Originária do Sudão e Península Arábica, ocorre nos Estados Unidos, Antilhas, América Central, Venezuela, Israel e Grécia. Encontra-se bem aclimatada no Brasil. Muito cultivada para fins ornamentais, terapêuticos e cosmecêuticos. Suas principais indicações são: cicatrizante, anti-inflamatória, analgésica, antiviral, antimicrobiana, antiparasitária, antisséptica, antialérgica, antitérmica, imunomoduladora, regeneradora celular, laxativa e emenagoga[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11].
Erva com até 1 m de altura, caule curto de 25 cm de comprimento, estolonífera; as folhas ensiformes, lisas, dentadas (2 mm de comprimento), acuminadas, carnosas ou suculentas, superfície superior côncava, verde acinzentada com margem de cor clara, com até 60 cm de comprimento, dispostas em rosetas (quando cortadas, deixa escoar líquido resinoso amarelado, e de sabor muito amargo); inflorescências bifurcadas em 1 ou 2, com 60 a 90 cm de altura, flores amarelo-esverdeada, tubulares, pendentes, de 2,5 a 3,0 cm de comprimento, dispostas em espigas, panículas ou racemos terminais, com 40 cm de comprimento ou menos (mais curtos); frutos capsulares e triangulares, deiscentes, com sementes negras e híbridas[1,2,3,4,5,6,7].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Babosa | Ceará (Brasil) | Folha | No tratamento de contusões, entorses e dores reumáticas. |
Alcoolatura: 50 g das folhas descascadas e picadas em meio litro de água/álcool. Coar. |
Uso tópico: na forma de compressas ou massagens. |
- |
[
1 ,
2 ,
3 ,
4
]
|
Babosa | Ceará (Brasil) | Folha (gel mucilaginoso) | No tratamento de hemorroidas inflamadas (como supositório), ferimentos, queimaduras e infecção (fungos ou bactérias) cutâneas. |
- |
Uso tópico. |
- |
[
1 ,
2 ,
3 ,
4
]
|
Babosa | Ceará (Brasil) | Folha | No tratamento de problemas estomacais e laxante. |
Resina: pendurar as folhas com a parte grossa cortada para baixo por 1 a 2 dias para obtenção da mucilagem. Posteriormente, a mucilagem é seca ao fogo ou sol, com posterior pulverização. Pode-se fazer a tintura da resina: 2,5 g da resina em 100 mL de etanol/água (70:30 v/v). Acondicionar em recipiente fechado por 7 dias. Filtrar e completar o volume para 1 L com etanol. |
Tomar 0,05 a 0,1 g do pó da resina misturada em meia xícara de água e adoçar ou tomar 5 a 10 gotas (0,3 a 0,5 mL) da tintura da resina misturada em meia xícara de água e adoçar. |
Esta espécie possui em sua constituição química as antraquinonas, que podem causar crises de nefrite aguda, quando ingerido em doses altas. Não deve ser usada continuamente, bem como no período menstrual, gravidez e lactação. |
[
1 ,
2 ,
3 ,
4
]
|
Erva-babosa | Ceará (Nordeste, Brasil) | Folha | Emoliente, revulsiva e anti-hemorroidária. |
Gel mucilaginoso. |
Uso local. |
- |
[
5
]
|
Erva-babosa | Folha | Folha | Purgativa e peitoral (tratamento de bronquite e tuberculose pulmonar incipiente). |
Xarope: a partir do gel mucilaginoso. |
Uso oral. |
- |
[
5
]
|
Sábila e penca sábila | Colômbia | Folha | No tratamento de queimaduras, inflamações, lesões, manchas e hematomas cutâneos. |
Gel mucilaginoso. |
Uso tópico. |
- |
[
6
]
|
Sábila e penca sábila | Colômbia | Folha | Antitérmico, antiparasitária, laxante, antiasmática, no tratamento da rouquidão, afecções hepáticas e problemas intramusculares. |
Gel mucilaginoso. |
Uso interno. |
Doses altas pode provocar perda de eletrólitos. Não deve ser usada no período menstrual e em casos de hemorroida hemorrágica, pois estimula o fluxo sanguíneo. Contraindicada na gravidez. |
[
6
]
|
Babosa | Brasil | Folha | Coadjuvante no tratamento da psoríase. |
Incorporar 10% do gel liofilizado de Aloe vera em preparações semissólidas, neutras e hipoalergênicas. |
Aplicar no local 2 vezes ao dia, até cicatrização total. |
- |
[
7
]
|
Sobar | Cisjordânia (Palestina) | Folha | No tratamento da psoríase. |
Gel: a partir do pó vegetal. |
Aplicar nas lesões 1 vez ao dia. |
- |
[
8
]
|
