Cynara cardunculus L.

Alcachofra.

Sinonímia 
Cynara scolymus L.
Família 
Informações gerais 

Originária do Mediterrâneo e norte da África, ocorre também na América do Sul. Encontra-se cultivada em jardins gregos, como planta ornamental e alimentícia. Suas principais indicações são: antianêmica, hepatoprotetora, colagoga, colerética, antioxidante, anti-inflamatória, hipocolesterolemiante, antidispéptica, antiespasmódica e diurética[1,2,3,4,5,6,7,8,9].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 305-311.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 91-94.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 132-133.
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 67-71.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 69-71.
6 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 105-107.
7 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 44.
8 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 44-46.
9 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 36-37.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, perene, com caule esbranquiçado, com até 150 cm de altura; folhas são pinatilobadas, pendentes, lanceoladas, carnosas, pubescentes, com lóbulos profundos, são verdes exuberantes, sendo a parte inferior clara e prateada, podendo atingir até 80 cm de comprimento e a projeção horizontal pode variar ao redor de 2 m; as inflorescências são de coloração azul-violeta,  grandes, progridem centripetamente, possui um receptáculo carnoso central, com forma de capítulos em pequenas pinhas; fruto do tipo aquênio, oval, com apêndice plumoso, com 4 a 5 mm de diâmetro e 7 a 8 mm de comprimento; possui rizoma subterrâneo, carnoso e fibroso, do qual surgem as raízes[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 305.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 91.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 132.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 44.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Alcachofra Brasil Folha

Antidispéptica.

Infusão: 2 g (1 colher de sobremesa) em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Tomar 1 xícara de chá 3 vezes ao dia.

Pode provocar dermatite de contato, principalmente em indivíduos com hipersensibilidade às plantas da família Asteraceae. Usar com cautela em pessoas com cálculos e obstrução das vias biliares, e também na associação como hipoglicemiantes, cardiotônicos, anti-hipertensivos e diuréticos. Evitar o uso excessivo na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Alcachofra Brasil Folha

Digestão de gorduras.

Decocção: 1 a 1,5 colheres (de sopa) da droga vegetal rasurada em 1 xícara de água. Ferver por 30 minutos e coar.

Tomar o conteúdo 1 hora após as refeições.

 Esta preparação não deve ser ingerida em todas as refeições, pois pode haver carência de minerais. Pode provocar dermatite de contato, principalmente em indivíduos com hipersensibilidade às plantas da família Asteraceae. Usar com cautela em pessoas com cálculos e obstrução das vias biliares, e também na associação como hipoglicemiantes, cardiotônicos, anti-hipertensivos e diuréticos. Evitar o uso excessivo na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Alcachofra Brasil Folha

digestiva, coadjuvante no tratamento da hipercolesterolemia (leve e moderada) e síndrome do intestino irritável.

Tintura.

Tomar 2,5 a 5,0 mL da tintura em 75 mL de água, 1 a 3 vezes ao dia.

Pode provocar dermatite de contato, principalmente em indivíduos com hipersensibilidade às plantas da família Asteraceae. Usar com cautela em pessoas com cálculos e obstrução das vias biliares, e também na associação como hipoglicemiantes, cardiotônicos, anti-hipertensivos e diuréticos. Evitar o uso excessivo na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Alcachofra Brasil Folha

digestiva, Hepatoprotetora, Hipoglicemiante, hipocolesterolemiante e para eliminar pedras da vesícula.

Decocção, tintura, vinho medicinal, extrato ou hidrolato.

-

Evitar o uso na gravidez e lactação.

[ 2 ]
Alcachofra Botucatu-SP (Brasil) Folha

No tratamento de distúrbios digestivos.

Infusão: 2 g de folha (1 colher de sobremesa) em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Tomar o preparado (150 mL), após 10 minutos de preparo, antes das refeições.

Usar em pacientes acima de 12 anos. Não deve ser usada por pessoas com doenças na vesícula biliar, e usar com cautela em portadores de doenças hepáticas, cálculos biliares e obstrução dos ductos biliares. Pode provocar dermatite de contato, principalmente em indivíduos com hipersensibilidade às plantas da família Asteraceae, e reações adversas como: flatulência, fraqueza e sensação de fome.

[ 3 ]
Alcachofra Rio Grande do Sul (Brasil) Folha e fruto (imaturo)

Antidiabética.

Chá.

-

-

[ 4 ]
Alcachofra Porto Alegre-RS (Brasil) Folha e raiz

Hipolipidêmica, diurética (útil no tratamento de hidropsia) e febrífuga.

-

-

-

[ 5 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 44.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 132.
3 - LIMA, G. P. P. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Saúde - Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 9.
4 - TROJAN-RODRIGUES, M. et al. Plants used as antidiabetics in popular medicine in Rio Grande do Sul, southern Brazil. J Ethnopharmacol, v. 139, n. 1, p.155-163, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2011.10.034
5 - DICKEL, M. L. et al. Plants popularly used for loosing weight purposes in Porto Alegre, South Brazil. J Ethnopharmacol, v. 109, n. 1, p.60-71, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.07.003

Anorexígena

Anorexígena
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico: padronizado com 50% de ácido cafeoilquinóico e 2% de flavonoide. Rendimento: 0,2%. Dose para ensaio: 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Phaseolus vulgaris, dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar pré-tratados com os extratos vegetais isolados ou em associação, expostos posteriormente, a ingestão de bebida a base de chocolate.

