Calendula officinalis L.

Calêndula, mal-me-quer e maravilha.

Família 
Informações gerais 

Originária da Europa meridional, principalmente, Portugal e Ilhas Canárias. Muito cultivada na região Sul do Brasil, para fins ornamentais. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, antiviral, antisséptica, antialérgica, antioxidante, antiviral, antiespasmódica e anti-hemorrágica[1,2,3,4,5,6].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 186-193.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 55-58.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 67-69.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 126.
5 - LIPP, F. J. Herbalism. Healing and harmony symbolism, ritual, and folklore traditions of east and west. London: Duncan Baird Publishers, 1996, p. 39.
6 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 120-123.
Descrição da espécie 

Planta herbácea anual, ramificada, com até 50 cm de altura; caule robusto e anguloso; as raízes são amarelo-claras e fasciculadas; folhas caulinares lanceoladas, alternas e sem estípulas, simples e sésseis, sendo que as inferiores são espatuladas, ásperas e verdes; as flores não tem pedúnculo, apresentam-se em vários tons de amarelo, dispostas em grandes capítulos terminais e solitários, com pétalas de 6 a 9 mm de comprimento, o botão central das flores é envolto por 15 a 20 lígulas amarelas ou alaranjadas; os frutos são tipo aquênio, e se formam somente a partir das flores liguladas e não das tubuladas que são estéreis, com variadas formas e tamanhos[1,2].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 186.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 55.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Pot marigold Península Balcânica (Bulgária, Sérvia, Bósnia, Herzegovina e Kosovo). Parte aérea e flor

Cicatrizante de feridas.

Óleo ou pomada.

-

-

[ 1 ]
Calêndula Navarra (Espanha) Inflorescência

No tratamento de conjuntivite ou irritação das pálpebras.

Infusão ou na forma de pomada.

Uso externo.

-

[ 2 ]
- Região da Samogícia (Lituânia) Flor

Nos transtornos do trato respiratório.

Chá.

Inalação ou exaguatório.

-

[ 3 ]
- Região da Samogícia (Lituânia) Flor

No tratamento de doenças inflamatórias.

Óleo, concentrado, chá ou extrato etanólico.

Uso interno.

-

[ 3 ]
- Região da Samogícia (Lituânia) Flor

No tratamento de gastrite e doenças intestinais.

Tintura, chá ou decocção.

Uso oral.

-

[ 3 ]
- Região da Samogícia (Lituânia) Flor

No tratamento de menorragia e dismenorreia.

Chá ou decocção.

Uso oral.

-

[ 3 ]
- Região da Samogícia (Lituânia) Flor

No tratamento de feridas purulentas.

Decocção.

Uso externo.

-

[ 3 ]
- Romênia e outros países da Europa Oriental Flor

Adstringente, vulnerária, anti-inflamatória, anti-infecciosa, regeneradora, emoliente, útil no tratamento de acne, eczema, abscesso, querimadura, câncer de pele, leucorreia, micose, ulceração, feridas em geral, rachadura e picada de insetos.

-

-

-

[ 4 ]
Nagietki e nagietek ogrodowy Fronteira Polaco-Lituana-Bielorrussa -

No tratamento do aborto espontâneo e feridas.

-

-

-

[ 5 ]
Calêndula Brasil Flor

Anti-hemorroidária.

Infusão: 1 colher (de sobremesa) de droga vegetal rasurada em 100 mL (meia xícara) de água. Coar.

Aplicar o conteúdo total de uma seringa de 1 mL até 3 vezes ao dia.

Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação.

[ 6 ]
Calêndula Brasil Flor

No tratamento de inflamações, lesões, contusões e queimaduras.

Infusão: 1 a 2 g (1 a 2 colheres de chá) em 150 mL de água (xícara de chá).

Uso interno.

Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação.

[ 6 ]
Calêndula Brasil Flor

Anti-inflamatória em afecções da cavidade oral.

Tintura.

Fazer bochechos ou gargarejos 3 vezes/dia com 25 mL da tintura diluídos em 100 mL de água. 

Planta de baixa toxicidade. Doses elevadas podem provocar náuseas e depressões. A planta fresca pode promover dermatite de contato. Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação.