Aloe vera | Comunidade de Madrid (Espanha) | Folha | Cicatrizante de feridas. |
Gel mucilaginoso. |
Uso tópico. |
- |
[
9
]
|
Aloe | Kanpur (Índia) | Folha | Hipoglicemiante. |
Meia xícara do suco da folha de aloe moída com 3 flores de Catharanthus roseus. |
- |
- |
[
10
]
|
Aloe | Kanpur (Índia) | Folha | Hipoglicemiante. |
Maceração: 100 g dos frutos de Abelmoschus esculentus em 200 mL de água e filtrar. Adicionar ao filtrado 2 colheres (de chá) do suco das folhas de Aloe vera. |
- |
- |
[
10
]
|
Kigagi, kikaaka, rukaka, tikorotot e tebakore | Uganda (África) | Folha | Antitérmica, Antimalárica, no tratamento de infecções cutâneas, do HIV e suas infecções oportunistas. |
- |
- |
- |
[
11
]
|
Алое (aloe) | Bucovina (Europa Oriental) | Folha | No tratamento de feridas cutâneas. |
- |
Uso tópico: in natura. |
- |
[
12
]
|
- | Califórnia | - | Hipoglicemiante e no tratamento de problemas dermatológicos. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
Ka ā ai | Distrito de Tiruvallur (Tamil Nadu, Índia) | Folha | Tônica, purgativa, emenagoga, anti-hemorroidária, no tratamento de doenças dermatológicas (lepra e fístula anal) e litíase. |
- |
- |
- |
[
14
]
|
Referências bibliográficas
Anti-histamínica e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato a 96%: em óleo de gergelim. Outra espécie em estudo: Aloe ferox. |
In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de dermatite atópica, induzida por sensibilização com 2,4 dinitrofluorobenzeno, tratados topicamente com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de IgE. |
Os extratos vegetais apresentam atividades anti-histamínica e anti-inflamatória tópicas, contudo, A. ferox demonstra-se mais potente na redução dos níveis plasmáticos de IgE. |
[
28
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 300 g do pó vegetal em etanol a 96%. Doses para ensaio: 40, 80 e 120 mg/kg. |
In vivo: Em ratos submetidos a administração do extrato vegetal, isoniazida e rifampicina, com posterior análise dos níveis de TNF-α e número de células NK e Th17. |
O extrato de A. vera apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz os níveis de TNF-α e Th17, inibindo assim, os efeitos colaterais provenientes de drogas antituberculose. |
[
11
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 50 g do material vegetal (exceto o gel mucilaginoso) em 100 mL de água. Concentração para ensaio: 5 a 20 mg/mL. |
In vitro: Em culturas de Staphylococcus aureus multirresistentes incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da biomassa bacteriana, teste de difusão em ágar (zona de inibição em mm), formação de biofilme e análise morfológica (Microscopia Eletrônica de Varredura).
|
O extrato de A. vera apresenta atividade antibacteriana, principalmente nas concentrações de 15 a 20 mg/mL. |
[
12
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 7 g do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 1,5 g. Concentrações para ensaio: 6,25 a 50%. |
In vitro: Em cepas de Candida albicans submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise da zona de inibição (mm).
|
O extrato de A. vera apresenta atividade antifúngica, concentração dependente, comparável ao fluconazol. |
[
13
] |
Antimicrobiana e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 100 mg do material vegetal (liofilizado) em 10 mL de metanol a 70% (v/v). Outras espécies em estudo: Aloe purpurea, A. tormentorii, A. lomatophylloides e A. macra. |
In vitro: Determinar a atividade inibitória da enzima tirosinase. Em queratinócitos humanos incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da capacidade de propagação e migração celular; e em culturas de fibroblastos pulmonares normais (MRC 5) e células de leucemia promielocítica (HL 60) de humanos para análise de citotoxicidade (ensaio MTT). Em culturas de Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Propionibacterium acnes submetidas ao teste de diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).