Observou-se que a associação dos extratos vegetais apresenta atividade anorexígena, contudo, C. scolymus isoladamente, demonstra ausência de efetividade.

[ 29 ]

Anorexígena e Hipoglicêmica

Anorexígena e Hipoglicêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico: padronizado com 50% de ácido cafeoilquinóico e 2% de flavonoide. Rendimento: 0,2%. Dose para ensaio: 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Phaseolus vulgaris, dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar pré-tratados com os extratos vegetais isolados ou em associação, expostos posteriormente, a ingestão de alimentos, com posterior análise comportamental e nível glicêmico pós-prandial.

Observou-se que a associação dos extratos C. scolymus e P. vulgaris apresenta atividades anorexígena e hipoglicêmica.

[ 31 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 10% do material vegetal (seco) ou 20% do material vegetal (fresco) em água. Doses para ensaio: 1,0 ou 2,0 g/kg, respectivamente. Outras espécies em estudo: Chiococca brachiata (raiz), Elephantopus scaber (folha), Mikania glomerata (folha), Trianosperma tayuya (raiz), Casearia sylvestris (folha e casca), Marsypianthes chamaedrys (folha), Apuleia leiocarpa (casca e cerne), Dorstenia brasiliensis (raiz) e Brunfelsia uniflora (folha).

In vivo:

Em ratos albinos submetidos a contorções abdominais induzidas por ácido acético, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da presença e intensidade do corante azul de Evans na cavidade abdominal.

Observou-se que os extratos de C. scolymus e A. leiocarpa (casca) apresentam atividades anti-inflamatória e analgésica mais potentes.

[ 48 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato seco: padronizado com 8,89% de derivados do ácido cafeico, 0,98% de ácido clorogênico e 0,56% de cinarina. Doses para ensaio: 0,4 a 1,6 g/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR portadores de lesões hepáticas agudas induzidas por etanol, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, TG e CT), peroxidação lipídica (MDA) e marcadores antioxidantes (SOD e GSH), imuno-histoquímica (TLR4 e NF-Kb) e histopatológica.

O extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante e anti-inflamatória, principalmente na dose de 1,6 g/kg.

[ 17 ]

Antiangiogênica e Hepatoprotetora

Antiangiogênica e Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Dose para ensaio: 0,5 e 1,0 g/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de carcinoma hepático induzido por dietilnitrosamina (DEN), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de marcadores oxidativos e antioxidantes (XO, GST, MDA e NO), parâmetros bioquímicos (AST, ALT, GGT e ALP), níveis de fator de crescimento endotelial (VEGF) e exame histológico hepático.

Observou-se que C. scolymus apresenta atividades antiangiogênica e hepatoprotetora.

[ 33 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 20 g do material vegetal em 100 mL de metanol.

In vitro:

Em linhagens de Campylobacter jejuni e C. coli incubadas com o extrato vegetal, submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, diluição em ágar para determinar a concentração bactericida mínima (CBM), e em células Vero para realizar teste de aderência e citotoxicidade.

 

Neste estudo, dentre os 28 extratos de diferentes espécies vegetais, Acacia farnesiana, Artemisia ludoviciana, Opuntia fícus-indica e Cynara scolymus apresentaram atividade antibacteriana mais potentes.

[ 32 ]

Antiespasmódica

Antiespasmódica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico. Concentrações para ensaio: 0,10 a 2,0 mg/mL. Outras espécies em estudo: Rubus imperialis, Maytenus robusta, Ipomoea pes caprae, Epidendrum mosenii e Calophyllum brasiliense.

In vitro:

Em íleos isolados de porquinhos-da-Índia e duodenos isolados de ratos Wistar, incubados com acetilcolina e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade da musculatura lisa.

 

Observou-se que apenas os extratos de C. scolymus e C. brasiliense apresentam atividade antiespasmódica, dose-dependente e não competitiva.

[ 42 ]
Folha

Extrato: maceração de 1900 g do material vegetal (seco) em metanol. Frações: hexano, diclorometano, acetato de etila e butanol. Concentrações para ensaio: 0,10 a 2,0 mg/mL.

In vitro:

Em íleos isolados de porquinhos-da-Índia incubados com acetilcolina e extrato vegetal (frações), com posterior análise da contratilidade da musculatura lisa.

 

Observou-se que a fração de diclorometano apresenta atividade antiespasmódica mais potente, com IC50 = 0,93 mg/mL.

[ 43 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor, Folha e caule

Extratos de: clorofórmio, etanol e acetato de etila. Rendimento: flor - 11,5, 16,2 e 7,8%, folha - 17,5, 24,4 e 12,8% e caule - 9,6, 12,4 e 5,5%, respectivamente. Concentrações para ensaio: folha - 12,5 a 50 mg/mL, flor - 25 a 75 mg/mL e caule - 50 a 150 mg/mL.

In vitro:

Em cepas de Candida albicans, C. lusitaniae, Saccharomyces cerevisiae, S. carlsbergensis, Aspergillus niger, Penicillium oxalicum, Mucor mucedo e Cladosporium cucumerinum incubadas com os extratos vegetais, e submetidas ao ensaio de difusão em ágar (poço).

 

Observou-se que o extrato etanólico das folhas de C. scolymus apresentam atividade antifúngica mais potente.

[ 11 ]

Antigenotóxica

Antigenotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão de 120 g do material vegetal em água (1/10 planta/solvente). Rendimento: 13,7g (11,4%). Concentrações para ensaio: 0,62 a 5,0 mg/mL.