[ 6 ]
Calêndula Brasil Flor

anti-inflamatória, útil nos casos de lesões, contusões, queimaduras e assaduras.

Infusão: 1 a 2 g (1 a 2 colheres de chá) em 150 mL (1 xícara de chá) de água.

Uso externo: aplicar a compressa na região afetada 3 vezes ao dia. Em casos de feridas aplicar a cada 24 horas.

-

[ 7 ]

Referências bibliográficas

1 - JARIC, S. et al. Traditional wound-healing plants used in the Balkan region (Southeast Europe). J Ethnopharmacol, v. 211, p.311-328, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2017.09.018
2 - CALVO, M. I.; CAVERO, R. Y. Medicinal plants used for ophthalmological problems in Navarra (Spain). J Ethnopharmacol, v. 190, p.212-218, 2016. doi: 10.1016/j.jep.2016.06.002
3 - PRANSKUNIENE, Z. et al. Ethnopharmaceutical knowledge in Samogitia region of Lithuania: where old traditions overlap with modern medicine. J Ethnobiol Ethnomed, v. 14, n. 1, p.1-26, 2018. doi: 10.1186/s13002-018-0268-x
4 - GILCA, M. et al. Traditional and ethnobotanical dermatology practices in Romania and other Eastern European countries. Clin Dermatol, v. 36, n. 3, p.338-352, 2018. doi: 10.1016/j.clindermatol.2018.03.008
5 - KUJAWSHA, M. et al. Fischer's Plants in folk beliefs and customs: a previously unknown contribution to the ethnobotany of the Polish-Lithuanian-Belarusian borderland. J Ethnobiol Ethnomed, v. 13, n. 1, p.1-15, 2017. doi: 10.1186/s13002-017-0149-8
6 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 84.
7 - LIMA, G. P. P. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Saúde - Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 11.

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extratos: 502 g do material vegetal (pó) em 5,8 L de n-hexano, posteriormente com 5,9 L de etanol, e finalmente com 2 L de água (por maceração). Concentrações: 10 e 50 µg/mL.

In vitro:

Em queratinócitos e fibrobastos humanos submetidos aos ensaios de deslocamento de motilidade eletroforético na ligação NF-Kb-DNA, qRT-PCR e ELISA.

 

Observou-se que os extratos n-hexânico e etanólico apresentaram atividade anti-inflamatória através da ativação de NF-kB.

[ 2 ]
Flor

Extrato aquoso. Doses para ensaio: 10, 30 ou 90 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a um modelo de periodontite experimental.

Observou-se que o extrato aquoso de C. officinalis apresenta atividade anti-inflamatória, reduzindo a reabsorção óssea.

[ 15 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico: material vegetal (pó) em etanol/água (80:20). Doses para ensaio: 10 e 20% (gel intracolônico) ou 1500 e 3000 mg/kg (via oral).

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de colite ulcerativa induzida por ácido acético.

Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, principalmente na dose de 20% (gel intracolônico) e 3000 mg/kg (via oral).

[ 17 ]

Antigenotóxica

Antigenotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: infusão de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L água fervente. Concentração: 6,72 mg/mL.

Extrato: maceração de 5 g do material vegetal em 500 mL de etanol à 96%, e depois adicionar 500 mL de água. Concentração: 4,54 mg/mL.

Extrato: maceração de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L de etanol absolulo. Concetração: 19,2 mg/mL.

Extrato: maceração de 15 g do material vegetal (seco) em 1 L de clorofórmio. Concetração: 10,0 mg/mL.

In vitro:

Em hepatócitos de ratos incubados com o extrato vegetal e dietilnitrosamina (DEN) para avaliar a indução ou reversão da síntese não programada de DNA.

 

Os extratos aquoso e hidroalcoólico apresentaram atividade antigenotóxica em baixas concentrações (0,4 e 16 ng/mL, respectivamente), e os efeitos genotóxicos foram relatados em altas concentrações, 25 µg/mL e 3,7 µg/mL, respectivamente.

[ 3 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Pétala

Extrato metanólico ou etanólico: 10 g do material vegetal (pó) em 150 mL de metanol ou etanol. Concentração: 300 mg/mL.

