Plantago major L.

Tanchagem, tanchagem-maior, sete-nervos, plantagem e língua-de-vaca.

Família 
Informações gerais 

Originária da Europa, Ásia e Norte da África, atualmente é uma espécie cosmopolita, considerada como planta daninha no sul do Brasil. Encontra-se cultivada ou silvestre, sendo muito utilizada na culinária. Suas principais indicações são: expectorante, broncodilatadora, adstringente, emoliente, diurética, gastroprotetora, hepatoprotetora, imunoestimulante, anti-inflamatória, antifúngica, antiviral (HSV), antimicrobiana, antisséptica, cicatrizante, antidiarreica, laxante, depurativa, hemostática, antiúlcera, hipotensora e hipoglicemiante[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12].

Referências informações gerais
1 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 401.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 265-266.
3 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 143-158.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 189-192.
5 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 438-441.
6 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 474-476.
7 - ADOM, M. B. et al. Chemical constituents and medical benefits of Plantago major. Biomed Pharmacother, v. 96, p.348-360, 2017. doi: 10.1016/j.biopha.2017.09.152
8 - TSIOUTSIOU, E. E. et al. Medicinal plants used traditionally for skin related problems in the South Balkan and East Mediterranean Region-a review. Front Pharmacol, v. 13, p.1-33, 2022. doi: 10.3389/fphar.2022.936047
9 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 277-279.
10 - MUKHERJEE, P. K; HOUGHTON, P. J. Evaluation of Herbal Medicinal Products Perspectives on quality, safety and efficacy. London: Pharmaceutical Press, 2009, p. 306.
11 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 335.
12 - PRANADWISTA, Z. F.; NUR'AENY, N. Effectiveness of natural-based products for radiation-induced oral mucositis therapy: a systematic review. Cancer Treat Res Commun, v. 36, p.1-7, 2023.  doi: 10.1016/j.ctarc.2023.100720
Descrição da espécie 

Planta herbácea, perene ou anual, ereta, acaule, medindo de 15 a 60 cm de altura; possui raiz curta e fasciculada; folhas dispostas em rosetas, inteiras ou irregularmente dentada, longamente pecioladas, ovalado-elípticas, largas, com 5 a 30 cm de comprimento x 4 a 9 cm de largura, glabras ou pouco pubescentes, com 5 a 9 nervuras salientes, longitudinalmente curvilíneas; inflorescência espigadas, com flores muito pequenas (1 a 2 mm de comprimento), marrom-avermelhadas, sustentadas em uma haste ereta, de até 30 cm de comprimento, que nasce no centro da planta; fruto tipo pixídeo, pequeno (2 mm de diâmetro), com deiscência transversal, contendo sementes diminutas e escuras; as sementes são marrom-opacas, elípticas, bordos angulosos, cerca de 1 mm de comprimento, com tegumento crustáceo, castanho-claro a escuro, estriado, um pouco brilhante, de sabor amargo ligeiramente desagradável[1,2,3,4,5,6].

Referências descrição da espécie
1 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 143-144.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 189.
3 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 438-439.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 427.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 46.
6 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 335.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Llantén Colômbia (Zona Tropical) Folha

Analgésica (cabeça e dentes), cicatrizante, laxante, digestiva, gastroprotetora, antidiarreica, antitérmica, antiespasmódica, antigripal, anti-inflamatória (garganta), calmante, no tratamento de colite, feridas e furúnculos, infecções do sistema urinário (associar com arnica), malária e varicela.

Infusão.

-

-

[ 1 ]
Llantén Colômbia (Zona Tropical) Folha

Antirreumática e no tratamento da conjuntivite.

Sumo. 

-

-

[ 1 ]
Llantén Colômbia (Zona Tropical) Folha

No tratamento da gonorreia.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
Llantén Colômbia (Zona Tropical) Raiz

No tratamento de resfriados, pneumonia, cáries e câncer.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
Llantén Colômbia (Zona Tropical) Folha

Antiofídica, analgésica (ouvido e dentes), anti-infecciosa (problemas cutâneos como queimaduras, feridas e espinhas) e antirreumática.

Emplasto.

-

-

[ 1 ]
Tanchachem Ceará (Brasil) Folha

Adstringente, no tratamento de afecções da boca e garganta.

Decocção.

Uso local. 

-

[ 2 ]
Tanchagem, plantagem, tranchagem e sete-nervos Brasil Folha

No tratamento de queimaduras, feridas e picadas de insetos.

Cataplasma: amassar o material vegetal em pilão e adicionar glicerina.

Aplicar no local com auxílio de uma gaze.

-

[ 3 ]
Tanchagem, plantagem, tranchagem e sete-nervos Brasil Folha

No tratamento de amigdalite, faringite, gengivite, estomatite, traqueíte e desintoxicante das vias respiratórias (fumantes).

Chá: 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 xícara (de chá) de água.

Fazer gargarejo de 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 3 ]
- Caribe -

Anti-hipertensiva e anti-inflamatória.