In vitro:

Em células de ovário de hamster chinês (CHO), incubadas com o extrato vegetal e etilmetanossulfonato (EMS), com posterior análise da genotoxicidade através do ensaio do Cometa.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus, em doses baixas, apresenta atividade antigenotóxica na presença de EMS, contudo, isoladamente demonstra atividade genotóxica.

[ 30 ]

Antilipêmica

Antilipêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências

Extrato aquoso. Dose para ensaio: 25 e 50 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração de ácido palmítico marcado radioativamente com C14 e do extrato de alcachofra, com posterior análise dos níveis de 14CO2, lipidemia e tecido adiposo epididimal.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antilipêmica (níveis sérico e tecidual), pois estimula a oxidação do ácido palmítico.

[ 39 ]

Antiobesidade e Antioxidante

Antiobesidade e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 200 g do material vegetal (pó) em hexano, acetato de etila, butanol, etanol/água (75%, v/v) e água. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade da enzima lipase pancreática incubada com os extratos vegetais.

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos à dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal (hidroalcoólico), com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (TG, CT, HDL, LDL, AST, ALT, ALP, LDH e OCT), hematológicos, marcadores estresse oxidativo (ROS, MDA e AOPP), atividade enzimática (SOD, GPx, GSS e GSH) e exame histopatológico hepático.

O extrato hidroalcoólico das folhas de C. scolymus apresenta atividade hepatoprotetora e antiobesidade mais potente, além da ação antioxidante.

[ 49 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: 1 a 20 µg/mL, e luteolina e luteolina-7-O-glicosídeo: solução metanólica de 0,1 a 1mM.

In vitro:

Ensaio da modificação oxidativa da LDL mediado por Cu2+ em sague humano.

 

Observou-se que o extrato aquoso retardou a oxidação de LDL, de forma dependente da concentração, assim como os compostos isolados luteína (mais potente) e luteína-7-O-glicosídeo.

Folha

Extrato: Supra-Sern® (80% alcachofra, 17% lactose e 3% dióxido de silício coloidal).

In vitro:

Ensaio de estresse oxidativo em leucócitos humanos mediado por peróxido de hidrogênio, forbol-12-miristato-13-acetato e N-formil-metionil-leucil-fenilalanina.

 

Observou-se que o extrato das folhas, bem como os compostos isolados (cinarina, ácido cafeico, ácido clorogênico e luteolina) inibiram o estresse oxidativo, dose dependente.

-

Cápsula (Herpa SL®): extrato. Concentração para ensaio: 20 g do extrato em 40 mL de meio RPMI.

In vitro:

Em células de carcinoma espinocelular de esôfago humano (KYSE70) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão do gene UGT1A (Ensaio de Luciferase) e atividade enzimática, UDP-glucuronosiltransferase (Ensaio colorimétrico).

 

Observou-se que C. scolymus demonstra atividade antioxidante (reduz a produção de peróxido de oxigênio e estresse oxidativo), pois regula positivamente a transcrição de UGT1A, contudo, pode afetar o metabolismo de outros medicamentos.

[ 1 ]
Folha e bráctea

Pó.

In vitro:

Em células de carcinoma hepático humano (HepG2) incubadas com o extrato vegetal, submetidas ao ensaio MTT e análise da atividade antioxidante.

 

Observou-se que C. scolymus apresenta atividade antioxidante, devido a grande quantidade de compostos fenólicos.

[ 4 ]
-

Extrato: padronizado com 0,49% de ciarina, 5,4% de compostos polifenólicos, 5,0% de ácido cafeoilquínico e 0,72% de luteolina-7-O-glucosídeo e luteolina-7-O-rutinosídeo. Concentrações para ensaios: 25 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC) pré-incubadas com o extrato vegetal, estimuladas por lipopolissacarídeo (LPS) e LDL oxidado, com posterior quantificação de espécies reativas de oxigênio (EROs).

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, dose-dependente, além da ausência de toxicidade (1 mg/mL).

[ 9 ]
Flor

In natura: ingestão de: ~ 138 g/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH, redução do íon férrico (FRAP) e oxidação de LDL humano induzida por cobre.

 

In vivo:

Em ratos Wistar suplementados com alcachofra, com posterior análise da redução do íon férrico (FRAP), radical ABTS, oxidação de 2-aminoadipato semialdeído e atividade enzimática (SOD, GPx, GR e CAT).

Observou-se que C. scolymus apresenta atividade antioxidante.

[ 44 ]
Folha

Extrato: aquoso e etanólico. Concentrações para ensaio: 25, 50 e 100 µg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais e leucócitos mononucleares humanos, estimulados por TNF-α, LPS e LDL-ox, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e viabilidade celular.

 

Observou-se que os extratos de C. scolymus apresentam atividade antioxidante, dose-dependente, protegendo a célula contra o estresse oxidativo, além de demonstrar citotoxicidade somente em dose elevada (1 mg/mL).

[ 13 ]
Folha

Extrato aquoso (4,5:1). Concentrações para ensaio: 0,0005 a 1 mg/mL.

In vitro:

Em hepatócitos de ratos Sprague-Dawley incubados com hidroperóxidos (ter-butil e cumeno) e extrato vegetal, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA), níveis de glutationa (GSH) celular na presença de dietilmaleato (DEM) e ensaio MTT.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, além de baixa citotoxicidade.

[ 47 ]
Folha

Extrato: infusão. Concentrações para ensaio: 2 a 500 µg/mL.

In vitro:

Em células musculares C2C12 incubadas com alta concentração de glicose e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de espécies reativas de oxigênio.