In vitro:

Em patógenos clíncos submetidos ao método de disco-difusão em ágar: Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Bacillus cereus, Escherichia coli, E. coli resistente à ampicilina, Staphylococcus aureus, Klebsiella aerogenes, Enterococcus faecalis, Bacillus pumilis, Klebsiella pneumoniae, Candida albicans, C. krusei, C. glabrata, C. parapsilosis, Aspergillus flavus, A. fumigatus, A. niger e Exophiala dermatitidis.

 

Observou-se que os extratos apresentaram atividade antifúngica potente, e a atividade antibacteriana foi superior para o extrato metanólico.

[ 9 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Pétala ou capítulo floral

Extrato com propilenoglicol: 1 parte do material vegetal (fresco) em 4 partes de propilenoglicol/água. Dose para ensaio: 3 mL/dia.

In vivo:

Em suínos com dieta contendo alto teor de gordura poli-insaturada submetidos a avaliação da peroxidação lipídica.

Observou-se que C. officinalis apresenta atividade antioxidante, principalmente para a preparação contendo somente a pétalas.

[ 1 ]
Flor

Extrato hidroalcoólico. Concentrações: 0,125, 0,5, 1,0, 2,0 e 5,0% (v/v).

In vitro:

Em queratinócitos dérmicos humano (HaCaT) submetidas aos testes de segurança e estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio (H2O2).

 

Observou-se que o extrato da flor de calêndula apresenta atividade antioxidante, e ausência de toxicidade.

[ 7 ]
Planta toda

Extrato metanólico: 250 g do material vegetal (pó) em metanol. Concentração: 3 mg/mL.

In vitro:

Ensaios de eliminação de radicais livres (NO) e de glicação.

 

O extrato metanólico de C. officinalis apresentou atividade antioxidante, contudo não possui ação antiglicante significativa.

[ 8 ]
Flor

Extrato hidroalcoólico: maceração do material vegetal (pó) em etanol à 50% (1:9 p/p). Rendimento: 15,7%. Doses: 150 e 300 mg/kg. Concentrações: 1,5 - 37,5 mg/mL.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante, teste de citotoxicidade com o ensaio MTT em células L929 e HepG2.

 

In vivo:

Em camundongos sem pelos HRS/J submetidos ao estresse oxidativo induzido por UVB.

Observou-se que o extrato apresenta ação antioxidante dose-dependente, e os efeitos tóxicos foram relatados em concentrações acima de 30 mg/mL.

[ 10 ]
Flor

Preparação comercial (Firenzuola d'Arda, Itália): material vegetal em propilenoglicol/água (85:15). Concentrações: 0,05 - 1,60 µg/mL.

In vitro:

Em leucócitos polimorfonucleares submetidos a análise de ativação ou não de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio.

 

Observou-se que a formulação de propilenoglicol contendo C. officinalis apresenta atividade antioxidante, dose-dependente.

[ 11 ]
Flor

Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (seco) em 350 mL de etanol, depois em 225 mL de água. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos albinos Sprague-Dawley expostos à fumaça de cigarro.

Observou-se que C. officinalis apresenta atividade antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo provocado pela fumaça.

[ 24 ]
Flor

Extrato hidroalcoólico: maceração do material vegetal (pó) em etanol à 50%. Fração: n-butanol.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante: produção e detecção de radical superóxido, peroxidação lipídica em hepatócitos microssomais induzida por F2+/ascorbato, ensaio do potencial antioxidante reativo total (TRAP) e índice da reatividade antioxidante total (TAR).

 

Observou-se que a fração butanólica de C. officinalis apresenta atividade antioxidante potente.

[ 31 ]

Antioxidante e Antifibrótica

Antioxidante e Antifibrótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato etanólico: maceração do material vegetal fresco em etanol à 95%. Rendimento: 8,7% (p/p). Dose para ensaio: 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de pancreatite necrosante aguda induzida por L-arginina.

Observou-se que o extrato etanólico de C. officinalis apresenta atividade antioxidante potente, antinitrosativa e antifibrótica, atuando na regeneração pancreática.