-

-

-

[ 3 ]
Tanchagem, plantagem, tranchagem e sete-nervos Brasil Folha

No tratamento de afecções cutâneas (acnes).

Decocção: 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 copo de água. Ferver por 15 minutos, posteriormente adicionar 1 colher (de sopa) de mel.

Aplicar no local com auxílio de algodão.

-

[ 3 ]
Tanchagem, plantagem, tranchagem e sete-nervos Brasil Semente

Laxante e depurativa.

Maceração: adicionar água fervente em 1 copo contendo 1 colher (de sopa) de sementes. Deixar em repouso/1 noite.

Tomar o preparado em jejum.

-

[ 3 ]
- Guianas (indígenas) Flores

No tratamento de problemas menstruais.

Decocção: associada com Chenopodium ambrosioides.

-

-

[ 3 ]
Planten Dominica Folha

Anti-hipertensiva e anti-inflamatória.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 4 ]
Planten Dominica Folha

No tratamento da conjuntivite e antisséptica (feridas).

Infusão. 

Uso externo: na forma de banhos. 

-

[ 4 ]
Plantain Guadalupe Folha

No tratamento de afecções oculares.

Decocção.

Uso externo: na forma de banho.

-

[ 4 ]
Planten Haiti Folha

Calmante e depurativa.

Decocção.

Uso oral.

-

[ 4 ]
Plantain Martinica Folha

No tratamento da conjuntivite.

Decocção.

Por instilação.

-

[ 4 ]
Llantén Republica Dominicana Folha

No tratamento da conjuntivite.

Sumo.

Por instilação.

-

[ 4 ]
- Venezuela Folha

Anti-inflamatória vaginal.

Decocção.

Uso local: na forma de banhos.

-

[ 4 ]
- Colômbia Folha

Antitérmica.

-

-

-

[ 4 ]
- Iucatã (México) Folha

Antidisentérica.

-

-

-

[ 4 ]
- Costa Rica -

Antiemética e no tratamento da dor de garganta.

-

-

-

[ 4 ]
- Trinidad Folha

No tratamento de afecções oculares.

-

Uso local.

-

[ 4 ]
Common plantain Península Balcânica Folha ou parte aérea (seca)

Cicatrizante de feridas.

Sumo (folhas frescas) ou infusão.

Uso externo: aplicar no local.

-

[ 5 ]
Pătlagină mare Romênia (Europa) Folha e raiz

No tratamento de doenças pediátricas (tosse, coqueluche, anúria, oligúria, vermes intestinais, trauma e fraqueza).

-

-

-

[ 6 ]
- Geórgia-Turquia -

No tratamento de afecções cutâneas (queimaduras, feridas e furúnculos).

-

-

-

[ 7 ]
- Geórgia-Turquia Folhas

Problemas digestivos.

-

-

-

[ 7 ]
Llantén Colômbia (Costa Norte) Folha (fresca)

No tratamento de dores renais.

Decocção ou infusão.

Uso oral.

-

[ 8 ]
Bokvica muška Sudeste da Sérvia Folha

Antitussígena.

Suco: misturar com mel.

Uso interno.

-

[ 9 ]
Bokvica muška Sudeste da Sérvia Folha

No tratamento de úlceras estomacais.

Xarope: 35 folhas moídas em 750 g de mel.

Tomar 1 colher (de chá) 3 vezes ao dia, antes das refeições.

-

[ 9 ]
Bokvica muška Sudeste da Sérvia Folha

Adstringente, no tratamento de afecções cutâneas (feridas, úlceras, drenagem de pus e picadas de insetos).

Cataplasma. 

Uso externo.

-

[ 9 ]
Llantel Leste de Antioquia Folha ou parte aérea

Antiofídica.

Decocção ou maceração.

Uso externo: banho ou cataplasma, e interno (maceração).

-

[ 10 ]
Tanchagem e erva-de-orelha Brasil Folha e semente

Antisséptica, anti-inflamatória e antibacteriana

-

-

-

[ 11 ]
Phak kat nam Províncias de Songkhla e Krabi (Tailândia) Planta toda

No tratamento de úlcera aftosa.

In natura.

Uso interno.

-

[ 12 ]
Zenska bokvica Bósnia e Herzegovina (Europa) Folha

No tratamento de fraturas ósseas (associar com Olea, Rubus fruticosus ou Symphytum) e lesões cutâneas (associar com Abies, Achillea, Calendula, Olea ou Picea).

Pomada.

Uso externo.

-

[ 13 ]
Zenska bokvica Bósnia e Herzegovina (Europa) Folha

Depurativa (associar com Centaurium, Urtica, Achillea ou Citrus) e antirreumática (associar com Juniperus, Urtica ou Vaccinium myrtyllus).

Decocção.

-

-

[ 13 ]
Zenska bokvica Bósnia e Herzegovina (Europa) Folha

Calmante, depurativa e litolítica.

Chá: associar com Centaurium, Fragaria, Juniperus, Salvia ou Thymus.

-

-

[ 13 ]
Tanchagem Brasil Parte aérea

Anti-inflamatória (boca e faringe).