Em lentes de olho de ratos incubadas com alta concentração de glicose e extrato vegetal.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, e reduz a toxicidade nas lentes, pois inibe o acúmulo de sorbitol.

[ 15 ]
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em 2,5 mL de etanol à 80% (v/v). Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a danos oxidativos por cloreto de cádmio (CdCl2), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA), marcadores antioxidantes (GSH, GPX, SOD e CAT), parâmetros bioquímicos (AST, ALT, GGT, albumina, creatina e ureia) e hematológicos, níveis de citocinas humorais (TNF-α, IL-1β, IL-2, IL-10 e IFN-γ), determinação de cádmio hepático e estudo histopatológico (fígado, rim, instestino e baço).

O extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, protegendo o fígado e rim contra lesões oxidativas.

[ 20 ]
Folha

Extrato: 30 mg do material vegetal em 25 mL de metanol. Dose para ensaio: 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley pré-tratados com o extrato vegetal, e submetidos a toxicidade induzida por doxorrubicina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, albumina, proteínas totais, bilirrubina, ureia e creatinina), marcadores oxidativos (MDA e GSH) e enzimas antioxidantes (CAT, SOD e GPx), exames histológico, histopatológico, imuno-histoquímico (antígenos α-SMA, actina do músculo liso, e PCNA, proliferação celular), morfométrico e microscópico.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, reduzindo toxicidade hepática e renal.

[ 22 ]
Folha

Extrato aquoso: padronizado com 1,5% de ácido cafeoilquínico, maior concentração de ácido clorogênico (0,30%), e flavonoide, maior concentração de luteolin-7-O-glucosídeo (0,15%). Dose para ensaio: 0,2 e 1 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de biomarcadores do estresse oxidativo (MDA, 8-OHdG, CoQ9 e GSH).

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, principalmente na dose de 0,2 g/kg.

[ 24 ]

Antioxidante e Antiapoptótica

Antioxidante e Antiapoptótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (Super Artichoke®). Dose para ensaio: 1,5 g/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de lesões hepáticas induzidas por paracetamol, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da função hepática (ALT e AST), marcadores de peroxidação lipídica (MDA e TBARS), atividade antioxidante (SOD, NO, GSH, GR e GST), ensaio do Cometa e exame histopatológico hepático.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividades antioxidante e antiapoptótica.

[ 23 ]

Antioxidante e Antiproliferativa

Antioxidante e Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco: padronizado com 13,3% ácido clorogênico. Outras espécies em estudo: Taraxacum officinalis (raiz, 2% de inulina), Curcuma longa (rizoma, 95% de curcumina) e Rosmarinus officinalis (óleo essencial).

Cinarepa® (cápsula de 500 mg) contendo:150 mg de C. scolymus, 75 mg de T. officinalis, 50 mg de C. longa, 25 mg de R. officinalis e 200 mg de excipiente.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos radicais ABTS e DPPH.

Em céulas de carcinoma hepático humano (HepG2) incubadas com os extratos vegetais, submetidas aos ensaios MTT, estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio (H2O2) e quantificação de prostaglandina (PGE2) por radioimunoensaio.

 

Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade antiproliferativa (reduz a liberação de PGE2 induzida), dose-dependente, e ação antioxidante, sendo C. longa mais potente, seguidamente de C. scolymus.

[ 8 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Infusão, comprimido e xarope: a partir do material vegetal (seco). Outras espécies em estudo: Cochlospermum angolensis (planta toda) e Silybum marianum (casca). Mistura das plantas medicinais (C. scolymus, C. angolensis e S. marianum): 1:1:1, 2:1:1, 1:2:1 e 1:1:2, respectivamente. Concentração final: 6 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e compostos fenólicos totais.

 

In vivo:

Em células de carcinoma hepático humano (HepG2) e células normais de fígado suíno (PLP2), incubadas com as preparações fitoterápicas, para avaliar a ação antitumoral e a hepatotoxicidade, respectivamente, quanto a interação de sinergismo, antagonismos ou adição.

Observou-se que o xarope apresenta atividade antioxidante mais potente, devido ao sinergismo, enquanto que a infusão apresenta atividade antitumoral. As preparações infusão, comprimido e xarope não demonstram toxicidade.

[ 7 ]
Botão floral (exceto as brácteas)

Extrato: 25 g do material vegetal (fresco) em metanol (1:5, p/v). Rendimento: 100 mL (metanol/água, 1:1 v/v). Concentrações para ensaio: 400 a 1200 µM.

In vitro:

Em hepatócitos de ratos Sprague-Dawley e em células de carcinoma hepático humano (HepG2) incubados com o extrato vegetal, estimuladas por glicose oxidase, com posterior análise da produção de peróxido de hidrogênio (H2O2), glutationa (GSH) e malondialdeído (MDA), detecção de apoptose por citometria de fluxo e expressão proteica por Western blotting (caspase-3).

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividades antioxidante e antitumoral.

[ 10 ]

Antioxidante e Gastroprotetora

Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em metanol à 70%. Rendimento: 27 g. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de úlceras gástricas agudas induzidas por etanol, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros macroscópicos, bioquímicos, histoquímicos e histopatológicos.

O extrato de C. scolymus apresenta atividade gastroprotetora, pois estimula a produção de muco gástrico, além da ação antioxidante.