[ 16 ]

Antioxidante e Nefroprotetora

Antioxidante e Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato aquoso ou etanólico: material vegetal (pó) em água ou etanol. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de nefrotoxicidade induzida por cisplatina (cis-diclorodiamina platina II).

Observou-se que o extrato etanólico de C. officinalis apresenta atividades antioxidante e nefroprotetora mais potentes, quando comparado ao extrato aquoso.

[ 18 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: material vegetal (seco) em água ou solvente orgânico. Concentrações: 1 - 10000 µg/mL.

In vitro:

Em células linfocitárias humana Molt-4 infectadas com vírus HIV.

 

Observou-se que somente o extrato orgânico de C. officinalis apresentou atividade anti-HIV, contudo ambos os extratos não apresentaram toxicidade.

[ 14 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 99% de pureza. Concentração: 50 mM.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos à isquemia miocárdica.

Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta propriedade cardioprotetora.

[ 27 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico: maceração de 60 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 50%. Rendimento: 19,35 g.

Extrato aquoso: 5 g do extrato etanólico (seco) em 20 mL de água. Rendimento: 2 g. Frações: hexano (2 mg) e acetato de etila (500 mg).

In vitro:

Em fibroblastos dérmicos humanos normais submetidos à ensaios moleculares.

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c submetidos a ferida excisional (avaliação contração da ferida e estudo imuno-histológico).

Observou-se que os extratos hidroalcoólico e aquoso apresentaram atividade cicatrizante significativa, através da proliferação e migração de fibroblastos (expressão de CTGF e α-SMA).

[ 4 ]
-

Tintura.

In vitro:

Em fibroblastos: de pulmão humano (WI-38), de ratos albinos (NIH-3T3) e dérmico humano (HDF), e em linhagens celulares de carcinoma cervical humano (HeLa).

 

Observou-se que a tintura de calêndula promove proliferação e migração dos fibroblastos, através da fosforilação da proteína quinase de adesão focal (FAK) e sinalização de fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K).

[ 6 ]
Flor

Óleo essencial: incorporado em emulsão com estrutura lamelar (15% de óleo essencial, 10% de surfactantes e 75 % de água).

In vitro:

Em células L929 submetidas ao ensaio de viabilidade celular (concentrações: 50 - 1000 µg/mL).

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a lesões cirúrgicas dermoepidérmica.

Observou-se que a emulsão contendo óleo essencial de C. officinalis foi efetiva no processo de cicatrização, além de não apresentar citotoxicidade.

[ 19 ]
Flor

Creme: contendo 4% de Calendula officinalis (extrato glicólico).

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos à transecção do tendão de Aquiles.

Observou-se que o uso tópico da formulação contendo calêndula aumenta a concentração e organização de colágeno, favorecendo o processo de cicatrização.

[ 20 ]
Flor

Extrato hidroalcoólico: 500 g do material vegetal (pó) em etanol à 80%. Concentrações: 5 e 10% de Calendula officinalis em gel.

In vivo:

Em hamsters sírios portadores de mucosite induzida por 5-fluorouracil (5-FU).

O gel contendo extrato de C. officinalis apresentou atividade cicatrizante.

[ 23 ]
Flor

Extrato etanólico: 200 g do material vegetal (pó) em 100 mL de etanol. Frações: 10 g do material vegetal em hexano e diclorometano.

In vitro:

Determinar a atividade angiogênica dos óleos vegetais através do ensaio da membrana corioalantoide de embrião de galinha (CAM).

 

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas à lesões cutâneas.

A atividade cicatrizante do extrato e frações de C. officinalis está relacionada ao efeito positivo sobre a angiogênese.

[ 26 ]
Flor

Extrato etanólico e hexânico: 10 g do material vegetal em 150 mL de solvente. Rendimento: 1,29 g (hexânico) e 1,89 g (etanólico). Concentrações para ensaio: 1 e 10 µg/mL.

In vivo:

Em fibroblasto 3T3 de camundongos Swiss submetidos ao ensaio de “scratch”.

Observou-se que os extratos de C. officinalis apresentam atividade cicatrizante.