Infusão: 6 a 9 g (2 a 3 colheres de sopa) do material vegetal em 150 mL de água.

Aplicar no local afetado na forma de bochechos e gargarejos 3 vezes ao dia.

Recomenda-se ingerir alta quantidade de água quando em uso desta planta (evitar obstrução intestinal). Administrar com intervalo de 3 horas entre outros medicamentos. Cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina e anti-hipertensivos. Não usar na gravidez e lactação.

[ 14 ]
Tanchagem Brasil arte aérea

Anti-inflamatória (boca e faringe).

Tintura.

Tomar 50 a 100 gotas diluídas em 75 mL de água, de 1 a 3 vezes ao dia. 

Recomenda-se ingerir alta quantidade de água quando em uso desta planta (evitar obstrução intestinal). Administrar com intervalo de 3 horas entre outros medicamentos. Cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina e anti-hipertensivos. Não usar na gravidez e lactação.

[ 14 ]
Tanchagem Brasil Parte aérea

Antidiarreica e no tratamento de gastrite e úlceras pépticas. 

Decocção: 1 a 2 colheres (de sobremesa) da droga vegetal rasurada em 1 xícara de água. Ferver por 30 segundos e coar.

Tomar até 4 xícaras ao dia, 30 minutos antes das refeições.

Recomenda-se ingerir alta quantidade de água quando em uso desta planta (evitar obstrução intestinal). Administrar com intervalo de 3 horas entre outros medicamentos. Cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina e anti-hipertensivos. Não usar na gravidez e lactação.

[ 14 ]
Llantén Panamá Folha

Hepatoprotetora, anticancerígena, anti-inflamatória, no tratamento de resfriados, doenças renais, hepáticas, da bexiga e cutânea.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 15 ]
- Colômbia -

Antitérmica, antimalárica, gastroprotetora, hepatoprotetora, laxante e no tratamento de úlceras intestinais.

Infusão, decocção ou suco.

-

-

[ 15 ]
Llantén El Salvador -

Doenças oculares.

Decocção.

Uso externo: na forma de banho.

-

[ 15 ]
Llantén El Salvador Semente

Laxante.

-

-

-

[ 15 ]
Llantén El Salvador Folha

Antidiarreica, anti-hemorrágica (feridas), antiúlcera e no tratamento de contusões.

Infusão.

-

-

[ 15 ]
Llantén El Salvador Raiz

Hepatoprotetora, emenagoga e afrodisíaca.

Decocção.

-

-

[ 15 ]
- Cuba -

Antitérmica, diurética, no tratamento de conjuntivite, prostatite e infecções do sistema urinário.

-

-

-

[ 15 ]

Referências bibliográficas

1 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 401-402.
2 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 214.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 427-428.
4 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 501-502.
5 - JARIĆ, S. et al. Traditional wound-healing plants used in the Balkan region (Southeast Europe). J Ethnopharmacol, v. 211, p.311-328, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2017.09.018
6 - PETRAN, M. et al. Historical ethnobotanical review of medicinal plants used to treat children diseases in Romania (1860s-1970s). J Ethnobiol Ethnomed, v. 16, n. 1, p.1-33, 2020. doi: 10.1186/s13002-020-00364-6
7 - KAZANCI, C. et al. Medicinal ethnobotany of wild plants: a cross-cultural comparison around Georgia-Turkey border, the Western Lesser Caucasus. J Ethnobiol Ethnomed, v. 16, n. 1, p.1-20, 2020. doi: 10.1186/s13002-020-00415-y
8 - GÓMEZ-ESTRADA, H. et al. Folk medicine in the northern coast of Colombia: an overview. J Ethnobiol Ethnomed, v. 27, p.1-9, 2011.  doi: 10.1186/1746-4269-7-27
9 - JARIĆ, S. et al. An ethnobotanical survey of traditionally used plants on Suva planina mountain (south-eastern Serbia). J Ethnopharmacol, v. 175, p.93-108, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.09.002
10 - VÁSQUEZ, J. et al. Snakebites and ethnobotany in the Eastern region of Antioquia, Colombia-the traditional use of plants. J Ethnopharmacol, v. 146, n. 2, p.449-455, 2013. doi: 10.1016/j.jep.2012.12.043
11 - HOLETZ, F. B. et al. Screening of some plants used in the Brazilian folk medicine for the treatment of infectious diseases. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 97, n. 7, p.1027-1031, 2002.  doi: 10.1590/s0074-02762002000700017
12 - NEAMSUVAN, O.; RUANGRIT, T. A survey of herbal weeds that are used to treat gastrointestinal disorders from southern Thailand: Krabi and Songkhla provinces. J Ethnopharmacol, v. 196, p.84-93, 2017.  doi: 10.1016/j.jep.2016.11.033
13 - SARIĆ-KUNDALIĆ, B. et al. Ethnobotanical study on medicinal use of wild and cultivated plants in middle, south and west Bosnia and Herzegovina. J Ethnopharmacol, v. 131, n. 1, p.33-55, 2010.  doi: 10.1016/j.jep.2010.05.061
14 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 235.
15 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 439.