[ 27 ]

Antioxidante e Hipocolesterolemiante

Antioxidante e Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: padronizado com 6,5% de ácido cafeoilquínico e 1% de flavonoides. Dose para ensaio: 1,5 g/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas à dieta hipercalórica, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (colesterol total e triglicerídeos), peroxidação lipídica (MDA e DC), atividade antioxidante através da redução do íon férrico (FRAP) e oxidabilidade de LDL + VLDL.

O extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante e hipocolesterolemiante, podendo ser útil na prevenção da aterosclerose.

[ 37 ]
Folha

Extrato: padronizado com 6,5% de ácido cafeoilquínico e 1% de flavonoides. Dose para ensaio: 1,5 g/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas à dieta hipercalórica, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise em tecidos hepáticos e cardíacos, dos níveis de colesterol total e triglicerídeos, peroxidação lipídica (MDA e DC), atividade antioxidante (SOD, GSH, GSH-Px, GST e vitamina E).

O extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante e hipocolesterolemiante, em tecidos hepático e cardíaco.

[ 38 ]
Flor

Tintura. Dose para ensaio: 0,1 mL/kg.

In vitro:

Em ratos Wistar submetidos a dieta hipercalórica, tratados com a tintura vegetal, com posterior análise dos níveis de colesterol (CT e HDL), expressão gênica (HO1, HO2, NOX-4, MCP-1 e Nrf2) e teste do Cometa.

 

Observou-se que a tintura de C. scolymus apresenta atividade antioxidante e hipocolesterolemiante, reduzindo principalmente, a expressão de MCP-1 e HO1, bem como os danos no DNA.

[ 16 ]
Folha

Tintura (ALTINC®).

In vivo:

Em ratos submetidos a dieta hipercolesterolêmica, tratados com a tintura vegetal associado ou não com atorvastatina, com posterior análise da espessura vascular, estresse oxidativo (MDA) e parâmetros oxidativos e antioxidantes (GSH, PON1 e SOD).

Observou-se que a tintura de C. scolymus apresenta efetividade no tratamento da aterosclerose em fase inicial, contudo, esta atividade foi reduzida quando associada a atorvastatina.

[ 21 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (in vitro): 200 g do material vegetal (pó) em 1 L de hexano, acetato de etila, butanol ou etanol/água (75%, v/v) ou água. Concentrações para ensaio: 25 a 200 mg/mL.

Extrato (in vivo): 500 g do material vegetal (pó) em etanol/água (75%, v/v). Rendimento: 30 g. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a capacidade antioxidante total, atividade antioxidante através do radical ABTS, e a atividade da enzima α-amilase.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do teste oral de tolerância à glicose, parâmetros bioquímicos e histológicos (fígado, rins e pâncreas).

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, hipoglicemiante e hipolipemiante.

[ 2 ]

Antioxidante e Nefroprotetora

Antioxidante e Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Doses para ensaio: 200, 400 e 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de nefrotoxicidade induzida por gentamicina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (albumina, potássio, sódio e proteína total), histopatológicos, e marcador de estresse oxidativo (MDA).

Observou-se que C. scolymus apresenta atividades antioxidante e nefroprotetora.

[ 19 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato. Concentrações para ensaios: 2,5 a 800 µM.

In vitro:

Em células cancerígenas humanas, de cólon (HCT 116), mamária (MDA-MB231), ovariana (HEY), gástrica (GTL-16), prostática (DU 145), pulmonar (A549), astrocíticas (U-373MG), melanoma (M14), osteossarcoma (Saos-2) e em linhagem de leucemia eritromieloblastoide (K-562), incubadas com o extrato vegetal, submetidos aos testes de citotoxicidade, proliferação celular (MDA-MB231) e de expressão proteica (p16INK4a e p21Cip1) por Western blotting.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antiproliferativa, pois aumenta os níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), induzindo a apoptose, principalmente para a linhagem MDA-MB231.

[ 5 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Cápsula: a partir do extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio (in vivo): 25, 50 e 75 mg/mL.

In vitro:

Em linhagem celular de mesotelioma (MSTO-211H, NCI-H28 e MPP89) incubadas com o extrato vegetal, submetidas aos ensaios de viabilidade celular, clonogênico, apoptose, migração celular por membrana (Transwell), cicatrização de lesões, do Cometa, Western blotting e microscopia de imunofluorescência.

 

In vivo:

Em ratos CD1 infectados por MSTO-211H, tratados com o extrato vegetal, com posterior realização dos ensaios de tumorigenicidade e imuno-histoquímico.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antitumoral, in vitro e in vivo.

[ 6 ]

Atividade da enzima xantina oxidase

Atividade da enzima xantina oxidase
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: padronizado com 2,5% de acido cafeoilquínico. Rendimento: 4 a 6:1. Concentrações para ensaio (in vitro): 100 a 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 250 a 1000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade da enzima xantina oxidase (XO).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de hiperuricemia induzida por oxonato de potássio, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior quantificação de ácido úrico sérico.

O extrato de C. scolymus reduz, insignificativamente, a atividade de XO, demonstrando ausência de efetividade.

[ 40 ]

Cadeia respiratória

Cadeia respiratória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 0,17 a 2,72 µg/mL.

In vitro:

Em mitocôndrias hepáticas isoladas de ratos Wistar incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade da cadeia respiratória mitocondrial.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus inibe o sistema succinato oxidase (complexo II) e a citocromo oxidase (complexo IV), principalmente nas concentrações de 0,68 a 2,72 µg/mL.