|
Os extratos de Aloe apresentam atividades antimicrobiana, anti-tirosinase e cicatrizante promissoras, além da ausência de toxicidade para células normais. |
[
18
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso: a partir do gel mucilaginoso. Concentrações para ensaio: 250 a 2000 µg. Dose para ensaio: 50 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos radicais ABTS e DPPH. In vivo: Em camundongos BALB/c expostos a radiação de raio X (2 Gγ), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos e marcadores das funções renais e hepáticas, taxa de filtração glomerular, anomalias cromossômicas hepáticas e parâmetros bioquímicos (ERO’s, LPO, LDH, GSH, GR, GSH-x, CAT, SOD e proteínas). |
O extrato de A. vera apresenta atividade antioxidante, reduzindo os danos hepáticos e renais provocados por raio X. |
[
9
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Gel mucilaginoso. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de papilomas induzidos por DMBA e TBA, expostos ou não ao estresse crônico (EC), tratados topicamente com o gel mucilaginoso vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (SOD, CAT, GST, GR, MDA, GSH, GOT, GPT, ALP, pNPP e proteínas) e teste do Cometa e fluorescente (linfócitos e células do tecido cutâneo). |
O gel mucilaginoso de A. vera apresenta atividade antitumoral e antioxidante, contundo, na presença do EC, estes efeitos farmacológicos são reduzidos. |
[
27
] |
Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: a partir do gel mucilaginoso. Dose para ensaio: 100 mg/kg/dia. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros comportamentais (testes de labirinto em cruz elevado, campo aberto, esquiva passiva, natação forçada e pinçamento de cauda), bioquímicos do hipocampo (MDA, GPx, SOD, CAT e proteínas) e histológica neuronal. |
O extrato de A. vera apresenta atividade hipoglicemiante e antioxidante, reduzindo as alterações comportamentais em ratos diabéticos. |
[
7
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato (1:5 p/v): em metanol (50 ou 10%, v/v) ou tampão Tris-HCl. Concentrações para ensaio: 10 a 50 µg/mL. Outra espécie em estudo: Aloe arborescens. |
In vitro: Em cultura de células de câncer de cólon (HT29) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação (MTT) e migração (cicatrização de feridas) celular, e atividade de metaloproteínas da matriz (MMP-2 e MMP-9).
|
O extrato metanólico a 50% de A. arborescens apresenta ação antiproliferativa mais potente, inibindo principalmente a atividade de MMP-9. |
[
6
] |
Antitireoidiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 200 g do gel mucilaginoso em éter de petróleo, clorofórmio e metanol. Rendimento: 6,12, 5,38 e 14,4 g, respectivamente. Doses para ensaio: 50 e 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de hipertiroidismo induzido por levotiroxina, tratados com o extrato metanólico vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e hepáticos (T3, T4, TSH, ALT, AST, CT, TG, TBARS, LOOH, SOD, CAT, GPx, GSH, G-6-pase e proteínas), níveis de citocinas inflamatórias (TNF-α e IL-6), expressão do receptor de hormônio estimulador da tireoide (TSHR) e parâmetros histológicos. |
O extrato de A. vera apresenta atividade antitireoidiana, além das ações antioxidante, anti-inflamatória e hepatoprotetora. |
[
23
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato. Concentrações para ensaio: 50 a 300 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em cultura de fibroblastos normais (NIH-3T3) e de células de câncer de mama (MCF-7) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).
|
O extrato de A. vera apresenta atividade antitumoral (CI50 = 23 µg/mL), além de baixa citotoxicidade em células normais (CI50 = 332 µg/mL). |
[
4
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Gel mucilaginoso. |
In vivo: Em camundongos albinos expostos a radiação (6Gγ) corporal e portadores de úlceras bucais induzidas por ácido acético, tratados com nanopartículas de prata e gel mucilaginoso vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos (lábio inferior) e imuno-histoquímicos (α-SMA). |
O uso tópico do gel mucilaginoso de A. vera associado com nanopartículas de prata apresenta atividade cicatrizante de úlceras após a radiação. |
[
10
] |
Folha |
Pó. Pomada contendo a associação de (1:1:1:1): Adiantum capillus-veneris, Aloe vera, Commiphora molmol e Lawsonia inermis. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes tipo 1 induzido por estereptozotocina e feridas cutâneas, submetidos ao tratamento tópico com o fitoterápico, com posterior análise da expressão de TGF-β1, MMP-3, MMP-9, IL-6 e TNF-α (qRT-PCR). |
O fitoterápico apresenta atividade cicatrizante, sendo promissor para o tratamento de feridas em pacientes diabéticos. |
[
16
] |
Folha |
Pó: gel mucilaginoso ou folha inteira liofilizados. Outras espécies em estudo: Aloe ferox e A. marlothii. |
In vitro: Em cultura de queratinócitos normais de humanos (HaCaT) incubados com o gel mucilaginoso ou folha inteira, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT), cicatrização de feridas e migração celular (ensaio CytoSelectTM).