Analgésica

Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e semente

Extratos: percolação de 200 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 48,7 e 33,5 g, respectivamente. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg. Outras espécies em estudo: Mentha microphylla, Conyza dioscaridis, Alhagi maurorum, Diplotaxis acris, Shouwia thebaica e Convolvulus faltmensis.

In vivo:

Em camundongos Swiss pré-tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de contrações abdominais induzidas por ácido acético e de movimento da cauda.

Os extratos vegetais em estudo apresentam atividade analgésica, principalmente na dose de 400 mg/kg.

[ 17 ]

Anti-histamínica

Anti-histamínica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 250 mL n-hexano e etanol. Rendimento: 6,72 e 30,70 g, respectivamente.

In vitro:

Em cultura de células de leucemia basofílica (RBL-2H3) sensibilizadas com IgE monoclonal contra dnp24-BSA, incubadas com os extratos vegetais e estimuladas por antígeno (DNP24-BSA), com posterior análise da liberação de histamina (fluorômetro).

 

Neste estudo, dentre as 11 espécies vegetais, Plantago major, Eucalyptus globulus, Cinnamomum massoiae e Vitex trifolia, apresentam atividade anti-histamínica mais potente, sendo promissoras para o tratamento da asma e doenças alérgicas.

[ 25 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (associação com Arctium lappa, Mikania glomerata e Equisetum arvense): 40 g de cada material vegetal (fresco) em 160 mL de etanol. Concentrações para ensaio: 4 a 50%.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de doença pulmonar crônica (DPOC) induzida por exposição a fumaça de cigarro, com posterior análise do lavado broncoalveolar, parâmetros bioquímicos (GGT), histopatológicos (pulmão e traqueia), imuno-histoquímicos (AnxA1 e NFk-β) e níveis de citocina (IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α e MCP-1).

A associação dos extratos vegetais em estudo apresenta efetividade para o tratamento da DPOC, devido a ação anti-inflamatória, além da ausência de toxicidade.

[ 19 ]
Parte aérea

Extrato: maceração de 30 g do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Rendimento: 11,3%. Concentrações para ensaio: 10,0 a 200,0 mg/mL. Outra espécie em estudo: Plantago lanceolata.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas COX-1 e 12-LOX em amostra de plaquetas de humanos.

 

Os extratos metanólicos de P. major e P. lanceolata apresentam atividade anti-inflamatória promissora, pois inibe as enzimas COX-1 e 12-LOX.

[ 20 ]

Antiagregante plaquetária e Anti-inflamatória

Antiagregante plaquetária e Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (seco) em metanol a 80%. Concentração para ensaio: 0,5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Plantago lanceolata, P. altissima, P. argentea, P. holosteum e P. media.

In vitro:

Em cultura de monócitos (U937) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (Azul tripano); e estimulados com polissacarídeos (LPS), com posterior análise dos níveis de PGE2 e TXA2 (LC-MS/MS) e expressão de PLA2, COX-1 e 2, mPGES-1, cPGES e TXAS (RT-PCR).

 

Os extratos de Plantago spp. apresentam atividade anti-inflamatória, e antiagregante plaquetária (principalmente P. major e P. lanceolata).

[ 9 ]

Antiartrítica

Antiartrítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: associação com Hypericum perforatum e Urtica dioica.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de artrite induzida por colágeno, tratados com a associação dos extratos vegetais (1:1:1), com posterior análise de parâmetros macroscópicos e histopatológicos.

A combinação dos extratos vegetais não apresenta resultados promissores para o tratamento da artrite.

[ 11 ]

Antibacteriana e Estimuladora da hematopoiese

Antibacteriana e Estimuladora da hematopoiese
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea (folha e semente)

Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 10 L de água, metanol, clorofórmio ou hexano.

In vitro:

Em cultura de células da medula óssea e do baço de camundongos (CD1) incubada com os extratos vegetais, com posterior análise da proliferação celular (hematopoiese).

Em cultura de células de carcinomas do cólon (HTC-15), do ovário (OVCAR), cervical (SQC-UISO) e da nasofaringe (KB) incubadas com o extrato metanólico, com posterior análise de citotoxicidade.

Em cultura de Escherichia coli, Bacillus subtilis e Candida albicans submetidos ao teste de disco-difusão em ágar.

 

Os extratos de P. major apresentam atividade hematopoiética (aquoso e metanólico), antibacteriana (aquoso e hexano) e antitumoral, principalmente em células OVCAR.

[ 12 ]

Antidiarreica

Antidiarreica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 200 g do material vegetal (pó) em metanol a 95%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 3,2 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 200 e 400 mg/kg. Outras espécies em estudo: Euphorbia paralias, Bidens bipinnata, Cynachum acutum, Diplotaxis acris, Convolvulus fatmensis e Schauwia thebaica.

In vitro:

Em duodenos isolados de coelhos e incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da motilidade intestinal.