[ 36 ]

Citoprotetora

Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão (1/10 planta/solvente). Padronizado com: 778,7 g/g de ácido clorogênico, 43,8 g/g de ácido cafeico, 1388,2 g/g de isoquercitrina e 309,9 g/g de rutina. Rendimento: 13,7g (11,4%). Concentrações para ensaio: 0,62 a 5,0 mg/mL.

In vitro:

Em células de ovário de hamster chinês (CHO) lesionadas por etilmetanossulfonato (EMS), pré e pós-incubadas com extrato vegetal, submetidas ao ensaio do Micronúcleo com Bloqueio da Citocinese (CBMN), com posterior análise das alterações nos brotamentos nucelares (NBUD), pontes nucleoplasmáticas (NPB) e micronúcleo (MNi).

 

Observou-se que C. scolymus apresenta atividade citoprotetora em concentrações baixas, contudo, potencializa a genotoxicidade em concentrações elevadas (5 mg/mL).

[ 25 ]

Colerética

Colerética
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato aquoso (Supra Sern®): padronizado 1,5% de ácido cafeoilquínico e 0,5% de flavonoide. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos aos tratamentos agudo e crônico com o extrato vegetal, com posterior análise do fluxo biliar e formação de compostos biliares (ácidos, colesterol e fosfolipídeos).

O extrato foliar de C. scolymus apresenta atividade colerética.

[ 45 ]

Excreção de nicotina

Excreção de nicotina
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: padronizado com 5% de cinarina. Dose para ensaio: 250 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração subcutânea de nicotina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração de nicotina urinária, por Cromatografia Líquida.

Observou-se que o extrato de C. scolymus aumenta a excreção urinária de nicotina, por longo período de tempo.

[ 28 ]

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão de 1 g do material vegetal em 10 mL de água. Rendimento: 11,4%. Concentrações para ensaio: 0,62 a 5,0 mg/mL.

In vitro:

Em células de carcinoma hepático humano (HepG2) incubadas com peróxido de hidrogênio (H2O2) e extrato vegetal, e submetidas ao teste do Cometa.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta genotoxicidade (5,0 mg/mL), contudo, houve atividade antigenotóxica quando na presença de H2O2, principalmente na dose de 0,62 mg/mL.

[ 3 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco. Concentrações para ensaio: 0,08 a 1,5 mg/mL.

In vitro:

Em hepatócitos isolados de ratos Sprague-Dawley, incubados com o extrato vegetal, e adicionados ao meio contendo ácido taurolitocólico, para induzir alterações canaliculares (colestase biliar), com posterior análise em microscopia eletrônica.

 

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade hepatoprotetora, pois previne as alterações canaliculares, principalmente nas concentrações de 0,08 e 0,5 mg/mL.

[ 46 ]
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em metanol (5:1). Dose para ensaio: 1,5 g/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c infectados com cercarias de Schistosoma mansoni, tratados com o extrato vegetal associado ou não ao praziquantel, com posterior quantificação de vermes, ovos, granulomas, fibrose e enzimas hepáticas (ALT e AST), e imuno-histoquímica (SMA-α) em células estreladas hepáticas.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade hepatoprotetora, contudo não demonstra efetividade no tratamento para infecção por S. mansoni.

[ 18 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato: 1 kg do material vegetal em 7 L de etanol/água (70:30). Rendimento: 8,5 g. Doses para ensaio: 500 a 1500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar (normais) e Zucker (obesos) submetidos à dieta com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis glicêmicos (0, 60, 120 e 360 minutos) após a ingestão de alimentos.

O extrato de C. scolymus apresenta atividade hipoglicemiante.

[ 35 ]

Hipolipemiante

Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: padronizado com 0,8% de ácido clorogênico e 2,0% de ácido cafeoilquínico. Rendimento: 4 a 6 g de folha fresca = 1 g extrato seco. Dose para ensaio: 0,24 e 4,5 g/kg.

In vivo:

Em hamster sírio submetidos a dieta alimentar contendo o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (colesterol total, HDL e triglicerídeos) e fecal por Cromatografia Gasosa.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade hipolipemiante, pois aumenta a excreção de ácidos biliares e esteróis neutros.

[ 34 ]

Imunossupressora

Imunossupressora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco: concentrações de 100, 200 e 400 mg/mL. Doses para ensaio: 1,0 a 4,0 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar Hanover tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, histopatológicos, hemograma, atividade fagocitária e rompimento oxidativo em macrófagos e neutrófilos, expressão de linfócitos T em órgãos linfoides (timo e baço), resposta imune humoral e teste de hipersensibilidade tardia (DTH).

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade imunossupressora, principalmente na dose de 4 g/mL, além da ausência de toxicidade.

[ 14 ]

Protetora do sistema reprodutor masculino

Protetora do sistema reprodutor masculino
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato. Dose para ensaio: 1 mg/100 kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a intoxicação por cloreto de cádmio (CdCl2), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de histológica dos testículos e ovários, e imuno-histoquímica (iNOS e eNOS).

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta ação protetora do tecido reprodutor masculino, além de reduzir os níveis de NO.

[ 41 ]

Quelante

Quelante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: material vegetal (pó) em etanol:água (70:30, v/v). Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a lesões hepáticas induzidas por chumbo (Pb), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (chumbo sérico, perfil lipidêmico, ALT, AST e ALP), peroxidação lipídica (MDA), ensaio de redução do íon férrico (FRAP) e exame histopatológico hepático.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade quelante, reduzindo os níveis de chumbo no sangue.