|
O pó liofilizado do gel mucilaginoso das espécies de Aloe apresenta atividade cicatrizante mais potente, além de baixa citotoxicidade. |
[
21
] |
Folha |
In vivo: Em camundongos Balb/c expostos a radiação de raio X, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos dos testículos e antioxidante (ERO's, LPO, GSH, GR, GSH-Px, CAT, SOD e GST), contagem e motilidade de espermatozoides, níveis de testosterona, atividade de LDH e apoptose. |
O extrato de A. vera apresente atividade antioxidante potente, reduzindo assim, os danos testiculares induzidos pela radiação. |
[
22
] |
|
Folha |
Pó. Outra espécie em estudo: Aloe ferox. |
In vitro: Em queratinócitos epidérmicos primários de humanos (HPEKs) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da migração, proliferação e diferenciação celular, parâmetros histológicos, imuno-histoquímicos e expressão de marcadores de diferenciação celular.
|
Os extratos de A. vera e A. ferox apresentam atividade cicatrizante promissoras. |
[
24
] |
Folha |
Gel mucilaginoso a 95%. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões dorsais (por incisão), tratados com o gel mucilaginoso vegetal, com posterior análise da taxa de retração da lesão, parâmetros histológicos e expressão do gene TGF-β. |
O gel mucilaginoso de A. vera apresenta efetividade no processo de cicatrização de lesões cutâneas. |
[
25
] |
Emoliente
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em água ou etanol (100 ou 50%). Concentrações para ensaio: 1 a 5 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de queratinócitos epidérmicos humanos (HaCaT) submetidas a radiação UVB e tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), expressão de genes e enzimas (ELISA, Western blotting e qRT-PCR).
|
O extrato aquoso da flor de A. vera apresenta atividade emoliente, estimulando a expressão de marcadores de hidratação, pincipalmente a involucrina, por ativação da via PKC/MAPK. |
[
15
] |
Estimulante da proliferação celular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Gel mucilaginoso liofilizado. Concentrações para ensaio: 50, 100 e 150 µg/mL. |
In vitro: Em fibroblastos embrionários de camundongos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT) e expressão de TGF-β1 e bFGF (RT-qPCR e ELISA).
|
O extrato de A. vera regula a expressão de TGF-β1 e bFGF, concentração e tempo dependentes. |
[
14
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso (1:10 p/v): a partir do pó vegetal. Dose para ensaio: 420 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hepatotoxicidade induzida por inseticidas cartap e malathion, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos em homogenato hepático (LPO, GSH, SOD, CAT, GST, ALP, ACP, AST, ALT, LDH e proteínas), parâmetros histológicos e índice de estresse oxidativo. |
O extrato de A. vera apresenta atividade hepatoprotetora, proveniente da ação antioxidante potente. |
[
8
] |
Hipoglicemiante e Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 50 g do gel mucilaginoso (pó) em 600 mL de etanol a 90%. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos obesos (WNIN/GR-Ob) portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, colesterol, TG, LDL, HDL e GLP-1), modelo de avaliação da homeostase (resistência à insulina e função das células β-pancreáticas), atividade da enzima DDP-IV e morfológica das ilhotas (Microscopia Eletrônica de Varredura). |
O extrato de A. vera apresenta atividade hipoglicemiante e hipolipemiante, pois melhora a sensibilidade à insulina e/ou modula a função das células β-pancreáticas. |
[
17
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Gel mucilaginoso: contendo 40% de pureza. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões induzidas por isquemia-reperfusão medular, pré-tratados como o gel mucilaginoso vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (Nrf1, MDA e SOD), histopatológicos da medula espinhal e expressão de nNOS e NF-kB (imuno-histoquímica). |
O gel mucilaginoso de A. vera apresenta atividade neuroprotetora, devido as ações anti-inflamatória e antioxidante, reduzindo os danos secundários provenientes da isquemia-reperfusão da medula espinhal. |
[
20
] |
Radioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso: a partir do gel mucilaginoso vegetal. Dose para ensaio: 50 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c expostos a radiação de raio X (2 Gγ), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e em homogenato do baço (LDH, ERO’s, LPO, GSH, GR, GSH-Px, CAT, SOD, TNF-α e IL-6), hematológicos, histopatológica do baço, do micronúcleo e apoptose. |
O extrato de A. vera apresenta atividade radioprotetora, devido as ações antioxidante, anti-inflamatória e antiapoptótica. |
[
3
] |
Renoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato (pó). Dose para ensaio: 150 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, e complicações como nefropatia, hiperlipidemia e estresse oxidativo, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (creatinina, nitrogênio ureico, proteína, glicose, colesterol total, triglicerídeos e HDL), oxidativos renais (TBARS, GSH e proteína total) e histopatológicos. |
O extrato seco de A. vera apresenta atividade renoprotetora, associado as ações hipoglicemiante, hipolipemiante e antioxidante, principalmente na dose de 300 mg/kg. |
[
1
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Alcoolatura |
|
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Parênquima da folha |
200 g |
Alcoolatura: lavar bem as folhas, abrir no sentido vertical, utilizar 200 g de parênquima, e colocar em vidro âmbar de boca larga, adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após este período, filtrar em papel de filtro.