 

In vivo:

Em ratos tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de diarreia induzida por óleo de mamona e motilidade gastrointestinal através da ingestão de farinha de carvão, com posterior análise do número de fezes moles e da distância percorrida pelo carvão no intestino delgado (piloro ao ceco).

Os extratos vegetais em estudo apresentam atividade antidiarreica, principalmente na dose de 400 mg/kg.

[ 22 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: percolação de 100 g de material vegetal (pó) em etanol a 80%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1,56 a 1000 μg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 400 mg/kg. Outras espécies em estudo: Melissa officinalis, Althea officialis, Borago officinalis, Glycyrrhiza glabra, Anthemis nobilis, Eremostachys laciniata, Myrtus communis, Stachys lavandulifolia e Arctium lappa.

In vitro:

Determinar a letalidade (DL50) dos extratos vegetais através do bioensaio em Artemia salina.

Em cultura de eritrócitos humanos infectados por Plasmodium falciparum (sensível à cloroquina), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de parasitemia (CI50).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados por Plasmodium berghei, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da parasitemia.

Os extratos de A. officinalis, M. communis, P. major e G. glabra apresentam atividade antimalárica relevante, além da ausência de toxicidade.

[ 23 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em 100 ml etanol a 50% (v/v). Concentrações para ensaio: 0 a 0,1 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em mitocôndrias hepáticas isoladas de ratos Wistar incubadas com t-BOOH (indutor de estresse oxidativo) e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de GSH, NADPH e peroxidação lipídica (TBARS).

Em cultura de células HepG2 incubadas com t-BOOH e extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

 

O extrato hidroalcoólico de P. major apresenta atividade antioxidante, consequentemente, citoprotetora.

[ 5 ]
-

Extrato: decocção de 300 mg do material vegetal (seco) em 30 mL de água. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração de DMBA (agente cancerígeno), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis séricos de ácido siálico (total e ligado à lipídeos), oligoelementos (Zn, Cu e Fe) e minerais (Mg, Ca e Na).

O extrato de P. major apresenta atividade preventiva da carcinogênese proveniente de DMBA.

[ 10 ]
-

Extrato: decocção de 300 mg do material vegetal (seco) em 30 mL de água. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração de DMBA (agente cancerígeno), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (catalase, anidrase carbônica, glutationa reduzida, proteína total, peroxidação lipídica, creatinina, glicose e albumina).

O extrato de P. major apresenta atividade preventiva do estresse oxidativo induzido por DMBA.

[ 13 ]

Antioxidante e Hepatoprotetora

Antioxidante e Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: percolação do material vegetal em diclorometano, acetato de etila, hexano e metanol, separadamente.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do ensaio quelante de Fe2+ competitivo, eliminação dos radicais DPPH e hidroxila.

Em mitocôndrias hepáticas isoladas de ratos Wistar com danos oxidativos estimulados por Fe+2 ou t-BOOH, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da peroxidação lipídica (TBARS), níveis de espécies reativas de oxigênio (EROS), glutationa e NAD(P)H.

 

O extrato metanólico apresenta atividade antioxidante mais potente, consequentemente hepatoprotetora.

[ 24 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea e raiz

Extrato: 20 g de material vegetal (seco) em 200 mL de metanol, etanol ou acetona. Concentrações para ensaio: 25 a 400 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de células de carcinoma colorretal (HCT-116 e SW-480) e de rim embrionário (HEK-293), incubadas com extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

Em eritrócitos de humanos (RBCs) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise do nível de hemólise.

 

Os extratos etanólico e metanólico apresentam atividade antiproliferativa, concentração dependente, além da ausência de hemólise e baixa citotoxicidade para HEK-293 (exceto para o extrato de acetona).

[ 3 ]
Folha

Extrato: decocção de 50 g do material vegetal (fresco) em 100 mL de água. Concentrações para ensaio: 1 a 3%.

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de tumor ascítico de Ehrlich, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do crescimento tumoral e parâmetros patológicos (estômago, fígado, rins e cólon).

O extrato de P. major apresenta atividade antitumoral promissora, concentração dependente.

[ 18 ]

Antitumoral e Imunomoduladora

Antitumoral e Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em 1000 mL de água. Outra espécie em estudo: Plantago asiatica.

In vitro:

Em cultura de células de carcinoma basocelular da pele humana (BCC-1/KMC), de leucemia promielocítica (HL-60), de leucemia mieloide crônica (K562), de leucemia linfoblástica aguda (CCRF-CEM), de linfoma histiocítico (U937), de linfoma de Burkitt (P3HR1), de carcinoma da bexiga (J82), estômago (AGS), pulmão (H520, H661 e HTB 183), osso (U2OS), cólon do útero (HeLa), renal (RTCC) e bucal (OSCC-1/KMC) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

Em cultura de células de carcinoma basocelular da pele humana (BCC-1/KMC) infectadas por vírus da herpes (HSV-1 e 2) e adenovírus (ADV-3, 8 e 11), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da atividade antiviral (XTT).