[ 26 ]

Vasodilatadora e Vasoprotetora

Vasodilatadora e Vasoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso (4 a 6:1): padronizado com 10,10 (p/p) de ácido cafeoilquínico e 2,17 (p/p) de flavonoides. Frações: acetato de etila e n-butanol (2:1, v/v). Subfrações: orgânica (20 a 30:1), padronizada com 26,30 (p/p) de ácido cafeoilquínico e 13,29 (p/p) de flavonoides, e aquosa (5 a 7,5:1), padronizada com 6,30 (p/p) de ácido cafeoilquínico e 0,76 (p/p) de flavonoides.

In vitro:

Em células endoteliais de veia umbilical humana (HUVEC), especificamente a linhagem EA.hy 926, transfectadas por pGL3-eNOS-Hu-3500-neo, contendo um gene promotor da isoenzima eNos e um gene repórter Luciferase, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de de expressão proteica por Western blotting e quantificação dos níveis de óxido nítrico (NO).

Em aorta de ratos Sprague-Dawley, incubadas com subfração orgânica, norepinefrina, acetilcolina e N-nitrito-L-arginina-metil-éster (L-NAME). 

 

Observou-se que o extrato bruto e a subfração orgânica da folha de C. scolymus apresentam atividades vasodilatadora e vasoprotetora mais potentes, pois estimula a liberação de NO em células endoteliais.

[ 12 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade

Citotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão de 1 g do material vegetal (pó) em 10 mL de água. Rendimento: 7,7 g (18%). Doses para ensaio: 500, 1000 e 2000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e ensaio hipoxantina/ xantina oxidase.

 

In vivo:

Em ratos albinos Mus musculus (CF1) tratados como extrato vegetal, com posterior análise de genotoxidade através do ensaio do Cometa e micronúcleo.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta atividade antioxidante, dose-dependente, contudo, demonstrou toxicidade para células da medula óssea, na dose de 2000 mg/kg.

[ 51 ]

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: infusão de 120 g do material vegetal em água (1/10 planta/solvente). Concentrações para ensaio: 0,62 a 5,0 mg/mL.

In vitro:

Em células de ovário de hamster chinês (CHO), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de genotoxicidade através do ensaio do Micronúcleo com Bloqueio da Citocinese (CBMN), com posterior análise dos micronúcleos (MNi), brotamentos nucelares (NBUD), pontes nucleoplasmáticas (NPB) e índice de citotoxicidade da divisão nuclear (NDCI).

 

O extrato de C. scolymus demonstra genotoxicidade, dose-dependente, principalmente na formação de MNi.

[ 52 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em etanol/água (75%, v/v). Rendimento: 30 g. Doses para ensaio: 100 a 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de C. scolymus não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 2000 mg/kg.

[ 2 ]

Toxicidade materna e fetal

Toxicidade materna e fetal
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco. Dose para ensaio: 1,0 a 4,0 g/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de ingestão de alimentos, perdas pré ou pós-implantação, peso placentário e parâmetros bioquímicos, maternos e fetais.

Observou-se que o extrato de C. scolymus apresenta toxicidade materna e fetal, principalmente na dose de 4,0 mg/kg.

[ 50 ]

Referências bibliográficas

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Referências bibliográficas

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2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 76, 2011.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 36, 2018.
4 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 112, 2018.
5 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 67, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Dispepsia (BLUMENTHAL, 1998) e dislipidemia (WHO, 2009). Como colagogo e colerético, antidispéptica, antiflatulenta e diurética, auxiliar na prevenção da aterosclerose, coadjuvante no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada e auxiliar nos sintomas da síndrome do cólon irritável (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018). Como coadjuvante no diabetes mellitus tipo 2 (FANTINI et al., 2010).

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca pulverizada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Dispepsia (BLUMENTHAL, 1998) e dislipidemia (WHO, 2009). Como colagogo e colerético, antidispéptica, antiflatulenta e diurética, auxiliar na prevenção da aterosclerose, coadjuvante no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada e auxiliar nos sintomas da síndrome do cólon irritável (BRASIL, 2014; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018). Como coadjuvante no diabetes mellitus tipo 2 (FANTINI et al., 2010).

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 110-112.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 66-68.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

cafeico, clorogênico (ácido 5-cafeoilquínico e derivados) e cinarina (ácido- 1,5-di-O-cafeoilquínico).

Ácidos graxos essenciais

ácido láurico, ácido linolênico e ácido linoleico.

Ácidos orgânicos

cítrico, málico, glicérico, glicólico, lático, fumárico e succínico.

Antocianidinas

cianidinas 3,5-diglucosídeo, 3-glucosídeo, 3,5-malonildiglucosídeo, 3-(3’-malonil) glicosídeo e 3-(6’-malonil) glucosídeo, peonidina e delfinidina.

Fitosteróis

taraxasterol e β-taraxasterol.

Flavonoides

luteolina, cinarosideo, cinaratriosideo e escolimosideo.

Lactonas sesquiterpênicas

cinaropicrina, grosheimina e cinarotriol.

Óleos essenciais

β-selineno, cariofileno, humuleno, eugenol, cinaratriol, fenilacetaldeído, decanal, oct-1-em-3-ona, hex-1-em-3-ona e trans-non-2-enal.

Outras substâncias

enzimas (oxidases, ascorbinases, catalase, peroxidase e cinarase), pseudotaraxasterol e pufa.

Polissacarídeos

inulina, mucilagem e pectina.

Sais minerais

potássio, cálcio, boro, fósforo, magnésio, manganês e ferro.

Saponinas esteroidais

cinarogenina.

Taninos

Vitaminas

A, B1, B2, B5 e C.