Alcoolatura: uso tópico após incorporado em creme, gel e pomada.
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Aloe vera (extrato glicólico) |
20 mL |
Gel base aniônico |
80 g |
Pesar o gel base e incorporar o extrato glicólico de Aloe vera.
Uso externo: após higienização, aplicar sobre o tecido lesado 3 vezes ao dia até a cicatrização.
Farmácia da Natureza
[
3
]
FÓRMULA 1:
Componente |
Quantidade |
Alcoolatura do parênquima da folha fresca |
200 mL |
Glicerina |
300 mL |
Propilenoglicol |
300 mL |
Água destilada |
200 mL |
FÓRMULA 2:
Componente |
Quantidade |
Parênquima da folha fresca |
200 g |
Etanol 98° |
100 mL |
Propilenoglicol |
900 mL |
Fórmula 1
Misturar todos os componentes da fórmula e armazenar em frasco de vidro âmbar
Fórmula 2
Lavar externamente a folha, cortar no sentido vertical, retirar o parênquima e fatiar. Em seguida o mais breve possível colocar na solução de etanol e propilenoglicol. Deixar por 7 dias em maceração e filtrar. Envasar e etiquetar.
Uso tópico após incorporado em cremes, loções e shampoos.
Farma Verde
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Gel mucilaginoso incolor de babosa |
10 a 70 g |
Gel base q.s.p |
100 g |
Transferir o gel mucilaginoso para recipiente adequado, incorporar ao gel base e misturar até homogeneização completa. Para a obtenção do gel mucilaginoso fresco, primeiramente lavar as folhas frescas com água e uma solução de hipoclorito de sódio a 1,5%. Remover as camadas exteriores da folha, incluindo as células pericíclicas, e utilizar apenas o gel translúcido e incolor, presente no interior das folhas. Cuidados devem ser tomados para não rasgar a casca verde, que pode contaminar o gel com exsudato de folha, de coloração amarelada e rica em heterosídeos antracênicos. O gel mucilaginoso pode ser estabilizado por pasteurização em temperatura entre 75 °C e 80 °C durante menos de 3 minutos. O gel fresco das folhas pode ser usado puro ou incorporado ao gel base até homogeneização completa (WAGNER, 1993; WHO, 1999).
Como cicatrizante nos casos de ferimentos leves, desordens inflamatórias na pele, incluindo queimaduras (de 1º e 2º grau), escoriações e abrasões (ALONSO, 1998; WHO, 1999; REYNOLDS, 2004; MAENTHAISONG et al., 2007; DAT et al., 2012; PEREIRA et al., 2014).
Uso externo: aplicar o gel nas áreas afetadas, de uma a três vezes ao dia (WHO, 1999).
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
salicílico, clorogênico e cafeico.
Ácidos orgânicos
heruxônico, pteroilglutâmico e glucorônico.
Alcaloides
N-metiltiramina, O-N-dimetiltiramina, g-coniceína e coniina.
Aminoácidos
Antraquinonas
antranonas, aloínas A e B, barbaloína, aloemodineantrona glicosídeo, aloinosídeos A e B, emodina, barbalodina, aloquilodina, aloetina, aloenina, aloinose, crisofanol, nataloína, homonatalosídeo, litoraloína, litoralosídeo, barbendol, microdontina, microstigmina A, aloemodina, nataloemodina, alocrisona, aloesaponol, aloesaponarina, metilantraquinona, desoxieritrolacina, isoxantorina, helmintosporina, biantraceno e asfodelina.