Em células mononucleadas isoladas de sangue periférico incubadas com mitogênio e extratos vegetais, com posterior análise do índice de proliferação de linfócitos e secreção de INF-γ (ELISA).

 

O extrato de P. asiatica apresenta atividade citotóxica, antiviral (HSV-2 e ADV-11) e imunomoduladora, mais potente.

[ 7 ]

Aumenta os níveis de oligoelementos

Aumenta os níveis de oligoelementos
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 10 g do material vegetal (seco) em 560 mL de água. Outras espécies em estudo: Plantago lanceolata e P. maxima.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de oligoelementos teciduais (fígado, soro, cabelo e tecido adiposo) por espectrometria de massa.

Os extratos de Plantago aumentam os níveis de vanádio e silício, contudo, o extrato de P. lanceolata pode ser prejudicial devido a superexpressão de metais pesados (arsênio e chumbo).

[ 15 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g de material vegetal (seco) em etanol a 70%. Pomada: contendo 10% do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Sipurana guianensis.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de lesão cutânea por incisão (2 cm de diâmetro) na região cervical dorsal, tratados topicamente com os fitoterápicos (extrato e pomada), com posterior análise de parâmetros microscópicos e macroscópicos.

O extrato de P. major apresenta atividade cicatrizante mais potente, quando comparado a pomada.

[ 6 ]
Folha

Extratos: 10 g de material vegetal (pó) em 100 mL de etanol puro, etanol a 50% ou água (folha fresca ou seca). Concentrações para ensaio: 0,1 a 10 mg/mL.

In vitro:

Em cultura de células epiteliais orais (OEC) incubadas com os extratos vegetais, submetidas ao ensaio de cicatrização de feridas, com posterior análise da proliferação e migração celular.

 

Os extratos de P. major apresentam atividade cicatrizante promissora, principalmente, o etanólico nas concentrações de 0,1 a 1 mg/mL.

[ 14 ]
Folha

Extrato: material vegetal (seco) em etanol ou água. Concentrações para ensaio: 0,01 a 1,0 mg/mL.

In vitro:

Em cultura de pele suína incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da cicatrização de feridas (modelo de cicatrização de feridas ex vivo).

 

Os extratos de P. major apresentam atividade cicatrizante, principalmente na concentração de 1,0 mg/mL.

[ 21 ]

Nefroprotetora

Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 70%. Doses para ensaio: 600 e 1200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de nefropatia induzida por doxorrubicina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de taxa de filtração glomerular, parâmetros bioquímicos (ureia, creatinina e glicose) e histopatológicos.

O extrato de P. major apresenta atividade nefroprotetora, devido as ações ação antioxidante e anti-inflamatória.

[ 8 ]

Relaxante muscular

Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em solução hidroalcóolica a 70%. Rendimento: 13%. Concentrações para ensaio: 5 a 40 mg/mL.

In vitro:

Em músculo liso traqueal de ratos Wistar incubados com o extrato vegetal, na presença de metacolina, KCL, atropina, indometacina, clorfeniramina, diltiazem, glibenclamida, propranolol e papaverina, com posterior análise do relaxamento muscular.

 

O extrato das sementes de P. major apresenta atividade relaxante, por inibição dos receptores muscarínicos e histamínicos (H1), bloqueio dos canais de cálcio e abertura dos canais de potássio.

[ 2 ]

Renoprotetora

Renoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em etanol a 70% (v/v). Doses para ensaio: 300 a 1200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesões renais induzidas por cisplatina, pré e pós-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da taxa de filtração glomerular, osmolaridade urinária, nível de excreção de potássio, parâmetros histológicos e índice renal.

O extrato de P. major reduz os danos teciduais renais, dose-dependente, induzidos por cisplatina.

[ 1 ]
Planta toda

Extrato: 50 g de material vegetal (pó) em etanol (70% v/v). Doses para ensaio: 300 a 1200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de nefrotoxicidade induzida por cisplatina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ureia, creatinina, potássio, sódio e osmolaridade), e peroxidação lipídica, nível de tiol e catalase em homogenato renal.

O extrato de P. major apresenta atividade renoprotetora, comparável com a vitamina E, principalmente nas doses de 600 e 1200 mg/kg.

[ 4 ]
Ensaios toxicológicos

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (seco) em água, diluído em 1:1 e 1:2.

In vitro:

Determinar a atividade genotóxica do extrato vegetal em Drosophila melanogaster (ensaio SMART).

 

O extrato de P. major apresenta genotoxicidade devido a indução da frequência de recombinação gênica.

[ 16 ]

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea e raiz

Extrato: 20 g de material vegetal (seco) em 200 mL de metanol ou etanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 7,8125 a 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 17,5 a 5000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a letalidade do extrato etanólico através do bioensaio em Artemia salina.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade oral para determinar a dose letal média (DL50).

Os extratos etanólico e metanólico de P. major não apresentam sinais de toxicidade nas doses em estudo.

[ 3 ]

Mutagenicidade

Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g de material vegetal (seco) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 1,78 a 14,22 mg/placa. Outra espécie em estudo: Sipurana guianensis.