[ 28 ]

Cicatrizante e Antioxidante

Cicatrizante e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato metanólico de Calendula officinalis e óleo da semente de Nigella sativa em nanoemulsão.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante através do radical DDPH e em células tratadas com H2O2, testes de citotoxicidade e proliferação celular em células Vero.

 

Observou-se que a associação de C. officinalis e N. sativa em nanoemulsão apresentou atividades antioxidante e cicatrizante potentes.

[ 21 ]

Cicatrizante e Radioprotetora

Cicatrizante e Radioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Infusão: material vegetal (seco) em óleo de semente de Nigella sativa (1:10).

Infusão: material vegetal (seco) em óleo de gérmen de trigo (1:10).

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante, ensaios biológicos em linhagens celulares (Vero – fibroblasto de rim de macaco, e HaCaT – queratinócito dérmico humano).

 

Observou-se que as infusões contendo a calêndula apresentaram atividades cicatrizante e radioprotetora maiores, se comparado aos óleos isoladamente.

[ 5 ]

Espasmolítica e Espasmogênica

Espasmolítica e Espasmogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidrolacoólico: 500 g do material vegetal em etanol/água. Rendimento: 20%.

In vitro:

Em jejuno e íleo isolados de coelhos e porcos-da-Índia, respectivamente.

 

Observou-se que o extrato bruto de C. officinalis apresenta atividades espasmolítica e espasmogênica, através do bloqueio de canais de cálcio e ação colinérgica, respectivamente.

[ 29 ]

Estimulante enzimática

Estimulante enzimática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Solução aquosa (infusão ou suco) do material vegetal (seco e fresco).

In vitro:

Avaliação da atividade de enzimas biológicas por meio do Sistema API ZYM (bioMerieux).

 

Observou-se que a calêndula estimula a atividade enzimática, principalmente na forma de suco das flores frescas.

[ 12 ]

Fotoprotetora

Fotoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: rendimento de 14,1%. Formulações tópicas: contendo 5% de extrato.

In vitro:

Em pele de orelha suína para testes de penetração cutânea.

 

In vivo:

Em camundongos sem pelo submetidos a radiação UVB.

Formulações em gel contendo extrato de C. officinalis apresentam maior efeito fotoprotetor.

[ 25 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato etanólico: material vegetal (seco) em etanol à 70%.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a intoxicação com tetracloreto de carbono (CCl4).

Observou-se que o extrato de C. officinalis apresenta atividade hepatoprotetora.

[ 30 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato metanólico: material vegetal (seco) em metanol à 70%. Rendimento: 18,66%. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas a neurotoxicidade induzida por ácido-3-nitropropiônico (3-NP).

Observou-se que C. officinalis apresenta ação neuroprotetora.

[ 22 ]
Ensaios toxicológicos

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato fluido: material vegetal (seco) em água/etanol à 60% (v/v). Rendimento: 101 mg. Concentrações: 50 - 5000 µg.

In vitro:

Teste de genotoxicidade através da análise da segregação mitótica em Aspergillus nidulans, e testes de mutagenicidade pelo ensaio Salmonella/microssoma e micronúcleo.

 

Observou-se que o extrato de C. officinalis não apresentou mutagenicidade, contudo foi genotóxico dose-dependente.

[ 33 ]

Toxicidade aguda e subaguda

Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico: material vegetal (seco) em 70% de solução hidroalcoólica. Concentrações para ensaio: 350 e 450 mg/mL.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos aos testes de toxicidade aguda e subaguda.

O extrato de C. officinalis não apresentou efeitos tóxicos significativos, contudo, alterações renais e hepáticas leves foram relatadas.

[ 32 ]

Toxicidade aguda e subcrônica

Toxicidade aguda e subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Óleo essencial (material vegetal fresco): hidrodestilação. Rendimento: 1,25 (v/p). Dose para ensaio: 20 mL/kg; e 2,5, 5 e 10 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a avaliação da toxicidade tópica aguda e subcrônica.

Observou-se que o óleo essencial de C. officinalis não apresentou efeitos tóxicos significativos.

[ 34 ]
Flor

Extrato aquoso: decocção do material vegetal (seco) em água (3:1). Dose para ensaio: 2000 mg/kg, e 50, 250 e 1000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos aos ensaios de toxicidade aguda e de toxicidade subcrônica.