Carboidratos
aloeferon, glucomanano, manose, ramnose, arabinose, galactose, xilose, xiloglucano, galactano, arabinoglactano, celulose, fucose e aldopentose.
Cromonas
aloesina (2-acetonil-5-metil-8-glucosilcromona), aloerresinas A, B e C, isoaloeresina A e D, 8-C-glucosil-7-O-metil-aloesol, 7-hidroxi-2,5-dimetilcromona, furoaloesona, 2-acetonil-7-hidroxi-8-(2-furoilmetil)-7-hidroxi-5-metilcromona, 7-O-metilaloesinol, 2-acetonil-7-hydroxi 8-(2-furanonil)-7-hidroxi 5-metilchromona, 7 hidroxi 2,5-dimetilchromona e 20-p-O-metilcoumaroilaloesina.
Cumarinas
Enzimas
catalase, axilase, aliinase, amilase, oxidase, celulase, cicloxigenase, cicloxidase, lipase, carboxipeptidase, bradicinase, fosfatase alcalina, fosfoenol piruvato carboxilase e superóxido dismutase.
Esteróis
β-sitosterol.
Flavonoides
naringenina, apigenina, dihidroisorhamnetina, isovitexina, isoorietina, daidzenina e genisteína.
Lipídeos
ácido linolênico, campesterol, lupeol, triglicerídeos, colesterol, ácido gamolênico e ácido araquidônico.
Mucilagens
Óleos essenciais
Resinas
Sais minerais
Al, K, Na, Cl, Cr, Ca, Mn, Mg, Cu, Fe, P, Se e Zn.
Saponinas esteroidais
Taninos
Vitaminas
A, B1, B2, B6, B8, B9, B12, C e E.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
é contraindicado durante a gestação, lactação e para menores de 18 anos. Há experiência do uso tópico em crianças, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico[9].
pode retardar a cicatrização de feridas profundas. O uso prologado (tópico ou interno) pode provocar hipersensibilidade (dermatite numular) ou toxicidade em vários órgãos. Não há relatos de efeitos adversos para o uso tópico de A. vera durante a gravidez, contudo o uso interno deve ser evitado. Em caso de intoxicação ou superdosagem, o tratamento deve ser realizado com carvão ativado após lavagem gástrica, e bicarbonato de sódio, além de suporte hidroeletrolítico. As preparações não padronizadas contendo glicosídeos antraquinônicos devem ser evitadas, uma vez que que seu efeito farmacológico é imprevisível, podendo causar dermatite de contato, dor (queimação), fortes cólicas abdominais, diarreia e lesões hepáticas[1,2,3,4,5,7,8,9,10].
em associação com glicerina pode aumentar a ação umectante. É incompatível com taninos, ferro, mentol, timol e fenol[6].
Referências bibliográficas
multiplica-se por separação de brotos laterais (perfilhos). Devem ser transplantadas para recipientes plásticos ou plantados diretamente em local definitivo a pleno sol. As mudas alocadas em viveiro devem permanecer em recipiente plástico, contendo substrato, solo e areia (3:2:1), por 60 dias, com irrigação diária. Após este período faz-se o plantio em local definitivo (a pleno sol), em cova rasa (10 cm) com espaçamento de 0,5 m entre plantas e 0,5 m entre linhas [ 1 , 2 ] .
não é uma planta exigente quanto ao solo, desde que seja drenado e permeável (arenoso e areno-argiloso). Não se desenvolve bem em solo ácido. Apresenta resistência ao clima seco e não tolera geada. A irrigação deve ser realizada diariamente ou em dias alternados até o estabelecimento da cultura (3 meses), após este período a irrigação deve ser espaçada para 1 vez/semana ou a cada 15 dias [ 1 ] .
devem ser colhidas folhas de plantas adultas (idade superior a 1 ano), que não estejam floridas e em qualquer horário do dia. As folhas maiores dispostas na parte inferior da planta devem ser cortadas, com instrumento afiado, junto ao tronco, enquanto que, as centrais devem permanecem intactas para a renovação da planta. Antes da colheita, deixar a planta por 7 dias sem irrigação. Segundo, a sabedoria popular que a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada, preferencialmente, na lua cheia [ 1 , 2 , 3 ] .
a mucilagem é retirada da folha imediatamente após a colheita para que não ocorra oxidação da mesma, o que compromete a qualidade do fitoterápico [ 1 , 2 ] .
quanto maior a incidência de luz solar maior a produção de mucilagem [ 2 ] .
Referências bibliográficas