In vitro:

Em cepas de Salmonella typhimurium (teste Ames) para determinar a mutagenicidade do extratos vegetais.

 

Os extratos de P. major e S. guianensis apresentam ausência de mutagenicidade nas concentrações em estudo.

[ 6 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e semente

Extratos: percolação de 200 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 48,7 e 33,5 g, respectivamente. Doses para ensaio: 0,4 e 2 g/kg. Outras espécies em estudo: Mentha microphylla, Conyza dioscaridis, Alhagi maurorum, Diplotaxis acris, Shouwia thebaica e Convolvulus faltmensis.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Os extratos vegetais em estudo não apresentam sinais de toxicidade significativos.

[ 17 ]

Referências bibliográficas

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2 - BOSKABADI, J. et al. The relaxant effect of Plantago major on rat tracheal smooth muscles and its possible mechanisms. Iran J Allergy Asthma Immuno, v. 19, n. 4, p.386-396, 2020. doi: 10.18502/ijaai.v19i4.4113
3 - RAHAMOOZ-HAGHIGHI, S. et al. Anti-Proliferative properties, biocompatibility, and chemical composition of different extracts of Plantago major medicinal plant. Iran Biomed J, v. 25, n. 2, p.106-116, 2021. doi: 10.29252/ibj.25.2.106
4 - PARHIZGAR, S. et al. Renoprotective effect of Plantago major against nephrotoxicity and oxidative stress induced by cisplatin. Iran J Kidney Dis, v. 10, n. 4, p.182-188, 2016.
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19 - POSSEBON, L. et al. Anti-inflammatory actions of herbal medicines in a model of chronic obstructive pulmonary disease induced by cigarette smoke. Biomed Pharmacother, v. 99, p.591-597, 2018. doi: 10.1016/j.biopha.2018.01.106
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21 - ZUBAIR, M. et al. Promotion of wound healing by Plantago major L. leaf extracts-ex-vivo experiments confirm experiences from traditional medicine. Nat Prod Res, v. 30, n. 5, p.622-624, 2016. doi: 10.1080/14786419.2015.1034714
22 - ATTA, A. H.; MOUNEIR, S. M. Evaluation of some medicinal plant extracts for antidiarrhoeal activity. Phytother Res, v. 19, n. 6, p.481-485, 2005. doi: 10.1002/ptr.1639
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24 - MELLO, J. C. Hydroxyl scavenging activity accounts for differential antioxidant protection of Plantago major against oxidative toxicity in isolated rat liver mitochondria. J Pharm Pharmacol, v. 64, n. 8, p.1177-1187, 2012. doi: 10.1111/j.2042-7158.2012.01496.x
25 - IKAWATI, Z. et al. Screening of several Indonesian medicinal plants for their inhibitory effect on histamine release from RBL-2H3 cells. J Ethnopharmacol, v. 75, n. 2-3, p.249-256, 2001. doi: 10.1016/s0378-8741(01)00201-x

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 52, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 92-93, 2011.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 73-74, 2018.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 160-163, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Planta seca

100 g

Planta fresca

200 g

                                                                * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixara planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Anti-inflamatório e antisséptico da cavidade oral (BRASIL, 2018). Mucosites e miomas uterinos.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Número da cápsula e quantidade

Plantago major (droga vegetal)

N° 0 (275 a 280 mg)

Q.s.p

1 cápsula

 
Modo de preparo

Encapsular (sementes). 

Principais indicações

Constipação intestinal.

Posologia

Uso oral: tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Anti-inflamatório e antisséptico da cavidade oral (BRASIL, 2018). Mucosites e miomas uterinos.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: aplicar o infuso sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 229-231.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 404.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 149-151.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

clorogênico, protocatéquico, fenilcarboxílico e caféico.

Ácidos graxos

linolênico, palmítico, linoleico, lignocérico, esteárico, oléico, mirístico, octadecenóico, araquídico e behênico.

Ácidos orgânicos

fumárico, benzóico, cinâmico, p-hidroxibenzóico, salicílico, gentísico, siríngico, vanílico, ferrúlico e p-cumárico.

Alcaloides

plantagonina, indicaína e boschniakina.

Aminoácidos

alanina, asparagina, histidina, lisina, leucina, serina, triptofano e prolina.

Antraquinonas

Carboidratos

frutose, glicose, planteosa, sacarose, estaquiosa, sorbitol, tirosol, galactose, arabinose, ramnose, manose, xilose, ácido galacturônico, plantaglucídeo e ácido glucurônico.

Cumarinas

esculetina.

Fenilpropanoides

plantamajosídeo e forsitiosídeo.

Fitosteróis

β-sitosterol.

Flavonoides

luteolina, apigenina, baicaleína, escutelareína, baicalina, homoplantaginina, nepetina, nepitrina, hispidulina, plantagosídeo, plantamajosídeo e plantaginina.

Iridoides

aucubina, plantarenalosídeo, melitosídeo, asperulosídeo, aucubosídeo, majorosídeo, gardosídeo, ácido geniposídico e catalpol.