Não houve toxicidade aguda, contudo observou-se sinais de toxicidade subcrônica.

[ 35 ]

Toxicidade no sistema reprodutor

Toxicidade no sistema reprodutor
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 30%. Doses para ensaio: 0,25, 0,5 e 1,0 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a avaliação de paramentos reprodutivos e em ratas prenhes submetidas a avaliação de toxicidade.

O extrato etanólico de C. officinalis não afetou a fertilidade masculina, contudo apresentou efeitos tóxicos na gravidez após os períodos de pré-implantação e organogênese.

[ 13 ]

Referências bibliográficas

1 - FRANKIC, T. et al. The comparison of in vivo antigenotoxic and antioxidative capacity of two propylene glycol extracts of Calendula officinalis (marigold) and vitamin E in young growing pigs. J Anim Physiol Anim Nutr (Berl), v. 93, n. 6, p.688-694, 2009. doi: 10.1111/j.1439-0396.2008.00855.x.
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35 - LAGARTO, A. et al. Acute and subchronic oral toxicities of Calendula officinalis extract in Wistar rats. Exp Toxicol Pathol, v. 63, n. 4, p.387-391, 2011. doi: 10.1016/j.etp.2010.02.015

Referências bibliográficas

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2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 72, 2011.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 103, 2011.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 118, 2011.
5 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 30, 2018.
6 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 49, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Flor seca

100 g

Flor fresca

200 g

                                                              * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de flor seca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Processos inflamatórios da pele e mucosas, úlceras cutâneas e úlceras varicosas (BLUMENTHAL, 1998). Como anti-inflamatório, antisséptico e cicatrizante tópico (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Flor (seca)

200 g

Etanol 98°

100 mL

Propilenoglicol

900 mL

 
Modo de preparo

Pesar as flores, em seguida colocar na solução de etanol e propilenoglicol. Deixar por 7 dias em maceração e filtrar. Envasar e etiquetar.

Principais indicações

Antisséptica, anti-inflamatória e cicatrizante.

Posologia

Uso tópico após incorporado em cremes, pomadas e loções. 

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Base de sabonete glicerinado hipoalergênico

1 kg

Curcuma longa (tintura ou alcoolatura)

10 mL

Calendula officinalis (tintura ou alcoolatura)

20 mL

Symphytum officinale (tintura ou alcoolatura)

10 mL

Essência para sabonete (opcional)

3 mL

 

 

Modo de preparo

Picar a base em pedaços pequenos e levar para derreter em banho-maria ou chapa elétrica. Se for em chapa, o recipiente deve ser de ágata ou Becker. Quando estiver derretido, colocar as tinturas ou alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Adicionar a essência (opcional). Envasar o sabonete em formas próprias. Depois de esfriar, desenformar, embalar com filme plástico e etiquetar.

Principais indicações

Cicatrizante e anti-inflamatório.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar em seguida.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Flor seca íntegra

0,4 a 0,6 g ou 1 colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Processos inflamatórios da pele e mucosas, úlceras cutâneas e úlceras varicosas (BLUMENTHAL, 1998). Como anti-inflamatório, antisséptico e cicatrizante tópico (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).

Posologia

Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: aplicar o infuso sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: fazer banhos de assento duas a três vezes ao dia com volume suficiente do infuso.

Uso tópico: borrifar o infuso sobre as lesões de pele duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 70-72.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 340-341.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 373-374.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 45-47.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

orgânicos, oleanóico, fenolcarboxílicos, málico e salicílico.

Alcoóis triterpênicos

faradiol, taraxasterol, arnidiol e lupol.

Carotenoides

calendulina, caroteno, licopeno, rubixantina, violaxantina e zeína.

Cumarinas

Fitosteróis

sitosterol, estigmasterol, isofucosterol e campesterol.

Flavonoides

quercetina, isoquercitrina, quercetinoglicosídeo, narcisina e derivados do isorramnetol, neohesperidosídeo e rutina.

Glicosídeos sesquiterpênicos

arvosídeo A.

Gomas

calendulina.

Minerais

Ca e Si.