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 67.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 44.
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4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 306.
5 - JOY, J. F.; HABER, S. L. Clinical uses of artichoke leaf extract. Am J Health Syst Pharm, v. 64, n. 18, p.1906-1909, 2007. doi: 10.2146/ajhp070013
6 - SCHÜTZ, K. et al. Characterization and quantification of anthocyanins in selected artichoke (Cynara scolymus L.) cultivars by HPLC-DAD-ESI-MSn. Anal Bioanal Chem, v. 384, n. 7-8, p.1511-1517, 2006. doi: 10.1007/s00216-006-0316-6

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2023
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
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Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2005
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Pode ser usada a partir dos 12 anos. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias[1,2,3,7].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, devido a redução da lactação em nutrizes (cinarina), pois pode alterar o sabor do leite materno, sendo rejeitado pelos lactentes, portadores de cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares (calculose ou tumor), colangite ou hepatopatias e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,5,6,7,8,9,11].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode causar flatulência, fraqueza, sensação de fome, diarreia leve associada a cólica abdominal, náusea, pirrose e reações alérgicas (urticária e dermatite) devido a presença das lactonas sesquiterpênicas.  Altas doses podem provocar diurese e diarreia[1,2,3,5,6,7,8,10,11].

Interações medicamentosas: 

pode potencializar os efeitos colerético, colagogo e hipocolesterolemiante quando associada a espécie Betula pendula (bétula), Rosmarinus officinalis (alecrim), Taraxacum officinale (dente-de-leão), Peumus boldus (boldo), Baccharis trimera (carqueja), Genciana lutea (genciana), Chelidonium maius (celidônia) Silybum marianum (cardo mariano). Cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina, cardiotônicos, anti-hipertensivos e diuréticos.  Pode potencializar o efeito dos diuréticos, provocando hipotensão e hipocalemia, especialmente os diuréticos de alça (furosemida) e tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida). O uso concomitante de alcachofra e colchicina resulta em aumento da toxicidade deste fármaco, pois os flavonoides desta espécie inibem a xantina oxidase. Pode interagir com enzimas do CYP450, alterando o metabolismo de alguns fármacos, como por exemplo o anlodipino (CYP3A4), ocasionando diarreia, azia, vômitos e alergias devido ao aumento da concentração deste fármaco no organismo[2,4,5,12,13].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 68-69, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 111-112.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 67-68.
4 - NICOLETTI, M. A. et al. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, v. 19, n. 1/2, 2007.
5 - RUBIO, K. T. S. et al. Interações medicamentosas entre fitoterápicos padronizados pelo Sistema Único de Saúde e medicamentos convencionais. Revista Fitos, v. 16, n. 2, p. 248-269, 2022.
6 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 70-71.
7 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 584.
8 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 45.
9 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 36-37.
10 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 10-11.
11 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Prescritores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 9.
12 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 44.
13 - FELTRIN, C. et al. Effects of standardized medicinal plant extracts on drug metabolism mediated by CYP3A4 and CYP2D6 enzymes. Chem Res Toxicol, v. 33, n. 9, p.2408-2419, 2020. doi: 10.1021/acs.chemrestox.0c00182

Propagação: 

é realizada por sementes, e estas devem apresentar boa porcentagem de germinação (90%). A semeadura das sementes deve ser realizada em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) na profundidade de 1 cm. Manter em viveiro (sombrite 50%) por 90 dias, após este período transferir para local definitivo (pleno sol), em covas de 20x20 cm, adubadas com 1 kg de esterco bovino, com espaçamento de  40 cm entre plantas e 80 cm entre linhas (ou de 1,20x1,5 m). A multiplicação também pode ser realizada através dos rebentos, que são brotações de algumas gemas localizadas no rizoma. Estes devem ser separados da planta matriz e plantados em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (1:1:1) [ 1 , 2 , 3 ] .

Tratos culturais & manejo: 

prefere solos profundos, arenosos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. A temperatura ideal para o desenvolvimento é de 12 a 14°C durante a noite e de 20 a 22°C durante o dia. Não tolera geadas ou temperaturas muito baixas. É necessário a realização de desbaste dos rebrotes, capinas, defesa contra pulgões e desbaste dos capítulos [ 1 , 2 ] .

Colheita: 

as folhas devem ser colhidas de 3 a 5 meses após o plantio (antes da floração), depois das 10 horas da manhã quando não houver mais orvalho, 15 cm acima do solo. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada preferencialmente na lua cheia [ 1 , 2 , 3 ] .

Pós-colheita: 

a nervura central da folha deve ser retirada e descartada, e processo de secagem deve ser em estufa com ar circulante a temperatura de 40 a 45°C/36 horas, com camada de de 5 a 6 cm, revolvendo as folhas a cada 2 horas. Após a secagem, a droga vegetal deve ser armazenada em ambiente não úmido e por um período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída e moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh e a preparação de tinturas e extratos deve ser realizada o mais breve possível [ 1 , 2 , 3 ] .

Problemas & Soluções: 

o sistema radicular é pivotante e profundo o que confere à planta boa condição de adaptabilidade. É recomendado fazer rotação de cultura com  espécies da família Curcubitaceae. Pode-se usar cobertura morta (palhada), protegendo o solo e evitando que as folhas de baixo tenham contato com o solo [ 1 , 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 91-93.
2 - MING, L. C. Medicina verde: programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos de Botucatu (SP) – Agricultores. 1 ed. Prefeitura Municipal de Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2015, p. 11.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 305-306.

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