Minerais

zinco, potássio, sílica e enxofre.

Mucilagens

ramno-galacturonano, arabnogalactano e glucomanano.

Óleos essenciais

Outras substâncias

alantoína, sorbitol, manitol, aucubigenina, colina, tioglicosídeo, ácido cítrico, ácido málico, ivertina, emulsina, emulsina e invertina.

Resinas

Saponinas

Taninos

Triterpenos

ácido ursólico, ácido oleanólico, γ-amirina e β-amirina.

Vitaminas

ácido ascórbico e β-caroteno.

Referências bibliográficas

1 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 265.
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5 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 474.
6 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 502.
7 - NAJAFIAN, Y. Et al. Plantago major in Traditional Persian Medicine and modern phytotherapy: a narrative review. Electron Physician, v. 10, n. 2, p.6390-6399, 2018. doi: 10.19082/6390
8 - ADOM, M. B. et al. Chemical constituents and medical benefits of Plantago major. Biomed Pharmacother, v. 96, p.348-360, 2017. doi: 10.1016/j.biopha.2017.09.152
9 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 235.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2021
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 2 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,2,3].

Contraindicações: 

em crianças abaixo de 3 anos, gestantes, lactantes, diabéticos, hipertensos, portadores de obstrução intestinal e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,4,5,6].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

doses altas podem provocar náuseas e vômitos (taninos), diarreia, bradicardia e hipotensão arterial. Pode ocorrer dermatite de contato e reações de hipersensibilidade. A manipulação dessa espécie deve ser realizada cuidadosamente, pois o pólen e a semente podem causar reações anafiláticas ou alérgicas[1,2,4,6,7].

Interações medicamentosas: 

é recomendável a administração de outros medicamentos com intervalo de 3 horas em relação a este fitoterápico. Cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina e anti-hipertensivos. Pode potencializar o efeito dos digitálicos, aumentando o risco de intoxicação. Associar com Symphytum officinalis (confrei) e Maytenus spp. (espinheira-santa) nos casos de aftoses. Nos casos de diarreias, colites e hemorragias associar com Achillea millefolium (mil-em-rama). Para o tratamento de bronquite e asma associar com Mikania glomerata (guaco), como expectorante associar com Berberis vulgaris (berberis) ou Sambucus nigra (sambucus). Nos casos de amigdalites associar com Salvia officinalis (sálvia)[1,2,8,9].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 161-162, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 231.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 151.
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 475.
5 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 279.
6 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 152-153.
7 - ERDEM, T. et al. Acute irritant contact dermatitis caused by Plantago major. Contact Dermatitis, v. 60, n. 4, p.237-239, 2009. doi: 10.1111/j.1600-0536.2009.01517.x
8 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 266.
9 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 235.

Propagação: 

por sementes. Lançar de 5 a 8 sementes em tubetes ou bandejas plásticas contendo substrato industrializado e transferir para o viveiro (sombrite 50%). As sementes podem apresentar um período inicial de dormência. Quando as plantas apresentarem 5 cm de altura, deve-se fazer o plantio para local definitivo em covas de 10x10 cm, contendo ½ kg de esterco bovino/cova, com espaçamento de 20 cm entre plantas e 20 cm entre linhas. A semeadura das sementes também pode ser realizada diretamente em sulcos transversais de canteiros [ 1 , 2 , 3 ] .

Semeadura

Semeadura

Semeadura

Semeadura

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dias alternados [ 1 ] .

Colheita: 

as folhas devem ser colhidas 4 meses após o plantio em local definitivo, 5 cm acima do solo, preferencialmente antes do período de florescimento. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia. A colheita dos frutos, deve ser realizada em dias ensolarados, após as 10 horas da manhã. O procedimento para retirada dos frutos aderidos nas hastes florais, consiste em puxa-los com a mão no sentido de baixo para cima e deposita-los em uma vasilha. Deve-se utilizar uma peneira de malha bem fina (2 mm) para separar os frutos das sementes. Por último, acondicionar as sementes em frasco de vidro e etiquetado, e armazenar em temperatura ambiente [ 1 , 3 ] .

Colheita dos frutos

Colheita dos frutos

Colheita dos frutos

Colheita dos frutos

Frutos e sementes

Frutos e sementes

Frutos e sementes

Frutos e sementes

Sementes

Sementes

Sementes

Sementes

Pós-colheita: 

o fitoterápico pode ser produzido a partir da planta seca ou fresca. O processo de secagem deve ser realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/48 horas. A droga vegetal pode ser armazenada por 1 ano. Para o preparo do fitoterápico deve-se utilizar a droga vegetal moída em moinho de faca (até 40 mesh), podendo ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada no período máximo de 6 meses. As sementes que serão utilizadas como fitoterápico, devem ser secas em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/48 horas, armazenadas em ambiente não úmido e ser utilizadas no período máximo de 12 horas [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

muito atacada por formigas [ 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 190-191.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 427.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 46-47.

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