Óleos essenciais

geranilacetona, mentona e isomentona, carvona, cariofileno, α e β-ionona, flavoxantina, xantofila, crisantemaxantina, aurocromo, mutacromo, flavocromo, lupeol, pedunculatina, dihidroactinidiólico, derivado epóxido, cetônico e de β-ionona.

Outras substâncias

ésteres colesterínicos, matérias corantes e alantoína.

Polissacarídeos

galactanas e pectinas.

Princípios amargos

calendina ou calendeno.

Resinas

Saponinas

calendulosídeos A, D, D2 e F.

Taninos

Terpenoides

α- e β-amirina, lupeol, longispinogenina, ácido oleanólico, arnidiol, breína, calenduladiol, eritrodiol, faradiol, éster de ácido faradiol-3-mirístico, éster do ácido faradiol-3-palmítico, helantrioles A1, B0, B e B, maniladiol, urs-12-en-3,16,21-triol, ursadiol, calendulosídeos C-H, campesterol, colesterol, sitosterol, estigmasterol e taraxasterol.

Vitaminas

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 120.
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4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 84.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2021
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2021
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2004
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2001
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não usar em doses acima das recomendadas. Há experiência de sua indicação para uso tópico sem referência de idade mínima, sempre orientada pelo profissional pediátrico[1,2,7].

Contraindicações: 

em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e menores de 12 anos (uso na mucosa oral)[1,2,3,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

em casos raros pode causar dermatite de contato ou outras sensibilizações cutâneas. O uso interno prolongado e/ou altas doses podem provocar náuseas, vômitos e diarreia[1,2,5,6].

Interações medicamentosas: 

nenhuma interação importante foi encontrada.

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 51, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 72.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 46-47.
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 125.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 191.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 498.
7 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 90.

Propagação: 

é realizada por sementes (aquênio) em canteiros ou sementeiras. Além disso, pode-se produzir mudas em saquinho plástico contendo solo, areia e esterco (3:2:1), ou em caixilho com substrato comercial. Em cada recipiente deve conter 3 sementes. Após 1 mês da emergência das plântulas faz-se o plantio em local definitivo. O solo deve ser bem drenado e enriquecido com matéria orgânica, e a pleno sol. Com espaçamento de 30 cm entre plantas e 40 cm entre linhas [ 1 , 2 ] .

Propagação

Propagação

Tratos culturais & manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Necessita de no mínimo 4 horas diária de luz [ 1 , 2 ] .

Colheita: 

as sementes devem ser colhidas manualmente entre 32 e 36 dias após a antese (abertura da flor), após este período as sementes começam a cair do fruto naturalmente. As sementes mais viáveis apresentam colorações creme, marrom claro e marrom escuro. As sementes desta espécie apresentam formatos diferentes (alada ou não), dependendo da posição em que se encontram no capítulo da flor, contudo a tipologia da semente não interfere na porcentagem de germinação. As flores devem ser colhidas quando totalmente abertas, no período entre as 10 e 16 horas. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia. A colheita é iniciada 2 meses após o plantio e pode ser prologada por mais 2 meses. O medicamento fitoterápico pode ser preparado com flores frescas ou secas [ 1 , 2 ] .

Pós-Colheita: 

deve-se fazer uma limpeza, retirando as partes da planta que são desnecessárias para a germinação das sementes. Posteriormente, elas são pesadas e acondicionadas em frascos etiquetados e guardados em local adequado. O armazenamento não deve ser realizado por mais de 1 ano. O processo de secagem das flores após a colheita, deve ser realizado em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após este procedimento deve-se congelar as flores, em freezer, por 3 dias, para que ovos de insetos presentes na flores não eclodam durante o período de estocagem. O armazenamento não deve ultrapassar 12 meses [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

temperaturas noturnas muito elevadas reduzem o tamanho das flores. O surgimento de manchas esbranquiçadas nas folhas indica infecção fúngica, sobretudo em épocas do ano de maior umidade. Pode ser atacada por alternaria, oídio, lagarta rosca, pulgão, broca do caule e vaquinha. É resistente à estiagem e à geada, florescendo o ano inteiro [ 1 , 2 , 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 186-187.
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