre as lesões de pele duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos
orgânicos, oleanóico, fenolcarboxílicos, málico e salicílico.
Alcoóis triterpênicos
faradiol, taraxasterol, arnidiol e lupol.
Carotenoides
calendulina, caroteno, licopeno, rubixantina, violaxantina e zeína.
Cumarinas
Fitosteróis
sitosterol, estigmasterol, isofucosterol e campesterol.
Flavonoides
quercetina, isoquercitrina, quercetinoglicosídeo, narcisina e derivados do isorramnetol, neohesperidosídeo e rutina.
Glicosídeos sesquiterpênicos
arvosídeo A.
Gomas
calendulina.
Minerais
Ca e Si.
Óleos essenciais
geranilacetona, mentona e isomentona, carvona, cariofileno, α e β-ionona, flavoxantina, xantofila, crisantemaxantina, aurocromo, mutacromo, flavocromo, lupeol, pedunculatina, dihidroactinidiólico, derivado epóxido, cetônico e de β-ionona.
Outras substâncias
ésteres colesterínicos, matérias corantes e alantoína.
Polissacarídeos
galactanas e pectinas.
Princípios amargos
calendina ou calendeno.
Resinas
Saponinas
calendulosídeos A, D, D2 e F.
Taninos
Terpenoides
α- e β-amirina, lupeol, longispinogenina, ácido oleanólico, arnidiol, breína, calenduladiol, eritrodiol, faradiol, éster de ácido faradiol-3-mirístico, éster do ácido faradiol-3-palmítico, helantrioles A1, B0, B e B, maniladiol, urs-12-en-3,16,21-triol, ursadiol, calendulosídeos C-H, campesterol, colesterol, sitosterol, estigmasterol e taraxasterol.
Vitaminas
Referências bibliográficas
é realizada por sementes (aquênio) em canteiros ou sementeiras. Além disso, pode-se produzir mudas em saquinho plástico contendo solo, areia e esterco (3:2:1), ou em caixilho com substrato comercial. Em cada recipiente deve conter 3 sementes. Após 1 mês da emergência das plântulas faz-se o plantio em local definitivo. O solo deve ser bem drenado e enriquecido com matéria orgânica, e a pleno sol. Com espaçamento de 30 cm entre plantas e 40 cm entre linhas [ 1 , 2 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Necessita de no mínimo 4 horas diária de luz [ 1 , 2 ] .
as sementes devem ser colhidas manualmente entre 32 e 36 dias após a antese (abertura da flor), após este período as sementes começam a cair do fruto naturalmente. As sementes mais viáveis apresentam colorações creme, marrom claro e marrom escuro. As sementes desta espécie apresentam formatos diferentes (alada ou não), dependendo da posição em que se encontram no capítulo da flor, contudo a tipologia da semente não interfere na porcentagem de germinação. As flores devem ser colhidas quando totalmente abertas, no período entre as 10 e 16 horas. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia. A colheita é iniciada 2 meses após o plantio e pode ser prologada por mais 2 meses. O medicamento fitoterápico pode ser preparado com flores frescas ou secas [ 1 , 2 ] .
deve-se fazer uma limpeza, retirando as partes da planta que são desnecessárias para a germinação das sementes. Posteriormente, elas são pesadas e acondicionadas em frascos etiquetados e guardados em local adequado. O armazenamento não deve ser realizado por mais de 1 ano. O processo de secagem das flores após a colheita, deve ser realizado em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após este procedimento deve-se congelar as flores, em freezer, por 3 dias, para que ovos de insetos presentes na flores não eclodam durante o período de estocagem. O armazenamento não deve ultrapassar 12 meses [ 2 ] .
temperaturas noturnas muito elevadas reduzem o tamanho das flores. O surgimento de manchas esbranquiçadas nas folhas indica infecção fúngica, sobretudo em épocas do ano de maior umidade. Pode ser atacada por alternaria, oídio, lagarta rosca, pulgão, broca do caule e vaquinha. É resistente à estiagem e à geada, florescendo o ano inteiro [ 1 , 2 , 3 ] .
Referências bibliográficas















